48 resultados para Síndrome metabólica Mulheres
Resumo:
A síndrome do X Frgil a causa mais frequente de deficincia intelectual hereditria. A variante de Dandy-Walker trata-se de uma constelao especfica de achados neurorradiolgicos. Este estudo relata achados da comunicao oral e escrita de um menino de 15 anos com diagnstico clnico e molecular da síndrome do X-Frgil e achados de neuroimagem do encfalo compatveis com variante de Dandy-Walker. A avaliao fonoaudiolgica foi realizada por meio da Observao do Comportamento Comunicativo, aplicao do ABFW - Teste de Linguagem Infantil - Fonologia, Perfil de Habilidades Fonolgicas, Teste de Desempenho Escolar, Teste Illinois de Habilidades Psicolingusticas, avaliao do sistema estomatogntico e avaliao audiolgica. Observou-se: alterao de linguagem oral quanto s habilidades fonolgicas, semnticas, pragmticas e morfossintticas; dficits nas habilidades psicolingusticas (recepo auditiva, expresso verbal, combinao de sons, memria sequencial auditiva e visual, closura auditiva, associao auditiva e visual); e alteraes morfolgicas e funcionais do sistema estomatogntico. Na leitura verificou-se dificuldades na decodificao dos smbolos grficos e na escrita havia omisses, aglutinaes e representaes mltiplas com o uso predominante de vogais e dificuldades na organizao viso-espacial. Em matemtica, apesar do reconhecimento numrico, no realizou operaes aritmticas. No foram observadas alteraes na avaliao audiolgica perifrica. A constelao de sintomas comportamentais, cognitivos, lingusticos e perceptivos, previstos na síndrome do X-Frgil, somada s alteraes estruturais do sistema nervoso central, pertencentes variante de Dandy-Walker, trouxeram interferncias marcantes no desenvolvimento das habilidades comunicativas, no aprendizado da leitura e escrita e na integrao social do indivduo.
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OBJETIVO: avaliar caractersticas clnicas, patolgicas e moleculares de carcinomas mamrios em mulheres muito jovens em comparao a tumores de mulheres na ps-menopausa. MTODOS: foram selecionados 106 casos de cncer de mama de mulheres jovens e 130 casos de mulheres ps-menopausa. Foram analisados dados clnicos (idade ao diagnstico, estadiamento, ocorrncia de metstases, tempo de sobrevida global e livre de doena), antomo-patolgicos (tamanho do tumor, tipo e grau histolgico do tumor primrio) e marcadores moleculares (receptores de estrgeno e progesterona, HER2, p53, p63, citoqueratinas 5 e 14 e EGFR) com uso da imunoistoqumica empregando microarranjo de tecido. Foi analisada a relao entre as caractersticas clnico-patolgicas, imunoistoqumicas e de sobrevidas global e livre de doena. RESULTADOS: as pacientes muito jovens apresentaram maior frequncia de nuliparidade (p=0,03), maior dimetro dos tumores (p<0,000), estadiamento clnico mais avanado (p=0,01), maior nmero de linfonodos positivos (p=0,001) e tumores pouco diferenciados (p=0,004). A maioria das pacientes jovens recebeu tratamento com quimioterapia (90,8%) e radioterapia (85,2%) e em menor proporo com tamoxifeno (31,5%), comparado s mulheres na ps-menopausa. Observamos baixa positividade para o receptor de estrgeno (49,1%; p=0,01) e alta positividade para a protena HER2 (28,7%; p=0,03) nas mulheres jovens. O fentipo triplo-negativo foi observado em 29,6% no grupo jovem e em 20% nas mulheres na ps-menopausa. Os tumores de fentipo basal foram mais frequentes nas mulheres jovens (50%). As metstases sistmicas ocorreram em 55,3% dos casos nas jovens e em 39,2% nas idosas. As sobrevidas global e livre de doena em cinco anos foram, respectivamente, 63 e 39% para as mulheres jovens e 75 e 67% para o grupo de mulheres na ps-menopausa. CONCLUSES: carcinomas mamrios de mulheres muito jovens tm caractersticas clnicas, patolgicas e moleculares mais agressivas quando comparadas s mulheres acima de 50 anos.
Resumo:
O estudo teve como objetivo buscar evidncias na literatura acerca da incluso de crianas com Síndrome de Down na rede regular de ensino. Elaboraram-se reviso da literatura e busca dos artigos nas bases de dados PubMed e PsycINFO, utilizando as palavras-chave Down syndrome, schools, mainstreaming (education), education, infant, newborn, adolescent, child e preschool, no perodo de 1994 a 2007. Selecionaram-se oito artigos e sua anlise permitiu a identificao do tema: experincias e recomendaes para a incluso. Os dados desta reviso, em sua maioria provenientes de relatos de experincias, indicaram que os fatores que colaboraram ou dificultaram o processo de incluso da criana com síndrome de Down na rede regular de ensino relacionaram-se escola, aos pais e ao professor. Os resultados deste estudo oferecem possibilidades para melhorar o processo de incluso, apresentam os desafios e ainda apontam a necessidade do desenvolvimento de novas pesquisas, cujos resultados possam ser aplicados na prtica.
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FUNDAMENTO: A oxidao da lipoprotena de baixa densidade (LDL-ox) induz formao de eptopos imunognicos na molcula. A presena de autoanticorpos contra a LDL-ox tem sido demonstrada no soro de pacientes com doena arterial coronariana (DAC). Contudo, o papel desses autoanticorpos na fisiopatologia das síndromes coronarianas agudas (SCA) e o seu significado clnico permanecem indefinidos. OBJETIVO: Avaliar a associao entre autoanticorpos contra a LDL-ox e SCA. MTODOS: Os ttulos de imunoglobulina G autoanticorpos contra a LDL-ox por cobre (antiLDL-ox) e contra o peptdeo sinttico D derivado da apolipoprotena B (antipeptD) foram determinados por ensaio imunoenzimtico (ELISA) em 90 pacientes, nas primeiras 12h de SCA (casos) e em 90 pacientes com DAC crnica (controles). RESULTADOS: Os resultados mostraram que os ttulos de antiLDL-ox foram significativamente mais elevados (p = 0,017) nos casos (0,40 0,22), do que nos controles (0,33 0,23). Por outro lado, os ttulos de antipeptD foram significativamente menores (p < 0,01) nos casos (0,28 0,23) do que nos controles (0,45 0,30). A diferena dos ttulos de ambos anticorpos entre os dois grupos estudados foi independente de idade, sexo, hipertenso arterial, diabete melito, dislipidemia, ndice de massa corporal, tabagismo, perfil lipdico, uso de estatinas e histria familiar de DAC. CONCLUSO: Os resultados mostraram que os ttulos de antiLDL-ox foram significativamente mais elevados nos pacientes com síndrome coronariana aguda quando comparados aos pacientes com doena arterial coronariana e podem estar associados instabilidade da placa aterosclertica.
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INTRODUO: As doenas hepticas apresentam ndices de morbidade e mortalidade elevados e quando em estgio avanado tm o transplante do fgado como forma de tratamento potencialmente curativo e eficaz, embora este no possa ser oferecido a todos os pacientes. Isso faz com que essas doenas sejam consideradas problema de sade pblica em todo o mundo. Os cuidados clnicos para manter o paciente com condies de esperar e suportar o transplante continua um desafio. RELATO DO CASO: Mulher com 65 anos de idade, procedente do Recife, com diagnstico de cirrose heptica secundria a vrus C apresentava dispnia importante aos mnimos esforos tendo PaO2 de repouso de 60 mmHg e O2 de 90%, com espirometria normal. Realizou eco-Doppler que evidenciou shunt pulmonar importante. Durante a triagem em lista de transplante (MELD de 16 em agosto de 2006) foi optado pelo incio de sesses de oxigenioterapia em cmara hiperbrica a fim de melhorar a sintomatologia respiratria da síndrome hepato-pulmonar. Apresentava melhora substancial da tolerncia ao exerccio aps a terapia hiperbrica, assim como os valores do PaO2 gasometria. Realizou 10 sesses de oxigenioterapia em cmara hiperbrica. Realizou transplante heptico em outubro de 2007 e vem em acompanhamento ambulatorial com boa evoluo e melhora substancial da dispnia. CONCLUSO: Constatou-se melhora da condio hepato-pulmonar aps oxigenoterapia hiperbrica. Desta forma, ela surge como mais uma ferramenta para o tratamento das doenas hepticas, devendo ser realizados outros estudos que avaliem sua utilizao clnica.
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Modelos tericos inspirados na teoria da histria de vida tm avaliado padres de reproduo humanos em pases desenvolvidos, com resultados ainda no conclusivos. Em vista das condies de vida na populao brasileira, foram investigadas relaes entre marcos da carreira reprodutiva feminina, condies ambientais e variveis psicossociais relacionadas s condies de criao. Foram entrevistadas 606 mulheres em seis estados. Os resultados apiam a teoria da histria de vida, mostrando associaes entre condies de vida na infncia e incio da vida sexual e da reproduo, mas no com a idade da menarca. Sugerimos que diferentes marcadores da vida reprodutiva podem estar sob controle de diferentes fenmenos e que a diversidade de condies da populao brasileira oferece contextos alternativos para testar hipteses.
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This study investigated the disclosure of HIV-positive serostatus to sexual partners by heterosexual and bisexual men, selected in centers for HIV/AIDS care. In 250 interviews, we investigated disclosure of serostatus to partners, correlating disclosure to characteristics of relationships. The focus group further explored barriers to maintenance/establishment of partnerships and their association with disclosure and condom use. Fear of rejection led to isolation and distress, thus hindering disclosure to current and new partners. Disclosure requires trust and was more frequent to steady partners, to partners who were HIV-positive themselves, to female partners, and by heterosexuals, occurring less frequently with commercial sex workers. Most interviewees reported consistent condom use. Unprotected sex was more frequent with seropositive partners. Suggestions to enhance comprehensive care for HIV-positive men included stigma management, group activities, and human rights-based approaches involving professional education in care for sexual health, disclosure, and care of "persons living with HIV".
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OBJETIVO: Descrever os bitos por doenas infecciosas como causa bsica ou mltipla, caracterizando os casos de doena infecciosa preexistente ou desenvolvida na gravidez, aqueles que so mortes maternas por causas obsttricas indiretas e os bitos por Aids ou outras doenas infecciosas, ocorridos no ciclo gravdico puerperal, havendo dvidas na classificao. MTODOS: Adotou-se a metodologia RAMOS (partindo-se da declarao de bito -DO- original, dados reais so resgatados por entrevista domiciliar, consultas a pronturios hospitalares e laudos de autopsia; elaborando-se uma nova DO, com as reais causas de morte). Populao foi constituda pelos bitos femininos de 10 a 49 anos, de residentes nas capitais brasileiras, do 1 semestre de 2002. As causas foram analisadas em bsicas e mltiplas. RESULTADOS: Dos 7.332 bitos, 917 apresentaram uma doena infecciosa como causa bsica (Aids e tuberculose, principalmente). Em 37 casos, a falecida estava no ciclo gravdico puerperal ampliado (englobando, inclusive, mortes ocorridas de 43 dias at um ano ps-parto); 10 no foram classificadas como obsttricas indiretas permanecendo como infecciosas e 14 eram obsttricas indiretas. Quanto s causas mltiplas, para 791 mortes, cujas causas bsicas no eram maternas nem infecciosas, houve 1.016 menes de doenas infecciosas (mdia de 1,28 meno/bito). CONCLUSO: Como o nmero de mortes maternas pequeno, recomenda-se, que investigaes dos casos graves de complicaes da gravidez, parto e puerprio que no faleceram (near-miss) sejam feitas, pois, sendo mais numerosos, representam importante subsdio para estudos da mortalidade materna.
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OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar estimativas obtidas em inquritos domiciliar e telefnico, da realizao dos exames de Papanicolaou e mamografia em mulheres residentes no municpio de So Paulo em 2008, segundo caractersticas sociodemogrficas, bem como dimensionar as diferenas observadas. MTODOS: Foram utilizados os dados do ISA - Capital 2008, inqurito domiciliar realizado no municpio de So Paulo pela Universidade de So Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Secretaria de Estado da Sade com apoio da Secretaria Municipal de Sade de So Paulo, e do VIGITEL - So Paulo, inqurito telefnico realizado pelo Ministrio da Sade para Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas. Estimativas da realizao do exame de Papanicolaou e mamografia na vida, bem como a realizao no ltimo ano foram comparadas segundo o tipo de inqurito (domiciliar/telefone) por meio de regresso de Poisson ajustada por idade e escolaridade. RESULTADOS: No foram encontradas diferenas estatisticamente significantes entre as estimativas obtidas pelo VIGITEL e ISA - Capital para as prevalncias de realizao de mamografia no ltimo ano. No entanto, para as estimativas globais de realizao do exame de Papanicolaou alguma vez na vida e no ltimo ano e da mamografia na vida, foi possvel verificar diferenas estatisticamente significantes, com prevalncias de cobertura superiores entre as entrevistadas pelo inqurito telefnico. CONCLUSO: Os resultados sinalizam a tendncia de superestimao de alguns indicadores de cobertura de mamografia e de exame de Papanicolaou nos dados de pesquisa via telefone, apontando a necessidade de novos estudos que tambm contribuam para o melhor entendimento das diferenas observadas com o uso de diferentes modalidades de inquritos.
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O presente estudo investigou fatores scio-demogrficos, de estilo de vida e gineco-obsttricos associados s concentraes sricas ou plasmticas de homocistena, cido flico, vitaminas B12 e B6 em mulheres de baixa renda de So Paulo, Brasil. Concentraes sricas de cido flico e vitamina B12 foram analisadas por fluoroimunoensaio; concentraes plasmticas de homocistena e vitamina B6, por cromatografia lquida de alta performance em fase reversa. Variveis independentes foram inicialmente selecionadas segundo pressupostos tericos, correlao de Pearson ou teste Kruskal-Wallis (p < 0,20). Concentraes alteradas segundo pontos de corte para homocistena, cido flico, vitaminas B12 e B6 foram observadas em 20%, 6%, 11% e 67% das participantes, respectivamente. Idade foi positivamente correlacionada vitamina B6 e homocistena plasmticas (p < 0,001). ndice de massa corporal foi positivamente correlacionado vitamina B6 plasmtica (p < 0,001). Modelos de regresso linear mltiplos explicaram 10,2%, 5,8%, 14,4% e 9,4% das concentraes de cido flico, vitamina B12, vitamina B6 e homocistena, respectivamente. No presente estudo, variveis scio-demogrficas, de estilo de vida e gineco-obsttricas apresentaram contribuio importante na variao das concentraes dos indicadores bioqumicos avaliados.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o comportamento alimentar de mulheres com cncer de mama submetidas quimioterapia, e sua relao com a qualidade de vida destas pacientes. MTODOS: A partir de um ensaio clnico do tipo antes e depois, selecionou-se 25 mulheres do Hospital AC Camargo (So Paulo, Brasil) durante o perodo de outubro de 2005 a abril de 2006. As pacientes inclusas no estudo apresentavam diagnstico de cncer de mama, com estadiamento I e II e indicao de tratamento quimioterpico adjuvante. Nos momentos T0 (antes) e T1 (aps o tratamento quimioterpico), o comportamento alimentar (consumo e averso alimentar) foi avaliado por trs recordatrios 24 horas e um questionrio Food Action, respectivamente. A qualidade de vida foi monitorada por meio do questionrio Functional Assessment of Cancer Therapy-Breast. RESULTADOS: Aps o tratamento quimioterpico (T1), o consumo de macro e micronutrientes no apresentou alteraes significantes, mas o consumo de frutas e sucos aumentou (p=0,03). Perfil inverso foi observado em relao preferncia por caf preto (p=0,01) e pelo grupo de bebidas (p<0,001). Alimentos gordurosos (38%), laticnios (23%), caf preto (15%), ch (15%), chocolate (7%) e carne vermelha (7%) foram os principais alimentos associados ao desconforto das pacientes. Anlises de qualidade de vida mostraram que o tratamento quimioterpico promoveu significante reduo no bem estar fsico (p<0,01). Aps o mesmo, algumas variveis do comportamento alimentar foram significantemente correlacionadas com os parmetros de qualidade de vida. CONCLUSO: A relao bilateral entre comportamento alimentar e qualidade de vida foi modificada negativamente pelo tratamento quimioterpico.