50 resultados para Redes de distribuição de água, controlo de fugas
Resumo:
Devido à crescente expansão da leishmaniose visceral americana (LVA) no Brasil, o presente estudo teve como objetivo identificar as espécies de flebotomíneos em áreas vulneráveis à transmissão dessa parasitose, bem como em outras sem qualquer informação sobre a presença desses dípteros no Paraná. As coletas de flebotomíneos foram realizadas em 46 localidades distribuídas em 37 municípios do Paraná, no período de março de 2004 a novembro de 2005. Em cada uma das localidades foram instaladas armadilhas de Falcão, durante três noites consecutivas, em vegetação natural e ambientes antrópicos (intra e peridomicílio). Ocasionalmente, foram instalas armadilhas de Shannon e feitas inspeções de paredes e aspiração em domicílio, peridomicílio e extradomicílio. O tratamento dos dados baseou-se na estimativa das freqüências e abundância das espécies, segundo cinco regiões de distintas paisagens originais. Coletaram-se 38.662 flebotomíneos de 23 espécies. Predominaram Nyssomyia neivai (Pinto) (75.6%), Ny. whitmani (Antunes & Coutinho) (10.1%), Migonemyia migonei (França) (7.8%), Expapillata firmatoi (Barreto et al.) (2.1%) and Pintomyia fischeri (Pinto) (1,6%); representando juntas 97,2% dos flebotomíneos coletados. Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva) o principal vetor da LVA não foi encontrado. No entanto, capturou-se Lu. gaminarai (Cordero et al.), cujas fêmeas são morfologicamente semelhantes às de Lu. longipalpis. As espécies mais freqüentes e abundantes têm sido apontadas como vetores da leishmaniose tegumentar no Paraná e em outras áreas das Regiões Sudeste e Sul do Brasil. A presença de Lu. gaminarai no Paraná suscita a necessidade de estudos do seu comportamento, inclusive em relação à sua competência vetorial do agente da leishmaniose visceral.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a distribuição espacial e sazonal da leptospirose, identificando possíveis componentes ecológicos e sociais para a sua transmissão. MÉTODOS: Foram georreferenciados 2.490 casos em cada distrito do município de São Paulo, SP, registrados de 1998 a 2006. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram realizados mapas temáticos com as variáveis taxa de incidência, letalidade, taxa de alfabetização, renda média mensal, número de moradores por domicilio, abastecimento de água e rede de esgoto. Para identificar o padrão espacial (disperso, em aglomerado ou randômico), foram analisadas pelo Índice de Moran global e local. Foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman para testar associações entre as variáveis com padrão espacial em aglomerados. RESULTADOS: O padrão espacial em aglomerados foi observado nas variáveis taxa de incidência de leptospirose, taxa de alfabetização, renda média mensal, número de moradores por domicílio, abastecimento de água e rede de esgoto. Foram notificados 773 casos no período seco e 1.717 no úmido. A incidência e a letalidade estão correlacionadas com as condições socioeconômicas da população, independentemente do período. CONCLUSÕES: A leptospirose está distribuída por todo o município de São Paulo e sua incidência aumenta no período das chuvas. No período seco, os locais de aparecimento dos casos coincidem com as áreas de piores condições de moradia e, durante o período úmido, também aumenta em outros distritos, provavelmente devido à proximidade de rios e córregos.
Resumo:
O objetivo do estudo foi apresentar a fração da variância intrapessoal para ajuste da distribuição de nutrientes de adultos e idosos. Utilizaram-se dados de inquérito populacional com amostra representativa (n = 511) de indivíduos com 19 anos ou mais do município de São Paulo, SP, em 2007. A fração da variância intrapessoal foi obtida pelo método proposto pela Iowa State University. Observaram-se diferenças nas frações das variâncias intrapessoais de nutrientes segundo sexo. Esses valores devem ser utilizados para ajustar a distribuição da ingestão de nutrientes, pois sua não utilização pode resultar em viés na análise e interpretação de dados.
Resumo:
O acesso regular à água potável e segura tem causado preocupação, principalmente em países em desenvolvimento e, mais enfaticamente em áreas periurbanas, que abrigam a população socialmente excluída. O objetivo deste trabalho é abordar questões de acesso à água em regiões periurbanas e para tanto foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de dados Pubmed, Medline e SciELO assim como relatórios da OMS, OPAS, IBGE e Ministério das Cidades. A falta ou a precariedade do acesso à água representa situação de risco que propicia aumento da incidência de doenças infecciosas agudas e da prevalência de doenças crônicas. O estabelecimento do grau de acesso à água de qualidade considera fatores como distância e tempo percorrido até a fonte de água, volume coletado, demanda atendida e nível de prioridade de ações de intervenção. Na qualidade da água, consideram-se como fatores de impacto o manuseio - maneira como ocorre a coleta, o transporte, o armazenamento e o uso -, a presença de patógenos nas fontes e as práticas rotineiras da população. A determinação da presença de patógenos nas fontes evidencia o risco à saúde e a identificação do agente etiológico indica a origem da contaminação. O caminho para reverter esse cenário é a implementação integrada de políticas públicas de gestão, que envolvam ações conjuntas e ajustadas nos setores de desenvolvimento urbano, habitação, saneamento e saúde e que visem à promoção e à proteção da saúde da população local e ao enfrentamento da complexidade de fatores que evidenciam sua vulnerabilidade.
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Objetiva-se neste trabalho discutir a viabilidade da regulação subnacional do saneamento básico no País de acordo com o estabelecido na Lei no 11.445/2007. Foi analisada a viabilidade da regulação municipal em 2.523 municípios, com base na amostra do Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SNIS) referente a 2005, mediante a aplicação de taxas de regulação de 1 a 3% do faturamento das concessionárias. Concluiu-se que a regulação local não apresenta viabilidade em 97% dos municípios pesquisados.
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Kinosternon scorpioides é uma pequena tartaruga semi-aquática, típica de água doce, de distribuição geográfica bastante diversificada, encontrada no estado do Maranhão, onde é denominada de jurará ou muçuã. Sua carne é uma excelente fonte de proteína e a despeito da legislação vigente, é comercializado nas praias e feiras da cidade de São Luís e consumido nos restaurantes sob a forma de farofa servida em casquinha. Os órgãos genitais do macho foram estudados visando fornecer dados morfológicos da própria espécie, que poderão ser utilizados na biologia reprodutiva voltada para ações de preservação em cativeiro. Compõe-se a amostra de 10 machos adultos, obtidos mediante apreensões do IBAMA-MA (Proc. nº 020.12.002400/99-31, licença nº 002/01), os quais foram eutanaziados conforme normas do Comitê de Ética do Curso de Medicina Veterinária, Universidade Estadual do Maranhão. A cavidade celomática foi aberta e os órgãos fixados em solução aquosa de formaldeído 10%, e posteriormente dissecados. Os testículos possuem formato ovóide e coloração amarelo-ouro. Os epidídimos convolutos estavam aderidos dorsalmente à superfície medial dos testículos, terminando em um pequeno ducto deferente. Os ductos deferentes não forma-ram nenhuma ampola distinta, abrindo-se na cloaca. O pênis sulcado, localizado no assoalho da cloaca, estendeu-se até a cauda, composto de raíz, corpo e glande. A morfologia dos órgãos reprodutivos destes animais assemelha-se aos de outras tartarugas, sugerindo uma morfologia conservada entre as tartarugas.
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O preá do semiárido nordestino (Galea spixii Wagler, 1831) é um roedor pertencente à família Caviidae. Pouca literatura é encontrada sobre essa espécie em relação a sua morfologia e seu comportamento ambiental e reprodutivo. Com o objetivo de entender a morfologia geral, em foco, na inervação do membro pélvico dessa espécie, neste trabalho, foi explorado o nervo isquiático, o qual é o maior de todos os nervos do organismo. Foram utilizados 10 preás (cinco machos e cinco fêmeas) que vieram a óbito por causas naturais, oriundos do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da Universidade Federal Rural do Semiárido (CEMAS/UFERSA). Os animais foram fixados após o óbito em solução aquosa de formaldeído 10% e, após 48 horas de imersão nessa solução, foram dissecados para exposição do nervo isquiático. Dessa forma, os dados obtidos foram compilados em tabelas e expressos em desenhos esquemáticos e fotografias. Os pares de nervos isquiáticos originaram-se de raízes ventrais de L6L7S1 (70%) e de L7S1S2 (30%) e distribuíram-se pelos músculos glúteo profundo, bíceps femural, semitendinoso e semimembranoso.
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Foram estudados 26 encéfalos de gatos, adultos, sem diferenciação de sexo, sem raça definida, corados com látex e fixados por solução aquosa de formaldeído. As artérias cerebrais caudais, direita e esquerda, apresentaram-se únicas em 96,1 e 88,4% dos casos, respectivamente. Em 69,2% dos casos no antímero direito e 80,8% no esquerdo, a artéria cerebral caudal originou-se pela anastomose entre o ramo caudal da artéria carótida interna, com maior contribuição, e o ramo terminal da artéria basilar. Em 88,4% dos casos no antímero direito e em 84,6% no esquerdo, a artéria cerebral caudal originou a artéria tectal rostral e um ramo caudal. O ramo caudal bifurcou-se e vascularizou os colículos rostrais e caudais dos corpos quadrigêmeos e em alguns casos contribuiu na formação do plexo coroide do terceiro ventrículo. A artéria tectal rostral seguiu ventralmente ao lobo piriforme e durante seu trajeto liberou ramos para o hipocampo e, no antímero esquerdo, supriu a superfície dorsal do tálamo, contribuindo para a formação do plexo coroide do terceiro ventrículo.
Resumo:
O Atlas foi concebido para colocar à disposição do usuário os dados disponíveis sobre acidentes de trânsito no Brasil, já trabalhados sob forma de indicadores e apresentados predominantemente como mapas, gráficos, quadros e tabelas. Neste artigo, são apresentados os principais resultados obtidos, bem como, algumas conclusões, considerações, ponderações e possíveis explicações quanto aos problemas e questões relacionadas a este importante agravo à saúde
Resumo:
O código Sanitário Municipal de Alimentos, Decreto Municipal nº 25.544, de 14 de março de 1988, regulamentou a fiscalização sanitária de g~eneros alimentícios no varejo até 26 de novembro de 2002, data em que entrou em vigor a Lei Estadual nC 10.083, de 23 de setembro de 1998, Código Sanitário do estado de São Paulo, utilizado pelos serviços municipais de vigilância, em caráter temporário, até a promulgação do atual Código Sanitário do Município de São Paulo nº 13.735, em 9 de janeiro de 2004. Este código regulamenta todos os serviços e produtos de interesse da saúde, inclusive a produção e distribuição de alimentos e água para consumo humano. Por meio do estudo dos diferentes códigos vigentes no município e de legislações esparsas, foi possível identificar as nmudanças ocorridas na legislação e nos procedimentos administrativos da vigilância sanitária do varejo de alimentos no Município de São Paulo. Concluiu-se que o Código Sanitário do Município de São Paulo é uma legislação completa e atualizada, com previsão legal de utilização de regulamentos técnicos modernos de forma combinada, especialmente os que tratam da produção e distribuição de alimentos, com ênfase nas Boas Práticas de Fabricação (BPFs)
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo monitorar a qualidade microbiológica e identificar fatores de interferência na contaminação da água de consumo de creches de um município da região oeste de São Paulo. Colheram -se 24 amostras de água tratada em 24 pontos de 11 creches, no centro e periferia de um município da região oeste de São Paulo, durante junho e julho de 2005. De cada amostra pesquisaram-se coliformes totais e Escherichia Coli. Verificou-se que nenhuma das amostras indicou presença de Escherichia Coli, nem coliformes totais. Setenta e três por cento das creches possuíam filtros de água; 64%, utilizavam água dos refeitórios para dessedentação e água das cozinhas no preparo das refeições, mamadeiras, hidratação, lavagem e desinfecção de vegetais, higiene do ambiente, utensílios e equipamentos; apenas 27% das creches transportavam água dos refeitórios e de outras áreas para a cozinha para o preparo das mamadeiras e hidratação e 9% das creches empregavam apenas água da cozinha, tanto para preparação de alimentos quanto dessedentação das crianças. Em 46% das creches a última limpeza e desinfecção dos reservatórios havia sido realizada há seis meses, em 18% há sete meses, em 9% há doze meses e 27% há mais de 12 meses. Com relação aos encanamentos, 73% das creches possuíam encanamentos de PVC (policloreto de vinila) e 27% de ferro. Concluiu-se que é fundamental o monitoramento periódico da potabilidade da água de uso nas creches; há necessidade de se implementar o procedimento de higienização dos reservatórios de água nas creches alvo deste estudo