125 resultados para Convicções de Saúde
Resumo:
Apesar dos elevados riscos saúde e capacidade para o trabalho dos eletricitrios, h carncia de estudos sobre o tema no Brasil. O objetivo desse estudo identificar o perfil de saúde e capacidade para o trabalho de eletricitrios de So Paulo. Foi feito um estudo transversal junto a 475 trabalhadores de uma empresa do setor eletricitrio. A coleta de dados foi por meio de questionrios sobre capacidade para o trabalho, estado de saúde, estresse no trabalho, atividade fsica, dependncia ao tabaco e ao lcool. A consistncia interna das escalas foi avaliada usando o coeficiente alfa de Cronbach. Foi feita anlise descritiva por meio das mdias, desvios-padro, valores mnimos e mximos dos escores e propores para as variveis qualitativas. O estado de saúde dos trabalhadores apresentou pontuao elevada nas dimenses analisadas, com mdias entre 72,8 a 91,2 (escore de 0,0 a 100,0 pontos). A capacidade para o trabalho teve pontuao elevada, com mdia de 41,8 (escore de 7,0 a 49,0 pontos). Concluiu-se que os trabalhadores da populao de estudo apresentaram elevados padres do estado de saúde e da capacidade para o trabalho. Sugere-se o desenvolvimento de estudos longitudinais para avaliar relaes causais e a existncia de efeito do trabalhador sadio.
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O estudo avalia diferenas quanto s caractersticas sociodemogrficas, de estilo de vida e de condies de saúde entre adultos com e sem linha telefnica residencial, valendo-se de dados de inqurito domiciliar de saúde realizado em Campinas, So Paulo, Brasil (2008/2009). Trata-se de estudo transversal de base populacional com 2.637 adultos (18 anos e mais). Anlises descritivas, testes qui-quadrado, prevalncias e respectivos intervalos de 95% de confiana foram calculados. Estimaram-se os vcios associados no cobertura da populao sem telefone antes e aps o ajuste de ps-estratificao. O impacto do vcio nos intervalos de confiana foi avaliado pela razo de vcio. Cerca de 76% dos entrevistados possuam linha telefnica residencial. Exceto para situao conjugal, foram observadas diferenas sociodemogrficas segundo posse de telefone. Aps o ajuste de ps-estratificao, houve reduo do vcio das estimativas para as variveis associadas posse de linha telefnica, no entanto, exceto para osteoporose, o ajuste de ps-estratificao foi insuficiente para corrigir o vcio de no cobertura.
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OBJETIVO: Estimar valores de referncia e funo de hierarquia de docentes em Saúde Coletiva do Brasil por meio de anlise da distribuio do ndice h. MTODOS: A partir do portal da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior, 934 docentes foram identificados em 2008, dos quais 819 foram analisados. O ndice h de cada docente foi obtido na Web of Science mediante algoritmos de busca com controle para homonmias e alternativas de grafia de nome. Para cada regio e para o Brasil como um todo ajustou-se funo densidade de probabilidade exponencial aos parmetros mdia e taxa de decrscimo por regio. Foram identificadas medidas de posio e, com o complemento da funo probabilidade acumulada, funo de hierarquia entre autores conforme o ndice h por regio. RESULTADOS: Dos docentes, 29,8% no tinham qualquer registro de citao (h = 0). A mdia de h para o Pas foi 3,1, com maior mdia na regio Sul (4,7). A mediana de h para o Pas foi 2,1, tambm com maior mediana na Sul (3,2). Para uma padronizao de populao de autores em cem, os primeiros colocados para o Pas devem ter h = 16; na estratificao por regio, a primeira posio demanda valores mais altos no Nordeste, Sudeste e Sul, sendo nesta ltima h = 24. CONCLUSES: Avaliados pelos ndices h da Web of Science, a maioria dos autores em Saúde Coletiva no supera h = 5. H diferenas entres as regies, com melhor desempenho para a Sul e valores semelhantes entre Sudeste e Nordeste.
Resumo:
The purpose of this study was to measure the prevalence of global and leisure-time physical activity and associated factors in the elderly. This was a population-based cross-sectional study covering a multiple-stage sample of 1,950 subjects 60 years or older living in areas of So Paulo State, Brazil. Prevalence of global physical activity (assessed through the short version of the International Physical Activity Questionnaire - IPAQ) was 73.9%, and prevalence of leisure-time physical activity was 28.4%. The results highlight the differences between factors associated with global and leisure-time physical activities. The social groups most prone to overall sedentary lifestyle and especially to lack of leisure-time physical activity should be the main targets of health policies aimed at promoting healthier lifestyles.
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Os bitos de menores de um ano foram classificados em causas evitveis, mal definidas e no evitveis empregando a Lista Brasileira de Mortes Evitveis, entre 1997-2006. Foram calculados tendncias dos coeficientes de mortalidade infantil por causas de morte e se usou regresso no linear para avaliao de tendncia. As causas evitveis e as causas mal definidas apresentaram significativa reduo (p < 0,001). As causas reduzveis de mortalidade apresentaram reduo de 37%. A mortalidade por causas reduzveis por adequada ateno ao parto declinou em 27,7%; adequada ateno ao recm-nascido, 42,5%; e por adequada ateno gestao cresceu 28,3%. Concluiu-se que os servios de saúde contriburam para a reduo da mortalidade infantil. O declnio das causas mal definidas de morte indica ampliao do acesso aos servios de saúde. O aumento do acesso e ateno ao parto e aos cuidados com recm-nascido contriburam para a reduo de bitos infantis. O aumento da mortalidade por adequada ateno gestao revela a necessidade de aprimoramento da ateno pr-natal.
Resumo:
O objetivo do estudo foi mensurar os gastos diretos do Sistema nico de Saúde (SUS) com internaes por causas externas em So Jos dos Campos, So Paulo, Brasil. Foram estudadas as internaes por leses decorrentes de causas externas, respectivamente captulos XIX e XX da CID-10, no primeiro semestre de 2003, no Hospital Municipal Dr. Jos de Carvalho Florence. Foram analisados os valores pagos atravs do SUS, aps a verificao da qualidade dos dados nos pronturios de 976 internaes. Os maiores gastos totais foram por internaes decorrentes de acidentes de transporte e quedas. O maior gasto mdio de internao foi por acidentes de transporte (R$ 614,63), seguido das agresses (R$ 594,90). As leses que representaram maior gasto mdio foram as fraturas de pescoo (R$ 1.191,42) e traumatismo intracraniano (R$ 1.000,44). As internaes com maior custo-dia foram fraturas do crnio e dos ossos da face (R$ 166,72) e traumatismo intra-abdominal (R$ 148,26). Os resultados encontrados demonstraram que os acidentes de transporte, as quedas e as agresses so importantes fontes de gastos com internaes por causas externas no municpio.
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Os motivos para as diferenas epidemiolgicas e para a adeso ao tratamento da tuberculose em relao a homens e mulheres so desconhecidos. Este trabalho tem como objetivo verificar diferenas na adeso ao tratamento da tuberculose em relao ao sexo; identificar aspectos facilitadores e dificultadores para a adeso ao tratamento da tuberculose em relao ao sexo; analisar as crenas consideradas importantes para a adeso ao tratamento da tuberculose. Foi utilizado o referencial terico do Modelo de Crenas em Saúde de Rosenstock e a tcnica da Anlise de Contedos de Bardin. Foram realizadas 28 entrevistas semiestruturadas com homens e mulheres em tratamento supervisionado de tuberculose do Distrito de Saúde da Freguesia do /Brasilndia. Os resultados mostraram que o perfil daqueles que falharam na teraputica da tuberculose em relao ao sexo foi: mulher - solteira e separada, com atividade remunerada no comprovada, nvel de escolaridade entre fundamental I completo e ensino mdio completo; homem - casado, com atividade remunerada comprovada, nvel de escolaridade entre ensino fundamental II completo e ensino mdio completo. Os aspectos facilitadores encontrados para a boa adeso residem no bom atendimento dos profissionais de saúde e na percepo, por parte do paciente, da sua melhora de saúde. As crenas para a boa adeso ao tratamento no sexo masculino e feminino foram: bom atendimento do servio de saúde e bom tratamento (em relao aos medicamentos).
Resumo:
Sistematiza-se o conhecimento disponvel sobre o estgio atual de efetivao das principais polticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto sobre as desigualdades em saúde. Embora a fluoretao da gua de abastecimento pblico no Brasil seja uma determinao legal, sua implantao tem sofrido marcantes desigualdades regionais. So apresentados dados sobre o grau de efetivao da medida e so revisados estudos que avaliaram seu impacto sobre a ampliao da desigualdade na experincia de crie dentria. A oferta de atendimento pblico odontolgico, ampliada consideravelmente aps a implantao do Sistema nico de Saúde, tambm discutida em relao proviso do servio e seu impacto sobre a reduo da desigualdade no acesso a tratamento dentrio. A discusso do efeito diferencial dessas medidas propiciou a proposio de estratgias focais (direcionar a fluoretao para as reas com maiores necessidades), visando a reduzir a desigualdade na experincia de crie no Pas.
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OBJETIVO: Avaliar a associao de condies de saúde gengival com a utilizao de servio odontolgico. MTODOS: Realizou-se levantamento epidemiolgico de saúde bucal de 1.799 adolescentes, em 35 cidades do Estado de So Paulo, em 2002. A saúde gengival foi avaliada pela prevalncia de sangramento na gengiva sondagem e clculo dentrio (ndice periodontal comunitrio) e ocluso dentria (ndice de esttica dentria). A utilizao de servios odontolgicos foi medida pelo ndice de cuidado (O/CPO) para cada cidade. Anlise multinvel de regresso logstica ajustou modelos explicativos para fatores associados aos desfechos de interesse. RESULTADOS: A prevalncia de sangramento gengival sondagem foi 21,5%; de clculo dentrio foi 19,4%. Os participantes do sexo masculino, negros e pardos, moradores em reas rurais, residentes em domiclios aglomerados e com atraso escolar apresentaram chance significantemente mais elevada para os agravos que seus respectivos pares de comparao. Caractersticas de ocluso dentria tambm associaram com gengiva no-saudvel: apinhamento dos segmentos incisais, mordida aberta vertical anterior, relao molar antero-posterior. Cidades com maior utilizao de servio odontolgico tiveram menor proporo de adolescentes com sangramento gengival e clculo. CONCLUSES: A utilizao de servios odontolgicos foi significativamente associada a melhores condies de saúde gengival (sangramento e clculo). Essa associao independeu das caractersticas sociodemogrficas individuais e contextuais, e de ocluso dentria.
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Condio socioeconmica e seu impacto em saúde so objeto de grande interesse para pesquisadores e gestores de saúde. O artigo discute dois paradigmas de aferio da condio socioeconmica e revisa estudos epidemiolgicos em que eles foram aplicados. Um dos paradigmas referenciado por medidas de prestgio e diferenciao positiva entre os estratos sociais, como classificaes baseadas em capital social e no acesso a bens e servios. O outro referenciado por classificaes envolvendo privao material e diferenciao negativa entre os estratos sociais, e envolve a proposta de reposio aos segmentos populacionais mais afetados pela privao pelo Estado. A reflexo sobre opes metodolgicas para se aferir condio socioeconmica em estudos epidemiolgicos pode contribuir para a promoo de saúde e justia social.
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OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar estimativas obtidas em inquritos domiciliar e telefnico, da realizao dos exames de Papanicolaou e mamografia em mulheres residentes no municpio de So Paulo em 2008, segundo caractersticas sociodemogrficas, bem como dimensionar as diferenas observadas. MTODOS: Foram utilizados os dados do ISA - Capital 2008, inqurito domiciliar realizado no municpio de So Paulo pela Universidade de So Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Secretaria de Estado da Saúde com apoio da Secretaria Municipal de Saúde de So Paulo, e do VIGITEL - So Paulo, inqurito telefnico realizado pelo Ministrio da Saúde para Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas. Estimativas da realizao do exame de Papanicolaou e mamografia na vida, bem como a realizao no ltimo ano foram comparadas segundo o tipo de inqurito (domiciliar/telefone) por meio de regresso de Poisson ajustada por idade e escolaridade. RESULTADOS: No foram encontradas diferenas estatisticamente significantes entre as estimativas obtidas pelo VIGITEL e ISA - Capital para as prevalncias de realizao de mamografia no ltimo ano. No entanto, para as estimativas globais de realizao do exame de Papanicolaou alguma vez na vida e no ltimo ano e da mamografia na vida, foi possvel verificar diferenas estatisticamente significantes, com prevalncias de cobertura superiores entre as entrevistadas pelo inqurito telefnico. CONCLUSO: Os resultados sinalizam a tendncia de superestimao de alguns indicadores de cobertura de mamografia e de exame de Papanicolaou nos dados de pesquisa via telefone, apontando a necessidade de novos estudos que tambm contribuam para o melhor entendimento das diferenas observadas com o uso de diferentes modalidades de inquritos.
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OBJETIVO: Estimar as prevalncias de comportamentos prejudiciais saúde e de outros fatores de risco cardiovascular entre idosos com hipertenso auto-referida e comparando-as com de no-hipertensos. MTODOS: Foram utilizados dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), referentes aos 9.038 idosos residentes em domiclios com pelo menos uma linha telefnica fixa nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal em 2006. RESULTADOS: A prevalncia de hipertenso auto-referida foi de 55% (IC 95%: 53;57). A maioria dos hipertensos apresentava concomitncia de trs ou mais fatores de risco (69%; IC 95%: 67;71). Foram observadas altas prevalncias de atividades fsicas insuficientes no lazer (88%; IC 95%: 86;89) e do consumo de frutas e hortalias inferior a cinco pores dirias (90%; IC 95%: 88;90) entre hipertensos, seguidas pela adio de sal aos alimentos (60%; IC 95%: 57;63), consumo habitual de carnes gordurosas (23%; IC 95%: 21;25), tabagismo (9%; IC 95%: 7;10) e consumo abusivo de lcool (3%; IC 95%: 2;4). Essas prevalncias foram semelhantes s observadas entre no hipertensos (p >0,05), exceto tabagismo. A prevalncia do tabagismo foi menor entre hipertensos (razo de prevalncia ajustada [RPA] = 0,75; IC 95%: 0,64;0,89) e as prevalncias de sobrepeso (RPA= 1,37; IC 95%: 1,25;1,49), dislipidemia (RPA 1,36; IC 95%: 1,26;1,36) e diabetes (RPA= 1,37; IC 95%: 1,27;1,37) foram mais altas. CONCLUSES: Os resultados sugerem que, exceto tabagismo, os comportamentos prejudiciais saúde entre idosos persistem aps o diagnstico da hipertenso arterial.
Resumo:
O objetivo deste artigo descrever a distribuio dos principais fatores de risco (FR) e proteo para doenas crnicas no transmissveis (DCNT) entre os beneficirios de planos de saúde. Foi utilizada amostra aleatria de adultos com 18 ou mais anos de idade nas capitais brasileiras, analisando-se frequncias de FR em 28.640 indivduos em 2008. Homens mostraram alta prevalncia dos seguintes fatores de risco: tabaco, sobrepeso, baixo consumo de frutas e legumes, maior consumo de carnes gordurosas e lcool, enquanto mulheres mostraram maior prevalncia de presso arterial, diabetes, dislipidemia e osteoporose. Homens praticam mais atividade fsica e mulheres consomem mais frutas e vegetais. Homens com maior escolaridade apresentam maior frequncia de sobrepeso, consumo de carnes com gorduras e dislipidemia. Entre mulheres, tabaco, sobrepeso, obesidade e doenas autorreferidas decrescem com aumento da escolaridade, enquanto o consumo de frutas e legumes, atividade fsica, mamografia e exame de papanicolau aumentam com a escolaridade. CONCLUSO: a populao usuria de planos de saúde constitui cerca de 26% da populao brasileira, e o estudo atual visa acumular evidncias para atuao em aes de promoo da saúde para esse pblico.