57 resultados para Portugal História


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Da totalidade da gua existente na Terra, somente 1% diz respeito gua subterrnea, recurso finito e essencial para a sobrevivncia do Homem. A composio qumica das guas subterrneas influncia no s pela actividade humana, mas tambm pelas caractersticas qumicas do substrato geolgico. As rochas e os sedimentos funcionam como meio de transporte e armazm desse tipo de guas e a presena de certos minerais pode originar a contaminao natural das guas subterrneas em elementos prejudiciais para o Homem. Um desses elementos o arsnio. Uma vez que a concentrao mxima admitida de arsnio para gua consumo humano diminuiu dos anteriores 50 mg.l-1 para os actuais 10 mg.l-1,a probabilidade de encontrar concentraes naturais em arsnio em guas subterrneas acima desse limite aumentou. Este trabalho visa estudar e compreender, atravs de ensaios laboratoriais, a interaco gua/rocha em termos qumicos e a mobilidade/comportamento do arsnio em seis zonas de Portugal Continental com contextos geolgicos diferentes (Vila Flor Formao Filito-Quartztica, Baio granitos, Cacia sedimentos do Cretcico, Mamodeiro sedimentos do Neognico, Escusa calcrios dolomticos e Beja - gabros). Para o efeito, nas zonas de estudo mencionadas foram colhidas amostras de rocha ou sedimento e de gua subterrnea que foram analisadas para 36 e 76 elementos, respectivamente. A componente mineralgica e as fases suporte do As foram estudadas recorrendo anlise por difraco de raios X, microssonda electrnica e aplicao da extraco qumica selectiva sequencial. A mobilizao do As foi avaliada atravs da realizao de ensaios de coluna e de agitao com hidrocarbonetos derivados do petrleo. No primeiro ensaio, a circulao de diferentes solues com diferentes velocidades lineares no interior de colunas de vidro cheias de rocha moda, avaliou a presena de As associado a fases hidrossolveis e biodisponveis. No segundo, a agitao de rocha moda com gua e hidrocarbonetos derivados do petrleo pretendeu avaliar o comportamento do As quando um aqufero apresenta uma contaminao com aquele tipo de hidrocarbonetos.

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O metano um gs de estufa potente e uma importante fonte de energia. A importncia global e impacto em zonas costeiras de acumulaes e escape de gs metano so ainda pouco conhecidas. Esta tese investiga acumulaes e escape de gs em canais de mar da Ria de Aveiro com dados de cinco campanhas de reflexo ssmica de alta resoluo realizadas em 1986, 1999, 2002 e 2003. Estas incluem trs campanhas de Chirp (RIAV99, RIAV02 e RIAV02A) e duas campanhas de Boomer (VOUGA86 e RIAV03). O processamento dos dados de navegao incluram filtros de erros, correces de sincronizao de relgios de sistemas de aquisio de dados, ajuste de layback e estimativa da posio de midpoint. O processamento do sinal ssmico consistiu na correco das amplitudes, remoo de rudo do tipo burst, correces estticas, correco do normal move-out, filtragem passabanda, desconvoluo da assinatura e migrao Stolt F-K. A anlise da regularidade do trajecto de navegao, dos desfasamentos entre horizontes e dos modelos de superfcies foi utilizada para controlo de qualidade, e permitiu a reviso e melhoria dos parmetros de processamento. A heterogeneidade da cobertura ssmica, da qualidade do sinal, da penetrao e da resoluo, no seu conjunto constrangeram o uso dos dados a interpretaes detalhadas, mas locais, de objectos geolgicos da Ria. apresentado um procedimento para determinar a escolha de escalas adequadas para modelar os objectos geolgicos, baseado na resoluo ssmica, erros de posicionamento conhecidos e desfasamentos mdios entre horizontes. As evidncias de acumulao e escape de gs na Ria de Aveiro incluem turbidez acstica, reflexes reforadas, cortinas acsticas, domas, pockmarks e alinhamentos de pockmarks enterradas, horizontes perturbados e plumas acsticas na coluna de gua (flares). A estratigrafia e a estrutura geolgica controlam a distribuio e extenso das acumulaes e escape de gs. Ainda assim, nestes sistemas de baixa profundidade de gua, as variaes da altura de mar tm um impacto significativo na deteco de gs com mtodos acsticos, atravs de alteraes nas amplitudes originais de reflexes reforadas, turbidez acstica e branqueamento acstico em zonas com gs. Os padres encontrados confirmam que o escape de bolhas de gs desencadeado pela descida da mar. H acumulaes de gs em sedimentos Holocnicos e no substrato de argilas e calcrios do Mesozico. Evidncias directas de escape de gs em sondagens em zonas vizinhas, mostraram gs essencialmente biognico. A maioria do gs na rea deve ter sido gerado em sedimentos lagunares Holocnicos. No entanto, a localizao e geometria de estruturas de escape de fluidos em alguns canais de mar, seguem o padro de fracturas do substrato Mesozico, indicando uma possvel fonte mais profunda de gs e que estas fracturas funcionam como condutas preferenciais de migrao dos fluidos e exercem um controlo estrutural na ocorrncia de gs na Ria.

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Esta tese tem como principal objectivo compreender o papel dos indicadores de sustentabilidade na governao local em Portugal, bem como perceber o seu potencial para transformar prticas institucionais correntes para o desenvolvimento sustentvel. As duas ltimas dcadas tm testemunhado um crescente debate em torno dos indicadores de sustentabilidade e trs abordagens especficas da literatura ganharam corpo: a tcnica, a participativa e a de governao. Esta tese pretende contribuir para a abordagem mais recente e menos explorada da governao, atravs do estudo da realidade local portuguesa. Considera crucial perceber como e em que circunstncias e contextos o papel destes indicadores pode ser diminudo ou potenciado. Desta forma, pretende avaliar se e de que forma que os indicadores de sustentabilidade tm contribudo para alterar e desafiar contextos de governao locais para o desenvolvimento sustentvel no nosso pas e se e de que forma estes indicadores tm sido usados. Foram seleccionados e analisados em detalhe sete casos-de-estudo na tentativa de compreender cada um e de construir uma grelha comparativa entre eles utilizando como suporte normativo um conjunto de critrios ideais de boa governao. Assim, a tese identifica os principais obstculos da construo destes indicadores em Portugal, bem como os seus principais contributos positivos e usos. Enquadra igualmente as suas concluses no contexto de outras experincias locais Europeias e tenta formular algumas recomendaes para reforar o potencial contributo e a utilizao destes indicadores. Atravs dos casos-de-estudo, foi possvel verificar que a sua implementao no tem contribudo para fortalecer o dilogo entre os diferentes nveis de governo, para promover a participao de mais actores nas redes de governao, ou mesmo para melhorar mecanismos de participao e comunicao entre governos, cidados e actores locais. De qualquer forma, importante acrescentar que as experincias mais bem sucedidas permitiram efectivamente mudar as capacidades dos governos locais na coordenao horizontal de polticas sectoriais, nomeadamente atravs de novas relaes entre departamentos, novas rotinas de trabalho, novas culturas de recolha e tratamento de dados locais, novos estmulos de aprendizagem, entre muitas outras. O maior desafio coloca-se agora na transposio destes efeitos positivos para fora da esfera governamental. Esperamos que a tese possa contribuir para que decisores polticos, tcnicos, acadmicos e comunidades locais encarem os indicadores de sustentabilidade como processos de aprendizagem que melhoram a capacidade das cidades enfrentarem os complexos desafios e as incertezas do desenvolvimento sustentvel.

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No presente trabalho, analisamos atravs das respectivas narrativas, a formao e ao de dois diferentes grupos de Educadores de Infncia, um brasileiro e um portugus. A formao e o exerccio profissional sero analisados no contexto de dois jardins de infncia, no Rio de Janeiro (pblico) e em Aveiro (semi-privado/Instituio Privada de Solidariedade Social). Selecionamos Brasil e Portugal devido s semelhanas das circunstncias em que as respectivas prticas profissionais/pedaggicas ocorrem: lngua, tradies, modos similares do fazer em Educao de Infncia. Analisamos as opinies das educadoras, todas a exercer a profisso h mais de cinco anos, visando esclarecer as singularidades e aspectos em comum na formao e na prtica profissional dessas docentes de ambos os pases. Alm disso, almejamos elucidar as dificuldades, tenses e questes que forjaram o respectivo percurso, em ordem a identificar a forma como gerem o conhecimento acadmico e o conhecimento baseado na experincia, e a sua prpria prtica pedaggica, e (em ordem) a analisar as relaes que promovem com as crianas, as suas famlias e outros agentes educativos envolvidos. Finalmente, pretendemos refletir sobre o modo como as educadoras lidam com as mudanas em curso neste mundo globalizado, com as transformaes sociais e econmicas, com os novos meios de informao e produo do conhecimento, assim como com as alteraes nos valores e costumes do universo multicultural dos nossos dias.

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Neste trabalho descreve-se e interpreta-se a estratigrafia e palinologia de rochas sedimentares e metassedimentos de idade devnica e carbnica aflorantes ao longo da zona de cisalhamento Porto-Tomar, a Sul na Bacia de Santa Susana e em vrios locais onde afloram os Calcrios de Odivelas. Existe um registo de sedimentao descontnuo possivelmente associado a esta zona de cisalhamento desde o Devnico Superior at ao Pennsylvaniano. Desde o Devnico Superior at ao Mississippiano esta sedimentao marinha, de carcter essencialmente turbiditico com uma tendncia geral para se tornar mais proximal. A maturao trmica atingida por estas rochas (Unidade de Albergaria-a-Velha) alta e a unidade considerada ps-madura em termos de potencial gerador de hidrocarbonetos. O metamorfismo incipiente acompanhado por intensa deformao. A bacia do Buaco inteiramente terrestre e tem a sua idade restrita ao Gjeliano (Pennsylvaniano superior). O controlo da sedimentao pela actividade da zona de cisalhamento Porto-Tomar evidente. A sua maturao trmica relativamente baixa (dentro da catagnese) e a deformao menos intensa, contrastando com a Unidade de Albergaria-a-Velha com a qual parece ter uma relao geomtrica complexa, de origem tectnica. As relaes de campo e dados da maturao trmica permitem inferir um evento trmico e de deformao escala regional entre o Serpukoviano e o Gjeliano e outro, essencialmente de deformao, entre o Gjeliano e o Carniano (Trissico Superior). A bacia de Santa Susana tem caractersticas semelhantes do Buaco, visto estar enquadrada tambm numa zona de cisalhamento importante que neste caso separa a Zona de Ossa-Morena da Zona Sul Portuguesa. A sua idade kasimoviana, possivelmente tambm moscoviana (Pennsylvaniano mdio). A evoluo trmica da bacia e a relao estrutural com as unidades circundantes permite inferir um evento trmico e de deformao regionalmente importante entre o Viseano e o (?)Moscoviano-Kasimoviano. O estudo detalhado de vrios locais onde afloram os Calcrios de Odivelas permite desenhar uma paleogeografia regional durante o intervalo Emsiano terminal-Givetiano (fim do Devnico Inferior Devnico Mdio) para o sector Oeste da Zona de Ossa-Morena: Actividade vulcnica em regime marinho (e talvez subareo), formando edifcios vulcnicos no topo dos quais (e possivelmente tambm em altos fundos estruturais) se instalaram recifes, tendo a comunidade recifal, em termos de diversidade, persistido durante todo ou grande parte deste intervalo de tempo. O evento Chote basal observvel num destes locais.

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O presente trabalho aborda de que forma a Anlise Econmica pode contribuir para a definio de uma Poltica Pblica da gua sustentvel para Portugal. Analisam-se, inicialmente, as particularidades do recurso e o seu enquadramento legislativo, institucional, bem como as respectivas implicaes no processo de gesto da gua. Esta anlise conduz definio daquilo a que se chamar Novo Modelo de Gesto da gua. Tendo por enquadramento a Directiva-Quadro da gua (DQA) Directiva 2000/60/CE de 23 de Outubro de 2000, publicada no Jornal Oficial das Comunidades Europeias, em 22 de Dezembro do mesmo ano ilustrada a aplicao dos conceitos e a abordagem desenvolvida na definio de uma estratgia poltica de actuao para Portugal, de modo a assegurar o seu cumprimento de forma eficaz, eficiente e sustentvel. So discutidos os aspectos econmicos e a justificao terica para a interveno nos mercados, nomeadamente atravs do desenvolvimento de sistemas de tarifas. As formas de financiamento do sector, luz do princpio da recuperao de custos, so analisados propondo-se a chamada viso dos 4T. Dado o contexto de anlise do sector da gua, enquanto poltica pblica, so referenciados os vrios de tipos de regulao e as vrias reformas propostas pelos principais investigadores e organizaes internacionais. Neste contexto de anlise abordada a governao (governance) e os seus atributos. So enunciados os principais entraves a uma governao eficiente. As vrias formas de participao do capital privado, bem como a descrio de algumas das suas potencialidades so postas em evidncia. A partir de um modelo analtico procede-se ao estudo dos efeitos do uso de vrios instrumentos econmicos, nomeadamente a nvel do bem-estar. Analisa-se o modelo institucional portugus, nas suas vertentes, legislativa e institucional. O estado dos recursos hdricos e dos servios de gua em Portugal avaliado a partir de dados oficiais. Com base na identificao das restries do actual modelo institucional, proposto um novo modelo que responda de forma flexvel e atempada s solicitaes postas pela Directiva. Prope se a criao de uma instituio financeira o Banco da gua que, em condies de mercado, possa financiar os investimentos estruturais necessrios melhoria da qualidade dos recursos hdricos, bem como dos servios associados gua. Pretende demonstrar-se que, face s restries oramentais, esperada concluso do Quadro de Referncia Estratgico Nacional (QREN) e s limitaes dos chamados project finance esta soluo ser necessria para o sucesso da Poltica Pblica da gua. A criao de condies para um maior papel da iniciativa privada, uma legislao protectora do consumidor, a aplicao de instrumentos de poltica da gua nomeadamente sistemas de tarifas e a criao de um Fundo de Equilbrio Tarifrio , e o uso da metodologia Oikomatrix, nas polticas sectoriais, so outras das sugestes que completam as propostas avanadas tendentes a que o Sector da gua mimize algumas das ineficincias detectadas e almeje desejvel sustentabilidade.

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Este estudo baseou-se na anlise dos mecanismos de transferncia de elementos potencialmente txicos (PTEs) entre o solo, a soluo do solo e as plantas como forma de realizar uma avaliao mais eficaz do risco em reas agrcolas. Foram aplicados conceitos recentemente desenvolvidos para a avaliao da reactividade biogeoqumica de contaminantes no solo e da sua partio slido:soluo recorrendo-se a modelos empricos (tipo Freundlich). Estes modelos permitiram analisar a transferncia de PTEs ao longo da cadeia alimentar e avaliar o impacto da contaminao do solo na qualidade da alimentao animal (forragens) e Humana (vegetais e carne) em Portugal. Os modelos empricos de transferncia solo-planta de PTEs foram utilizadas para obter limites crticos para estes elementos em solos agrcolas em Portugal, a partir dos seus limites legais nos alimentos para animais e teores mximos nos gneros alimentcios. Simultaneamente, modelos de exposio Humana a contaminantes do solo, desenvolvidos noutros pases da UE foram analisados e foi proposto um modelo de exposio para Portugal. Este trabalho uma contribuio para o desenvolvimento de critrios de qualidade de solos para reas agrcolas em Portugal, tendo em vista a proteco da sade animal e Humana. Contribuiu tambm para o desenvolvimento de uma estratgia de harmonizao de polticas de proteco do solo (nomeadamente no que diz respeito aos problemas de contaminao) na Unio Europeia.

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Alm de alguns estudos lexicais, no existe em Portugal nenhuma tradio de anlise lingustica da imprensa. Entre os aspectos que oferecem especial interesse, incluem-se os ttulos das notcias, em parte porque propem uma gramtica diferente da da norma discursiva, mas tambm devido aos jogos lingusticos, nomeadamente o emprego de linguagem metafrica, a que os redactores recorrem para incentivar a leitura dos textos. O trabalho em curso debrua-se sobre os vrios nveis da realizao lingustica deste tipo textual, partindo de um corpus informatizado de 2.060 ttulos de notcia portugueses com linguagem metafrica. Assim, no nvel sintctico, interessou-nos estudar a configurao sintctica do ttulo e os constituintes que nele correspondem ao veculo metafrico. No nvel semntico, identificmos, seguindo um enquadramento terico subordinado teoria dos espaos mltiplos de Fauconnier e Turner, as metforas conceptuais presentes no corpus. No nvel fonolgico, foi feito um estudo sobre padres sonoros de aliterao, rima e jogos de palavras concomitantes com a linguagem metafrica do ttulo. O nvel grfico debruou-se sobre os diversos processos de destacar graficamente o veculo metafrico e suas consequncias na descodificao da mensagem. Finalmente, no nvel intertextual, apresentou-se uma pesquisa sobre as relaes internas do ttulo com outros componentes do co-texto noticioso e as relaes externas com textos mais ou menos distantes, mas culturalmente partilhados. Os resultados da pesquisa revelaram os processos atravs dos quais a linguagem metafrica no ttulo de imprensa permite a verbalizao de conceitos, a condensao de significados e motiva leitura do texto.

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A presente tese de doutoramento procura focar o vidro como material plstico para a concepo de obras de arte. Os seus alicerces caracterizam-se pelo estudo tcnico sobre o uso do vidro e a sua aplicao na realizao de obras com pressupostos estticos e artsticos. Hoje a arte em vidro apresenta-se inovadora e contempornea, procurando uma componente ligada pesquisa e experimentao. Portugal possui uma ampla história ligada tradio do vidro, em especial ao vitral. No que concerne sua aplicao na arte contempornea, assistimos a um renovado interesse por parte de vrios artistas. No entanto, quando se trabalha com o vidro, necessrio o artista conhecer e dominar a tcnica que utiliza, para assim compreender as potencialidades que o material oferece e empreg-las de acordo com o seu modus operandi. Cria-se uma relao entre a cincia e a arte, uma descoberta e utilizao de novos conhecimentos, em que se pretende manter uma relao estreita entre o cientista e o artista atravs do desenvolvimento de novos materiais, nomeadamente os vidros e esmaltes luminescentes e a adio de xidos de metais de transio 3d na sua composio. Neste sentido foram desenvolvidos estudos minuciosos sobre a tcnica de kilncasting onde se utilizou o vidro sonoro superior produzido no CRISFORM (Centro de Formao Profissional para o Sector da Cristalaria), na Marinha Grande. Assim, verifica-se que as premissas desta tese podem ser divididas em trs vertentes: a) Uma contextualizao histrica e terica do panorama artstico do vidro em Portugal; b) Uma componente terica/prtica do estudo do vidro: a cincia do vidro, a sua composio, com a preocupao de utilizar esses conhecimentos para a elaborao de amostras prticas, onde a componente tcnica fundamental para a produo de futuras obras de arte; c) A idealizao de obras de arte e a utilizao do vidro como material plstico para a sua realizao. Na elaborao destas obras procurou-se focar a dicotomia entre transparncia versus opacidade, os efeitos cromticos produzidos por diferentes espessuras e texturas do vidro, assim como da monocromia versus policromia, esta ltima atravs do vidro e esmaltes luminescentes. Em suma, na complementaridade laboratrio/ateli, os segredos da matria abrem novas fronteiras criatividade esttica.

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Do ponto de vista da poltica econmica, existe a possibilidade de utilizar a receita dos impostos ambientais para baixar os impostos sobre o trabalho, promovendo assim o emprego. Esta oportunidade surge na literatura como forma dos pases industrializados responderem a um duplo desafio: um crescente nvel de poluio e um decrescente nvel de emprego. Alguns pases tomaram j decises no sentido de alcanar o duplo dividendo: melhorias ambientais e diminuio do desemprego. Os resultados tericos, na sua maioria cpticos em relao verificao do segundo dividendo, so substancialmente contrariados por uma srie de estudos que utilizam modelos de equilbrio geral. Pretendese com este trabalho fazer uma simulao para a economia portuguesa de uma reforma fiscal ambiental com as caractersticas referidas e a verificao da existncia do duplo dividendo, atravs de um modelo computacional de equilbrio geral. Para alm disso, feita uma anlise dos impactos do Mercado Europeu de Licenas de Emisso, ao nvel sectorial e regional, em Portugal, utilizando dados microeconmicos, com o objectivo de estudar as consequncias ao nvel das trasaces entre sectores e efeitos distributivos entre regies.

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As explicaes so uma actividade a que os alunos recorrem em diferentes pases do mundo. Esta prtica parece tambm ter uma longa história. Para alm disto, esta uma actividade que implica o investimento de tempo e dinheiro por parte dos alunos e suas famlias. Estas foram algumas das questes que motivaram o estudo do fenmeno das explicaes em Portugal. O foco deste estudo o Ensino Secundrio e Superior. Para estudar esta temtica foi decidido inquirir estudantes do Ensino Superior sobre as suas experincias com explicaes no Ensino Secundrio e Superior, directores de centros de explicaes e explicadores com o objectivo de explorar as razes que levam ao recurso a este servio, conhecer os impactos desta utilizao e fazer uma pesquisa sobre a utilizao de explicaes ao longo dos tempos. O trabalho de campo realizado consistiu na aplicao de um inqurito por questionrio online divulgado em diferentes instituies do Ensino Superior, um inqurito por questionrio em papel distribudo em duas Universidades pblicas, entrevistas a alunos, directores de centros de explicaes e explicadores e a anlise de diferentes jornais que continham temticas educativas, tentando-se contribuir para a história da oferta de explicaes nos sculos XIX e XX em Portugal. Os resultados obtidos permitiram verificar que no Ensino Secundrio que se encontra a maior percentagem de frequncia de explicaes; que as disciplinas da rea da Matemtica so as mais procuradas em explicaes; que a principal razo para o recurso a esta actividade no Ensino Secundrio se prende com os exames de acesso Universidade, e no Ensino Superior com a necessidade de um apoio extra; que o recurso a esta actividade acarreta diversos impactos para os alunos de ambos os nveis; e que parece haver uma relao entre nvel educacional dos pais e recurso a explicaes, particularmente no Ensino Secundrio.

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Este trabalho de investigao pretende encontrar explicaes para o insucesso das escolas de rea aberta em Portugal. Mais do que contar a história das open plan schools (ou escolas P3, como ainda so conhecidas no nosso pas), a pretenso foi ouvir, principalmente na primeira pessoa, as dificuldades, as estrias e as razes que na opinio dos professores conduziram radical transformao do espao fsico e pedaggico originalmente proposto para estas organizaes escolares. Na impossibilidade de estudar todas as P3 construdas, optou-se metodologicamente por um estudo de caso de uma escola paradigmtica em termos de evoluo organizacional e pedaggica (em 1982, num programa de televiso, esta foi apresentada como uma escola de rea aberta modelo). A investigao de cariz etnogrfico permitiu de uma forma mais aprofundada conhecer as sucessivas transformaes ocorridas. No trabalho de campo, foram realizadas entrevistas, consultados documentos diversos, captaram-se centenas de imagens e foi feita a anlise de um inqurito realizado nos anos 1980 aos professores de escolas de rea aberta tipo P3. Os resultados mostram que os professores (principais actores envolvidos neste processo) no tiveram uma preparao adequada para uma pedagogia que se pretendia inovadora. Na opinio de todos os docentes entrevistados, e de acordo com a informao documental recolhida, o Ministrio da Educao no deu o acompanhamento e o apoio necessrio aos docentes das P3. No sabemos se as escolas de rea aberta falharam ou no, este estudo no demonstra isso, mas sim que as condies para que estas escolas funcionassem no existiram, tal tornou-se evidente na falta de estabilidade das equipas docentes (rotatividade), no rcio excessivo de alunos por professor, na insuficiente formao e divulgao sobre escolas P3 e at na inexistncia de experincias piloto. Apesar de tudo, alguns professores consideram que as vantagens de adaptabilidade e de flexibilidade em termos de prtica pedaggica, trazidas pelas escolas de rea aberta, compensariam os riscos e as dificuldades que se levantaram.

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A rea de Aguiar da Beira est integrada nos terrenos autctones da Zona Centro-ibrica e constituda essencialmente por rochas granitides variscas instaladas durante e aps a terceira fase de deformao (D3). As relaes de campo mostram que estes granitides intruram formaes metassedimentares de idade proterozica superior-cmbrica e as sequncias do Ordovcico e do Carbnico do sinclinal Porto-Sto, cujo extremo SE aflora na rea de estudo. Com base na cartografia publicada e nos dados de campo colhidos no mbito deste trabalho, foi possvel individualizar oito intruses distintas: o granodiorito -granito biottico de Sernancelhe, o granito gnaissoso de duas micas, o granito moscovtico-biottico de Vila Nova de Paiva, o granodiorito-granito biottico-moscovtico de Lagares e os granitos de Touro (biottico-moscovtico), Aguiar da Beira (moscovtico-biottico), Pera Velha / Vila da Ponte (biottico-moscovtico) e Rei Mouro (moscovtico-biottico). A presena de encraves microgranulares em cinco dos granitides estudados sugere que os processos de mistura de magmas desempenharam um papel importante na sua petrognese. As dataes U-Pb obtidas em zirces e monazites durante o presente estudo permitiram subdividir os granitides de Aguiar da Beira em trs grupos, de acordo com as suas relaes com a terceira fase de deformao (D3): granitides sin-tectnicos (Sernancelhe e granito gnaissoso; 322-317 Ma), tardi-tectnicos (Vila Nova de Paiva, Lagares e Touro; 308-306 Ma), e tardi- a ps-tectnicos (Aguiar da Beira, Pera Velha / Vila da Ponte e Rei Mouro; 303297 Ma). As assinaturas geoqumicas de elementos maiores e trao dos granitides estudados, em conjunto com os dados isotpicos Sr-Nd e 18 (rocha total e zirco) apontam para uma contribuio significativa de protlitos crustais na gnese destes magmas. excepo do granito gnaissoso, todos os granitides possuem um carcter transicional entre os granitos do tipo I e do tipo S, o que apoiado pelos dados de geoqumica de rocha total e isotpica, e pela presena de encraves microgranulares de composio mais mfica presentes em muitos deles, indicia uma forte interveno de processos de hibridizao de lquidos de provenincia distinta (crustais e mantlicos), em diferentes propores, na sua origem. Pelo contrrio, as caractersticas geoqumicas e isotpicas do granito gnaissoso revelam claras afinidades com os granitos do tipo S, e sugerem que tenha derivado da anatexia de fontes exclusivamente supracrustais. No entanto, parte da variabilidade geoqumica e isotpica observada em todos os granitides estudados s poder ser explicada pela actuao de processos de cristalizao fraccionada, especialmente intensos no caso do granito gnaissoso e dos granitos tardi- a PS-D3.

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A formao inicial de professores possui caratersticas muito prprias e a complexidade envolta sobre o perodo de estgio na prtica pedaggica, requer um olhar aprofundado sobre as questes subjacentes ao stress tanto no estagirio, como no supervisor e orientador. A presente investigao inter e multicultural, pretende conhecer junto a estes trs atores as principais fontes indutoras de stress e seus sintomas no decorrer do perodo de estgio pedaggico, as estratgias de coping e a satisfao com o suporte social. Desenvolvemos trs estudos de cariz comparativo entre Portugal e Brasil, em oito Instituies de Ensino Superior (4 de Portugal e 4 do Brasil) numa amostra total de 1.194 indivduos. O primeiro de ndole qualitativa envolveu 24 professores supervisores e orientadores de estgio, os quais identificaram as principais causas de stress que permitiram a construo do questionrio Avaliao do stress do professor/orientador de Estgio Pedaggico (ASPOEP). Contamos no segundo estudo com uma amostra de 204 docentes (122 orientadores e 82 supervisores) no exerccio da superviso pedaggica e no terceiro estudo com 966 estagirios (476 Portugal e 490 Brasil). Nestes dois ltimos estudos, para a identificao dos fatores de stress, os supervisores responderam ao questionrio ASPOEP e os estagirios ao questionrio ASAE (Avaliao do stress do aluno estagirio). Foram ainda utilizados os questionrios de Avaliao dos sintomas de stress, o de Estratgias de coping e para a anlise do suporte social fizemos uso da Escala de satisfao com o suporte social. Na anlise dos dados foi utilizado o SPSS, tendo sido realizadas as estatsticas descritivas e inferenciais. Os resultados globais evidenciam o estgio pedaggico como uma fonte indutora de stress. Nos supervisores de estgio, a sobrecarga de trabalho, as relaes interpessoais, o desempenho do estagirio e sobretudo a estrutura e acompanhamento do estgio, marcaram os fatores de maior stress, que foi mais evidente no gnero feminino e na populao brasileira. Entre estagirios, a insegurana e a indisciplina so os fatores de maior stress, sobretudo no gnero feminino de Portugal. O stress apesar de moderado para a maioria da amostra, evidencia ndices de stress elevado em 10,7% dos docentes e 19,1% dos estagirios portugueses e 23,8% dos docentes e 12,7% dos estagirios brasileiros. Os sintomas cognitivos so os mais evidentes nestas duas populaes estudadas, porm nos casados e com filhos existe evidncia significativa de sintoma comportamental. A estratgia de coping centrada no indivduo foi mais prevalente, porm evidencia-se que os brasileiros e tambm os pais com filhos apresentam significativo coping centrado no outro. O suporte social da amizade e da intimidade foram os que demonstraram maior satisfao, sendo assim eficaz na manuteno de um stress moderado. Os portugueses apresentam maior satisfao com o suporte social que os brasileiros. Ficou evidente que a satisfao e as estratgias de coping contribuem de forma positiva na diminuio dos sintomas de stress, bem como a satisfao com estgio diminui os nveis de stress. Sugere-se que na formao de professores sejam integrados programas de formao sobre gesto e controlo do stress para supervisor, orientador e estagirio, bem como devem ser propostas mudanas a nvel curricular, ligado estrutura e acompanhamento do estgio, para que este possa ser um perodo de desenvolvimento de competncias profissionais, aliceradas no bem-estar para todos os intervenientes.

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semelhana do que aconteceu em muitas instituies pblicas, as universidades tm enfrentado presses crescentes para mudar, tendo de repensar as suas formas de governana e de gesto, dando mais nfase implementao de sistemas de gesto do desempenho (SGD). Apesar de existirem vrios estudos sobre o desempenho, estes tm ignorado o uso dado informao recolhida. Alm disso, e apesar de terem ocorrido vrias reformas na governana destas instituies, existem ainda poucos estudos que relacionam a governana e o desempenho. Assim, esta pesquisa visa explorar a forma como as universidades medem, reportam e gerem o desempenho e como as estruturas de governana se relacionam com estas prticas. Para alcanar o objetivo proposto, um estudo comparativo entre universidades britnicas e portuguesas foi realizado. Os dados foram recolhidos atravs da utilizao de uma metodologia qualitativa, sendo os mtodos utilizados a anlise documental e entrevistas semi-estruturadas a membros dos rgos de governo e gesto de cada instituio. A anlise dos dados mostrou a inexistncia de um sistema completamente integrado de gesto de desempenho (SGD) em ambas as instituies, essencialmente devido falta de prticas de gesto de desempenho. De facto, apesar de alguns dos entrevistados terem reportado o "uso positivo" de dados sobre o desempenho, alguns relataram o "no uso" desses dados, principalmente em relao ao desempenho individual, e outros o "mau uso" dessa informao, tendo sido reportadas prticas de gaming e deturpao dos resultados. Como forma de ultrapassar alguns destes problemas, verificou-se a co-existncia de duas estruturas de governana: uma 'formal', da qual fazem parte todos os rgo de governo, com um valor mais 'simblico'; e uma estrutura 'paralela', constituda por rgos mais geis, que gerem a universidade no dia a dia. Verificou-se terem sido vrios os fatores a afetarem, negativa e positivamente, os SGD em ambas as instituies, tendo sido rotulados de "inibidores" e "determinantes", respetivamente. A pesquisa mostrou que, apesar de as estruturas de governana serem importantes para a implementao e funcionamento de um SGD, h outros fatores que precisam de ser levados em considerao, nomeadamente, o nvel de comunicao e o nvel de envolvimento dos atores no processo. Estes dois fatores so considerados relevantes para a integrao bem sucedida de prticas de medio, reporte e gesto de desempenho. Esta integrao, juntamente com outras mudanas que ocorreram em termos de governana, contribuir certamente para que se passe de um sistema em que se governa o desempenho para um sistema em que se governa para o desempenho.