2 resultados para ilustrador

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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A ilustração como expressão, cumprindo o desígnio de comunicar visualmente, é reveladora de um modo específico de processo e pensamento. E pelo facto desse modo se constituir a partir do sentido implícito (do que não é dito), exigindo para se manifestar a participação cognitiva e afectiva do ilustrador, revela marcas de subjectividade e de poética portadoras de soluções narrativas, gráficas e plásticas originais. Essa transmutação entre as linguagens verbal e visual está impregnada de experiências, memórias e conhecimento; de tudo aquilo, enfim, que pelo corpo é percebido e sentido. Por isso se entende que configura, necessariamente, algo novo, já que não existem dois seres organicamente iguais. Tem-se como objectivo desta tese, reflectir sobre a ilustração ficcional enquanto construção de um autor na interpretação do texto de um outro, querendo, deste modo, contribuir para a afirmação do que é hoje a ilustração. Pretende-se, neste percurso, compreender os desígnios que cumpre a ilustração na actualidade e explicar o seu protagonismo no contexto presente do design de comunicação; quer-se ainda evidenciar que a prática da ilustração contamina ou influencia a prática do projecto de design; e que, por seu lado, a prática do projecto de design confere um entendimento distinto à prática da ilustração. As ilustrações que serão aqui objecto de estudo, são aquelas que manifestam um processo em cuja génese está a interpretação e o sentido que o seu autor atribui ao programa, e que se identificam, por isso, como próximas do projecto de design. O trabalho prático desenvolve-se pela selecção de autores que correspondem a esses pressupostos, pela sua entrevista e pela apresentação de projectos da sua autoria que justificam e reforçam a perspectiva teórica. Do confronto entre as respostas e os artefactos produzidos, conclui-se que a ilustração é, na singularidade do seu pensamento e enquanto recurso expressivo, configuradora de inovação semântica para o projecto de design de comunicação.

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A ilustração aplicada ao branding resulta de um modo reflexivo por parte do autor. Esse modo é, por si só, o papel do ilustrador como designer gráfico. A identidade de uma marca nasce da sua história, contexto e sensações, as quais o autor adquire e transmite, segundo as suas vivências, de modo a responder às necessidades das pessoas que o rodeiam. O desenvolvimento de uma marca é um longo processo de análise e reflexão, contínuo e exigente. Aplicando a ilustração a este meio, como objeto visual principal, a língua deixa de ser um entrave e a identidade passa a ser comunicada aos olhos e memória de qualquer um, de forma imediata e eficaz. Conceptualmente, a Tinta Barroca absorve estes princípios, transformando-se numa marca de eventos culturais, embora bastante focada em eventos que podem abranger jantares bem portugueses ou provas de vinho. O projeto foi desenvolvido à base do experimentalismo. Todas as ilustrações da marca foram, numa primeira fase, produzidas manualmente e posteriormente tratadas digitalmente, testando diferentes formas, texturas e materiais. A excessividade ilustrativa é o ponto de partida para comunicar as ideologias da Tinta Barroca, baseando-se no barroquismo, erotismo e nos prazeres da vida. A identidade gráfica da marca misturase com uma decoração já pré-definida: uma mesa bem preenchida e recheada de flores, frutos, vinho e comidas divinais, que se aproximam, pelo excesso, dos princípios do barroco.