3 resultados para Lógicas moduladas

em SAPIENTIA - Universidade do Algarve - Portugal


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A intervenção, em forma de ensaio, traz ao debate uma postura cautelosa relativamente aos modelos correntes de sustentabilidade, enquanto expressão de uma moldura mais ampla inscrita na crise da modernidade, ao mesmo tempo que visa transaccionar informação para a compreensão dos sentidos em que são formulados e se encontram emersos os discursos contemporâneos sobre esta questão. Tomada a sustentabilidade como corolário conjectural de mudança dos sistemas técnicos e sociais, com influentes derrames no turismo, procura-se anotar algumas contradições nas lógicas que amparam as suas matrizes discursivas, quer em termos de propostas de construção imaginária de um futuro desejável, quer em termos do entendimento das condições da sua viabilização. A construção de modelos de sustentabilidade, perspectivada entre o operativismo tecnológico e o decisionismo político, e os tipos de intervenção correlatos, ao se articularem com triplo eixo da preservação-turismo-consumo e com um marketing vigoroso, não deixam de interpelar a natureza de muitas das estratégias de figuração e refiguração da experiência turística que, em discurso, procuram tomá-la como catalizadora da dinamização das economias locais, ao mesmo tempo que preserva a cultura e o meio ambiente.

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Este artigo reflete sobre os processos educativos populares, desenvolvidos em contexto de crise do estado e suportados por uma dinâmica de transformação social revolucionária. O contexto de análise empírica é focalizado numa empresa da indústria conserveira sedeada em Portimão. O contexto histórico reporta-se ao período revolucionário vivido em Portugal entre o 25 de abril de 1974 e as eleições para a Assembleia da República em abril de 1976. Constituindo um estudo de caso, válido ‘per si’, os procedimentos metodológicos assentaram no uso das técnicas da pesquisa documental e da entrevista profunda, privilegiando os atores que o vivenciaram e que, de forma interpretativa, testemunham a sua leitura atual dos processos e das aprendizagens alcançadas. Estes processos de educação, desenvolvidos pelos operários e trabalhadores neste período, denunciam a construção de uma aprendizagem coletiva, assente no reforço dos seus saberes da vida e do trabalho, almejando uma intervenção mais participativa nos mecanismos da governação e da gestão política. Para isso socorreram-se da organização de instrumentos de poder coletivo, inerentes à história do movimento operário, como as comissões de trabalhadores, com critérios de democraticidade de base, transparência e comunhão coletiva. Quase sempre, esta estrutura se confrontou direta e frontalmente com a administração patronal e, mais tarde, com os peritos de gestão governamental, durante a intervenção estatal na empresa. Este processo foi também vivido contra a visão controladora e corporativa do sindicato local conserveiro, controlado por burocracias sindicais, ou mesmo fugindo às tentativas de manipulação das organizações partidárias.

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Dissertação de mestrado, Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2015