2 resultados para Scale of evaluation

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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A formação inicial de professores possui caraterísticas muito próprias e a complexidade envolta sobre o período de estágio na prática pedagógica, requer um olhar aprofundado sobre as questões subjacentes ao stress tanto no estagiário, como no supervisor e orientador. A presente investigação inter e multicultural, pretende conhecer junto a estes três atores as principais fontes indutoras de stress e seus sintomas no decorrer do período de estágio pedagógico, as estratégias de coping e a satisfação com o suporte social. Desenvolvemos três estudos de cariz comparativo entre Portugal e Brasil, em oito Instituições de Ensino Superior (4 de Portugal e 4 do Brasil) numa amostra total de 1.194 indivíduos. O primeiro de índole qualitativa envolveu 24 professores supervisores e orientadores de estágio, os quais identificaram as principais causas de stress que permitiram a construção do questionário “Avaliação do stress do professor/orientador de Estágio Pedagógico” (ASPOEP). Contamos no segundo estudo com uma amostra de 204 docentes (122 orientadores e 82 supervisores) no exercício da supervisão pedagógica e no terceiro estudo com 966 estagiários (476 Portugal e 490 Brasil). Nestes dois últimos estudos, para a identificação dos fatores de stress, os supervisores responderam ao questionário ASPOEP e os estagiários ao questionário ASAE (Avaliação do stress do aluno estagiário). Foram ainda utilizados os questionários de “Avaliação dos sintomas de stress”, o de “Estratégias de coping” e para a análise do suporte social fizemos uso da “Escala de satisfação com o suporte social”. Na análise dos dados foi utilizado o SPSS, tendo sido realizadas as estatísticas descritivas e inferenciais. Os resultados globais evidenciam o estágio pedagógico como uma fonte indutora de stress. Nos supervisores de estágio, a sobrecarga de trabalho, as relações interpessoais, o desempenho do estagiário e sobretudo a estrutura e acompanhamento do estágio, marcaram os fatores de maior stress, que foi mais evidente no gênero feminino e na população brasileira. Entre estagiários, a insegurança e a indisciplina são os fatores de maior stress, sobretudo no gênero feminino de Portugal. O stress apesar de moderado para a maioria da amostra, evidencia índices de stress elevado em 10,7% dos docentes e 19,1% dos estagiários portugueses e 23,8% dos docentes e 12,7% dos estagiários brasileiros. Os sintomas cognitivos são os mais evidentes nestas duas populações estudadas, porém nos casados e com filhos existe evidência significativa de sintoma comportamental. A estratégia de coping centrada no indivíduo foi mais prevalente, porém evidencia-se que os brasileiros e também os pais com filhos apresentam significativo coping centrado no outro. O suporte social da amizade e da intimidade foram os que demonstraram maior satisfação, sendo assim eficaz na manutenção de um stress moderado. Os portugueses apresentam maior satisfação com o suporte social que os brasileiros. Ficou evidente que a satisfação e as estratégias de coping contribuem de forma positiva na diminuição dos sintomas de stress, bem como a satisfação com estágio diminui os níveis de stress. Sugere-se que na formação de professores sejam integrados programas de formação sobre gestão e controlo do stress para supervisor, orientador e estagiário, bem como devem ser propostas mudanças a nível curricular, ligado à estrutura e acompanhamento do estágio, para que este possa ser um período de desenvolvimento de competências profissionais, alicerçadas no bem-estar para todos os intervenientes.

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As pessoas idosas são hospitalizadas com mais frequência e por períodos superiores por comparação com pessoas mais novas. A literatura indica que a interação entre idade, patologia e cuidados durante o internamento influencia a perceção de Qualidade de Vida (QV) pela pessoa idosa. Esta investigação analisa a influência da hospitalização na QV e espiritualidade das pessoas idosas e pretende contribuir para melhor compreender a hospitalização na velhice, ajudando a desenvolver medidas que promovam a qualidade dos cuidados a pessoas idosas durante a hospitalização. A amostra compreende 250 participantes (≥65 anos). Administrou-se o EASYcare (Sistema de Avaliação de Pessoas Idosas) e a Escala da Espiritualidade em 3 momentos: admissão, alta e follow-up (6 a 12 meses após a alta). Os principais resultados indicam: i) na admissão, as pessoas idosas mais dependentes tendem a ser viúvas, não praticar exercício físico, sentir-se sozinhas e deprimidas; os independentes tendem a estar mais satisfeitos com a sua habitação e a gerir de forma autónoma as suas finanças, apresentando maior escolaridade e sendo mais novos; ii) na alta, as pessoas idosas diminuem a perceção da qualidade de vida, principalmente com aumento da dependência, diminuição da saúde mental e bem-estar, diminuição da mobilidade e capacidade de cuidar de si; iii) no follow-up, os participantes tendem a ser mais dependentes comparativamente com a admissão; o risco de queda é menor comparativamente com os outros momentos. O modelo preditivo de óbitos indica como principais resultados: falecimento entre admissão e alta tem como fatores protetores rendimentos suficientes e ausência de apoio social; falecimento entre alta e follow-up tem como fatores de risco idade e risco de queda elevado; falecimento entre admissão e follow-up tem como fator protetor antecedentes clínicos do foro cardíaco. As conclusões gerais sustentam a importância do aprofundamento da pesquisa sobre a influência da hospitalização na pessoa idosa na sua qualidade de vida, e a adoção de medidas e estratégias para a promoção da QV durante e após o internamento hospitalar. Estes resultados têm implicações na prática e na elaboração de políticas institucionais, pois permite compreender o impacto da hospitalização nas pessoas idosas, permitindo desenvolver medidas para melhorar os cuidados antes, durante e após o internamento hospitalar. Este estudo permite conhecer as necessidades das pessoas idosas durante o internamento e delinear estratégias para o follow-up, sendo adaptado às especificidades da população idosa Portuguesa.