3 resultados para Relações interpessoais
em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal
Resumo:
O presente estudo é o resultado de um projeto investigativo que, embora se relacione com a Sensibilização à Diversidade Linguística, tem como tema principal as Imagens das Línguas. Este estudo, cujo título é “Imagens das línguas de alunos do 6.º ano: um estudo em Aveiro”, tem como objetivos perceber quais as imagens das línguas dos alunos do 6.º ano, verificar qual a língua em que estes alunos se matriculam no ano seguinte e se essa escolha foi baseada em imagens estereotipadas das línguas (e em quais) e averiguar se a imagem que os alunos do 6.º ano têm sobre línguas influencia a sua escolha para aprendizagem posterior. Os dados foram recolhidos através de instrumentos distintos (o desenho e o inquérito por questionário). Primeiramente, os discentes elaboraram quatro desenhos seguindo as instruções “desenha-te a falar a tua língua materna”, “desenha-te a falar uma língua que já aprendeste”, “desenha-te a falar uma língua que gostavas de aprender” e “desenha-te a falar uma língua que não gostavas de aprender”. Seguindo-se o preenchimento do inquérito por questionário, composto por cinco questões, relacionadas com as quatro línguas em estudo (português, francês, espanhol e inglês) e que faziam parte da recolha de dados através do desenho. Relativamente ao tratamento de dados optamos pela utilização de categorias de análise (línguas como objetos afetivos, objetos de ensino-aprendizagem, instrumentos de construção e afirmação de identidades individuais e coletivas, objetos de poder e como instrumentos de construção de relações interpessoais e intergrupais), que permitiram perceber quais as imagens das línguas dos alunos inquiridos. Os resultados permitiram-nos perceber que as imagens que os alunos do 6.º ano têm das línguas portuguesa, francesa, espanhola e inglesa são, de alguma forma, estereotipadas. A maioria dos alunos tem uma imagem das línguas como instrumentos de construção e afirmação de identidades individuais e coletivas, isto é, imagens associadas à relação língua/história de um povo/cultura. Contudo, concluímos que esta imagem cultural das línguas também está associada a uma imagem afetiva, salientando a relação aluno/língua/cultura. Partindo das nossas conclusões, poder-se-ão, no futuro desenvolver sessões de Sensibilização à Diversidade Linguística, com o objetivo de (re)construir as Imagens das Línguas que os alunos têm.
Resumo:
Pretendeu-se com este projecto de investigação estudar a interação didática co-construída por alunos do ensino superior em moldes de aprendizagem colaborativa na aula de Inglês língua estrangeira, com enfoque na dimensão sócio-afetiva da aprendizagem. Na base do quadro teórico encontra-se o pressuposto de que o conhecimento é algo dinâmico e construído colaborativamente, e que é na interação didática que emergem os comportamentos verbais reveladores do Saber―Ser/Estar/Aprender dos sujeitos, nomeadamente através da coconstrução e negociação de sentidos. Subjacente portanto ao estudo está a convicção de que “o trabalho crítico sobre a interação permite entender os modos relacionais entre os sujeitos pedagógicos, as relações interpessoais que se estabelecem e articular o desenvolvimento linguístico-comunicativo com o desenvolvimento pessoal e social dos alunos” (Araújo e Sá & Andrade, 2002, p. 82). Esta investigação centra-se exclusivamente nos aprendentes, na sequência de indicações provenientes da revisão de literatura, as quais apontam para uma lacuna nas investigações efetuadas até à data, referente ao número insuficiente de estudos dedicado à interação didática interpares, já que a grande maioria dos estudos se dirige para a relação professor-aluno (cf. Baker & Clark, 2010; Hellermann, 2008; O'Donnell & King, 2014). Por outro lado, o estado da arte relativo às investigações focalizadas na interacção entre aprendentes permite concluir que a melhor forma de exponenciar esta interação será através da aprendizagem colaborativa (cf. Johnson, Johnson, & Stanne, 2000; Slavin, 2014; Smith, Sheppard, Johnson, & Johnson, 2005). Circunscrevemos o nosso estudo à dimensão sócio-afetiva das estratégias de aprendizagem que ocorrem nessas interações, já que a revisão da literatura fez evidenciar a correlação positiva da aprendizagem colaborativa com as dimensões social e afetiva da interação (cf. Byun et al., 2012): por um lado, a dinâmica de grupo numa aula de língua estrangeira contribui grandemente para uma perceção afetiva favorável do processo de aprendizagem, incrementando igualmente a quantidade e a qualidade da interação (cf. Felder & Brent, 2007); por outro lado, a existência, na aprendizagem colaborativa, dos fenómenos de correção dos pares e de negociação de sentidos estimula a emergência da dimensão sócio-afetiva da aprendizagem de uma língua estrangeira (cf. Campbell & Kryszewska,1992; Hadfield, 1992; Macaro, 2005). É neste enquadramento teórico que se situam as nossas questões e objetivos de investigação. Em primeiro lugar procurámos saber como é que um grupo de aprendentes de Inglês língua estrangeira do ensino superior perceciona as estratégias de aprendizagem sócio-afetivas que utiliza em contexto de sala de aula, no âmbito da aprendizagem colaborativa e nãocolaborativa. Procurámos igualmente indagar quais as estratégias de aprendizagem sócio-afetivas passíveis de serem identificadas neste grupo de aprendentes, em situação de interação didática, em contexto de aprendizagem colaborativa. Finalmente, questionámo-nos sobre a relação entre a perceção que estes alunos possuem das estratégias de aprendizagem sócio-afetivas que empregam nas aulas de Inglês língua estrangeira e as estratégias sócio-afetivas identificadas em situação de interação didática, em contexto de aprendizagem colaborativa. No que respeita à componente empírica do nosso projecto, norteámo-nos pelo paradigma qualitativo, no contexto do qual efetuámos um estudo de caso, a partir de uma abordagem tendencialmente etnográfica, por tal nos parecer mais consentâneo, quer com a nossa problemática, quer com a natureza complexa dos processos interativos em sala de aula. A metodologia quantitativa está igualmente presente, pretendendo-se que tenha adicionado mais dimensionalidade à investigação, contribuindo para a triangulação dos resultados. A investigação, que se desenvolveu ao longo de 18 semanas, teve a sala de aula como local privilegiado para obter grande parte da informação. Os participantes do estudo de caso foram 24 alunos do primeiro ano de uma turma de Inglês Língua Estrangeira de um Instituto Politécnico, sendo a investigadora a docente da disciplina. A informação proveio primordialmente de um corpus de interações didáticas colaborativas audiogravadas e posteriormente transcritas, constituído por 8 sessões com uma duração aproximada de uma hora, e das respostas a um inquérito por questionário − construído a partir da taxonomia de Oxford (1990) − relativo à dimensão sócio-afetiva das estratégias de aprendizagem do Inglês língua estrangeira. O corpus gravado e transcrito foi analisado através da categorização por indicadores, com o objetivo de se detetarem as marcas sócio-afetivas das estratégias de aprendizagem mobilizadas pelos alunos. As respostas ao questionário foram tratadas quantitativamente numa primeira fase, e os resultados foram posteriormente triangulados com os provenientes da análise do corpus de interações. Este estudo permitiu: i) elencar as estratégias de aprendizagem que os aprendentes referem utilizar em situação de aprendizagem colaborativa e não colaborativa, ii) detetar quais destas estratégias são efetivamente utilizadas na aprendizagem colaborativa, iii) e concluir que existe, na maioria dos casos, um desfasamento entre o autoconceito do aluno relativamente ao seu perfil de aprendente de línguas estrangeiras, mais concretamente às dimensões afetiva e social das estratégias de aprendizagem que mobiliza, e a forma como este aprendente recorre a estas mesma estratégias na sala de aula. Concluímos igualmente que, em termos globais, existem diferenças, por vezes significativas, entre as representações que os sujeitos possuem da aprendizagem colaborativa e aquelas que detêm acerca da aprendizagem não colaborativa.
Resumo:
Tourism is growing and is becoming more competitive. Destinations need to find elements which demonstrate their uniqueness, the singularity which allows them to differentiate themselves from others. This struggle for uniqueness makes economies become more competitive and competition is a central element in the dynamics of Tourism. Technology is also an added value for tourism competitiveness, as it allows destinations to become internationalised and known worldwide. In this scenario, research has increased as a means to study Tourism trends in fields such as sociology and marketing. Nevertheless, there are areas in which there is not much research done and which are fundamental: these are the areas concerned with identities, communication and interpersonal relations. In this regard, Linguistics has a major role for different reasons: firstly, it studies language itself and through it, communication, secondly, language conveys culture and, thirdly, it is by enriching language users that innovation in Tourism and in knowledge, as a whole, is made possible. This innovation, on the other hand, has repercussions in areas such as management, internationalisation and marketing as well. It is, therefore, the objective of this thesis to report on how learning experiences take place in Tourism undergraduate English language classes as well as to give an account of enhanced results in classes where mobile learning was adopted. In this way, an alliance between practice and research was established. This is beneficial for the teaching and learning process because by establishing links between research based insight and practice, the outcome is grounded knowledge which helps make solid educational decisions. This research, therefore, allows to better understand if learners accept working with mobile technologies in their learning process. Before introducing any teaching and learning approach, it was necessary to be informed, as well, of how English for tourism programmes are organised. This thesis also illustrates through the premises of Systemic Functional Linguistics that language use can be enhanced by using mobile technology in Tourism undergraduate language classes.