2 resultados para women’s right over her body

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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O presente estudo tem como objetivo a caraterização acústica da voz normal para os falantes do Português Europeu, em termos de frequência fundamental, jitter, shimmer e relação sinal-ruído. São também analisadas as caraterísticas individuais que possam ter influência sobre a qualidade vocal, nomeadamente idade, género, índice de massa corporal, hábitos tabágicos e uso da voz no canto. Para tal, foram recolhidas amostras de fala de 363 indivíduos com uma voz avaliada como normal: 113 homens e 250 mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 91 anos. Amostras da produção sustentada da vogal /a/ foram analisadas acusticamente com o programa Praat, tendo sido extraídos os valores da média, mediana e desvio-padrão da frequência fundamental, jitter (ppq5), shimmer (apq11) e relação sinal-ruído. Os resultados obtidos apontam no sentido do género e a idade do indivíduo serem os fatores que maior influência exercem na voz, sendo que ambos os géneros apresentam um declínio da qualidade vocal ao longo da vida. As mulheres, globalmente, apresentam valores de frequência fundamental de 193,4±28,5 Hz (média ± desvio padrão da média), significativamente mais elevados que os homens, com valores de 120,7±22,3 Hz. Em termos de jitter, as mulheres obtiveram valores de 0,214±0,126 %, significativamente mais reduzidos que os 0,247±0,190 % obtidos para os homens. O shimmer não apresentou diferenças significativas entre géneros, sendo que os valores apresentados foram de 5,403±2,652 % para homens e 5,174±2,696 % para as mulheres. Relativamente à relação sinal-ruído, foram obtidos valores significativamente mais elevados nas mulheres, com 17,335±3,958 dB, tendo-se obtido para os homens 16,315±3,267 dB. Não foi encontrado um efeito significativo do índice de massa corporal, hábitos tabágicos e uso da voz no canto. Este trabalho disponibiliza novos dados para que a avaliação da voz em contexto clínico seja mais objetiva e eficaz.

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Introdução: O luto provocado pela morte dos filhos, o defilhar, desperta fortes sentimentos de raiva, culpa e de censura, sendo estas mortes vividas como uma falha na capacidade de dar e proteger a vida. Superar uma perda desta magnitude implica reestruturar psicologicamente e socialmente. Ainda são muito poucos os estudos realizados para identificar e caraterizar estratégias de superação do luto e menos ainda quando dizem respeito ao defilhar. Objetivos: O objetivo deste estudo é analisar numa amostra de mulheres que perderam um filho (defilhadas) com idade igual ou superior a 60 anos, as narrativas de superação do seu processo de luto e mapeá-las à Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Métodos: Foi elaborado um protocolo com os seguintes instrumentos: Short Portable Mental Status Questionnaire (SPMSQ), informações sociodemográficas (idade, género, estado civil, nível educacional, localização geográfica, quantos filhos tem, quando faleceu o filho(a), se foi morte súbita ou esperada, se toma medicação antidepressiva, soníferos ou ansiolíticos e se sim, há quanto tempo), Inventário de Luto Complicado (ILC) e uma entrevista semiestruturada. O protocolo foi administrado a uma amostra de 8 mulheres. Resultados: Os resultados globais sugerem que apesar de grande parte do processo de superação do luto ser bastante emocional, foi possível classificá-lo utilizando o referencial CIF. Dentro do componente ’Funções do Corpo‘, verificou-se o predomínio das funções emocionais nas categorias ‘o que mudou na sua vida’, ‘superação da dor’ e ‘estratégias adotadas’; no componente ‘Atividades e Participação’ destacaram-se aquelas associadas à religião e espiritualidade, nas categorias ‘superação do luto’, ‘estratégias adotadas’ e ‘o que mais gosta de fazer’; no componente ’Fatores Ambientais‘ (‘apoio e relacionamentos’) sobressaiu o apoio proporcionado pela família próxima nas categorias ‘superação da dor’, ‘estratégias adotadas’, apoios físicos ou humanos recebidos’ e ‘o que mais gosta de fazer’. Conclusão: Foi possível mapear à CIF o processo de superação do luto por defilhadas idosas. No entanto, para se obterem dados mais conclusivos, são necessários mais estudos em amostras com maiores dimensões, que abranjam ambos os géneros e com faixas etárias mais amplas. Também é necessário adaptar o protocolo ao referencial CIF de forma a obterem resultados mais precisos.