52 resultados para Doenças parasitárias Epidemiologia - Teses
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a prevalncia de osteoporose auto-referida (com diagnstico mdico prvio) e de fatores de risco e proteo associados. MTODOS: Estudo transversal baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenças Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL). Foram entrevistados 54.369 indivduos com idade >18 anos residentes em domiclios servidos por pelo menos uma linha telefnica fixa nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Estimativas de osteoporose segundo fatores socioeconmicos, comportamentais e ndice de massa corporal foram estratificadas por sexo. Foram calculados riscos de ocorrncia de osteoporose para cada varivel individualmente, e em modelo multivariado, considerando-se odds ratio como proxy da razo de prevalncia. RESULTADOS: A prevalncia de osteoporose referida foi de 4,4%, predominantemente entre mulheres (7,0%), com idade >45 anos, estado civil no solteiro e ex-fumante. Entre homens, ter mais de 65 anos, ser casado ou vivo e sedentrio associaram-se positivamente ao desfecho. CONCLUSES: Dentre os fatores associados osteoporose, destacam-se aspectos modificveis relacionados com a preveno da doena, como a atividade fsica e tabagismo.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar as prevalncias de comportamentos prejudiciais sade e de outros fatores de risco cardiovascular entre idosos com hipertenso auto-referida e comparando-as com de no-hipertensos. MTODOS: Foram utilizados dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenças Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), referentes aos 9.038 idosos residentes em domiclios com pelo menos uma linha telefnica fixa nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2006. RESULTADOS: A prevalncia de hipertenso auto-referida foi de 55% (IC 95%: 53;57). A maioria dos hipertensos apresentava concomitncia de trs ou mais fatores de risco (69%; IC 95%: 67;71). Foram observadas altas prevalncias de atividades fsicas insuficientes no lazer (88%; IC 95%: 86;89) e do consumo de frutas e hortalias inferior a cinco pores dirias (90%; IC 95%: 88;90) entre hipertensos, seguidas pela adio de sal aos alimentos (60%; IC 95%: 57;63), consumo habitual de carnes gordurosas (23%; IC 95%: 21;25), tabagismo (9%; IC 95%: 7;10) e consumo abusivo de lcool (3%; IC 95%: 2;4). Essas prevalncias foram semelhantes s observadas entre no hipertensos (p >0,05), exceto tabagismo. A prevalncia do tabagismo foi menor entre hipertensos (razo de prevalncia ajustada [RPA] = 0,75; IC 95%: 0,64;0,89) e as prevalncias de sobrepeso (RPA= 1,37; IC 95%: 1,25;1,49), dislipidemia (RPA 1,36; IC 95%: 1,26;1,36) e diabetes (RPA= 1,37; IC 95%: 1,27;1,37) foram mais altas. CONCLUSES: Os resultados sugerem que, exceto tabagismo, os comportamentos prejudiciais sade entre idosos persistem aps o diagnstico da hipertenso arterial.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a prevalncia de excesso de peso e obesidade e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados referentes a indivduos com idade >18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenças Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Para 49.395 indivduos, o ndice de massa corporal (IMC) foi utilizado para identificar excesso de peso (IMC 25-30 kg/m) e obesidade (IMC >30 kg/m). Prevalncia e razes de prevalncia foram apresentadas segundo variveis sociodemogrficas, escolaridade e condio de sade/comorbidades e auto-avaliao da sade, estratificadas por sexo. Utilizou-se regresso de Poisson para anlises brutas e ajustadas por idade. RESULTADOS: A prevalncia de excesso de peso foi de 47% para os homens e 39% para as mulheres, e de obesidade, 11% para ambos os sexos. Observou-se associao direta entre excesso de peso e escolaridade entre homens, e associao inversa entre mulheres. Obesidade foi mais freqente entre os homens que viviam com companheira e no esteve associada com escolaridade ou cor da pele. As prevalncias de excesso de peso e obesidade foram mais altas entre mulheres negras e que viviam com companheiro. A presena de diabetes, hipertenso arterial sistmica e dislipidemias, bem como considerar sua sade como regular ou ruim, tambm foram referidas pelos entrevistados com excesso de peso ou obesidade. CONCLUSES: Enquanto cerca de um de cada dois entrevistados foram classificados com excesso de peso, obesidade foi referida por um de cada dez entrevistados. Variveis socioeconmicas e demogrficas, bem como morbidades referidas, foram associadas com excesso de peso e obesidade. Esses resultados foram similares queles encontrados em outros estudos brasileiros.
Resumo:
OBJECTIVES: To assess risk and protective factors for chronic noncommunicable diseases (CNCD) and to identify social inequalities in their distribution among Brazilian adults. METHODS: The data used were collected in 2007 through VIGITEL, an ongoing population-based telephone survey. This surveillance system was implemented in all of the Brazilian State capitals, over 54,000 interviews were analyzed. Age-adjusted prevalence ratios for trends at different schooling levels were calculated using Poisson regression with linear models. RESULTS: These analyses have shown differences in the prevalence of risk and protective factors for CNCD by gender and schooling. Among men, the prevalence ratios of overweight, consumption of meat with visible fat, and dyslipidemia were higher among men with more schooling, while tobacco use, sedentary lifestyle, and high-blood pressure were lower. Among women, tobacco use, overweight, obesity, high-blood pressure and diabetes were lower among men with more schooling, and consumption of meat with visible fat and sedentary lifestyles were higher. As for protective factors, fruit and vegetables intake and physical activity were higher in both men and women with more schooling. CONCLUSION: Gender and schooling influence on risk and protective factors for CNCD, being the values less favorable for men. vigitel is a useful tool for monitoring these factors amongst the Brazilian population.
Resumo:
O objetivo deste artigo descrever a distribuio dos principais fatores de risco (FR) e proteo para doenças crnicas no transmissveis (DCNT) entre os beneficirios de planos de sade. Foi utilizada amostra aleatria de adultos com 18 ou mais anos de idade nas capitais brasileiras, analisando-se frequncias de FR em 28.640 indivduos em 2008. Homens mostraram alta prevalncia dos seguintes fatores de risco: tabaco, sobrepeso, baixo consumo de frutas e legumes, maior consumo de carnes gordurosas e lcool, enquanto mulheres mostraram maior prevalncia de presso arterial, diabetes, dislipidemia e osteoporose. Homens praticam mais atividade fsica e mulheres consomem mais frutas e vegetais. Homens com maior escolaridade apresentam maior frequncia de sobrepeso, consumo de carnes com gorduras e dislipidemia. Entre mulheres, tabaco, sobrepeso, obesidade e doenças autorreferidas decrescem com aumento da escolaridade, enquanto o consumo de frutas e legumes, atividade fsica, mamografia e exame de papanicolau aumentam com a escolaridade. CONCLUSO: a populao usuria de planos de sade constitui cerca de 26% da populao brasileira, e o estudo atual visa acumular evidncias para atuao em aes de promoo da sade para esse pblico.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar as prevalncias de excesso de peso (EP), hipertenso arterial (HA) e fatores associados em trabalhadores de empresas beneficiadas pelo Programa de Alimentao do Trabalhador (PAT) da cidade de So Paulo. MTODOS: Estudo transversal com 1.339 trabalhadores de 30 empresas. A coleta de dados envolveu a aplicao de um questionrio com dados de caracterizao dos trabalhadores e peso e altura auto-referidos. Foi realizada a aferio da presso arterial e o estado nutricional foi classificado segundo o ndice de Massa Corporal (IMC). Odds ratios foram estimadas na avaliao dos fatores de risco associados a HA e EP. RESULTADOS: Os trabalhadores apresentaram, em mdia, 36,4 anos (dp = 10,3) e 9,9 anos de estudo (dp = 2,3), sendo 60% da amostra pertencente ao sexo masculino. Na comparao com homens, mulheres apresentaram valores significativamente menores de idade, presso arterial sistlica (PAS) e diastlica (PAD) e IMC e maior escolaridade. As prevalncias em homens de EP (25 kg/m2) (56%) e de HA (PAS > 140 mmHg e/ou PAD > 90 mmHg ou uso de medicaes anti-hipertensivas) (38%), foram aproximadamente o dobro da registrada em mulheres (30% e 19%), respectivamente. Idade foi fator de risco para a ocorrncia de EP e HA em ambos os sexos, enquanto que a escolaridade foi fator de proteo para EP e HA em mulheres e fator de risco para o desenvolvimento de EP em homens. CONCLUSO: Os trabalhadores do sexo masculino constituram uma populao de maior risco para ocorrncia de HA e EP e devem ser priorizados nos programas que visam a preveno dessas doenças. Neste sentido, o PAT pode representar um lugar de destaque nas aes de sade e nutrio no ambiente de trabalho.
Resumo:
Summary: In 1984, children presented to the emergency department of a hospital in the small town of Promisso, So Paulo State, Brazil, with an acute febrile illness that rapidly progressed to death. Local clinicians and public health officials recognized that these children had an unusual illness, which led to outbreak investigations conducted by Brazilian health officials in collaboration with the U.S. Centers for Disease Control and Prevention. The studies that followed are an excellent example of the coordinated and parallel studies that are used to investigate outbreaks of a new disease, which became known as Brazilian purpuric fever (BPF). In the first outbreak investigation, a case-control study confirmed an association between BPF and antecedent conjunctivitis but the etiology of the disease could not be determined. In a subsequent outbreak, children with BPF were found to have bacteremia caused by Haemophilus influenzae biogroup aegyptius (H. aegyptius), an organism previously known mainly to cause self-limited purulent conjunctivitis. Molecular characterization of blood and other isolates demonstrated the clonal nature of the H. aegyptius strains that caused BPF, which were genetically distant from the diverse strains that cause only conjunctivitis. This led to an intense effort to identify the factors causing the unusual invasiveness of the BPF clone, which has yet to definitively identify the virulence factor or factors involved. After a series of outbreaks and sporadic cases through 1993, no additional cases of BPF have been reported
Resumo:
A Organizao Mundial de Sade tem hoje duas classificaes de referncia para a descrio dos estados de sade: a Classificao Estatstica Internacional de Doenças e Problemas Relacionados Sade, que corresponde dcima reviso da Classificao Internacional de Doenças (CID-10) e a Classificao Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Sade (CIF). A utilizao da CIF vem sendo aguardada com grande expectativa pelas organizaes de pessoas com deficincias e instituies relacionadas. A falta de definio clara de "deficincia" ou "incapacidade" tem sido apontada como um impedimento para a promoo de sade de pessoas com deficincia. importante que essas definies, especialmente no mbito legislativo e regulamentar, sejam consistentes e se fundamentem num modelo coerente sobre o processo que origina as situaes de incapacidade. Este artigo tem como objetivo apresentar elementos da CID-10 e da CIF, e o papel que desempenham para definir deficincia e incapacidade. Os componentes da CIF podem contribuir para diferentes campos de aplicabilidade no que diz respeito ao entendimento das definies de deficincia ou incapacidade a partir do conceito de funcionalidade e dos fatores contextuais
Resumo:
Apresenta-se anlise da morbi-mortalidade por Doenças do Aparelho Respiratrio entre idosos de Cubato e cobertura vacinal no perodo 1999-2005. Observa-se tendncia de reduo, acompanhada de aumento da cobertura de vacinao contra o vrus influenza
Resumo:
O envelhecimento populacional um fato marcante da transio demogrfica. O estudo das causas bsicas em idosos permite visualizar seu perfil epidemiolgico, embora possa ser prejudicado pela alta proporo de causas mal definidas. O objetivo deste trabalho descrever a mortalidade dos idosos por essas causas no Brasil. A fonte dos dados foi o Sistema de Informaes sobre Mortalidade do Ministrio da Sade.Entre as variveis, a principal modalidade foi a causa bsica mal definida [ Captulo XVIII da Classificao Estatstica Internacional de Doenças e Problemas Relacionados Sade-Dcima Reviso (CID-10)]. O decrscimo desses bitos em idosos foi de 35 por cento entre 1996 e 2005.Considerando os bitos de 60 a 69 anos e os de 80 e mais anos, as propores de mal definidos aumentaram em 9,9 por cento e 14,8 por cento, respectivamente, no ano de 2005. Mtodos visando a sua diminuio so sugeridos, salientando-se que o fato mais importante o de os mdicos preencherem adequadamente as declaraes de bito- com as reais causas bsicas, conseqnciais e terminais-, objetivo maior dos estudiosos
Resumo:
Ao mensurar-se mortalidade materna, necessrio distinguir ' mortes por causas maternas' e 'mortes maternas' Para a Organizao Mundial da Sade-OMS-,mortes maternas so as que ocorrem na gestao, no parto e at 42 dias aps o parto; e mortes por causas maternas englobam as causas classificadas no Captulo XV da Classificao Estatstica Internacional de Doenças e Problemas Relacionados Sade, Dcima Reviso (CID-10), incluindo as ocorridas quando passados 42 dias do parto. Apresentam-se resultados da investigao de mortes femininas em idade frtil-10 a 49 anos- nas capitais de Estados e no Distrito Federal do Brasil, em 2002. Adotou-se a metodologia RAMOS, comparando-se as causas bsicas das declaraes de bito originais com as das declaraes preenchidas aps o resgate de informaes, obtidas em entrevistas domiciliares e pronturios. Entre as mortes por causas maternas originais, 15,9 por cento no eram mortes maternas, de acordo com a definio da OMS. Houve, concomitantemente, subenumerao de mortes maternas. Sugestes so feitas para melhorar o preenchimento das declaraes de bito e incluso de novas categorias na CID-10, visando melhorar a informao das causas maternas
Resumo:
H poucos estudos sobre mortalidade feminina durante o climatrio, em especial no Brasil. O objetivo deste estudo foi analisar a tendncia de mortalidade em mulheres de 35 a 64 anos no Brasil nos ltimos anos. Para tanto, foram coletados os dados de mortalidade do Sistema de Informaes de Mortalidade do Datasus, Ministrio da Sade, para o perodo de 1979 a 2004. Para anlise, foram calculados os coeficientes especficos de mortalidade por idade e causa para os dez captulos da Classificao Internacional de Doenças mais freqentes como causa de morte por dcada da faixa etria do climatrio, nas regies do Brasil. No Brasil, trs captulos da Classificao Internacional de Doenças predominaram: doenças do aparelho circulatrio; neoplasias e causas mal definidas. As regies Sudeste, Sul e Centro-Oeste acompanharam o mesmo padro do pas, em relao posio das trs primeiras causas de morte, contudo, as doenças do aparelho circulatrio e as causas mal definidas descresceram e as neoplasias aumentaram. Na regio Norte, apesar das mesmas causas apresentarem coeficientes prximos, as doenças circulatrias prevaleceram na maior parte do perodo estudado, mas as causas mal definidas foram mais freqentes que as neoplasias. J no Nordeste, as principais causas foram as mal definidas, embora tenham descrecido de 1979 a 2004. As doenças do aparelho circulatrio e neoplasias ocuparam a segunda e terceira posies, respectivamente, e aumentaram no perodo de estudo
Resumo:
Diversos fatores de risco cardiovascular so prevenveis e modificveis pela dieta. Esta reviso foi baseada nos dados do PubMed e posicionamento da rgos oficiais. A protena da soja contendo ou no isoflavonas exerce pouco efeito (<6%) sobre as dislipidemias, sendo que as isoflavonas isoladas tm efeito nulo. Os cidos graxos saturados e trans permanecem como nutrientes controlados, sendo a excluso dos trans meta de diversas leis. Em contrapartida, o mega 3 e 9 deve ser estimulado nos pases onde o consumo reduzido. Embora a literatura apresente aes contraditrias sobre mega 6, as entidades oficiais reforam seus benefcios sobre o risco cardiovascular. Os fitoesteris trazem benefcios no controle lipdico em intervenes primrias e secundrias. Essas observaes ganham dimenso populacional quando alimentos (frutos secos, peixes, azeite de oliva, vinho) e modelos dietticos (Mediterrneo e Asitica) apresentam relao negativa com as doenças cardiovasculares. Portanto, h fortes evidncias que justificam o consumo de alimentos contendo esses nutrientes