2 resultados para Guillén, Jorge

em SAPIENTIA - Universidade do Algarve - Portugal


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O presente trabalho descreve o Relatório de Estágio curricular, efetuado como parte integrante e conclusiva do Mestrado em Ciências Documentais, ministrado pela Universidade do Algarve. Este estágio decorreu no Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares (SABE), da Biblioteca Municipal Lídia Jorge, tendo como objetivo a organização da Campanha de Recolha de Manuais Escolares usados. O seu conteúdo irá demostrar a gestão de informação, as várias temáticas pesquisadas, as etapas pelas quais a campanha passou, evidenciando os seus objetivos, dando a conhecer o público-alvo e também a criação de normas de funcionamento. O atual relatório está estruturado em quatro capítulos, ao longo dos quais se apresenta o trabalho realizado na prossecução do estágio. O primeiro capítulo apresenta uma breve indicação da duração do estágio, quais os seus principais objetivos e a organização dos temas de trabalho. O segundo capítulo apresenta a instituição de acolhimento, a BMLJ, procurando facultar informações sobre o seu funcionamento e uma pequena descrição do programa de gestão documental utilizado pela Biblioteca. O terceiro capítulo exibe o enquadramento organizacional e tecnológico, assim como as metodologias e ferramentas utilizadas. Este capítulo é extremamente relevante, visto que, apresenta a planificação da campanha, o desenvolvimento da especificação dos seus requisitos, uma análise estatística, que proporciona a quantificação dos manuais escolares doados e as funções desempenhadas pela estagiária Encontra-se aqui também um inquérito, implementado pela estagiária, para uma investigação exploratória aos outros serviços SABE do Algarve. O quarto capítulo corresponde à conclusão, onde se fará uma análise sobre o trabalho efetuado e apresentar-se-á algumas sugestões para um melhor funcionamento da campanha no futuro.

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Foi um prazer ler o último romance de Lídia Jorge, editado em março último, pela Dom Quixote. E as razões foram muitas. Porque fala de um dia da nossa história que me diz bastante: o 25 de abril de 1974. Apesar de ter dele apenas uma vaga ideia, foi sendo sempre falado na minha família e faz parte do meu presente. Porque reconheço grande parte da história ali contada, fazendo-me sentir cúmplice, quer do texto, quer dos acontecimentos. Porque o romance é um género que faz falta para contar a História. É um modo de chegar a muito mais gente que, depois de o ler (ou enquanto o vai lendo), vai ter vontade de ir procurar os outros livros – os de História não romanceada – para aprender sobre as horas daquela noite de 24 para 25 e sobre os seus protagonistas. Apesar da «transfiguração literária », como se lê na nota de edição, quem sabe se não os reconhecerá? E saltando muitas outras razões, porque é um livro muito bem escrito. As pontas que vão sendo soltas ao longo da narrativa juntam-se em outros momentos, completando quadros de sentido. Ana Maria Machada, a narradora, como participante da história, sabe tanto como nós sobre o que pensam as outras personagens, mas sabe um bocadinho mais do que, em certos momentos, conta. Por exemplo, quando a equipa de reportagem entrevista a viúva de um dos capitães de Abril (que percebemos ser Salgueiro Maia, apesar de apenas ser referido pela sua «alcunha doméstica», isto é, pelo nome que a mãe de Ana Maria lhe dera: Charlie 8) e tenta conseguir que esta diga quem queria mal ao marido, perante a relutância em acusar alguém, a «Machadinha» afirma «Nós sabíamos, mas não tão bem como ela, que as vinganças de que foram vítimas ele e os outros como ele, tinham tido autores concretos, nomeáveis, intérpretes e responsáveis, colocados no topo das estruturas criadas num país onde passara a haver liberdade para legitimar tudo e o seu contrário» (p. 249).