54 resultados para Desenvolvimento do turismo: Portugal

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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Atendendo ao protagonismo que o Turismo Residencial tem vindo a assumir, no âmbito académico e político, a análise conceptual dos termos Turismo, Turismo Residencial e “Segunda Residência” revelou-se crucial nesta tese para se avaliar o seu impacte no desenvolvimento “rural”. A sua relação com as migrações (internas e internacionais) permitiu identificar o potencial que o regresso e fixação dos emigrantes portugueses apresentam para impulsionar o desenvolvimento do turismo em Portugal. As implicações da ambiguidade conceptual associada com o termo “rural” manifestam-se igualmente na falta de consenso quanto à natureza específica do processo de desenvolvimento “rural” e na dificuldade de identificação de políticas mais adequadas aos problemas prioritários destes territórios. Neste âmbito, o índice de centralidade dos centros urbanos, baseado nas áreas de influência e na marginalidade funcional, permite identificar as áreas com menor capacidade de polarização, que são as áreas mais carenciadas. Reconhecendo que muitas delas albergam atrativos capazes de motivar a deslocação de pessoas, por motivos de recreio ou de lazer, o desenvolvimento sustentável do setor do turismo, sob certas condições, apresenta-se capaz de constituir-se como um motor da atividade económica em geral, ajudando à redução das assimetrias de desenvolvimento existentes, e uma oportunidade para melhorar a qualidade de vida das suas populações. Os resultados da aplicação de 5157 questionários aos emigrantes portugueses suportam esta argumentação, uma vez que são sobretudo os que possuem residência própria num concelho com menor índice de centralidade que mais podem contribuir para o desenvolvimento do turismo em Portugal.

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Esta tese incide sobre as dinâmicas do turismo rural e as respetivas implicações em termos de desenvolvimento rural. Para tal recorreu-se à mobilização de um conjunto de conhecimentos, nomeadamente da área do turismo no espaço rural, do desenvolvimento rural e do marketing dos destinos rurais. Após uma revisão teórica minuciosa acerca de cada uma das temáticas anteriores, passámos à definição das hipóteses de investigação e do modelo de análise. As hipóteses de investigação permitiram-nos, efetivamente, testar algumas relações que considerámos, desde logo, relevantes no que diz respeito à problemática da investigação. Estas centraram-se nos promotores da oferta e na população rural. Se por um lado pretendíamos analisar a relação entre o perfil dos promotores, motivações de criação do empreendimento turístico e atividades de marketing seguidas, por outro, assumia-se como fundamental, observar as repercussões da oferta turística proporcionada junto da população local. Assumimos que esta se manifesta não só nos benefícios pessoais usufruídos, mas também a nível das perceções positivas e negativas. Após termos integrado as hipóteses de investigação, o modelo foi testado em duas regiões rurais que apresentam particularidades de regiões pobres, mas, ao mesmo tempo, um potencial turístico enorme, sendo que, inclusivamente, parte de uma dessas regiões é Património Mundial da Humanidade. Tomando em consideração esta última constatação, foram também apresentadas hipóteses complementares relativas à existência de diferenças (ao nível dos promotores e residentes) entre as regiões. Estas tarefas obrigaram à recolha de dados primários e secundários. Após a recolha da informação primária, os dados foram tratados e analisados à luz das perspetivas teóricas entretanto fornecidas. Os resultados obtidos com o estudo realizado permitiram identificar relações significativas entre o perfil do promotor, motivações de abertura do empreendimento, objetivos económicos e atividades de marketing desenvolvidas no empreendimento. Por outro lado, confirmámos ainda a existência de relações significativas entre benefícios pessoais auferidos e perceções positivas e negativas desenvolvidas pelos residentes e entre estas e a satisfação e apoio à atividade turística. Considera-se ainda que os resultados obtidos pela investigação devem ser utilizados em prol do desenvolvimento das respetivas regiões rurais. Por fim, sublinha-se o facto do modelo desenvolvido nesta investigação ser passível de aplicar a outras regiões rurais.

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Assumindo a sociedade atual o paradigma do desenvolvimento sustentável como modelo capaz de garantir uma gestão equilibrada dos recursos atuais que não comprometa o futuro das futuras gerações, é fundamental compreender o instrumento da Agenda 21 Local (A21L), ferramenta saída da Conferência do Rio, em 1992, que se apresenta como uma resposta internacional aos objetivos da sustentabilidade. Ao constituir-se como país signatário da Declaração do Rio, Portugal assumiu o compromisso de cooperar internacionalmente para a aplicação deste instrumento, no esforço comum de unir a proteção do ambiente com o desenvolvimento económico e social. Verifica-se que a resposta de Portugal, em matéria de A21L, foi pouco conseguida, marcada por um arranque ténue, desconcertado e disperso a que acresce o caráter dúbio que caracterizou a natureza dos primeiros processos e que, no quadro internacional, atira Portugal para o grupo de países europeus que mais tardiamente conseguiram responder ao apelo da comunidade internacional no que se refere à implementação de A21L. Neste âmbito, esta dissertação visa aprofundar o conhecimento cientifico sobre este instrumento no quadro das experiências de Agenda 21 Local implementadas no território português. O trabalho procurou examinar os objetivos, características e resultados dos processos de Agenda, dando atenção aos elementos individuais que marcaram cada um e, igualmente, avaliando as repercussões que estes tiveram no todo nacional. O estudo incidiu na dinâmica espaciotemporal das Agendas21L, no território nacional, e na análise integrativa de indicadores físicos, sociais e económicos que permitiram compreender as especificidades e os contrastes verificados nos processos implementados e desenvolvidos. Na investigação não foram, igualmente, negligenciadas questões históricas, políticas e culturais, sabendose da importância que estes vários domínios configuram no caso português. O trabalho contou com uma investigação assente na seguinte metodologia: i) Revisão da literatura e recolha de dados bibliográficos sobre a temática da Agenda 21 Local; ii) Levantamento de informação, através de um inquérito por questionário, dirigido a todas as localidades do País, onde decorrem Agendas 21 Local, a fim de complementar informação já processada; iii) Pesquisa direta de dados no terreno que envolveu a utilização de procedimentos de teor quantitativo (inquérito por questionário) e de teor qualitativo (entrevistas), relativamente ao caso de estudo (Agenda 21 Local de Mindelo); iv) Tratamento e análise dos resultados obtidos através da confrontação da perspetiva teórica com a prática com a consequente elaboração de conclusões fundamentadas pela confrontação dos dados com as hipóteses. Para além de se tratar do caso pioneiro de A21L com início no poder mais próximo do cidadão (respeitando um dos princípios inerentes a este instrumento – o princípio da subsidiariedade), afirmou-se, igualmente, como um caso de referência em matéria de coesão e mobilização dos cidadãos locais para os problemas locais existentes. Os resultados empíricos da investigação identificam uma série de dificuldades que condicionaram o arranque e progresso das A21L. Desde logo, a inabilidade dos poderes políticos locais em trabalharem com um modelo que rompe com as típicas e tradicionais formas pré-concebidas de fazer política, isto é, com as práticas instituídas dos políticos fazerem “política” para os cidadãos e não “com” os cidadãos. O próprio desconhecimento do poder político local quanto à natureza de um processo de A21L que evidenciou inaptidão, impreparação e até embaraço para lidar com este instrumento, resultando na necessidade, na grande maioria dos processos desenvolvidos, de serem acompanhados por entidades externas que cooperaram na sua dinamização. Acresce que a nova dinâmica, subjacente à A21L, que desafia os governos locais a mobilizar a participação generalizada dos cidadãos e apela à participação de novos atores (associações, grupos de interesse, ONG e atores sociais, em geral) para a definição de estratégias de desenvolvimento local, não é totalmente aceite pelos vários poderes locais que, não raras vezes, menosprezam a importância dos cidadãos nos momentos de tomada de decisão. A falta de empenho do governo central, em matéria de sustentabilidade, que negligenciou, numa primeira etapa, a figura do poder central na assessoria às entidades locais cerceou o país da existência de uma campanha nacional para a afirmação deste instrumento. A falta/insuficiência de recursos financeiros como resultante da ausência de apoios estatais e a dificuldade na obtenção de fundos da União Europeia configurou-se como um entrave à promoção dos processos ficando as entidades locais e regionais incapazes de ultrapassar a falta de meios imprescindíveis para o desenvolvimento da A21L. O próprio desconhecimento generalizado dos cidadãos sobre a A21L afigura-se como um estigma ao sucesso de qualquer processo com as caraterísticas de um instrumento A21L visto que a participação dos cidadãos é condição sine qua non para a sua operacionalização. Neste quadro, e olhando o futuro, urge a necessidade das autoridades locais criarem modelos de autofinanciamento capazes de garantir a criação, funcionamento e manutenção de infraestruturas económicas e sociais subjacentes aos programas de A21L, assim como o dever do poder político em reforçar a importância da função da informação e da mobilização dos cidadãos em prole do desenvolvimento sustentável, ações indispensáveis para a execução das políticas inerentes à A21L.

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O turismo costeiro é a atividade turística mais relevante em Portugal. Este facto deve-se essencialmente à extensa e diversificada linha de costa e à crescente procura destas áreas pelas suas características paisagísticas, que levou a um forte desenvolvimento da atividade turísticas ao longo das últimas décadas. No entanto, o turismo que se tem vindo a praticar nas áreas costeiras portuguesas não responde às questões da sustentabilidade que cada vez mais estão na base da competitividade dos destinos turísticos. A garantia de sustentabilidade e a atração pelo novo e pelo diferente são fatores essenciais à capacidade de atração e competitividade de um determinado território. O sector turístico não foge à regra. Como tal é necessário inverter o modelo massificado que caracteriza o turismo costeiro e inovar nos métodos e nos modelos de desenvolvimento deste turismo A região da Ria de Aveiro, composta por 11 municípios, é uma região com fortes potencialidades turísticas, mas que se encontram subaproveitadas ou incorretamente geridas. Esta região apresenta um forte potencial para a prática de um turismo sustentável, valorizando os recursos naturais e culturais que possui. É uma região que tem como ponto de conexão a “Ria de Aveiro”, sendo uma das principais zonas húmidas do território português. Além da Ria, possui variadíssimos recursos turísticos tais como praias marítimas e fluviais, frentes ribeirinhas, marinhas de sal, florestas, áreas de interesse conservacionista, aldeias serranas, património arquitetónico, nomeadamente religioso, casas de interesse (arte nova, palheiros), museus, azulejaria, estações arqueológicas, entre outros. A proximidade entre o mar e a serra cria condições para a diversificação da paisagem, surgindo áreas tipicamente serranas que contrastam com a planície costeira e lagunar. Esta variedade de recursos constitui uma excelente oportunidade para os municípios que compõem a região, porque podem ajudar a definir e a sustentar estratégias de desenvolvimento turístico mais competitivas e associadas ao quadro de recursos naturais disponíveis. É necessário, assim, uma aposta nas singularidades e especificidades da região, oferecendo o que outros destinos não conseguem oferecer, através da exploração sustentável dos recursos endógenos. No entanto, é fundamental existir vontade política para que se possam promover e aplicar estratégias de turismo sustentável neste território. Pretende-se com este trabalho apresentar um modelo estratégico para o sector do turismo da região da Ria de Aveiro, através de uma abordagem diferenciadora, que promova e potencie, de forma integrada o quadro de recursos existentes. Esta abordagem baseia-se em quatro premissas que pretendem estruturar e orientar o modelo estratégico apresentado, sendo elas a identidade da região, a sustentabilidade e competitividade, a construção de redes e a coesão sociocultural.

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Atualmente, a rotina sedentária leva a que as pessoas procurem cada vez mais a prática da atividades diferentes, tais como a atividade desportiva, que se torna essencial como fuga a este estilo de vida. O turismo desportivo tem assim crescido nos últimos anos e, por isso, a oferta existente hoje em dia é bastante variada. No entanto, é necessário ter em atenção que o uso dos recursos naturais, muitas vezes na base destas atividades, não deve ser excessivo. Igualmente, a busca pelo desenvolvimento sustentável deve fazer parte dos planos de todos os intervenientes no desenvolvimento dos destinos turísticos. A presente dissertação foca-se num estudo exploratório, com análise qualitativa, com o objetivo de analisar a importância do turismo desportivo na região de Aveiro. Assim, pretende-se compreender se esta atividade pode contribuir para o desenvolvimento da região de Aveiro enquanto destino turístico, garantindo simultaneamente a sustentabilidade das áreas costeiras. Em concreto, esta investigação realizou-se através de um inquérito por entrevista a agentes de oferta de animação turística que oferecem atividades de turismo desportivo. A necessidade de colaboração com a comunidade local e de integração nesta, bem como a urgência de criar parcerias com empresas do mesmo sector, ou até de sectores diferentes, são dois dos pontos essenciais nesta área, que podem conduzir a um desenvolvimento do turismo desportivo nas áreas costeiras, em concreto na região de Aveiro, sem comprometimento da sustentabilidade local.

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A presente investigação concretiza a abordagem holística ao fenómeno do turismo interno, abordando aspectos conceptuais sobre o seu âmbito e dificuldades de medição. Por outro lado, equaciona o papel que esta forma de turismo pode representar, não só em termos de adequação às dinâmicas e às perspectivas que enquadram as actividades turísticas em geral, como também em relação aos efeitos que pode gerar nos domínios económico, social, cultural, ambiental e territorial. A pesquisa engloba igualmente a análise empírica de dados que permitiu caracterizar as particularidades do turismo interno no plano internacional e no caso específico de Portugal, bem como o reconhecimento do seu carácter estratégico. Perante esta última realidade materializou-se a criação de um modelo empírico de desenvolvimento do turismo interno, o qual referencia, numa primeira fase, a estrutura e as componentes sistémicas, para concluir com a referência ao quadro conceptual de organização do planeamento estratégico e a sua consequente aplicação à realidade portuguesa.

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A importância económica, social e política do setor do turismo é uma realidade inquestionável. A sua expressão e capacidade de induzir o desenvolvimento económico em termos de outros setores, é cada vez mais importante. Apesar da dinâmica demonstrada, o setor do turismo enfrenta uma série de problemas estruturais que devem ser resolvidos. Nos últimos anos, o turismo em Portugal tem vindo a crescer em quantidade, mas às vezes sem muita qualidade. O desempenho económico do setor deve ser devidamente analisado, desde a análise do número de entradas de visitantes até questões como o volume de receitas obtido. Para além disso, é possível observar a existência de casos de concentração espacial excessiva em certas áreas do território. A política de turismo precisa de dimensão, de ser forte, bem estruturada e orientada. "Esta política deve promover sinergias entre redes de diferentes atores para criar uma base sólida de segurança e confiança para o investimento privado." (Costa, 2000) É importante avaliar o investimento e o sistema de financiamento no setor do turismo, para entender a filosofia e os objetivos que norteiam todo o sistema (política estratégica) e as dinâmicas territoriais e setoriais das empresas do turismo.

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Esta Tese insere-se no âmbito das Ciências e Engenharia do Ambiente e aborda as temáticas do Turismo Sustentável, Educação Ambiental e Áreas Protegidas. Na atualidade o turismo é considerado como um dos fenómenos sociais e económicos mais importantes e um instrumento com grande importância para o desenvolvimento dos países e regiões. A discussão em torno do conceito de turismo sustentável, embora nem sempre coincidentes, orienta para uma conceção onde a componente ambiental, social e económica constituem as principais dimensões que devem ser consideradas no seu desenvolvimento. As áreas protegidas são territórios cuja principal função é conservação do ambiente. Estes espaços protegidos possuem um conjunto de recursos que os potenciam para o desenvolvimento do turismo sustentável e educação ambiental contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento sustentado das regiões. Atualmente o turismo sustentável e a educação ambiental são uma realidade cada vez mais presente nas áreas protegidas contribuindo com benefícios sociais, económicos e para o desenvolvimento sustentável das regiões. Pretendeu-se com este trabalho analisar as opiniões e perceções dos visitantes, dos responsáveis dos empreendimentos turísticos, das associações locais e os dirigentes políticos, sobre o turismo sustentável e educação ambiental nos Parques Naturais de Montesinho e Douro Internacional com vista à apresentação de iniciativas para o seu desenvolvimento.Para a concretização deste desiderato geral foi selecionada uma metodologia que englobou, por um lado, uma análise empírica, através da implementação de inquérito por questionários aos visitantes dos Parques Naturais de Montesinho e Douro Internacional. A recolha de informação junto dos empreendimentos turísticos e associações locais, inseridos nos territórios dos parques naturais. Por outro lado, o inquérito por entrevista foi o instrumento de recolha de informação utilizado junto dos responsáveis políticos dos Concelhos que integram os Parques Naturais de Montesinho e Douro Internacional. Dos resultados obtidos, destaca-se que os visitantes, na maioria, são pessoas que visitaram estes parques pela primeira ou segunda vez, não ficam alojados na área e visitaram o parque acompanhados. Salienta-se a opinião favorável, destes, sobre a existência de áreas protegidas em Portugal e sobre a contribuição que estas podem dar para a conservação do ambiente, representando um recurso importante para as gerações futuras. Destaca-se, também, a opinião positiva sobre a visita aos parques e a consideração de que é importante o desenvolvimento do turismo e da educação ambiental. Em relação aos empreendimentos turísticos que participaram no estudo verificou-se que são, principalmente da tipologia de espaço rural. Além da oferta de alojamento, alguns empreendimentos turísticos disponibilizam atividades turísticas nos parques. Os responsáveis são da opinião que os parques são uma mais-valia para a região e tem uma opinião favorável sobre o desenvolvimento do turismo sustentável nas áreas em estudo. No que concerne às associações, verificou-se que as atividades que desenvolvem não estão vocacionadas para o turismo e educação ambiental. No entanto, estas associações também consideram importante a existência dos parques na região e que o turismo sustentável e a educação ambiental são duas componentes complementares que podem contribuir para o desenvolvimento sustentável das áreas dos parques. A opinião dos dirigentes dos municípios que integram os parques naturais de Montesinho e Douro Internacional orienta-se no mesmo sentido. Estes são de opinião que é necessário desenvolver uma estratégia e implementar medidas para o desenvolvimento do turismo sustentável nos parques naturais. Esperamos que os resultados desta investigação possam, de alguma forma, contribuir para orientar as iniciativas e ações de desenvolvimento do turismo sustentável e educação ambiental dos diversos agentes que atuam nos Parques Naturais de Montesinho e Douro Internacional.

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Esta dissertação consiste no desenho de um sistema produto/serviço colaborativo – criado para a Ilha Terceira –, e dos elementos gráficos necessários, na área do turismo acessível. O “Tourceira” destina-se a todos os turistas, com ou sem limitações, que visitam a ilha, e que pretendem realizar actividades turísticas durante a sua estadia. Este serviço destina-se também a todos os habitantes que pretendem fazer parte do projecto, e ser um anfitrião acolhendo os visitantes. Vem combater a escassa oferta de actividades acessíveis e o distanciamento entre o turista, que viaja em excursões, e o residente. Este serviço ambiciona proporcionar novas experiências aos turistas, explorando a Ilha e os cinco sentidos do visitante, e estabelecer relações de maior proximidade entre o turista, a comunidade e a ilha.

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O objetivo principal desta dissertação é relacionar o enoturismo com o maior mercado emissor de turistas do mundo – a China, nomeadamente no que diz respeito às potencialidades de Portugal como destino enoturístico para este mercado. Para o efeito, estruturou-se o trabalho de forma a dedicar um capítulo à caracterização do enoturismo, um segundo capítulo à caracterização do mercado emissor de turistas chinês com destaque para a caracterização do enoturismo na China e do enoturista chinês. Reservou-se um terceiro capítulo para proceder à caracterização de Portugal como destino de enoturismo, fazendo a caracterização da oferta e da procura, com particular enfoque para a procura chinesa. A metodologia de pesquisa desta dissertação assentou em revisão bibliográfica e na análise de dados fornecidos por fontes secundárias e terciárias, como estudos já conduzidos sobre o tema ou temas relacionados e dados quantitativos recolhidos junto das principais instituições nacionais e internacionais de referência. Apresentou-se a caracterização do enoturismo, em termos concetuais, mas sobretudo no contexto dos seus principais mercados de oferta. Com base na análise da oferta nestes mercados procedeu-se à recolha e apresentação de uma série de boas práticas internacionais, tanto no que toca ao enoturismo, como no que diz respeito a iniciativas de captação do turismo emissor chinês. Procedeu-se à caracterização do desenvolvimento do turismo emissor na China, da realidade do enoturismo na China e construiu-se um perfil do enoturista chinês.

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O problema da nossa pesquisa resultou de uma ampla revisão de literatura que visava cruzar quatro áreas distintas, a gestão do conhecimento, as parcerias estratégicas, os aeroportos e o turismo residencial. Estas áreas permitiram-nos avaliar o quão diversificados podem ser os estudos turísticos e estabelecer relações de proximidade entre as diferentes temáticas. O objectivo do problema definido visava estabelecer uma relação entre a gestão integrada do conhecimento e o trabalho conjunto dos aeroportos com outras entidades do sector público e privado e a forma como esta podia contribuir de forma favorável para a delineação adequada de estratégias de negociação de rotas com as companhias aéreas, potenciando o desenvolvimento de novos segmentos de mercado turístico, como é o caso do turismo residencial, e originar alterações na procura turística de uma região. A metodologia adoptada para dar resposta à nossa investigação insere-se numa matriz desenvolvida no processo de elaboração do estudo. A matriz EGIC (espiral da gestão integrada do conhecimento) abrange diferentes métodos e técnicas de investigação, que passam pela aplicação de questionários (procura e oferta), entrevistas com especialistas e painel de debate, permitindo reunir dados para caracterizar o segmento de mercado do turismo residencial no Algarve. Esta matriz tem como objectivo reunir informação que permita sustentar o conhecimento de um segmento de mercado turístico e criar uma plataforma de apoio ao seu desenvolvimento futuro na região em estudo. Os resultados obtidos nas várias técnicas utilizadas permitiram-nos caracterizar este segmento de mercado e identificar quais as principais lacunas de informação existentes e sobre as quais é necessário incidir no futuro. Numa fase final do estudo apresentamos uma hipótese de estrutura de uma plataforma de apoio ao desenvolvimento integrado do turismo residencial, assim como as principais actividades que esta deveria integrar de modo a fazer face às necessidades da região algarvia.

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As áreas rurais têm vindo a sofrer várias transformações ao longo dos tempos. Algumas dessas alterações são a perda de importância da agricultura e o surgimento de modelos de desenvolvimento urbano-industriais que privilegiaram o desenvolvimento das áreas urbanas e negligenciam as áreas rurais. A crescente valorização destes espaços por parte da população essencialmente urbana tem levado a que estas áreas rurais sejam cada vez mais procuradas e que o turismo seja visto como um mecanismo capaz de assegurar o seu desenvolvimento. Neste sentido, o presente estudo procura perceber se o turismo está a ter um papel dinamizador em duas aldeias do município de Vale de Cambra, nomeadamente, a aldeia da Felgueira e a aldeia do Trebilhadouro, bem como dar sugestões para maximizar o potencial do turismo no desenvolvimento das referidas aldeias. Para o efeito, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre conceitos genéricos de turismo, sobre o desenvolvimento do turismo em espaço rural e de elementos que permitiram uma breve caracterização do município e das aldeias em estudo. Relativamente à metodologia utilizada do estudo empírico, esta consiste numa abordagem qualitativa, tendo sido elaborados três guiões de entrevistas destinados aos residentes, agentes da oferta e entidades locais responsáveis pelo desenvolvimento e gestão do turismo. Os resultados obtidos sugerem que o turismo está a ter um papel dinamizador nas aldeias da Felgueira e do Trebilhadouro. Algumas sugestões são apresentadas para incrementar o potencial do turismo no desenvolvimento destas aldeias.

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A problemática debatida no nosso trabalho de investigação resultou da constatação que em virtude das profundas alterações ocorridas ao nível da procura e da oferta turística a nível mundial, um conjunto de destinos turísticos muito bem-sucedidos no passado começou a experienciar dificuldades em competir com novos concorrentes mais adequados às exigências da atual procura turística. Entre os fatores específicos suscetíveis de influenciar a competitividade dos destinos turísticos em fase de maturidade encontram-se os impactos provocados pelo desenvolvimento do turismo sobre o território. Neste sentido, a presente tese visa compreender a importância de efetuar uma gestão e manutenção adequadas da paisagem cultural como forma de garantir a competitividade do destino. Paralelamente, é apresentado um modelo que visa assistir os destinos no desenvolvimento de fatores diferenciadores face à concorrência, mediante a criação de produtos turísticos inovadores ou reformulando os processos em que os atuais produtos turísticos são elaborados, para que estes satisfaçam as expectativas e necessidades dos consumidores atuais, criando experiências turísticas únicas e memoráveis. O recurso a uma metodologia que conjugou métodos quantitativos e qualitativos complementados com meios visuais, permitiu-nos concluir que entre os fatores que maior influência exercem sobre a capacidade competitiva dos destinos turísticos em fase de maturidade encontram-se as alterações ocorridas na qualidade estética da paisagem cultural do destino. Os dados obtidos permitem concluir que basear os produtos turísticos inovadores na paisagem cultural do destino, tornaria esses produtos mais difíceis de imitar por parte dos principais concorrentes e facultaria ajudar a manter a paisagem cultural do destino.

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Esta tese analisa o papel desempenhado pelos geoparques e pelo geoturismo para a sustentabilidade socio-económica e sociocultural das áreas rurais e de que forma estes contribuem para o turismo sustentável. Para esse efeito, o estudo é baseado numa extensa revisão da literatura sobre geoparques, geoturismo e turismo sustentável, bem como a atividade em rede e inovação aplicada aos geoparques registados na Rede Global de Geoparques. Com base na revisão da literatura, uma série de hipóteses são formuladas para serem depois testadas na parte empírica da tese. A população estudada constou dos geoparques registados na Rede Global de Geoparques (N = 64), em 2009, a nível internacional. O primeiro questionário investigou o papel dos geoparques no desenvolvimento rural e O segundo questionário analisou a atividade em rede entre geoparques e avaliar a taxa de conectividade da Rede Global de Geoparques e da Rede Europeia de Geoparques. A realização de entrevistas a nível local permitiram revelar os efeitos significativos e tangíveis da criação de geoparques no desenvolvimento local. Assim, foi selecionado o Qeshm Geopark (Irão) como estudo de caso, e as comunidades locais que vivem nas aldeias vizinhas do geoparque foram entrevistados. Os dados foram analisados através de softwares de apoio à análise quantitativa, qualitativa e de redes, tais como o SPSS, NVivo e Pajek, respetivamente. Este último foi utilizado para produzir uma imagem da rede de relacionamento social entre os geoparques entrevistados. Com base nesses resultados uma série de implicações são sugeridas, bem como algumas recomendações para futuras pesquisas. Para além disso, a fim de investigar o papel do estabelecimento do Qeshm Geopark para o desenvolvimento rural, o trabalho de campo envolveu ainda entrevistas face a face com as comunidades locais e três matrizes SWOT foram projetadas para uma melhor gestão dos geoparques. Utilizando ambas as abordagens qualitativa e quantitativa, esta tese visa contribuir para uma melhor compreensão do novo nicho de mercado que constitui o geoturismo, bem como dos novos destinos desenvolvidos em torno dos geoparque.

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As transformações tecnológicas e a crescente heterogeneidade dos alunos que frequentam o Ensino Superior, bem como a premente necessidade de financiamento num universo cada vez mais competitivo têm tornado necessária a implementação de mudanças ao nível das instituições que, cada vez mais têm de diversificar e flexibilizar a sua oferta pedagógica sem comprometer a qualidade de ensino aprendizagem. Encarado por muitos como uma solução viável e prática, o blearning tem vindo a assumir uma importância crescente neste contexto. No entanto, subsistem algumas dúvidas relativamente à forma como os cursos nesta modalidade estão a ser implementados e o seu impacto real nas aprendizagens dos alunos. Neste sentido torna-se necessário proceder à sua avaliação, aferindo a sua qualidade, validade e identificando vantagens e áreas problemáticas. Com uma vertente interventiva, uma vez que se desenvolveu um plano de atuação e se apresentou uma lista de recomendações, e assumindo a forma de um estudo de avaliação, esta investigação pretendeu cumprir esse desígnio. Envolvendo alunos, docentes e responsáveis institucionais procurou caracterizar-se e analisar-se a componente online do Mestrado em Turismo, Inovação e Desenvolvimento a funcionar na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo, partindo dessa análise para a reflexão conjunta e trabalho de campo. Globalmente, concluiu-se que, muito embora os intervenientes assumam um posicionamento favorável à adoção do blearning, subsistem algumas reservas e desconhecimento por parte dos docentes e responsáveis relativamente à sua implementação na prática, verificando-se ainda uma grande discrepância entre as expectativas iniciais dos alunos e as suas perceções após um ano de frequência do mestrado. A lista final de recomendações a apresentar à instituição refletiu todo este processo, sendo o corolário de todo um trabalho que se pretende ver continuado e alargado a outros cursos e instituições.