36 resultados para Right to development
Resumo:
Este artigo descreve como jovens religiosos e autoridades religiosas das respectivas comunidades compreendem a sexualidade, considerando suas experiências pessoais e como membros de comunidades religiosas. A análise pretende contribuir para que políticas públicas dedicadas à promoção da saúde sexual da juventude considerem a religiosidade no contexto de um Estado laico e da promoção do direito à prevenção. Foram realizadas 26 entrevistas abertas e semidirigidas em diferentes comunidades da região metropolitana da cidade de São Paulo (comunidade Católica, de Umbanda, do Candomblé e de diferentes denominações Evangélicas) sobre iniciação sexual, casamento, gravidez, contracepção e prevenção das DSTs/aids, homossexualidade, aborto e direitos humanos. Observou-se como jovens e autoridades religiosas convivem com a tensão entre tradição e modernidade e os distintos discursos sobre a sexualidade. Como sujeitos religiosos (do discurso religioso) e sujeitos sexuais (de discursos sobre sexualidade), devem ser incorporados pelos programas como sujeitos de direito nos termos de sua religiosidade.
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The use of neuromodulation as a treatment for major depressive disorder (MDD) has recently attracted renewed interest due to development of other non-pharmacological therapies besides electroconvulsive therapy (ECT) such as transcranial magnetic stimulation (TMS), transcranial direct current stimulation (tDCS), deep brain stimulation (DBS), and vagus nerve stimulation (VNS). METHOD: We convened a working group of researchers to discuss the updates and key challenges of neuromodulation use for the treatment of MDD. RESULTS: The state-of-art of neuromodulation techniques was reviewed and discussed in four sections: [1] epidemiology and pathophysiology of MDD; [2] a comprehensive overview of the neuromodulation techniques; [3] using neuromodulation techniques in MDD associated with non-psychiatric conditions; [4] the main challenges of neuromodulation research and alternatives to overcome them. DISCUSSION: ECT is the first-line treatment for severe depression. TMS and tDCS are strategies with a relative benign profile of side effects; however, while TMS effects are comparable to antidepressant drugs for treating MDD; further research is needed to establish the role of tDCS. DBS and VNS are invasive strategies with a possible role in treatment-resistant depression. In summary, MDD is a chronic and incapacitating condition with a high prevalence; therefore clinicians should consider all the treatment options including invasive and non-invasive neuromodulation approaches.
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O objetivo deste estudo é descrever e analisar as representações sociais dos conselheiros de saúde sobre a temática da vigilância sanitária. A pesquisa qualitativa de representação social foi adotada como metodologia, sendo utilizada a técnica de entrevista baseada em roteiro semiestruturado. Os dados obtidos com a realização das entrevistas foram analisados pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Através dos discursos, os conselheiros de saúde demonstraram conhecer a vigilância sanitária e reconhecerem sua importância para as práticas de Saúde Pública. Demonstraram também, estarem aptos a participar do processo de formulação da Política Municipal de Vigilância Sanitária. O estudo conclui que a vigilância sanitária, principalmente na esfera local, precisa se apropriar dos conselhos de saúde como espaços públicos capazes de legitimar e dar transparência às suas ações, discutindo as necessidades da coletividade democraticamente com a sociedade, sendo possível, dessa forma, construir a cidadania ao mesmo tempo em que se assegura o direito à proteção da saúde.
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Este artigo apresenta parte dos resultados de pesquisa que investigou características do movimento de aproximação e afastamento entre homeopatas e médicos da Biomedicina, segundo o ponto de vista dos profissionais não homeopatas. Foram entrevistados 48 profissionais de saúde (docentes, gestores e médicos que trabalham na rede publica). Toma-se para análise apenas os resultados das entrevistas com gestores. Foram usadas como referências as concepções de: campo social e científico de Bourdieu; racionalidades médicas de Madel Luz; arranjos tecnológicos do trabalho em saúde de Mendes-Gonçalves e de identidade profissional de médico de Donnangelo e de Schraiber. Os resultados indicam que o apoio de gestores à presença da Homeopatia no SUS relaciona-se à percepção da demanda social, à defesa do direito de escolha dos usuários e à constatação de tratar-se de uma prática médica que resgata a dimensão humanista da medicina, contribuindo assim para a satisfação do usuário. As dificuldades e resistências apontadas pelos gestores ressaltam que a falta de informações sobre os procedimentos homeopáticos limita as possibilidades de utilização da Homeopatia porque gera insegurança sobre esta medicina.
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Trata-se de estudo que procurou conhecer como o usuário do Programa Saúde da Família (PSF) percebe o direito à privacidade e à confidencialidade de suas informações reveladas ao agente comunitário de saúde (ACS) e como relaciona a visita domiciliar ao seu direito à privacidade. Estudo qualitativo, de natureza exploratória e como instrumento de investigação elaborou-se um roteiro de entrevistas semiestruturadas, com questões abertas, realizadas com usuários de uma Unidade do PSF do município de São Paulo. Os resultados mostraram que os usuários não consideram a entrada do ACS em suas residências como uma invasão à sua privacidade e que esse profissional é visto, muitas vezes, apenas como um facilitador do acesso ao serviço de saúde. Constatou-se tendência em se admitir que as informações dadas em sigilo podem ser reveladas pelo ACS. Notou-se a importância das relações de gênero e do cuidado quando da revelação de determinadas condições de saúde. Enfermidades como AIDS, tuberculose, câncer, doenças da próstata e o diabetes apareceram como doenças que podem causar preconceito e, nesse sentido, não deveriam ser reveladas ao ACS, a não ser pela necessidade do acesso mais rápido às consultas médicas. Pareceu, ainda, haver certa passividade do usuário em relação à percepção da falta de respeito ao sigilo das suas informações.
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Este artigo apresenta a experiência de implantação de um sistema de gestão em Saúde do Trabalhador implantado na Superintendencia de Controle de Endemias (SUCEN), no período de 1998 a 2002, que operava na atividade de controle químico de vetores no Estado de São Paulo. OBJETIVO: Descrever o sistema de gestão participativa, as ações desenvolvidas e os principais resultados alcançados. MÉTODO: Relato da experiência vivenciada pela equipe usando abordagem qualitativa, análise de documentos e apresentação de dados quantitativos. RESULTADOS: Foram eleitas 11 Comissões de Saúde e Trabalho (COMSAT's) que em conjunto com a equipe técnica iniciaram a identificação dos riscos e de propostas para prevenção e controle dos riscos no trabalho. O mapeamento de riscos resultou em 650 recomendações, 45,7% das quais foram executadas. Foram identificadas como doenças relacionadas ao trabalho: reações alérgicas aos pesticidas, lesões por esforços repetitivos, distúrbios auditivos e patologias de coluna vertebral. Participaram dos cursos básicos de saúde do trabalhador 1.003 servidores (76,3% do total de servidores), sendo que 90,8% dos participantes os consideraram ótimos ou bons. CONCLUSÕES: O sistema de gerenciamento participativo coloca em prática os princípios de gestão democrática do Sistema Único de Saúde (SUS); incorpora, por meio do mapeamento de riscos, o saber do trabalhador; inclui os trabalhadores como sujeitos do processo de negociação e mudanças; pratica o direito à informação. As COMSAT's revelaram-se espaços adequados para a negociação das melhorias nas condições de trabalho. A aprovação do sistema de gestão culminou na validação legal por meio de um acordo tripartite assinado em março de 2002.
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OBJETIVO: Analisar mudanças na realização de teste anti-HIV, as razões alegadas entre as pessoas que foram ou não testadas e o recebimento de aconselhamento. MÉTODOS: Estudos transversais conduzidos com homens e mulheres de 16 a 65 anos, com amostras representativas do Brasil urbano em 1998 (n=3.600) e 2005 (n=5.040). Características sociodemográficas, sexuais, reprodutivas e de experiências de vida e saúde foram consideradas na análise. A avaliação das possíveis diferenças nas distribuições das variáveis baseou-se nos testes qui-quadrado de Pearson e F design-based (±<5%). RESULTADOS: Em 1998, 20,2% dos entrevistados haviam realizado o teste e 33,6% em 2005. Foram testadas 60% das mulheres na faixa 25-34 anos, mas as que iniciaram a vida sexual antes dos 16 anos e reportaram quatro ou mais parceiros sexuais nos cinco anos anteriores à entrevista foram menos testadas. Não se observou aumento significativo da testagem entre homens, exceto para os de 55-65 anos, renda per capita entre 1-3 e 5-10 salários mínimos, aposentados, protestantes históricos e adeptos de cultos afro-brasileiros, moradores da região Norte/Nordeste e os que declararam parceria homo/bissexual ou não tiveram relações sexuais nos cinco anos anteriores à entrevista. Não aumentou a freqüência de testagem entre pessoas auto-avaliadas como sob alto risco para o HIV. Entre as mulheres, a freqüência de testagem pré-natal aumentou e a testagem por trabalho diminuiu entre os homens. Em 2005, metade dos testados não recebeu orientação antes ou após o teste. CONCLUSÕES: Houve expansão desigual na testagem, atingindo principalmente mulheres em idade reprodutiva, adultas e pessoas com melhores condições sociais. A testagem parece estar aumentando no País sem a devida atenção à decisão autônoma das pessoas e sem o provimento de maior e melhor oferta de aconselhamento
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Nos últimos 20 anos, houve uma melhoria de praticamente todos os indicadores da saúde materna no Brasil, assim como grande ampliação do acesso aos serviços de saúde. Paradoxalmente, não há qualquer evidência de melhoria na mortalidade materna. Este texto tem como objetivo trazer elementos para a compreensão deste paradoxo, através do exame dos modelos típicos de assistência ao parto, no SUS e no setor privado. Analisaremos as propostas de mudança para uma assistência mais baseada em evidências sobre a segurança destes modelos, sua relação com os direitos das mulheres, e com os conflitos de interesse e resistências à mudança dos modelos. Examinamos os pressupostos de gênero que modulam a assistência e os vieses de gênero na pesquisa neste campo, expressos na superestimação dos benefícios da tecnologia, e na subestimação ou na negação dos desconfortos e efeitos adversos das intervenções. Crenças da cultura sexual não raro são tidas como explicações 'científicas' sobre o corpo, a parturição e a sexualidade, e se refletem na imposição de sofrimentos e riscos desnecessários, nas intervenções danosas à integridade genital, e na negação do direito a acompanhantes. Esta 'pessimização do parto' é instrumental para favorecer, por comparação, o modelo da cesárea de rotina. Por fim, discutimos como o uso da categoria gênero pode contribuir para promover direitos e mudanças institucionais, como no caso dos acompanhantes no parto
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In South Africa, and especially in Johannesburg, apartheid's ""racial"" paradigms are being transformed. Fifteen years after the end of apartheid and the elimination of all forms of inequity based on notion of ""race,"" including the abolition of the Immorality Act of 1949 that prohibited mixed marriages, the discourses of youth challenge preestablished boundaries. Today, the South African Constitution gives people the right to proclaim their sexual orientation and to shape their own identities. Through ethnographic observations carried out in Johannesburg and in-depth interviews with young people, this paper explores transforming notions of identity based on ""race/color/ethnicity,"" gender, class, and sexuality. The dynamics and challenges faced by young people with regards to mixed interactions in post-apartheid Johannesburg are analyzed and the paper looks at how "" race,"" gender, and sexuality interact in the various spaces in Johannesburg and how they affect young people's lives, particularly their perceptions of risk, violence, and HIV/AIDS vulnerability.
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Background: Rhipicephalus sanguineus, known as the brown dog tick, is a common ectoparasite of domestic dogs and can be found worldwide. R. sanguineus is recognized as the primary vector of the etiological agent of canine monocytic ehrlichiosis and canine babesiosis. Here we present the first description of a R. sanguineus salivary gland transcriptome by the production and analysis of 2,034 expressed sequence tags (EST) from two cDNA libraries, one consctructed using mRNA from dissected salivary glands from female ticks fed for 3-5 days (early to mid library, RsSGL1) and the another from ticks fed for 5 days (mid library, RsSGL2), identifying 1,024 clusters of related sequences. Results: Based on sequence similarities to nine different databases, we identified transcripts of genes that were further categorized according to function. The category of putative housekeeping genes contained similar to 56% of the sequences and had on average 2.49 ESTs per cluster, the secreted protein category contained 26.6% of the ESTs and had 2.47 EST's/clusters, while 15.3% of the ESTs, mostly singletons, were not classifiable, and were annotated as ""unknown function"". The secreted category included genes that coded for lipocalins, proteases inhibitors, disintegrins, metalloproteases, immunomodulatory and antiinflammatory proteins, as Evasins and Da-p36, as well as basic-tail and 18.3 kDa proteins, cement proteins, mucins, defensins and antimicrobial peptides. Comparison of the abundance of ESTs from similar contigs of the two salivary gland cDNA libraries allowed the identification of differentially expressed genes, such as genes coding for Evasins and a thrombin inhibitor, which were over expressed in the RsSGL1 (early to mid library) versus RsSGL2 (mid library), indicating their role in inhibition of inflammation at the tick feeding site from the very beginning of the blood meal. Conversely, sequences related to cement (64P), which function has been correlated with tick attachment, was largely expressed in the mid library. Conclusions: Our survey provided an insight into the R. sanguineus sialotranscriptome, which can assist the discovery of new targets for anti-tick vaccines, as well as help to identify pharmacologically active proteins.
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Background: This paper explores and analyses the experiences of school-age street children. It specifically addresses the relationship of the street children who live on the streets of Sao Paulo (a large Brazilian metropolis), in relation to their experiences, with the policemen. Methods: The paper is a secondary analysis of date previously collected in 1999. The data were collected through individual semi-structured interviews, with 14 school-age children frequenting two city public refuges, with their legal guardians` consent. The text from transcribed interviews was organized according to the validity norms of `thematic analysis`, a technique of contents analysis method. The decomposing and reconstructing process of that analysis gave rise to thematic categories (among which `the police category`) that represented the reconstruction of the difficulties faced by the children in their development. Results and discussion: The children portrayed the police as an enemy, a fearful figure and one of the most agonizing street experiences. Rarely did the police have a positive image to them. According to the children, police violence occurs in three forms: through systematic police persecution in an effort to remove the children from the streets against their will; actions that had the deliberate intent to humiliate them with verbal or physical aggression; and through alleged sexual abuse, revealed by the children in a veiled manner. The authority that is supposedly intended to protect them is portrayed as one of the most feared social agents. Conclusion: The reported hostile behaviour of the policemen shows the state of vulnerability of those children living on the street. This situation must be focused like a health problem because it causes injury to development of children. Nurses can help them through organizing assistance to children in situation of personal and social risk in the school nursing and health institution.
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Background: UV radiation is the major environmental factor related to development of cutaneous melanoma. Besides sun exposure and the influence of latitude, some host characteristics such as skin phototype and hair and eye color are also risk factors for melanoma. Polymorphisms in DNA repair genes could be good candidates for susceptibility genes, mainly in geographical regions exposed to high solar radiation. Objective: Evaluate the role of host characteristic.; and DNA repair polymorphism in melanoma risk in Brazil. Methods: We carried out a hospital-based case-control study in Brazil to evaluate the contribution of host factors and polymorphisms in DNA repair to melanoma risk. A total of 412 patients (202 with melanoma and 210 controls) were analyzed regarding host characteristics for melanoma risk as well as for 11 polymorphisms in DNA repair genes. Results: We found an association of host characteristics with melanoma development, such as eye and hair color, fair skin, history of pigmented lesions removed, sunburns in childhood and adolescence, and also European ancestry. Regarding DNA repair gene polymorphisms, we found protection for the XPG 1104 His/His genotype (OR 0.32; 95% CI 0.13-0.75), and increased risk for three polymorphisms in the XPC gene (PAT+; IV-6A and 939Gln), which represent a haplotype for XPC. Melanoma risk was higher in individuals carrying the complete XPC haplotype than each individual polymorphism (OR 3.64; 95% CI 1.77-7.48). Conclusions: Our data indicate that the host factors European ancestry and XPC polymorphisms contributed to melanoma risk in a region exposed to high sun radiation. (C) 2011 Japanese Society for Investigative Dermatology. Published by Elsevier Ireland Ltd. All rights reserved.
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We review here the advances in the understanding of the immunopathology of human paracoccidioidomycosis (PCM). Its investigation must take in account the intriguing natural history of the mycosis and its agent, providing clues to the mechanisms that lead to development of disease (unbalanced host-parasite relationship?) or to the clinically silent, chronic carrier state (balanced host-parasite relationship?), in exposed people living in endemic areas. Although the literature on this subject has progressed notably, the overall picture of what are the mechanisms of susceptibility or resistance continues to be fragmentary. Major advances were seen in the description of both the cytokines/chemokines associated to the different outcomes of the host-parasite interaction, and the fungus-monocyte/macrophage interaction, and cytokines released thereof by these cells. However, relatively few studies have attempted to modify, even in vitro, the patients` unbalanced immune reactivity. Consequently, the benefits of this improved knowledge did not yet reach clinical practice. Fortunately, the previous notion of the immune system as having two nearly independent arms, the innate and adaptive immunities, leaving a large gap between them, is now being overcome. Immunologists are now trying to dissect the connections between these two arms. This will certainly lead to more productive results. Current investigations should address the innate immunity events that trigger the IL-12/IFN-gamma axis and confer protection against PCM in those individuals living in endemic areas, who have been infected, but did not develop the mycosis.