3 resultados para Educação - Finalidades e objetivos
em SAPIENTIA - Universidade do Algarve - Portugal
Resumo:
Nos últimos anos, a avaliação tem vindo a fazer, cada vez mais, parte do dia a dia do jardim de infância. Com efeito, a avaliação tem surgido como uma forma de conceber a educação das crianças e como elemento fundamental para o aperfeiçoamento das práticas educativas. Neste sentido, a avaliação pressupõe uma reflexão sobre prática pedagógica e permite obter informações importantes sobre o desenvolvimento das crianças. No presente estudo, de natureza qualitativa, tentámos conhecer as práticas de avaliação na educação pré-escolar de um grupo de oito educadoras de infância que colaboram, como orientadoras cooperantes, na formação de futuros educadores de infância. Eram igualmente nossos objetivos identificar os principais instrumentos de avaliação utilizados pelas educadoras, bem como conhecer a importância atribuída ao portfólio da criança como instrumento de avaliação. Em síntese, o estudo indica-nos que todas as educadoras realizam práticas de avaliação, destinando-se a verificar a evolução das crianças, contribuindo, simultaneamente para o aperfeiçoamento do trabalho pedagógico. Os resultados evidenciaram, ainda, que o portfólio da criança constitui uma excelente ferramenta para a avaliação do desenvolvimento das crianças, uma vez que possibilita o acompanhamento progressivo e contínuo das mesmas e favorece a apreciação da aprendizagem e desenvolvimento, num processo que possibilita a participação de todos os intervenientes educativos.
Resumo:
Com este estudo tenta-se estabelecer uma relação entre a resiliência e a capacidade de adaptação à mudança, proporcionada pelo Processo de Bolonha, por parte dos docentes do ensino superior, constituindo-se como principal objetivo desta investigação a construção de um questionário que relaciona estes três aspetos. Procura- se ainda percecionar a existência de diferenças nesta relação entre docentes do setor universitário e do politécnico. O questionário construído contempla os diversos aspetos da carreira profissional e as diferentes variáveis de mudança que foram exigidas ou a que foram sujeitos os docentes tendo em conta este novo paradigma educacional. Foi aplicado a docentes do ensino superior a lecionar em instituições públicas a nível nacional (continente e ilhas), com uma amostra por conveniência (aleatória), procurando desenvolver uma pesquisa quantitativa em educação. Os dados foram recolhidos através de plataforma eletrónica, de forma anónima, tendo-se obtido 564 respostas, representativas dos dois setores de ensino e de todas as instituições do país. Recorreu-se a um quadro teórico de referência assente numa revisão da literatura, perspetivado no âmbito do estudo com enfoque na capacidade de resiliência, associada ao modelo transacional e às fontes e áreas de desenvolvimento da mesma (Grotberg, 1985, Wolin & Wolin, 1993, Kumpfer,1999); relacionado com a profissão docente foram trabalhados a identidade e o desenvolvimento profissional, competências, relações pessoais e interpessoais e desenvolvimento humano, bem como toda a organização do ensino superior (Gonçalves 1987, 2007, Garcia, 1999, Zarifian, 2001, Ralha-Simões & Simões, 2002, Le Boterf, 2005, legislação relacionada com o Ensino Superior). O estudo encontra-se organizado em cinco capítulos: I - enquadramento teórico, dedicado à resiliência, à profissão docente, ao ensino superior, ao Processo de Bolonha e à articulação dos fatores anteriores; II- metodologia da investigação e aspetos inerentes, bem como a amostra e os motivos de construção do instrumento; III – apresentação e análise dos dados recolhidos, tentando responder às questões de pesquisa, aos objetivos traçados e contributos para a melhoria; IV – considerações finais onde constam as conclusões do estudo e as possibilidades de futuras perspetivas de investigação; V – bibliografia. Como principais conclusões deste estudo salienta-se o facto de as capacidades de resiliência dos docentes, nomeadamente a valorização pessoal, que os próprios destacam como fator protetor, estarem bem desenvolvidas e interferirem na sua adaptação às alterações introduzidas ao nível pedagógico, científico e didático. Salvaguarda- se contudo que esta adaptação não ocorre ao nível da sua carreira profissional e manifesta-se de forma pouco vincada em relação à questão da tutoria ou orientação tutorial. Por outro lado, sobressai um bom autoconhecimento e a existência de relações intra e interpessoais positivas. No que respeita às diferenças ao nível de adaptabilidade entre os docentes dos dois setores de ensino, apesar de existirem, as mesmas não são significativas.
Resumo:
Tese de doutoramento, Turismo, Faculdade de Economia, Universidade do Algarve, 2015