2 resultados para Sistema cardiopulmonar Avaliação
em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal
Resumo:
As tecnologias de sade, nomeadamente medicamentos, dispositivos mdicos (DM), procedimentos mdicos ou cirrgicos, entre outros, tm ocupado uma posio de destaque no setor da sade, e na vida dos seus utilizadores. A inovao e utilizao de tecnologias de sade, e consequente aumento das despesas fizeram emergir a necessidade de avaliação das tecnologias de sade. Surge assim, a avaliação de tecnologias de sade (ATS), que tem por objetivo abordar os impactos clnicos, econmicos, organizacionais, sociais, legais e ticos de uma tecnologia de sade, considerando o seu contexto mdico especfico, bem como as alternativas disponveis. A ATS pretende que os processos sejam feitos de forma rigorosa, transparente, valorizando e garantindo a sustentabilidade do acesso aos cuidados em sade. Seguindo a tendncia europeia de implementao de polticas e modelos de ATS, Portugal criou o seu prprio sistema de avaliação de tecnologias. O Decreto-Lei n 97/2015, de 1 de junho veio oficializar a criao do Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias de Sade (SiNATS). O SiNATS vai permitir uma avaliação no s de medicamentos, mas tambm de DM e outras tecnologias tendo em considerao a avaliação tcnica, teraputica e econmica das tecnologias de sade com base em fatores sociais, polticos, ticos e a participao de entidades, como, a indstria, as instituies de ensino, as instituies de sade, os investigadores, os profissionais de sade, os doentes e as associaes dos doentes. O SiNATS vai emitir recomendaes e decises sobre o uso das tecnologias de sade e possibilitar o ganho em sade e contribuir para a sustentabilidade do Servio Nacional de Sade (SNS). O SiNATS vem permitir a avaliação de DM. O sector dos DM um sector caracterizado pela inovao, crescimento e tambm competitividade. A complexidade e especificidade deste sector devem por isso ser tidas em considerao aquando da sua anlise. A implementao do SiNATS permitir avaliar e reavaliar preos, comparticipaes, recomendaes, contratos ao longo do ciclo de vida de cada DM. No presente momento, ainda difcil expor os processos atravs dos quais esta avaliação vai ser processada, uma vez que se aguarda a publicao de despachos e portarias referidos no Decreto-Lei n 97/2015, de 1 de junho. Tendo em considerao a partilha de informao sobre polticas, mtodos, procedimentos de ATS aplicada aos DM na Europa, foram analisados os casos de Frana e do Reino Unido com o objetivo de alargar o conhecimento acerca do que j feito a nvel Europeu e explorar se os mesmos poderiam ser adaptados realidade portuguesa. Em Frana, a ATS est diretamente relacionada com a comparticipao de DM, j no Reino Unido, o National Institute and Centre of Excellence (NICE) tem a responsabilidade de avaliar os DM segundo procedimentos de ATS, mas no est diretamente relacionado com comparticipao. O NICE publica normas de orientao que auxiliam a deciso de aquisio ou no de um DM. Tendo em considerao a informao reunida e descrita, este trabalho tambm prope um modelo hipottico sobre o sistema portugus de avaliação de DM. Este modelo aborda, ainda que no de forma exaustiva, os possveis processos e procedimentos para a avaliação de DM. Este sistema caracteriza-se pela importncia dada ao envolvimento dos stakeholders e partilha de informao com os mesmos, mas tambm na agilizao dos processos, isto , uma reduo e simplificao dos processos de avaliação de DM. A reavaliação de DM durante a sua comercializao tambm ganha destaque, apontando que cada grupo genrico de dispositivos ou DM inovador dever ser reavaliado a cada cinco anos, ou sempre que informao emergente o justifique. Este modelo representa uma abordagem experimental sobre o futuro do SiNATS aplicado aos DM. A partilha de informao, os fruns de discusso e o envolvimento da sociedade sero uma mais-valia para que a implementao do SiNATS aos DM seja feita de forma gradual e com a mxima transparncia possvel.
Resumo:
A gua um recurso essencial e escasso, como tal, necessrio encontrar medidas que permitam o seu uso de modo sustentvel e garantam a proteo do meio ambiente. Devido a esta crescente preocupao assiste-se a um movimento legislativo, nacional e internacional, no sentido de garantir o desenvolvimento sustentvel. Surge assim, a Diretiva Quadro da gua e a Lei da gua, que complementada com legislao diversa. Como elemento constituinte do ciclo urbano da gua, os Sistemas de Abastecimento tm sofrido evolues nem sempre adequadas. neste contexto que, em Portugal, nascem as diversas ferramentas para a melhoria da gesto dos recursos hdricos. As Entidades Gestoras tm como finalidade a gesto eficiente do bem gua, e dispe de dois importantes instrumentos, o Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua e o Guia para o controlo de perdas de gua em sistemas pblicos de aduo e distribuio(ERSAR). Esta Gesto passa, no s pela abordagem da problemtica das perdas de gua, reais e aparentes, como tambm pela anlise do comportamento que origina o desperdcio. A APA, enquanto entidade gestora, procura maximizar a eficincia do seu sistema de abastecimento, para tal, foram aplicadas as ferramentas propostas pelo ERSAR. Concluindo-se que este sistema tem um total de perdas de gua de 34%, devendo-se estas perdas essencialmente ao envelhecido parque de contadores e perdas nos ramais de distribuio (terico). As perdas comerciais representam cerca de 69%, o que revela que os volumes de gua no faturados (medidos ou no) so muito elevados. Por outro lado, a realizao do clculo do Balano Hdrico e dos ndices de desempenho permitem classificar a performance do sistema de abastecimento e compar-la com os seus objetivos de gesto. Atendendo ao volume de gua perdido nos ramais, foram efetuadas medies noturnas, verificando-se que no Porto de Pesca Costeira existe um volume de gua escoado no justificado. Neste sentido, elaborou-se um plano de ao para aumentar a eficincia do sistema, ou seja, reduzir as perdas totais de 34% para 15%.