2 resultados para Self-Report Measure

em SAPIENTIA - Universidade do Algarve - Portugal


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No presente estudo procuramos estudar as relações entre um conjunto de fatores protetores e a resiliência percebida, os acontecimentos de vida stressantes e os problemas de comportamento num grupo de 40 adolescentes institucionalizados e num grupo de 40 adolescentes da população geral. Para a avaliação das variáveis em estudo utilizámos a escala de resiliência Healthy Kids Resilience Assessement Module – versão 6.0 (Martins, 2005), o inventário de psicopatologia Youth Self Report (Lemos, Vallejo & Sandoval, 2002), a escala Situações de vida Stressantes (Oliva, Jiménez, Parra & Sánchez-Queijiga, 2008), o Questionário de caraterização de adolescentes institucionalizados, adaptado de Lemos (2007b) e o Questionário de dados sociodemográficos e familiares para adolescentes, adaptado de Nunes, Lemos e Guimarães (2011). No que diz respeito à análise dos fatores protetores e de resiliência, os resultados obtidos sugerem a não existência de diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos. Contudo, as análises comparativas dos dois grupos relativa aos acontecimentos de vida stressantes e aos problemas de comportamento indicam resultados estatisticamente significativos, com valores mais elevados nos adolescentes institucionalizados nestes dois tipos de variáveis. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas segundo o sexo em relação à resiliência percebida nos dois grupos. Relativamente à análise de eventuais diferenças ao nível do sexo no relato de problemas de comportamento nos adolescentes institucionalizados, foram encontrados valores mais elevados no sexo feminino. Não foram encontradas relações significativas entre a resiliência percebida nos dois grupos e a idade dos participantes, mas foi encontrada uma relação significativa entre a idade e os problemas externalizantes nos adolescentes institucionalizados. Por sua vez, foram encontradas relações significativas entre a resiliência percebida e os problemas de comportamento nos dois grupos. Os resultados referentes à análise da relação entre os acontecimentos de vida stressantes e os problemas de comportamento sugerem relações significativas nestas variáveis para os dois grupos.

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Os acontecimentos de vida stressantes enquanto constructo psicológico referem-se a experiências com um impacto significativo no desenvolvimento de perturbações durante a adolescência. Relacionam-se ainda com a perceção da qualidade de vida por parte do adolescente (Marcelli & Braconnier, 2005). O objetivo do presente trabalho foi o de estudar os acontecimentos de vida stressantes enquanto possíveis potenciadores de perturbações psicopatológicas, assim como, as consequências destas duas variáveis na qualidade de vida, saúde e bem-estar do adolescente. Para a recolha de informação foram utilizados os seguintes instrumentos: um Questionário de dados Sociodemográficos e familiares (Nunes, Lemos & Guimarães, 2011); o Inventário de situações de vida stressantes (Oliva, et al, 2008); um Inventário de psicopatologia - Youth Self Report (Achenbach, 1991 versão portuguesa de Fonseca, el tal, 1994); e o Inventário de Qualidade de vida saúde e bem-estar - KIDSCREEN-52 Group, 2004 versão portuguesa do Projeto Aventura Social, 2006). A amostra consistiu em 87 adolescentes escolarizados, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos. Os resultados obtidos indicam que o número de acontecimentos de vida stressantes se encontra significativamente e positivamente associado com sintomatologia psicopatológica e negativamente associado com a perceção de qualidade de vida pelos participantes. Ainda, podemos verificar que a sintomatologia psicopatológica apresenta uma associação negativa com a qualidade de vida. Estes resultados sugerem uma inter-relação entre as variáveis em estudo, visto estarem as três correlacionadas.