3 resultados para Corpo. Experiência. Outsiders. Contexto complexo

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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O ritual onde se utiliza a cocção conhecida por ayahuasca vem sendo ressignificado em contextos urbanos há mais de oito décadas, sobretudo após sua expansão iniciada pelos movimentos organizados. Essa experiência derivante dos povos da floresta amazônica, vem ultrapassando tanto fronteiras geográficas como culturais, sendo constantemente reinventada por diferentes agentes. Contemporaneamente, o fenômeno abarca indivíduos provenientes de várias partes do mundo incorporando legados doutrinários de mestres originários da América Latina. A linha doutrinária conhecida por União do Vegetal - UDV, na qual este trabalho se centra, vem ganhando espaço entre os circuitos europeus neo esotéricos. Atualmente o ritual é vivenciado por mais de 18 mil pessoas espalhadas pelo globo e tem como característica, após a ingestão da cocção, a utilização da música como uma das ferramentas mediadoras para a apreensão dos princípios doutrinários. Usualmente os mestres da UDV têm como característica a utilização de fonogramas de variadas categorias musicais que adquirem uma dimensão simbólica e funcional no momento do ritual. A comunidade estabelecida em Portugal - foco desta tese – e as comunidades digitais Musincante e Músicas do Alto, permitiram-me perceber, através do trabalho de campo e de observação participante, elementos constitutivos que abrangem toda a comunidade da UDV. O enfoque parte da perspectiva de observar essa doutrina como um lugar de conhecimento sistematizado e formal. No sentido de compreender os processos de construção desse saber, foi verificado o protagonismo do ato da escuta como elemento central para a apreensão da doutrina. Neste sentido, esta tese adota o conceito de performance da escuta como meio de explorar as formas como o indivíduo e o coletivo absorvem um saber doutrinário a partir da música e de como esta assume o papel de mediadora dos saberes transmitidos no contexto da UDV e de manutenção deste conhecimento num contexto extra ritual.

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Desde os anos 90 do século XX que o conceito de intercompreensão tem sido alvo de uma atenção marcante no campo da educação em línguas, em geral, e da Didática de Línguas, em particular (Alarcão, Andrade, Araújo e Sá, Santos & Melo, 2009), em contexto europeu e além deste. Tratando-se de um conceito multidimensional e complexo na sua definição (Degache & Melo, 2008; Melo & Santos, 2008), a intercompreensão tem-se assumido como um conceito heurístico e tem mobilizado diversos atores numa esfera internacional em torno da sua compreensão, numa dupla vertente: na delimitação de nexos conceptuais e no posicionamento do conceito numa rede semântica dinâmica que caracteriza uma comunidade discursiva preocupada com a educação plurilingue e suas concretizações; na identificação das suas possibilidades e potencialidades educativas, em prol do desenvolvimento de uma competência comunicativa, de natureza plurilingue e intercultural, em contexto escolar e não escolar (Araújo e Sá et al. 2014; Coste, 2010; Degache & Tavares, 2011; Tavares & Ollivier, 2010). (...)

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Com o presente artigo pretende-se mostrar a expressão da linha como elemento da linguagem do desenho e, simultaneamente, perceber a relação que a linha estabelece com o espaço. Toma-se como referência a obra do artista Lewitt enquanto marco de origem concetual do desenho na relação que ele estabelece com o espaço. Consideraremos as obras dos artistas Sandback, Gego, Derdyk e Grzymala, cujo trabalho usa o espaço como suporte do desenho e, a partir daí, procuraremos perceber que relações se estabelecem entre o espaço – que corporiza a obra - e o espectador. Com base neste pressuposto procuramos interpretar a obra como instalação ou site-specific, resultado da integração do desenho num determinado espaço. Para tal, abordaremos metodologicamente três momentos: 1. a contextualização, 2. a clarificação do conceito, 3. a experiência do artista e 4. o envolvimento e participação do espectador na obra. Procuraremos concluir acerca da presença instigadora do desenho quanto à participação do espectador na obra.