4 resultados para Saúde pública Teses

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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O benzeno foi o primeiro poluente atmosfrico carcinognico a ser regulamentado a nvel europeu. Vrios trabalhos tm sido publicados demonstrando a relao deste poluente com diversos tipos de neoplasias nomeadamente decorrentes de exposies a nvel ocupacional. Porm, o estudo deste poluente para concentraes atmosfricas em ambientes exteriores ainda pouco conhecido e est em clara evoluo. Neste sentido, este trabalho pretende ser um contributo para o conhecimento da relao entre o benzeno atmosfrico e a incidncia de patologias que afectam os tecidos linfticos e rgos hematopoiticos nomeadamente linfomas de Hodgkin, linfomas de no-Hodgkin e leucemias na populao residente na rea Metropolitana do Porto. Dado a quase ausncia de dados de monitorizao das concentraes de benzeno atmosfrico actualmente em Portugal, estas foram estimadas com base na definio de uma relao entre o benzeno e o monxido de carbono. O conhecimento das concentraes em todo o domnio de estudo baseou-se na anlise dos dados da Rede Automtica de Monitorizao da Qualidade do Ar porm, de modo a aumentar o detalhe espacial e temporal recorreu-se modelao atmosfrica aplicando o modelo TAPM. Para perceber a evoluo temporal das concentraes, a modelao foi efectuada para os anos de 1991, 2001 e 2006 com base no ano meteorolgico de 2006 e emisses para os respectivos anos ao nvel da freguesia. O modelo foi previamente validado de acordo com uma metodologia proposta para este tipo de modelos. Contudo, mais do que perceber qual a variao da qualidade do ar a nvel exterior, importante conhecer o impacte de fontes interiores e o seu efeito na populao. Assim, desenvolveu-se um modelo de exposio e dose que permitem conhecer os valores mdios populacionais. A modelao da exposio populacional efectuada com base nos perfis de actividade-tempo, nos movimentos pendulares inter-concelhos e nas concentraes de benzeno em ambientes exteriores e interiores. Na modelao da dose ainda possvel variaes por sexo e idade. Por outro lado, para o estudo das patologias em anlise efectuou-se uma anlise epidemiolgica espacial nomeadamente no que respeita elaborao de mapas de incidncia padronizados pela idade, e estudo da associao com a exposio ao benzeno atmosfrico. Os resultados indicam associao entre o benzeno e as doenas em estudo. Esta evidncia mais notria quando a anlise realizada junto s principais fontes de emisso deste poluente, vias de trfego e postos de abastecimento de combustvel. Porm, a ausncia de informao limita o estudo no permitindo o controlo de potenciais variveis de confundimento como a exposio ao fumo do tabaco. A metodologia permite efectuar uma gesto integrada da qualidade do ar exterior e interior, funcionando como uma ferramenta do apoio deciso para elaborao de planos de preveno de longo prazo de potenciais efeitos na saúde das populaes nomeadamente para outro tipo de patologias.

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A saúde dos estudantes do ensino superior uma importante questo de saúde pública, com impacto no s a nvel pessoal e social, como tambm institucional. Nesse sentido, a presente investigao teve como objectivos: 1) caracterizar a saúde mental dos estudantes universitrios, ao nvel de sintomas depressivos, stress e bem-estar; 2) identificar os seus padres de consumo de lcool, em termos de quantidade e frequncia de consumo, ingesto espordica excessiva e tipos de bebidas mais ingeridas; 3) conhecer a prevalncia de dois comportamentos de risco ligados ao lcool, os comportamentos sexuais de risco e a conduo sob o efeito de lcool; 4) analisar a relao entre saúde mental e consumo de lcool no ensino superior. Para esse efeito, realizou-se um estudo transversal com 666 alunos do 1 ciclo da Universidade de Aveiro. Os instrumentos utilizados foram: Ficha de Caracterizao Sociodemogrfica e Acadmica; Medida de Saúde Comportamental-20; Inventrio da Depresso em Estudantes Universitrios; Inventrio de Stress em Estudantes Universitrios; Questionrio de Comportamentos de Risco em Estudantes Universitrios. Os resultados mostraram que 32% dos estudantes se encontravam num patamar disfuncional quanto sua saúde mental, 15% apresentavam sintomatologia depressiva e 26% sofriam de nveis elevados de stress, mas que apenas uma minoria destes alunos estava a receber apoio psicolgico profissional. Os nveis de saúde mental foram inferiores nas mulheres, nos alunos do 1 e do 3 ano, da rea de Saúde e de estatuto socioeconmico baixo. Para alm disso, a maioria dos estudantes consumia lcool e 41% tiveram episdios de ingesto excessiva no ltimo ms. Durante as festas acadmicas, um quarto dos estudantes ingeriu cinco ou mais bebidas por noite. O consumo de lcool foi superior nos homens, nos estudantes da rea de Engenharias, de estatuto socioeconmico elevado e nos deslocados. Quanto a problemas ligados ao lcool, 13% dos estudantes sexualmente activos admitiram ter tido relaes sexuais decorrentes do consumo de lcool, no ltimo ano, e 29% praticaram conduo sob o efeito de lcool no ltimo ms. Estes comportamentos foram mais frequentes em estudantes do sexo masculino e naqueles que tiveram episdios de ingesto excessiva. No se encontrou, de um modo geral, uma relao entre saúde mental e consumo de lcool, tendo sido detectadas apenas correlaes, fracas, do stress e do bem-estar com o consumo de lcool. Ao contrrio do que era esperado, verificou-se que medida que o consumo de lcool aumentava, o stress diminua e o bem-estar aumentava ligeiramente. Estes dados salientam a necessidade de as instituies do ensino superior reforarem a identificao e o tratamento de problemas existentes e apostarem na preveno, tanto atravs de estratgias dirigidas a toda a comunidade, no mbito da educao para a saúde e da literacia em saúde mental, como atravs de iniciativas destinadas aos grupos de risco aqui identificados.

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O actual, e crescente, padro de consumo tem repercusses no ambiente que, inevitavelmente, se reflectem na saúde humana. A poluio atmosfrica assume-se, na Europa, como um problema ambiental premente, por ter um elevado impacte na saúde dos cidados. Entre estes, h grupos particularmente vulnerveis, como os idosos, os doentes crnicos e as crianas. Vrios estudos colocam em evidncia a sensibilidade dos doentes asmticos, em particular das crianas, poluio atmosfrica. No entanto, permanece por esclarecer o facto de a poluio atmosfrica poder causar o aumento da prevalncia desta doena, assim como a identificao dos principais poluentes atmosfricos responsveis e os nveis de exposio seguros. O objectivo desta tese consiste no estudo da relao entre a poluio atmosfrica e a saúde, contribuindo para o conhecimento nesta temtica atravs do desenvolvimento de uma ferramenta e da sua aplicao a um caso de estudo concreto. Neste caso de estudo analisou-se a relao entre vrios poluentes atmosfricos e o agravamento da sintomatologia em crianas asmticas. Neste mbito, foi desenvolvido o modelo doseAr, que possibilita o clculo da exposio e da dose inalada, ao nvel individual, de poluentes atmosfricos. Os resultados da aplicao do doseAr permitem a identificao dos microambientes onde a contribuio para a exposio e dose inalada de poluentes mais relevante. Os microambientes interiores, em particular aqueles onde desenvolvida actividade fsica exigente, so identificados como especialmente importantes. A relao entre a exposio e a dose inalada claramente associada ao agravamento da asma nestas crianas, apesar dos nveis de poluio identificados serem baixos, face aos padres de qualidade do ar existentes.

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Esta tese constituda por dois estudos. O estudo de preveno primria experimental, ensaio clnico randomizado, cujo programa de interveno Para- Par sem Tabaco baseado na metodologia da formao pelos pares, com o objectivo de avaliar a sua eficcia. A amostra constituda por 310 estudantes que frequentam o 7 e 8 Anos das Escolas Bsicas e Secundrias de Oliveira de Azemis por amostragem aleatria em conglomerados (turmas). 153 estudantes constituram o grupo de controlo e 157 o grupo experimental. A observao foi feita antes, no final e passado um ano da interveno. Foram construdas e validadas trs escalas, que apresentaram bons argumentos de fidelidade e validade. Dos resultados ressaltam os benefcios na reduo do consumo de cigarros por semana, a perspectiva futura menos associada ao consumo de tabaco; uma evoluo na concordncia sobre o alto risco face auto-estima, comportamentos e tabaco; e alguma consistncia nas suas percepes sobre o tabaco e as motivaes dos fumadores. Verificou-se uma maior eficcia no sexo masculino. Nos dois grupos, com o aumento da idade, aumentou a idade de experimentao tabgica, o nmero de cigarros consumidos semanalmente e o nmero de amigos fumadores. No grupo experimental, constata-se que os adolescentes filhos de pais fumadores consomem mais cigarros por semana e tm mais amigos fumadores. O estudo de preveno secundria e terciria do tabagismo foi efectuado com o objectivo de avaliar a eficcia e identificar os factores que interferem nas consultas de cessao tabgica. Tratando-se de um estudo descritivocorrelacional retrospectivo e de coorte. A amostra (probabilstica aleatria K=4) foi constituda por 395 elementos inscritos na consulta de cessao tabgica de 12 Centros de Saúde do Distrito de Aveiro entre 2004 a 2009 (pesquisa de arquivo). A avaliao foi feita em trs momentos: na ltima consulta, aos trs e seis meses de seguimento. Conclui-se que os elementos com mais habilitaes acadmicas, que consomem menos cigarros e com menor grau de dependncia tabgica, so os que apresentam maior sucesso na cessao tabgica aos trs meses de seguimento. Os sujeitos que referem, na primeira consulta, conseguir reduzir menos cigarros e os que apresentam maior motivao, na primeira consulta, so os que apresentam mais sucesso na cessao tabgica na ltima consulta e aos trs meses de seguimento. Os elementos com mais idade, sem apoio familiar, que apresentam um maior tempo sem fumar, em tentativas anteriores e os que mais utilizaram as consultas, foram os que conseguiram mais sucesso na cessao tabgica aos trs e seis meses de seguimento. Os elementos que no fizeram tratamento especfico no tm sucesso. Os elementos da amostra obtiveram ganho ponderal com reduo nos valores da presso arterial sistlica e diastlica. Destes estudos foram retiradas algumas linhas orientadoras para a prestao de cuidados de saúde nesta complexa rea de interveno.