3 resultados para Personal practical knowledge

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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O presente documento consiste num Relatório de Estágio, realizado no âmbito da unidade curricular Dissertação/Estágio/Projeto, afeta ao Mestrado em Línguas e Relações Empresariais, da Universidade de Aveiro (MLRE). Este relatório incide sobre uma descrição e uma análise crítica do trabalho realizado durante o Estágio Curricular que realizei, ao longo de seis meses, no Departamento de OEM (Original Equipment Manufacturer) da Teka Portugal, S.A., em Ílhavo. O objetivo principal das tarefas de que fui incumbida prendeu-se com uma otimização da informação de âmbito negocial que envolve todo o processo de venda OEM. Na realização deste trabalho, foram muito úteis os conhecimentos teóricos e práticos que adquiri ao longo dos cursos de Licenciatura e de Mestrado em Línguas e Relações Empresariais na Universidade de Aveiro.

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Os fenómenos migratórios têm contribuído para a configuração de uma realidade sociocultural diversa que marca as sociedades do século XXI. Portugal não é exceção, sendo um dos países onde mais aumentou proporcionalmente a imigração legal permanente, fenómeno coexistente com a emigração da sua população. Neste contexto de migrações reconfiguram-se identidades, não apenas para os migrantes mas também para os autóctones, cuja (re)construção balança entre a semelhança e a diferença. Sem esta relação, a identidade fica comprometida, pois ela existe fundamentalmente pelo reconhecimento dos outros. A liberdade cultural e linguística é também uma dimensão do desenvolvimento humano, pelo que tem vindo a ganhar proeminência a promoção da diversidade linguística e cultural, e a consequente educação intercultural, que se assume como espaço privilegiado de reflexão e ação. Defende-se que a verdadeira integração dos imigrantes terá de ser multilingue e não pode ser realizada apagando as suas diferenças, nem obrigando-os a abandonar as suas línguas nativas e culturas. O domínio da Língua Portuguesa é uma das vias mais poderosas para a integração dos estrangeiros a residir em Portugal, tanto como garantia da autonomia individual que faculta o exercício de uma cidadania ativa, como de harmonia social ao nível coletivo. A escola portuguesa, atenta a este facto, vê reconhecida, por parte do Ministério da Educação, a Língua Portuguesa como fator de integração. Todavia, esse reconhecimento contrasta com a indiferença perante as línguas maternas dos alunos estrangeiros, ignorando-se, assim, um importante elemento das suas pertenças identitárias. Neste âmbito, alguns autores afirmam que a escola portuguesa nem sempre tem praticado uma verdadeira educação intercultural, adotando, pelo contrário, parte das características hegemónicas da cultura dominante, o que se traduz, por conseguinte, no esmagamento simbólico (coletivo) das culturas minoritárias. O nosso estudo usa as Representações Sociais como formas de conhecimento prático que permitem a compreensão do mundo e a comunicação, proporcionando coerência às dinâmicas sociais. Procurámos fazer, através delas, uma leitura da valorização da diversidade linguística e cultural na escola, uma vez que as Representações Sociais que se têm do Outro justificam a forma como se interage com ele e imprimem direção às relações intra e intergrupais. A investigação que aqui apresentamos procura dar primazia à “voz” do aluno como fonte de conhecimento, aos fenómenos, a partir das experiências interindividuais e intergrupais, e à forma como as pessoas experienciam e interpretam o mundo social que constroem interativamente. Para esse efeito, recolhemos dados através de entrevistas semidiretivas individuais junto de dez alunos autóctones e dez alunosestrangeiros de uma mesma escola. Complementarmente, realizámos entrevistas aos Encarregados de Educação de oito dos alunos entrevistados, quatro de cada grupo, aos cinco Diretores de Turma desses alunos e ao Diretor da escola. Do ponto de vista metodológico, a presente investigação desenvolveu-se de acordo com uma abordagem de natureza qualitativa, relacionada com um paradigma fenomenológico-interpretativo – os fenómenos humanos e educativos apresentam-se, na sua complexidade, intimamente relacionados e a sua compreensão exige a reconciliação entre a epistemologia e o compromisso ético. Procurando uma leitura global dos resultados obtidos, e à semelhança de alguns estudos, a nossa investigação demonstra que, ao não se promover proativamente uma educação intercultural – designadamente a sua função de crítica cultural e o combate a estereótipos e preconceitos que essencializam as diferenças do Outro culturalmente diverso –, a escola não prepara os alunos para a sociedade contemporânea, culturalmente diversa, dinâmica e com um elevado nível de incerteza, nem para uma abordagem positiva e frontal dos conflitos em toda a sua complexidade. À escola impõem-se ainda muitos desafios relativos às muitas diversidades que acolhe no seu seio, de forma a que todos aqueles que constituem a comunidade escolar – designadamente os alunos, sejam eles estrangeiros ou autóctones – se sintam parte integrante dela, respeitados tanto pelas suas raízes, como pelas múltiplas pertenças dinamicamente em (re)construção, como, ainda, pelos seus projetos de futuro. A informação, por si só, não promove a ação. Revela-se necessária a adoção de estratégias de intervenção que concretizem a informação nas práticas escolares quotidianas, que promovam encontros positivamente significativos, que favoreçam a igualdade social e o reconhecimento das diferenças e, ainda, que previnam atitudes discriminatórias. Para essas estratégias de intervenção serem uma constante no quotidiano das nossas escolas, a didática intercultural deve ser incentivada e operacionalizada, tanto na prática pedagógica como na formação inicial e contínua dos professores.

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Este estudo centrou-se num Curso de Licenciatura em Enfermagem e teve como objetivo compreender a influência da relação supervisiva no desenvolvimento da identidade profissional dos estudantes. Os eixos estruturantes que suportam esta investigação e que concorrem para a definição do seu objeto de estudo articulam-se em torno da relação supervisiva, do desenvolvimento de competências profissionais e do desenvolvimento da identidade pessoal e profissional em contexto clínico. A formação desenvolvida através da prática clínica destina-se a preparar indivíduos de acordo com a atual realidade socioprofissional, onde os sujeitos, independentemente da singularidade de cada um, desenvolvem saberes adquiridos em sala de aula. Quando comparada com o espaço escolar, a aprendizagem em contexto clínico é condicionada por fatores que se caraterizam por maior imprevisibilidade e obriga frequentemente o estudante a confrontar-se com situações únicas e impares. A identidade dos estudantes torna-se assim construída e vivida a partir de um conjunto de dimensões que ocorrem no decurso das vivências clínicas. Metodologicamente optou-se por um estudo etnográfico no âmbito do paradigma qualitativo, numa abordagem longitudinal segundo a lógica do estudo de caso. A natureza dos dados a recolher englobou ainda o recurso a procedimentos de natureza quantitativa. Como técnica de recolha de dados recorremos à observação participante, entrevistas semiestruturadas e questionários. O estudo desenvolveu-se numa Escola Superior de Enfermagem da Zona Norte do país e fizeram parte da população 69 estudantes de uma turma de segundo ano, quatro tutores e um professor. O plano de estudo da referida escola está organizado de forma a que a aprendizagem dos estudantes seja progressivamente integradora de saberes interligando a componente teórica com a componente prática. Assim, os ensinos clínicos estão distribuídos entre o 2º e o 4º ano. Da análise e discussão dos dados e subsequentes conclusões ressalta que, quer a relação supervisiva, quer os contextos clínicos, foram influenciadores do desenvolvimento de competências profissionais, bem como da identidade pessoal e profissional dos estudantes. Verificamos que os dois contextos clínicos estudados – medicina e cirurgia – favoreceram o desenvolvimento de competências distintas, no entanto complementares. Tornou-se visível que, os supervisores do contexto de medicina, possuidores de uma visão holística da profissão de enfermagem, promoveram nos estudantes uma visão integradora do doente, resultante de uma contínua atitude reflexiva sobre a Pessoa Humana. Por sua vez, no contexto de cirurgia, caraterizada por intervenções mais invasivas e mais centradas no tratar, as competências mais valorizadas pelos tutores, embora que de uma forma não verbalmente assumida, foram do domínio técnicocientífico, com especial relevo pelas competências instrumentais.