2 resultados para Serra da Estrela cheese

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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No actual contexto de competitividade, os destinos turísticos podem diferenciar-se pela imagem que os turistas e residentes têm sobre eles enquanto espaços alternativos de lazer e turismo (Baloglu & Mangaloglu, 2001). A imagem dos destinos constitui um conceito central na literatura em turismo porque está fortemente relacionada com o comportamento dos residentes e dos turistas (Baloglu & McCleary, 1999). A imagem afecta o comportamento de escolha e avaliação do destino, da viagem e da participação e experiência turísticas (Echtner and Ritchie 1991; Lee & Lee, 2009). Por outro lado, os residentes têm, também eles, uma imagem sobre o local onde residem que pode e deve ser analisada, afectando, por sua vez, a percepção que os turistas têm desses espaços (Gallarza, Saura & García, 2001). Alguns destinos turísticos possuem características simbólicas que exercem forte influência na formação da sua imagem, como são o caso dos espaços de montanha. De facto, as montanhas constituem um dos mais profundos arquétipos da Humanidade simbolizando poder, liberdade e eternidade (Smethurst, 2000, p.36). As regiões de montanha têm-se tornado num dos mais atractivos destinos turísticos constituindo a sua procura, actualmente, 20% dos fluxos turísticos globais com 500 milhões de turistas anualmente (UNEP, 2002; Thomas et al., 2006). Mas até muito recentemente, os estudos sobre os espaços de montanha limitavam-se, maioritariamente, às suas características físicas, ecológicas e ambientais (Smethurst, 2000). Uma abordagem do ponto de vista do turismo de montanha, no contexto da imagem, pode revelar-se, assim, essencial. Neste contexto, o presente estudo pretende analisar, de uma forma holística e multidisciplinar, a imagem que os residentes e turistas têm dos espaços de montanha, bem como o respectivo gap. O objectivo central é construir uma escala MDI - Mountain Destination Image Scale - no sentido de medir os parâmetros da imagem do destino, incluindo factores cognitivos e afectivos e tendo em conta os grupos populacionais turistas e residentes. Com base numa extensa revisão da literatura em imagem dos destinos turísticos e nos significados sociais e culturais da montanha ao longo do tempo, e no âmbito do trabalho empírico realizado a 315 turistas e 315 residentes na Serra da Estrela (Portugal), Alpes (França, Áustria e Suiça) e Picos da Europa (Espanha), os resultados indicam que a escala multidimensional MDI integra cinco dimensões de imagem de montanha pelos turistas: (1) histórico-cultural, (2) natural/ecológica, (3) social e prestígio, (4) lazer e desporto e (5) afectiva; e três dimensões percepcionadas pelos residentes: (1) mística/sagrada, (2) histórico-cultural e (3) afectiva. A discussão é centrada nas implicações teóricas e práticas da escala MDI no planeamento, gestão e marketing dos destinos turísticos de montanha. São igualmente apresentadas as limitações do presente estudo e traçadas algumas linhas orientadoras para investigações futuras.

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O objetivo da presente dissertação é analisar a experiência turística vivida nos destinos de montanha, nomeadamente no Parque Natural da Serra da Estrela, com especial incidência sobre o papel que a dimensão sensorial possui nas restantes dimensões da experiência. A concretização deste objetivo obrigou a uma reflexão teórica acerca do marketing sensorial, da experiência turística multissensorial e do turismo praticado nos destinos de montanha. Com base nessas reflexões, apoiadas por uma extensa revisão da literatura, constatou-se que os destinos de montanha são propícios ao desenvolvimento de experiências multissensoriais, que permitem satisfazer as necessidades do novo tipo de turista – este é mais sensível a experiências emocionais e sensoriais, autênticas e únicas, que contribuam para um envolvimento mais intenso com o destino e para a construção da sua própria identidade. Contudo, apesar da relevância do turismo de montanha a nível global e da importância dos cinco sentidos na vida do indivíduo, a experiência turística multissensorial nos destinos de montanha constitui ainda uma área de investigação incipiente, sendo de grande interesse conhecer e avaliar a importância da dimensão sensorial nas restantes dimensões da experiência turística. Para este efeito, realizou-se uma pesquisa empírica, com inquérito dirigido a visitantes de montanha. A recolha dos dados primários foi realizada via inquérito por questionário, aplicado a 241 visitantes da Serra da Estrela, durante os meses de julho e agosto de 2015. Permitiu a descrição do perfil do visitante de montanha e ainda o estudo das relações entre a dimensão sensorial e as outras dimensões da experiência, bem como das relações existentes entre a dimensão sensorial e as consequências da experiência (satisfação e lealdade). Entre várias conclusões encontradas, sobressaiu a relação existente entre as características individuais, as motivações, o perfil comportamental e a dimensão sensorial, as relações maioritariamente positivas entre a dimensão sensorial e as restantes dimensões da experiência, e a relação positiva entre a dimensão sensorial e a satisfação e lealdade. As conclusões permitiram uma melhor compreensão das implicações que a dimensão sensorial da experiência tem para o desenvolvimento sustentável e competitivo dos destinos de montanha.