Empreendedorismo social: cria����o de valor social no processo de gestão estrat��gica

O empreendedorismo social constitui uma ferramenta com um potencial estrat��gico fundamental para as organiza����es da economia social, sendo poss��vel convergir com as necessidades sociais de um determinado indiv��duo, grupo, comunidade ou sociedade, na medida em que permite a cria����o de valor social. Contudo, essa ferramenta estrat��gica tamb��m permite obter retorno financeiro, t��o crucial para a sustentabilidade das organiza����es. Pretendeu-se atrav��s da presente Disserta����o, analisar se as organiza����es da economia social que integram o processo de empreendedorismo social no seu modelo de gestão estrat��gica, conseguem estabelecer um equil��brio entre a cria����o de valor social e a obten����o de retorno financeiro, contribuindo, desta forma, para um contexto econ��mico-financeiro positivo. Em fun����o do trabalho desenvolvido, verificou-se que as organiza����es inseridas na economia social valorizam o processo de empreendedorismo e inova����o social seja para a cria����o de valor social como para a sua sustentabilidade. N��o obstante, estas organiza����es revelam lacunas na implementa����o desse processo.

Ferramentas de apoio �� implementa����o da sustentabilidade na gestão da cadeia de abastecimento

O presente trabalho tem como principal objetivo contribuir para o desenvolvimento de um modelo de gestão da cadeia de abastecimento sustent��vel, posteriormente operacionalizado num conjunto de empresas. O principal elemento diferenciador do modelo apresentado �� o seu cariz operacional, focado na fase da implementa����o com a integra����o de um conjunto de pr��ticas de apoio �� sustentabilidade. Para responder ��s press��es da conjuntura econ��mica atual, das altera����es clim��ticas, da escassez de recursos e das desigualdades sociais �� necess��rio desenvolver de forma consolidada e abrangente um novo paradigma de gestão nas empresas. Muitas destas press��es fazem-se sentir nas atividades da Gestão da Cadeia de Abastecimento. O grande desafio �� conseguir que as empresas obtenham bons resultados econ��micos, sociais e ambientais. A sustentabilidade tem sido abordada como a ��rea de estudo donde dever�� emergir este novo paradigma de gestão. Atendendo a esta problem��tica, a principal quest��o de investiga����o do presente trabalho �� ���Como se implementa a Sustentabilidade na Gestão da Cadeia de Abastecimento?��� A metodologia de investiga����o partiu da revis��o da literatura que permitiu estruturar um conjunto de pressupostos te��ricos, estruturados num modelo conceptual sobre a implementa����o da sustentabilidade na Gestão da Cadeia de Abastecimento. O modelo foi aplicado em dois grupos de estudos emp��ricos: An��lise Qualitativa de Relat��rios de Sustentabilidade publicados por seis empresas com atividade em Portugal (Sonae; Lipor, Galp; EDP; Portucel e AutoEuropa); e o desenvolvimento de dois Estudos de Caso nas empresas Bosch Termotecnologia e Gestamp Aveiro. Os resultados permitiram o desenvolvimento de um Modelo Te��rico de Implementa����o da Sustentabilidade na Gestão da Cadeia de Abastecimento. Bem como, um modelo de classifica����o das ferramentas de apoio �� implementa����o da sustentabilidade adequadas a cada etapa que constitui o modelo de implementa����o. No desenvolvimento deste trabalho, acreditou-se que o caminho da sustentabilidade �� poss��vel e tang��vel. Os modelos desenvolvidos explicam que a integra����o da sustentabilidade se enceta pela estrutura����o da ��rea da sustentabilidade na organiza����o, prosseguindo com o processo de implementa����o constitu��do por quatro etapas: Envolvimento, Execu����o, Monitoriza����o e Comunica����o. A implementa����o necessita de ser abrangente a toda a cadeia de valor e apoiada num conjunto de ferramentas adequadas a cada fase de implementa����o.

A gestão da floresta e o planeamento do uso do solo

A tem��tica desta disserta����o �� a gestão sustent��vel da actividade florestal. Tem como objectivo o desenvolvimento e aplica����o de metodologias de planeamento e gestão do uso do solo. As preocupa����es com as interven����es na paisagem e com a incorpora����o das componentes que a constituem no planeamento e na gestão do territ��rio tem vindo a ter um maior desenvolvimento desde a d��cada de 70. Por sua vez, as iniciativas pol��ticas nacionais e internacionais na ��rea do ambiente tiveram um maior impulso a partir dessa ��poca, conduzindo a uma situa����o em que as preocupa����es com a sua conserva����o, gestão e qualifica����o assumem um papel fundamental. Um aumento da qualidade das paisagens implica um correcto planeamento do uso do solo e um subsequente esquema de incentivos �� realidade s��cioecon��mica, potenciadores de um desenvolvimento sustent��vel. A gestão e o desenvolvimento sustent��vel pressup��em, por um lado, uma utiliza����o parcimoniosa dos recursos, mas tamb��m uma articula����o correcta dos usos ��s potencialidades do territ��rio, num quadro de planeamento e gestão do espa��o que permita e promova o desenvolvimento de actividades econ��micas vi��veis. Reconhecendo a forte influ��ncia que a ac����o antr��pica tem exercido sobre a paisagem, privilegia-se a avalia����o do factor evolu����o do uso do solo e a rela����o destas altera����es com origem na actividade humana e com causas naturais de forma a determinar as causas espec��ficas das altera����es de uso. Nesta perspectiva efectua-se uma avalia����o retrospectiva do impacto das diversas medidas de gestão com reflexo nas paisagens do Concelho de Arganil. A metodologia desenvolvida divide-se em cinco fases e tem como resultados os cen��rios de evolu����o do uso do solo e da demografia bem como a proposta de um modelo de ocupa����o sustent��vel. A escolha deste concelho como territ��rio de estudo para aplica����o da investiga����o produzida prende-se com o facto de se considerar que ele �� representativo de toda uma realidade da actividade florestal numa regi��o vasta e de caracter��sticas razoavelmente id��nticas, na qual existiram mudan��as acentuadas de uso do solo e do meio s��cio-econ��mico nos ��ltimos 50 anos, e de apresentar tend��ncias evolutivas semelhantes ��s dos outros concelhos envolventes, o que permitir�� aplicar a metodologia desenvolvida a outras ��reas.

Otimiza����o da recolha de res��duos urbanos : caso de estudo de Aveiro

O elevado custo da opera����o de recolha de res��duos urbanos e a necessidade de cumprir metas dispostas em instrumentos legais s��o duas motiva����es que conduzem �� necessidade de otimizar o servi��o da recolha de res��duos. A otimiza����o da recolha de res��duos �� um problema de elevada complexidade de resolu����o que envolve a an��lise de redes de transporte. O presente trabalho prop��e solu����es de otimiza����o da recolha de res��duos urbanos indiferenciados, a partir de um caso de estudo: o percurso RSU I 06 do munic��pio de Aveiro. Para este efeito, recorreu-se a uma aplica����o inform��tica de representa����o e an��lise geogr��fica: software ArcGIS denominada ArcMap e sua extens��o Network Analyst, desenvolvida para calcular circuitos otimizados entre pontos de interesse. O trabalho realizado de aplica����o do Network Analyst inclui a apresenta����o de duas das suas funcionalidades (Route e Vehicle Routing Problem). Em rela����o ao atual circuito de recolha e com base nos ensaios efetuados, foi poss��vel concluir que esta aplica����o permite obter circuitos de recolha otimizados mais curtos ou com menor dura����o. Contudo, ao n��vel da gestão permitiu concluir que, com a atual capacidade de contentoriza����o, seria vi��vel reduzir a frequ��ncia de recolha de seis vezes por semana para metade, dividindo a ��rea de recolha em duas ��reas, de acordo com as necessidades de cada local, reduzindo ainda mais o esfor��o de recolha. A aplica����o do Network Analyst ao caso de estudo, permitiu concluir que �� um software com muito interesse no processo de gestão da recolha de res��duos urbanos, apesar de apresentar algumas restri����es de aplica����o e que a qualidade/efic��cia do procedimento de otimiza����o depende da qualidade dos dados de entrada, em particular do descritivo geogr��fico dispon��vel para os arruamentos e, em larga medida, tamb��m depende do modelo de gestão considerado.

Modelo de opera����o de unidades de fragmenta����o no tratamento de ve��culos em fim de vida

A recupera����o de metais a partir de res��duos �� uma actividade ligada �� valoriza����o de res��duos que se afigura essencial �� preserva����o de recursos naturais. O tratamento de res��duos met��licos �� essencial para o sucesso da reciclagem. O tratamento permite diminuir contamina����es com outros materiais, melhorar a valoriza����o e diminuir os custos de transporte. Ao tratamento encontram-se associadas diferentes opera����es, cuja finalidade �� preparar os metais de acordo com os requisitos de processo dos recicladores. A fragmenta����o �� uma das opera����es de pr��-tratamento mais relevantes pela sua capacidade de processamento e pela possibilidade de permitir separar res��duos contaminados com outros materiais. O presente trabalho efectua uma an��lise inicial ao sector e ��s tecnologias existentes permitindo introduzir posteriormente o caso de estudo, a instala����o em Vila Nova de Gaia da empresa Constantino Fernandes Oliveira & Filhos, SA. O enfoque ao caso de estudo aborda o tema da efici��ncia energ��tica, um dos principais custos de produ����o. Nesta perspectiva identifica pontos cr��ticos e estabelece medidas de efici��ncia energ��tica que permitam reduzir o consumo energ��tico. As medidas propostas foram a coloca����o de um variador electr��nico de velocidade no ventilador principal da fragmentadora e no compressor e a substitui����o da ilumina����o existente por ilumina����o LED. As medidas propostas permitem a redu����o do consumo espec��fico de energia de 9,39 kgep/t para 8,81 kgep/t. Sendo a fragmenta����o uma das opera����es mais relevantes na actividade da instala����o estudada, no presente trabalho, efectuou-se a an��lise do modelo operat��rio com recurso �� aplica����o STAN de an��lise de fluxos de materiais. O procedimento de an��lise envolveu a cria����o de v��rios cen��rios de explora����o no tratamento de res��duos. O objectivo das simula����es �� a contabiliza����o dos custos referentes ao tratamento dos res��duos permitindo melhorias na vertente operacional, ambiental e econ��mica. Um dos cen��rios simulados foi a remo����o dos ve��culos em fim de vida dos res��duos a fragmentar, onde se constatou que apesar de uma redu����o dos res��duos processados, os proveitos por quantidade processada n��o alteram relativamente ao modelo operat��rio de base. Este facto deve-se sobretudo aos custos elevados de tratamento de res��duos gerados no processo de fragmenta����o dos ve��culos em fim de vida.

Modela����o da qualidade do ar interior em edif��cios com ventila����o natural

A qualidade do ar interior (QAI) em edif��cios �� uma preocupa����o que acompanha o Homem desde h�� s��culos. A qualidade do ar interior nas escolas, em particular, tem vindo a provocar um crescente interesse, dado que o grupo populacional pertence a um grupo et��rio mais suscet��vel de ser afetado. A utiliza����o de ferramentas num��ricas de modela����o na avalia����o da QAI �� uma mais valia, pois permite estimar as concentra����es dos poluentes no interior dos edif��cios. O principal objetivo deste estudo consiste na avalia����o da qualidade do ar interior atrav��s da aplica����o de uma ferramenta a um caso de estudo. Neste caso de estudo estimou-se a concentra����o de material particulado (PM10) numa sala de aula da Escola B��sica n�� 1 da Gl��ria, em Aveiro. Neste ��mbito, foi aplicado o modelo INDEX, Indoor Exposure model, que possibilita o c��lculo de concentra����es interiores de poluentes atmosf��ricos. Os resultados da aplica����o indicam que as concentra����es do ar interior s��o influenciadas pelas concentra����es exteriores e pela velocidade do vento. Note-se, contudo, que os valores simulados cumprem os valores legislados na Portaria n�� 353-A/2013, de 4 de Dezembro. Embora os resultados simulados n��o revelem uma m�� qualidade do ar interior na sala de aula da Escola B��sica n�� 1 da Gl��ria, a avalia����o de outros poluentes seria um ponto de extrema import��ncia, de forma a verificar se os requisitos da qualidade do ar interior estar��o a ser garantidos.