3 resultados para Modesto A. Maidique Campus

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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A web moderna, ou web 2.0, assenta nos princípios de abertura e particip§Ã£o dos seus utilizadores. A natureza voluntária do uso de serviços da web 2.0, aliada à dependência da particip§Ã£o por parte dos seus utilizadores, leva a uma forte concorrência entre serviços semelhantes na web. Esta concorrência leva à procura de novas formas de diferenci§Ã£o entre serviços. Neste contexto surge a indústria de gamification, que procura transferir elementos de videojogos a outros contextos para aumentar o envolvimento dos utilizadores. Contudo, o discurso desta indústria recente é alvo de fortes críticas de profissionais de game design. Neste trabalho de investig§Ã£o apresenta-se tanto o discurso da indústria de gamification como as suas críticas. Assumindo que a abordagem atual da gamification assenta numa compreensão limitada dos videojogos, parte-se para a elabor§Ã£o de um novo quadro concetual que possa guiar o desenho da inter§Ã£o em ambientes web. Esta abordagem fundamenta-se num levantamento bibliográfico da teoria do game design. O quadro concetual resultante é usado no desenho e desenvolvimento de um serviço de social bookmarking no Sapo Campus UA, uma plataforma de serviços web 2.0 para contextos educativos, com o objetivo explícito de aumentar a particip§Ã£o dos seus utilizadores na aplic§Ã£o. A utilidade do quadro concetual é avaliada com sessões de teste com utilizadores do público-alvo do serviço. Os resultados obtidos indicam que o game design pode enriquecer o desenho da inter§Ã£o na web através da cri§Ã£o de ciclos de §Ã£o com resultado claro e feedback positivo.

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O reconhecimento da dimensão criativa, participativa e social da rede trouxe profundas alter§Ãµes à forma como se percebem e compreendem as questões relacionadas com a identidade, a educ§Ã£o, a prática e o conhecimento. Num cenário caraterizado pela conectividade e pela facilidade de acesso a pessoas e conteúdos, a rede oferece aos indivíduos um esp§o onde podem interagir, trabalhar na sua aprendizagem, trocar experiências e construir uma identidade e reput§Ã£o acessíveis a toda a comunidade. Quando se torna praticamente impossível permanecer fora do mundo digital e, consequentemente, da produção de uma identidade online (Costa e Torres, 2011; Warburton, 2009), a presença construída pelo indivíduo na rede surge como um currículo vitae ativo e dinâmico, revelador não apenas das competências adquiridas e certificadas em contextos de aprendizagem formais como daquelas desenvolvidas pela inter§Ã£o com os pares, pela partilha e pela comunic§Ã£o. Partindo da análise da utiliz§Ã£o de uma plataforma suportada institucionalmente (i.e. SAPO Campus), o presente trabalho de investig§Ã£o tem como principal objetivo a análise e carateriz§Ã£o da construção da identidade online de um grupo de alunos do Mestrado em Comunic§Ã£o Multimédia da Universidade de Aveiro num esp§o providenciado pela instituição de ensino que frequentam. Com recurso a inquéritos por questionário, entrevistas em profundidade (realizadas aos participantes no estudo e a profissionais da área da comunic§Ã£o e gestão de carreiras) e observ§Ã£o direta (análise quantitativa e qualitativa dos conteúdos publicados pelos participantes no SAPO Campus e em duas redes informais), procurou-se ainda caraterizar e analisar a identidade construída em esp§os formais e informais, e aferir a importância – para alunos, instituição e mercado – da identidade online enquanto esp§o de manifest§Ã£o e divulg§Ã£o de competências. Ainda que circunscrita ao contexto específico do Mestrado em Comunic§Ã£o Multimédia e mais especificamente aos alunos cuja identidade online foi objeto de estudo, análise dos dados permite avançar que, de facto, os alunos estão conscientes da sua própria identidade online bem como da relevância de construir uma identidade e reput§Ã£o sólidas e autênticas, que reflitam as suas competências e capacidades enquanto aprendentes e profissionais. Assim, poder-se-á avançar que no SAPO Campus os alunos estão a construir uma identidade online mais formal e cuidada, editando e selecionando os conteúdos de acordo com o contexto. Neste esp§o, a maioria das public§Ãµes está diretamente relacionada com os trabalhos de investig§Ã£o dos participantes, que recorrem à sua partilha nas redes informais para aumentar a visibilidade e exposição dos conteúdos publicados. Os participantes no estudo revelaram ainda valorizar o sentimento de segurança providenciado pelas tecnologias institucionais, bem como a possibilidade de construir uma identidade numa plataforma associada à sua instituição de ensino. Do estudo efetuado resultou ainda uma proposta de um modelo para a análise da identidade online, que poderá ser utilizado na análise da presença dos indivíduos em ambientes online formais e informais. Apresentando a identidade online como uma realidade assente na represent§Ã£o digital, na gestão da privacidade e na reput§Ã£o construída na rede, o modelo foi aplicado aos dados recolhidos pelo estudo, conduzindo ao desenho de duas grandes formas de estar na rede: identidade orientada pelo contexto, e identidade orientada pelo utilizador. Quando as caraterísticas dos mundos digitais alteram a forma de produção da identidade e num cenário onde a contextualiz§Ã£o de dados e inform§Ã£o assume uma importância crescente, este estudo de caso poderá contribuir para o conhecimento dos processos de construção da identidade em esp§os formais e informais, da forma como os indivíduos gerem e constroem a sua identidade online, e ainda sobre a importância e o impacto da construção de uma identidade online consciente e credível para a reput§Ã£o dos indivíduos e das Instituições de Ensino Superior.

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As escolas portuguesas do ensino não superior estão dotadas com infraestruturas e equipamentos que permitem trazer o mundo para dentro da sala de aula, tornando o processo de ensino e de aprendizagem mais rico e motivador para os alunos. A adoção institucional de uma plataforma que segue os princípios da web social, o SAPO Campus (SC), definida pela abertura, partilha, integr§Ã£o, inov§Ã£o e personaliz§Ã£o, pode ser catalisadora de processos de mudança e inov§Ã£o. O presente estudo teve como finalidade acompanhar o processo de adoção do SC em cinco escolas, bem como analisar o impacto no processo de ensino e de aprendizagem e a forma como os alunos e professores se relacionam com esta tecnologia. As escolas envolvidas foram divididas em dois grupos: o primeiro grupo, constituído por três escolas onde o acompanhamento teve uma natureza mais interventiva e presente, enquanto que no segundo grupo, composto por duas escolas, foram apenas observadas as dinâmicas que se desenvolveram no processo de adoção e utiliz§Ã£o do SC. No presente estudo, que se assume como um estudo longitudinal de multicasos, foram aplicadas técnicas de tratamento de dados como a estatística descritiva, a análise de conteúdo e a Social Network Analysis (SNA), com o objetivo de, através de uma triangul§Ã£o permanente, proceder a uma análise dos impactos observados pela utiliz§Ã£o do SC. Estes impactos podem ser situados em três níveis diferentes: relativos à instituição, aos professores e aos alunos. Ao nível da adoção institucional de uma tecnologia, verificou-se que essa adoção passa uma mensagem a toda a organiz§Ã£o e que, no caso do SC, apela à particip§Ã£o coletiva num ambiente aberto onde as hierarquias se dissipam. Verificou-se ainda que deve implicar o envolvimento dos alunos em atividades significativas e a adoção de estratégias dinâmicas, preferencialmente integradas num projeto mobilizador. A adoção do SC foi ainda catalisadora de dinâmicas que provocaram mudanças nos padrões de consumo e de produção de conteúdos bem como de uma atitude diferente perante o papel da web social no processo de ensino e aprendizagem. As conclusões apontam ainda no sentido da identific§Ã£o de um conjunto de fatores, observados no estudo, que tiveram impacto no processo de adoção como o papel das lideranças, a importância da form§Ã£o de professores, a cultura das escolas, a integr§Ã£o num projeto pedagógico e, a um nível mais primário, as questões do acesso à tecnologia. Algumas comunidades construídas à volta do SAPO Campus, envolvendo professores, alunos e a comunidade, evoluíram no sentido da autossustent§Ã£o, num percurso de reflexão sobre as práticas pedagógicas e partilha de experiências.