6 resultados para Contos angolanos

em Repositório Institucional da Universidade de Aveiro - Portugal


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A chegada a Macau dos navegadores portugueses, em meados do séc. XVI, lançou as bases de quase cinco séculos de contacto ininterrupto entre o Ocidente e o Oriente. Macau é, muitas vezes, caracterizado como um ponto de encontro, de coexistência harmoniosa e de intercâmbio multicultural (principalmente entre a cultura oriental e portuguesa). Existe variada literatura que tem Macau como objeto de reflexão, nomeadamente no subsistema infantojuvenil. Este trabalho pretende, por meio de uma análise sistemática de uma coletânea de contos infantojuvenis de temática oriental, da autoria de Alice Vieira e com ilustrações de Alain Corbel, caracterizar as representações do Oriente que surgem no contexto da literatura portuguesa contemporânea para a infância, refletindo sobre as imagens mais recorrentes e as simbologias mais significativas.

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É sobretudo nos finais do século XIX e princípios do século XX que, no contexto português, a literatura popular de expressão oral ganha evidência, fruto do trabalho de recolha e pesquisa que uma elite intelectual, predominantemente liberal e republicana, lhe consagra. Esta literatura popular, objecto de reconstrução erudita, é hoje ainda frequentemente vista como uma manifestação literária de “segunda ordem”, praticamente ausente nos currículos universitários, minoritariamente presente nas publicações académicas. Ela inscreve-se, contudo, junto de produções de autores “consagrados” e de produções não literárias, nos actuais programas de Português do Ensino Básico. É à compreensão dos modos de apropriação escolar desta literatura de tradição oral, em especial do conto, que este estudo se consagra. Em termos metodológicos, o estudo inscreve-se no âmbito da pesquisa qualitativa, centrando-se fundamentalmente na descrição e interpretação de dados verbais produzidos em sala de aula, bem como nos discursos que para as aulas se constroem. Focamos, assim, as práticas discursivas de professores de Português - leccionando a disciplina a alunos do 3º ciclo de escolaridade - e as instâncias discursivas que mediatamente regulam essas práticas: os programas Oficiais (as indicações aí preconizadas para a abordagem da temática) e os manuais (“tradutores” desse discurso oficial e fonte mais próxima do trabalho pedagógico do professor). As conclusões aqui evidenciadas poderão ser um contributo para a compreensão sobre o modo como “o conto popular vai à escola”, i.e., sobre o modo como a “tradição”, pela acção da “escolarização”, se transforma.

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Esta investigação, cujo estudo empírico se desenvolveu através de um projecto de investigação-acção, numa turma do 1º ano de escolaridade, da Escola dos Combatentes em Ovar, no ano lectivo de 2008/2009 e cuja professora é, simultaneamente, a investigadora, parte do pressuposto de que a descoberta e compreensão da natureza, função e funcionamento do nosso sistema de escrita faz uso de processos racionais mas não dispensa a intervenção de processos afectivos que se inscrevem na área do imaginário e tenta compreender de que forma a exploração do conto de fadas em sala de aula associada à utilização de técnicas do método global pode influenciar a aprendizagem da leitura e da escrita na referida turma. O estudo tem como objectivos reabilitar o imaginário no âmbito da Educação e enfrentar os índices de insucesso escolar no que se refere à aprendizagem da leitura e da escrita nos dois primeiros anos de escolaridade. Inicia-se esta tese com uma abordagem às questões teóricas que norteiam a investigação, nomeadamente, no que se refere ao imaginário, ao conto de fadas e à aprendizagem da leitura e da escrita. Os resultados indicam que à excepção de uma criança que apresentava problemas de natureza cognitiva, o sucesso académico das crianças desta turma foi de 100% quer no final do 1º ano quer no final do 2º ano de escolaridade. De todas as crianças da turma, 79,1% atingiram, no final do 1º ano, um nível de proficiência na leitura e na escrita semelhante ao que é expectável para o final do 2º ano de escolaridade.

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No presente trabalho avalia-se o contributo de uma vasta tradição literária na configuração de um topos/motivo – o locus amoenus – patente na produção dinisiana. Analisaram-se as influências da literatura clássica greco-romana, das Sagradas Escrituras, da literatura italiana, e também da literatura produzida em Portugal desde o final da Idade Média até ao Maneirismo. As obras de dois escritores representativos do Romantismo vintista português, Pároco da Aldeia, de Alexandre Herculano, e Os contos do tio Joaquim, de Rodrigo Paganino, tornaram-se tributárias do topos/motivo. A pesquisa centrou-se na narrativa dinisiana com vista a investigar, por um lado, as relações que o locus amoenus, topos/motivo em estudo, mantém com categorias narrativas contíguas, como sejam o espaço ou a descrição; e, por outro, a aferir o eventual contributo do lugar ameno para a dissipação das fronteiras entre a narrativa e a lírica. Pretendeu-se igualmente, sem desprezar uma inclinação natural de Júlio Dinis para os ambientes campestres, demonstrar a existência de três dimensões fundamentais do lugar ameno: a psicológica, cujas origens se perdem no tempo; a social, vertente inovadora no contexto do tópico abordado; e a simbólica, em que a conexão com o locus horrendus se revelou incontornável. Com o estudo do vocabulário configurador do locus amoenus da produção narrativa dinisiana, reflectiu-se mais aprofundadamente sobre as questões tratadas no cômputo geral desta tese. A complexidade que envolve a tentativa de filiação de Júlio Dinis a um movimento ou escola não fica ainda resolvida com este trabalho. Porém surge a proposta de lançar um novo olhar sobre este assunto, à luz dos pressupostos do movimento alemão Biedermeier. Independentemente dos problemas que se levantam, fica a certeza de que muitos escritores do panorama literário nacional se inspiraram nas obras de Júlio Dinis

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O presente trabalho propõe-se analisar a poesia dos autores angolanos que publicaram entre 1965 e 1985, identificando este segmento temporal como uma fase literária da literatura angolana (designada como utópico-patriótica), a qual exprime os princípios anticoloniais e projeta um espaço utópico genuinamente angolano. Tendo em conta a evolução da literatura angolana, subjaz à produção poética dos autores estudados um certo sentido de continuidade, o qual, estimulado pela difusão do nacionalismo, passa pela poesia «da terra» dos mensageiros e continua com os versos encriptados e anticoloniais das décadas de 60 e 70. O espaço utópico projetado na primeira parte da fase utópico-patriótica encontra a sua possibilidade de concretização com a independência de Angola, em 1975, participando os escritores da construção do recém-nascido Estado-Nação. A produção poética da segunda parte da fase utópico-patriótica é, assim, caraterizada pela celebração dos heróis, na ótica de uma (re)perspetivação da história nacional. A partir de 1985, quando se torna evidente o falhanço da utopia, a poesia angolana ensaia um novo rumo pela mão da «geração das incertezas». Ao longo deste percurso, a poesia angolana publicada entre 1965 e 1985 representa um meio de consciencialização ético-política dos cidadãos e concorre para a construção da identidade político-literária da nação angolana, cuja legitimação decorre do processo de conquista da independência.

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O presente relatório apresenta as atividades de quatro meses passado na editora Publindústria, sediada no Porto, no quadro do meu Mestrado em Estudos editoriais na Universidade de Aveiro. Trata-se da execução de um amplo projecto editorial, já existente na editora, no mercado lusófono, mais precisamente no mercado literário angolana, da promoção dos novos negócios e da experimentação de um novo produto de matriz angolana. Desenvolveu-se um programa com os canais legais para a introdução dos produtos da Publindústria em Angola, no âmbito de mercado, e concretizou-se o projecto MyBook com a produção editorial de dois novos livros de autores angolanos.