5 resultados para Rufino, José, 1965-
em SAPIENTIA - Universidade do Algarve - Portugal
Resumo:
No contexto da sucessiva redefinição do conceito de património, a arquitetura vernácula tenderá a assumir a sua importância a partir da segunda metade do século passado, alcançando estatuto próprio na Carta sobre o Património Construído Vernáculo de 1999. Em Portugal, adquirem particular relevância os trabalhos desenvolvidos em diferentes âmbitos, desde a antropologia à arquitetura, passando pela agronomia e pela geografia, que culminariam em diferentes sínteses sobre o tema, alargadas a todo o território nacional continental. Essa abordagem só no final dos anos 60 viria a ser ensaiada, à escala da região do Algarve, no pioneiro trabalho desenvolvido pela equipa dirigida pelo Arq.º Cabeça Padrão, no âmbito da Secção de Defesa e Recuperação da Paisagem Urbana da Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU), sob o título “Prospecção, Preservação e Recuperação de Elementos Urbanísticos e Arquitectónicos Notáveis, em Áreas Urbanas e Marginais Viárias, na Região do Algarve”, constituindo um de três estudos complementares a integrar o Plano Regional do Algarve. Dos 49 volumes projectados a partir de 1965, abrangendo 47 aglomerados urbanos de dimensões muito diversas e maioritariamente localizados na faixa litoral da região, apenas de cerca de metade se conhece hoje o paradeiro. Mas se bem que rapidamente tenham sido remetidos - até muito recentemente -, ao esquecimento dos arquivos, e pese embora o seu carácter datado, constituem um conjunto documental singular de inegável importância, pela metodologia e propostas que encerram, no contexto da evolução histórica dos conceitos e práticas de valorização e conservação patrimonial (em particular no que se refere ao património arquitectónico urbano de carácter vernáculo) e de planeamento e intervenção em áreas urbanas consolidadas. Importância reforçada pelo extenso levantamento fotográfico produzido e onde se fixou um momento histórico charneira documentando o início de profundas transformações - que se acentuariam nas décadas subsequentes -, entre outras razões, por força da emergente importância do turismo. Com a presente comunicação pretende-se resgatar do esquecimento um trabalho verdadeiramente pioneiro (mesmo em termos mundiais) no que se refere à preservação e recuperação da paisagem urbana do Algarve, avaliando a sua metodologia e abordagem particular no âmbito das intervenções em espaço urbano e retomando um processo de análise e caracterização da arquitetura tradicional da região a partir do valioso espólio fotográfico constante neste estudo.
Resumo:
Dissertação mest., Gerontologia Social, Universidade do Algarve, 2009
Resumo:
De entre los muchos repertorios de textos recogidos de la tradición oral hispánica que en los últimos años han ido publicándose, éste sobresale por un rasgo excepcional: su autor dedica igual espacio, aténcion, tiempo, rigor y esmero tanto al asunto puramente textual (los mayos) como as las cuestiones referidas al contexto folklórico (la fiesta) en el que los textos se actualizan.
Resumo:
O estudio do romanceiro de Galicia vén merecendo unha atención especial tanto dentro como fóra do país [pénsese nas análises de A. Valenciano (1998) ou A. Requeixo (1996), entre outras].
Resumo:
O presente trabalho, investiga as origens históricas e as características formais do maneirismo de Hollywood, através de uma análise da produção cinematográfica dos estúdios de Hollywood, entre o final da década de 1920 e o fim do chamado studio system (em meados da década de 1960). Tal como o maneirismo histórico, o maneirismo hollywoodiano constitui um fenómeno artístico complexo e contraditório, cujas origens remontam ao estilo germânico introduzido no cinema dos estúdios em final dos anos vinte, por cineastas europeus como F.W. Murnau, Paul Leni, Rouben Mamoulian e James Whale. Tendo eclodido no final da II Guerra Mundial, período que assinala o início crise do sistema social, cultural e industrial que havia originado o cinema clássico, o maneirismo de Hollywood nasceu de uma consciência do cinema em relação ao seu passado. Obrigado a concorrer com a chamada “modernidade” cinematográfica europeia e com a ficção televisiva (que se apropriara do modelo clássico), o cinema de Hollywood explorou novos temas e géneros cinematográficos e investiu na exibição da técnica e do aparato tecnológico, forçando os limites do paradigma clássico, através de uma retórica de efeitos maneiristas que, não implicando um corte radical com o classicismo, representou uma clara tentativa de renovação formal, levada a cabo por cineastas como Alfred Hitchcock, Vincente Minnelli, Douglas Sirk, Stanley Donen e Jerry Lewis. A coexistência de varias correntes estéticas no cinema do pós-guerra (1945-1968), período em que, a par das últimas grandes obras clássicas, o maneirismo enquanto manifestação estética emergiu como modelo dominante, permite-nos concluir que o chamado cinema “clássico” (do estúdios de Hollywood) incluiu também, desde cedo, um cinema maneirista.