8 resultados para Silva Jardim

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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A literatura para a infância tem sido objecto de discussão, especialmente notocante ao seu estatuto no universo literário, sobretudo a partir dos anos 70 doséculo XX, vindo, assim, a desenvolver-se e a assumir uma crescente importância. Decorrente da evolução do conceito de criança, a literatura para ainfância foi assumindo um lugar proeminente na sua formação,nomeadamente, em idade pré-escolar. A seguir à família, o educador de infância afigura-se como outro dos principais mediadores no encontro dacriança com o livro, tendo, desde aí, uma função influente face à promoção dogosto pela leitura. No entanto, este profissional sente a necessidade de, desdea sua formação inicial, sever dotado de conhecimentos básicos que lhe permitam práticas mais ajustadas e que salvaguardem as necessidades einteresses de leitura das crianças. A presente dissertação tem como principal finalidade aferir a importânciaatribuída à literatura para a infância, com especial destaque na obra de Luísa Ducla Soares, em contexto de jardim-de-infância. Apesar do lugar incontestável desta autora e da sua obra no cânone daliteratura portuguesa para a infância, a crítica literária de que tem sido alvo é ainda exígua. Por essa razão também, procurámos, através de uma análisedas especificidades da sua escrita, da diversidade das temáticas inerentes àssuas histórias e da qualidade estética e literária das suas publicações, reflectirsobre as potencialidades das obras que nos apresenta a referida escritora, pelas quais tem merecido vários prémios e nomeações. ABSTRACT: Literature for early years has been subject of quarrel, especially regarding to itsstatute in the literature universe, mostly since the 70’s of the 20th century, andconsequently came to grow and to assume an increasing importance. As aresult of the evolution of the child concept, literature for early years wasassuming a prominent position in children education, specifically, in preschoolage. After family, the kindergarten teacher figures hisself/herself as another of themain intermediaries in introducingchild to books, having, since then, an influential role endorsing reading’s taste on children. However, this practitionerneeds, since his/her formative years, to be endowed with basic knowledge thatallows him/her more adjusted practices that look after reading’s necessities and interests of children’s interests. The present dissertation’s main purpose is to survey which importance hasliterature for infants, with a special focus on the work of Luísa Ducla Soares, inearly childhood education. Even though her books are unquestionable at ruling literature for infants inPortugal, there hasn’t been that much literary analysis about it. Therefore, welooked, through the particulars aspects of her writing, the diversity of themesthat are inherent to her stories and the artistic and literary value of her publications, to proof the quality of the work presented by the mentioned writer,on behalf of which the author has justified several awards and nominations.

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A presente investigação procura compreender o fenómeno complexo e dinâmico que é a avaliação das aprendizagens das crianças em colaboração com a família na Educação Pré-Escolar (EPE) como forma de potenciar o desenvolvimento de competências pelas crianças. Assim, e recorrendo a um estudo de caso com uma componente de investigação-acção, pretende-se (i) compreender as concepções e práticas de avaliação de aprendizagens na EPE desenvolvidas por um grupo de educadores de uma Instituição Privada de Solidariedade Social da região centro do país e (ii) potenciar, através de formação em contexto que contemple o desenvolvimento de estratégias inerentes a uma avaliação das aprendizagens em colaboração com a família das crianças, o desenvolvimento profissional dos educadores de infância neste âmbito, proporcionando experiências educativas que levem as crianças a desenvolver um conjunto de competências inerentes à nova natureza dos saberes básicos de todos os cidadãos do séc. XXI. Tomando como ideias base da investigação a concepção (i) da criança enquanto cidadão (Prout, 2005; Vasconcelos, 2009) e (ii) da família enquanto primeira e principal educadora das crianças (Steves, Hough & Nurs, 2002), a investigação foi desenvolvida em quatro fases: Fase I – Formulação de um referencial de competências para a EPE inerentes à nova natureza dos saberes básicos do séc. XXI e seu processo de transferibilidade e credibilidade; Fase II – Diagnóstico das concepções dos participantes da investigação sobre avaliação das aprendizagens na EPE e colaboração Instituição/Família; Fase III – Construção e implementação de um programa de formação para educadores de infância; Fase IV – Avaliação do impacte do programa de formação nas concepções e práticas de avaliação das aprendizagens dos educadores de infância. A fase I centra-se na formulação de um referencial de competências transversais para a EPE inerentes à nova natureza dos saberes básicos do séc. XXI (Cachapuz, Sá-Chaves & Paixão, 2004) e no seu processo de transferibilidade e credibilidade através da reflexão/discussão do respectivo referencial com um painel de especialistas e profissionais. Identificaram-se quatro competências transversais a serem desenvolvidas pelas crianças centradas nas dimensões do aprender a aprender, aprender a comunicar e a expressar-se, aprender a ser e estar e aprender a reflectir. A fase II incide no diagnóstico das concepções de avaliação das aprendizagens na EPE e de colaboração Instituição/Família dos 6 educadores de infância, 17 pais e 17 crianças participantes no estudo, recorrendo a entrevistas, à análise documental e à observação de práticas. A análise dos dados recolhidos demonstra que é necessário recuperar um verdadeiro discurso didáctico e educativo da avaliação das aprendizagens, deixando de a conceber como sinónimo de medida e de objectividade e melhorando as práticas de avaliação de VII modo a potenciar o desenvolvimento de competências pelas crianças. A fase III preenche-se na construção e implementação de um programa de formação, creditado e correspondente a 50 horas, para educadores de infância sobre avaliação de competências na EPE em colaboração com a família. O programa de formação foi desenvolvido a partir (i) das concepções diagnosticadas, (ii) dos indicadores da investigação em formação contínua e em avaliação na EPE e (iii) de um modelo de desenvolvimento profissional baseado na reflexão, na observação e supervisão e na investigação-acção (Shön, 1992; Alarcão, 2000; Roldão, 2008; Cadório & Simão, 2011). Os indicadores obtidos demonstram que o programa de formação contribuiu para o enriquecimento profissional dos formandos ao nível da (re)construção de conhecimento, da reflexão constante e colaborativa sobre as práticas de avaliação, da mudança de atitudes e práticas de avaliação das aprendizagens e na compreensão mais profunda da complexidade, diversidade e necessidade de cada criança. Além disso, os indicadores obtidos também evidenciam a importância de uma avaliação das aprendizagens em colaboração com os pais das crianças para o desenvolvimento progressivo das competências transversais para a EPE e, consequentemente, para a obtenção de sucesso educativo. A fase IV consiste na avaliação do impacte do programa de formação nas concepções e práticas avaliativas dos educadores de infância através de, à semelhança da fase II, entrevistas aos 6 educadores de infância, aos 17 pais e às 17 crianças, à análise documental e à observação de práticas. Os resultados obtidos demonstram que o programa de formação teve impacte nas práticas de avaliação das aprendizagens a nível micro (decisões no interior da sala de actividades) e, mais reduzido, a nível meso (decisões a nível institucional). Os educadores de infância integraram nas suas práticas pedagógicas algumas estratégias avaliativas implementadas durante o programa de formação, consciencializando-se da importância da avaliação na EPE se centrar em procedimentos descritivos com enfoque na actividade da criança e na documentação e registo do trabalho realizado no dia-a-dia e do desenvolvimento de competências de cada criança (Gaustad, 1996; Parente, 2002). Contudo, e no que se refere à colaboração dos pais no processo de avaliação das aprendizagens das crianças, o programa de formação não proporcionou qualquer impacte nas práticas avaliativas dos educadores de infância. Apesar dos discursos transparecerem uma consciencialização da importância da família participar e influenciar a tomada de decisões ao longo do processo de avaliação das aprendizagens (Oliveira-Formosinho & Araújo, 2004), não foram tomadas medidas de mudança de práticas neste sentido, permanecendo os pais das crianças como sujeitos passivos neste processo. Uma visão integradora sobre os resultados obtidos ao longo da presente investigação revela a necessidade de se continuar a investigar e a construir novos caminhos na formação contínua dos educadores de infância de modo a recuperar um verdadeiro discurso educativo da avaliação das aprendizagens com impacte nas práticas pedagógicas e onde a família das crianças surja como parceira num trabalho a desenvolver colaborativamente.

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A compreensão dos estados mentais dos outros – Teoria da Mente (TM) – é um processo crucial no desenvolvimento cognitivo e social. A relação entre a Teoria da Mente e a Linguagem tem sido alvo de vários estudos ao longo das últimas décadas (Happé, 1995; de Villiers & Villiers, 2000; Astington, 2001; Ruffman et al., 2002; Lohmann & Tomasello, 2003; Astington & Baird, 2005; Astington & Pelletier, 2005; Farrar et al, 2009). Neste estudo avaliaram-se 229 crianças entre os 3 e os 7 anos que frequentavam jardim-de-infância. Destas 229 crianças, foram constituídos dois grupos, um constituído por crianças com desenvolvimento típico (GN) e outra por crianças com Perturbações da Fala/ Linguagem (GPFL), sendo que neste último foi ainda criado um sub-grupo de crianças com Perturbações Desenvolvimentais da Linguagem (SGPDL). Foi aplicado um teste de avaliação da TM, constituído por três sub-testes (Compreensão de falsas crenças de primeira ordem, crenças e desejos e acesso ao conhecimento) e um teste de avaliação de linguagem (T.A.L.C.) Foi também pedido aos cuidadores o preenchimento de um Questionário de Avaliação das Competências Sociais (Rydell et al., 1997). Verificou-se a existência de uma associação positiva e significativa entre a idade e a TM. Por outro lado, observou-se a presença de uma associação negativa e significativa entre a idade de início de fala e a TM. De uma forma geral, verifica-se que a TM está associada de forma positiva e estatisticamente significativa com os scores da linguagem, sendo esta relação mais forte relativamente aos aspectos relativos às Intenções comunicativas e score total de Expressão e Compreensão da linguagem. Vimos também que as crianças do SGPDL apresentaram scores inferiores ao nível da TM relativamente ao GN. Encontramos diferenças estatisticamente significativas em relação ao tempo de duração da prova de TM entre o GN e o GPFL, tendo estes últimos necessitado de maior tempo de resposta. Relativamente à associação existente entre competências sociais e TM, verificamos que não se encontrou a existência de correlações estatisticamente significativas, excepto para o factor “Altruísmo”. Pensa-se que este aspecto estará relacionado com o facto das competências de TM avaliadas neste estudo não se encontrarem associadas às questões emocionais, as quais constituem um sub-tipo de TM do tipo afectivo, mas antes do sub-tipo cognitivo. Os indivíduos GN apresentaram valores para a “Orientação Pró-Social”, “Iniciação Social” e score Total das Competências Sociais significativamente superiores às crianças do GPFL.

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Orientações curriculares portuguesas para o 1.º Ciclo do Ensino Básico [CEB] preconizam o desenvolvimento de capacidades transversais como a resolução de problemas [RP] e a comunicação (em) matemática [CM], o estabelecimento de conexões Matemática–Ciências Físicas e Naturais [CFN] e a articulação de contextos de educação formal [EF] e de educação não formal [ENF]. Em Portugal, professores manifestam querer utilizar recursos didáticos com estes atributos. Contudo, tais recursos escasseiam, assim como investigação que se situa na confluência destas dimensões. Por conseguinte, na presente investigação, foram desenvolvidos recursos didáticos centrados na promoção de conexões Matemática-Ciências Físicas e Naturais e na articulação de contextos de EF e de ENF. Assim, a presente investigação tem por finalidade desenvolver (conceber, produzir, implementar e avaliar) recursos didáticos de exploração matemática de módulos interativos de ciências, articulando contextos de EF e ENF que, nomeadamente, apelem e possam desenvolver capacidades básicas ligadas à RP e à CM de alunos do 1.º CEB. Decorrente desta finalidade, definiram-se as seguintes questões de investigação: 1. Quais as repercussões dos recursos didáticos desenvolvidos na capacidade de RP de alunos do 4.º ano do 1.º CEB?; 2. Quais as repercussões dos recursos didáticos desenvolvidos na capacidade de CM de alunos do 4.º ano do 1.º CEB?. Além disso, procurou-se auscultar a opinião de alunos e professora sobre a exploração dos recursos didáticos desenvolvidos, principalmente, ao nível de conexões Matemática–CFN e articulação de contextos de EF e ENF de Ciências. Para tanto, foi realizado um estudo de caso com uma professora e seus alunos do 4.º ano do 1.º CEB, em sala de aula e num espaço de ENF de Ciências. A recolha de dados envolveu diversas técnicas e vários instrumentos. A técnica de análise documental incidiu nas produções dos alunos registadas em Guiões do Aluno e em Tarefas-Teste. No âmbito da técnica de inquirição foram administrados questionários a todos os alunos da turma – o Questionário Inicial e o Questionário Final – e entrevistas semiestruturadas à professora – a Entrevista Inicial à Professora e a Entrevista Final à Professora – e aos três alunos caso – Entrevista ao aluno caso. No que respeita à técnica de observação foi implementado o instrumento Notas de campo, onde foram efetuados registos de natureza descritiva e reflexiva. Os dados recolhidos foram objeto de análise de conteúdo e de análise estatística. Resultados da investigação apontam para que a exploração dos recursos didáticos desenvolvidos possa ter promovido o desenvolvimento de capacidades matemáticas de RP e, sobretudo, de CM dos alunos. Parecem ainda indicar que, genericamente, os alunos e a professora possam ter considerado que os recursos didáticos promoveram conexões Matemática– CFN e a articulação entre espaços de EF e ENF de Ciências.

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O presente estudo analisa o papel das atividades de Sensibilização à Diversidade Linguística (SDL) no desenvolvimento da competência linguístico-comunicativa de crianças em idade pré-escolar. Para tal, baseados em pressupostos teóricos divulgados em diferentes estudos científicos realizados com crianças que tiveram contacto com várias línguas quer em ambiente familiar quer em contexto escolar, concebemos um Projeto de Intervenção (PI) constituído por uma variedade de atividades lúdicas multilingues impulsionadoras da competência linguístico-comunicativa infantil, no domínio da sintaxe, que aplicámos a um grupo de crianças de 5 anos num Jardim de Infância (JI) português. Antes do desenvolvimento do projeto administrámos um teste de linguagem, especialmente desenhado para avaliar o desenvolvimento da linguagem infantil, assim como elaborámos um relatório de avaliação da linguagem das crianças envolvidas neste estudo. Em paralelo, constituímos um grupo de controlo onde aplicámos o mesmo teste e realizámos o mesmo relatório para compararmos os resultados com as prestações do grupo experimental. Recorremos ainda a uma escala de envolvimento para verificar os graus de implicação nas atividades de SDL propostas e assim tentarmos identificar o seu grau de influência nas crianças do grupo experimental. Os resultados parecem indicar que as atividades de SDL realizadas com as crianças do grupo experimental tiveram influência positiva nas capacidades linguístico-comunicativas das crianças, tendo em conta o nível de envolvimento e os resultados da análise. Pensamos que as atividades do nosso PI apresentam potencialidades na criação de oportunidades para o treino e o desenvolvimento da competência linguístico-comunicativa das crianças em idade préescolar, acreditando que a conjugação das atividades de SDL com as demais atividades de linguagem geralmente realizadas no JI pelos educadores representa uma mais-valia na constituição de oportunidades de trabalho da linguagem, nas suas várias vertentes, na educação de infância. Compreende-se a importância de incluir abordagens plurais, de tipo SDL, na educação de infância, ajudando na construção de uma educação para a diversidade, através da integração de várias línguas e culturas, e contribuindo assim para a formação de um indivíduo preparado para uma sociedade multilingue e multicultural.