83 resultados para Funcionamento familiar - Family functioning
Resumo:
O objetivo deste estudo analisar a prevalncia da no realizao do exame clnico das mamas e da mamografia segundo variveis scio-econmicas, demogrficas e de comportamentos relacionados sade, em mulheres com 40 anos ou mais, residentes na cidade de Campinas, So Paulo, Brasil. O estudo foi do tipo transversal, de base populacional em uma amostra de 290 mulheres. Os fatores associados no realizao da mamografia, encontrados na anlise multivariada, foram: ter 70 anos ou mais, ser de raa/cor negra e pertencer ao segmento de menor renda familiar per capita; e para a no realizao do exame clnico das mamas foram: no ter companheiro e pertencer ao segmento de menor renda familiar per capita. O SUS foi responsvel pela realizao de 28,8% das mamografias e 38,2% dos exames clnicos das mamas. Verificou-se que a no realizao dos exames preventivos para o cncer de mama est associada existncia de desigualdade racial e social, apontando para a necessidade de implementao de estratgias para a ampliao da cobertura das prticas preventivas para o cncer de mama, especialmente para os segmentos sociais mais vulnerveis.
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Enfocando os tpicos namoro e noivado, idade ao casar e diferenas de idade entre os cnjuges, este artigo caminha por trs grandes perodos histricos: o perodo colonial; o sculo XIX at finais do XX; e o incio do sculo XXI. Trata-se de uma anlise transdisciplinar dos pontos de vista histrico, social, demogrfico, legal e jurdico, focalizando o desenrolar dessas situaes seja por persistncias e/ou mudanas; quem e quais so os atores envolvidos e sua importncia nas escolhas dos futuros nubentes. No incio, a seleo era fundada no parentesco e no territrio, privilegiando a grande rede familiar solidria no enfrentamento das dificuldades de sobrevivncia. Com os avanos da industrializao, da urbanizao, da tecnologia e de comunicao, alm do crescimento da importncia das pessoas, as escolhas foram se transformando, diminuindo a dependncia da estrutura familiar e aumentando a escolha pessoal e afetiva, influenciadas pelas variadas formas de mudana social, demogrfica, jurdica.
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OBJETIVO: Avaliar a influncia da alimentao durante a gestao sobre a reteno de peso ps-parto. MTODOS: Foram acompanhadas 82 gestantes adultas e saudveis que iniciaram o pr-natal em servio pblico de sade no Municpio de So Paulo, SP, entre abril e junho de 2005. As medidas de peso e estatura foram aferidas na primeira entrevista (at 16 semanas de gestao) e a medida de peso foi repetida em visita domiciliar 15 dias aps o parto. O Recordatrio de 24 horas foi usado para avaliar o consumo alimentar e foi aplicado nos trs trimestres da gestao. Foi calculado o consumo mdio de gordura saturada, fibras, acar adicionado, refrigerantes, alimentos processados, frutas, verduras e legumes, e a densidade energtica da dieta. A reteno de peso foi obtida pela diferena entre a medida de peso ps-parto e a primeira medida realizada. A influncia da alimentao sobre a reteno de peso ps-parto foi avaliada por meio de anlise de regresso linear mltipla e foi realizado o teste para tendncia linear. As variveis utilizadas para ajuste do modelo foram: ndice de massa corporal no incio da gestao, estatura, renda familiar per capita, tabagismo, idade e escolaridade. RESULTADOS: O ndice de massa corporal inicial mdio foi de 24 kg/m e a reteno mdia de peso foi de 1,9 kg. O aumento do consumo de gordura saturada (p = 0,005) e alimentos processados (p = 0,014) elevou de forma significativa a reteno de peso ps-parto, aps ajuste pelas variveis de controle. As demais variveis de consumo alimentar no apresentaram relao significativa com a varivel desfecho. CONCLUSES: O maior consumo de alimentos no saudveis, como alimentos processados, e de gordura saturada influencia a elevao da reteno de peso ps-parto.
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OBJETIVO: Analisar o consumo de frutas, verduras e legumes em mulheres, segundo fatores scio-demogrficos, econmicos e comportamentais. MTODOS: A amostra foi constituda de 311 mulheres de trs reas de estudo, do municpio de Cotia, na rea metropolitana de So Paulo, selecionadas por amostragem por conglomerado em dois estgios. O consumo de frutas, verduras e legumes foi avaliado por questionrio de freqncia alimentar. Os diferenciais de consumo foram estudados por anlise multivariada de regresso logstica. RESULTADOS: A chance de baixo consumo de frutas foi maior nas mulheres do bairro pobre, com baixa escolaridade, donas de casa e desempregadas, com baixa renda familiar e tabagistas. Os diferenciais de consumo de verduras foram associados mais cultura alimentar do que pobreza: as mais jovens apresentaram chances sensivelmente maiores de baixo consumo de verduras. O tabagismo e o sedentarismo associaram-se ao baixo consumo. Os legumes foram associados tanto ao nvel socioeconmico, quanto cultura alimentar. Foram pouco consumidos pelas mulheres mais jovens e, de um modo geral, por aquelas de pouca escolaridade e baixa renda familiar. Tambm, o etilismo e o sedentarismo aumentaram as chances de baixo consumo desses alimentos. CONCLUSO: O consumo de frutas, verduras e legumes apresentou diferenciais relacionados ao nvel socioeconmico, cultura alimentar e aos hbitos comportamentais.
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OBJETIVO: analisar a insegurana alimentar e o vnculo inadequado me-filho como dois potenciais determinantes da desnutrio em crianas de quatro a seis anos de idade. MTODOS: estudo de caso-controle desenvolvido em Escolas Municipais de Educao Infantil (EMEIs) no Jardim Jaqueline, rea de alta vulnerabilidade social do municpio de So Paulo, Brasil. Foram aplicados a Escala Brasileira de Insegurana Alimentar e o Protocolo de Avaliao do Vnculo Me-filho, alm de coletadas informaes biolgicas e socio-econmicas. Para verificao dos efeitos de cada varivel independente e controle dos efeitos das demais variveis includas no modelo, foi utilizado o modelo de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: verificou-se que tanto a insegurana alimentar familiar (OR=3,6) como o vnculo inadequado me-filho (OR=9,4) estiveram associados com a desnutrio infantil (p<0,05), mesmo aps o controle para o peso ao nascimento da criana e idade, estado conjugal e trabalho maternos. CONCLUSES: tanto a insegurana alimentar familiar (OR=3,6) como o vnculo me-filho inadequado (OR=9,4) mostraram-se fatores determinantes da ocorrncia da desnutrio na populao estudada.
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OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo verificar a influncia de fatores sociodemogrficos, condies de sade, capacidade funcional e dinmica familiar na qualidade de vida de idosos dependentes residentes em domiclio em uma cidade do interior da regio do Nordeste. MTODOS: Trata-se de uma pesquisa de carter analtico com delineamento transversal. A amostra deste estudo foi composta por 117 idosos dependentes, cadastrados nas Unidades de Sade da Famlia da rea de abrangncia do bairro do Jequiezinho, no municpio de Jequi, BA. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram o WHOQOL-OLD, o ndice de Barthel, o Apgar de Famlia e o levantamento de dados sociodemogrficos e condies de sade. RESULTADOS: Com a aplicao do Teste do qui-quadrado (x) encontrou-se diferena estatstica entre comprometimento da qualidade de vida e da dinmica familiar, com exceo do domnio autonomia (p = 0,061) da qualidade de vida. CONCLUSES: Apenas o comprometimento da dinmica familiar influencia de maneira negativa a qualidade de vida dos idosos dependentes, uma vez que, quanto mais prejudicada a funcionalidade familiar, pior a qualidade de vida desses.
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Embora a poltica de sade bucal no Municpio de Diadema, SP, no perodo de 1972 a 2007, objeto deste artigo, tenha acompanhado o processo de transformao das prticas do setor no Brasil, sua evoluo nesta cidade industrial na Regio Metropolitana da Grande So Paulo foi marcada pela singularidade do processo histrico local. Neste artigo analisa-se essa evoluo, relacionando-a com o processo de lutas sociais que levou criao do Sistema nico de Sade (SUS) e com as polticas nacionais, estaduais e municipais de sade bucal. Trata-se de um estudo qualitativo do tipo exploratrio. Os dados foram obtidos em documentos oficiais e fontes bibliogrficas variadas e por meio de entrevistas semiestruturadas com prefeitos, secretrios municipais de sade, coordenadores de sade bucal e cirurgies dentistas que vivenciaram as diversas fases das polticas de sade bucal no municpio. Identificam-se as caractersticas mais marcantes na organizao das prticas assistenciais em sade desenvolvidas na cidade, localizando-as no cenrio estadual e nacional. Conclui-se que, no obstante a consolidao da insero da sade bucal no SUS e a experincia adquirida no Municpio com a gesto dessa modalidade assistencial, tambm em Diadema observam-se dificuldades para superar o modelo de ateno focado nos grupos populacionais tradicionalmente priorizados, com destaque para escolares, pr-escolares e bebs. Nesse sentido, Diadema compartilha com os demais municpios brasileiros o desafio de reestruturar a ateno bsica em sade bucal, superar o tradicional modelo da odontologia escolar e criar novas possibilidades, como a abordagem familiar, com a finalidade de assegurar a universalidade e a integralidade da ateno.
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O conceito de sofrimento social caracteriza-se pela compreenso das situaes de aflio e dor como experincias sociais e no como problemas individuais. Este trabalho analisa a natureza social e poltica do sofrimento de um adolescente em cumprimento de medida socioeducativa. Inspirado na abordagem de Veena Das, o artigo se apia em "carne" e discurso para problematizar a relao entre cidadania e segmentos juvenis discriminados, que se manifesta nas ambiguidades das prticas institucionais presentes no fluxo de execuo de medidas socioeducativas. O artigo analisa as contradies entre o objetivo institucional de evitar a reincidncia de atos infracionais, auxiliando o adolescente a tornar-se um cidado autnomo, e as narrativas e expresses corporais dos adolescentes durante o cumprimento das medidas. A trajetria aqui descrita leva ao reconhecimento de que o trnsito da medida de internao para as medidas em meio aberto se d sob a tenso entre o discurso institucional de reorganizar a vida escolar, familiar e comunitria e a experincia cotidiana dos adolescentes, que segue marcada pela constante ameaa policial e pela privao de acessos a bens pblicos. O cumprimento de medidas socioeducativas acaba por reforar entre os adolescentes a aflio de serem socialmente tidos como suspeitos e fugitivos e, consequentemente, a incorporao de um lugar social particular, o de membro do "mundo do crime". O desempenho na vida cotidiana de um "estilo bandido" revela formas de resposta ao discurso dominante no sistema socioeducativo, contexto que indica o paradoxo do Estado brasileiro, que garante uma democracia formal enquanto viola direitos civis.
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Objetivo: Descrever a incidncia e a mortalidade por Aids no Brasil e mulheres na fase menopausal e ps-menopausa. Mtodos: Estudo retrospectivo de 1996 a 2005, utilizando dados secundrios do Sistema de Informaes de Sade do DATASUS - Ministrio da Sade. Buscou-se por populao residente em dados "Demogrficos e Socioeconmicos, incidncia no Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN) e mortalidade no Sistema de Informao sobre Mortalidade (SIM). Os coeficientes especficos de incidncia e de mortalidade por Aids/100.000 mulheres foram calculados para cada dcada da faixa etria de 30 a 69 anos (30-39, 40-49, 50-59, 60-69), pois inclui a populao de interesse; isto , mulheres na transio menopausal e ps-menopausa, dos 35 aos 65 anos, Resultados: Houve aumento da incidncia de Aids entre os anos de 1996 e 1998, a partir da, observa-se tendncia ligeira queda at 2000 e posterior incremento at 2004. Em 2005, o coeficiente retorna a valores prximos dos encontrados em 1997. A mortalidade apresentou queda em todas as faixas etrias nos anos de 1996 e 1997, a partir de ento, os coeficientes mantm-se praticamente estveis at 1999, exceto na faixa etria de 30 a 39 anos que continua estvel at 2005. J entre mulheres acima de 40 anos, o coeficiente de mortalidade apresentou aumento entre os anos 1999 a 2005. concluso: Houve aumento no nmero de casos novos de Aids entre mulheres acima de 30 anos e o mesmo processo se repetiu com relao mortalidade. O aumento e "envelhecimento" da epidemia entre brasileiras, sinalizam que medidas de promoo sade, preveno da doena, diagnstico precoce e tratamento efetivo devem ser oferecidos de maneira apropriada s mulheres de 30 a 69 anos, considerando as caractersticas pessoais, o contexto familiar e o papel social do sexo feminino nestas idades
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CONTEXTO E OBJETIVO: A mortalidade infantil expressa uma conjuno de fatores relacionados s condies de vida, trabalho e acesso aos servios de sade, e a identificao desses fatores pode contribuir para definio de intervenes em sade. O objetivo deste trabalho foi analisar a expresso da vulnerabilidade e conseqentes diferenas de acesso aos servios de sade e na ocorrncia de bitos em menores de um ano no municpio do Embu. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo descritivo, no municpio de Embu. MTODOS: Foram coletados dados secundrios (declaraes de bitos) e primrios (entrevistas a famlias de crianas residentes do municpio do Embu, falecidas nos anos de 1996 e 1997, antes de completarem um ano). Variveis estudadas foram relacionadas s condies de vida, renda e trabalho, assistncia pr-natal, ao parto e ateno sade da criana, as quais foram comparadas com resultados obtidos em estudo realizado no ano de 1996. RESULTADOS: Verificaram-se diferenas estatisticamente significantes quanto a renda, trabalho sem carteira assinada e acesso a plano privado de sade entre famlias de crianas que foram ao bito. Verificaram-se, tambm, diferenas quanto ao acesso e qualidade da assistncia pr-natal, freqncia de baixo peso ao nascer e a intercorrncias neonatais. CONCLUSES: A situao de emprego/desemprego foi decisiva na determinao da estabilidade familiar, conferindo maior vulnerabilidade para ocorrncia de bitos infantis, somada s condies de acesso e qualidade dos servios de sade
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Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo realizar uma reviso de literatura sobre os fatores determinantes do consumo alimentar. Mtodo: Foi realizada uma reviso de literatura em bases de dados, como Medline e na biblioteca da Faculdade de Sade Pblica daUniversidade de So Paulo (FSP-USP). Resultados: Foram criadas quatro categorias de fatores determinantes do consumo alimentar: biolgica, econmica, oferta/disponibilidade dos alimentos e social. Entre os fatores biolgicos, podem-se destacar as caractersticas sensoriais dos alimentos, principalmente o sabor, apontado como um dos principais determinantes. Na categoria econmica so includos a renda familiar, o preo dos alimentos e a escolaridade. A oferta e a disponibilidade dos alimentos abrangem as influncias do meio ambiente na aquisio dos alimentos e quanto aos determinantes sociais esto relacionados estrutura, dinmica e influncia da famlia. Pouco se conhece sobre os fatores que determinam as escolhas e o consumo alimentar dos brasileiros. necessria a realizao de mais estudos para conhec-los
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Este estudo teve por objetivo avaliar a participao relativa dos grupos de alimentos no Valor Energtico Total (VET) para as famlias rurais e urbanas das Regies Nordeste e Sudeste, de acordo com o rendimento mensal familiar. Foram utilizadas as informaes da Pesquisa de Oramentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), entre julho de 2002 e junho de 2003. Os recursos do software Statistical Analysis System foram utilizados para as anlises. Quanto participao dos distintos grupos alimentares no VET, destaca-se a reduzida contribuio energtica das frutas e hortalias, bem como a elevada participao do grupo de acares e doces, evidenciadas para a totalidade das famlias analisadas. Foi notria a influncia exercida pela localizao dos domiclios, especialmente o estrato geogrfico, bem como pelos rendimentos familiares, sobre a alimentao da populao das Regies Nordeste e Sudeste do Brasil.
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OBJETIVO: Avaliar a associao entre eventos de vida produtores de estresse (EVPE) e queixas de insnia (QI). MTODOS: Foram analisados dados seccionais de 695 auxiliares de enfermagem de um hospital universitrio, participantes do Estudo Pr-Sade - coorte de funcionrios de uma universidade no Rio de Janeiro. As informaes foram obtidas atravs de um questionrio multidimensional e autopreenchido, que avaliou a ocorrncia de EVPE nos ltimos 12 meses, variveis socioeconmicas e demogrficas e QI. As QI foram analisadas como desfecho politmico (frequente, ocasional, e ausente). Odds ratios brutos e ajustados foram calculados atravs de regresso logstica multinomial. RESULTADOS: A prevalncia total de QI foi de 45,8% (16,7% frequentes e 29,1% ocasionais). Aps ajuste por sexo, idade, estado civil, renda familiar per capita e regime de trabalho, os EVPE associados com QI frequentes foram: "rompimento de relao amorosa" (OR = 3,32; IC95% 1,90 - 5,78), "ter tido problemas graves de sade" (OR = 2,82; IC95% 1,73 - 4,58); "dificuldades financeiras graves" (OR = 2,38; IC95% 1,46 - 3,88), e "mudana forada de moradia" (OR = 1,97; IC95% 1,02 - 3,79). Com relao s QI ocasionais, houve associao apenas com rompimento de relao amorosa (OR = 2,30; IC95% 1,42 - 3,74) e dificuldades financeiras graves (OR = 1,87; IC95% 1,27 - 2,75). CONCLUSES: Dada a responsabilidade com vidas humanas que os auxiliares de enfermagem assumem durante seu horrio de trabalho, nossos achados podem contribuir para aes mais efetivas, por parte dos servios de sade ao trabalhador, para lidar com o estresse nessa categoria
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Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre mtodos anticoncepcionais em mulheres no puerprio, bem como analisar a escolha e seu uso efetivo decorrido seis meses do parto. Mtodo: Estudo prospectivo, transversal, realizado por entrevistas no puerprio precoce e aps seis meses, com 107 mulheres internadas que aceitaram participar do estudo aps a leitura do consentimento livre e esclarecido. Avaliaram-se os indicadores socioeconmicos, o conhecimento em anticoncepo, a orientao recebida, a oferta e uso de contraceptivos aps seis meses do parto. Resultados: Os mtodos anticoncepcionais mais conhecidos de forma espontnea foram a plula (89%) e o condom masculino (65%). O DIU com hormnio foi o menos lembrado espontaneamente. Perto de 95% das purperas referiram desejar evitar nova gravidez. Os mtodos mais escolhidos foram a plula (24%) e a ligadura tubria (18%). Ao se perguntar sobre o interesse em outros mtodos contraceptivos aps o questionrio, 48% demonstraram interesse, sendo o mais citado o DIU (26%). Apenas um quarto das mulheres que disseram conhecer o DIU, faria a opo pelo mtodo. Aps seis meses, apenas 47 mulheres foram contatadas, e somente 31 delas haviam recebido orientao sobre anticoncepo (em mdia sobre trs mtodos diferentes). Houve apenas uma insero de DIU de cobre, e trs mulheres estavam grvidas naquele momento. Concluses: O conhecimento da anticoncepo pelas mulheres no puerprio foi alto e melhorou aps a estimulao. A avaliao dos resultados parece indicar que a simples leitura dos mtodos anticoncepcionais disponveis contribui para a escolha por mtodos no relatados espontaneamente
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Este estudo teve por objetivo identificar o risco e os fatores associados mortalidade materna de multigestas (cinco ou mais gestaes). Descreve a tendncia da Taxa de Fecundidade Total (TFT) e da Razo de Mortalidade Materna (RMM) de 1998 a 2004 no Paran. Apresenta uma anlise dos 822 bitos maternos deste perodo, o clculo da Razo de Mortalidade Materna Especfica, o Risco Relativo, a freqncia e o Odds Ratio para algumas variveis segundo nmero de gestaes. Analisa tambm as causas e a evitabilidade dos bitos maternos. Os resultados apontaram TFT baixa (1,8 filhos por mulher) e a RMM elevada (69,7/100.000 nascidos vivos) no Paran em 2004. Um quarto dos 822 bitos maternos (206) era de multigestas (cinco ou mais gestaes), o risco relativo de morte materna foi seis vezes superior do que para as mulheres com at duas gestaes, e os perfis sociodemogrfico e o reprodutivo foram mais desfavorveis para aquele grupo de mulheres. A baixa escolaridade, a idade igual ou acima de 30 anos e o pr-natal com menos de quatro consultas apresentaram associao com o maior nmero de gestaes. A proporo de mortes por causas obsttricas indiretas, hemorragias e aborto, foi maior entre as multigestas, e cerca de 90% dos bitos deste grupo foi considerado evitvel. Concluiu-se que o monitoramento das multigestas com idade avanada e em desvantagem social, bem como aes efetivas de planejamento familiar, e servios obsttricos qualificados para gestao de alto risco so medidas que podem contribuir para a reduo da mortalidade materna