49 resultados para Exposição materna Efeitos adversos


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Nas ltimas dcadas verificou-se um aumento da contaminao dos solos com metais pesados resultante de processos antropognicos. As descargas de efluentes industriais, a actividade mineira e a aplicao de lamas residuais e de fertilizantes so as principais fontes de metais pesados. Em certas regies, a acumulao destes elementos nos solos tem atingido nveis preocupantes para o equilbrio dos ecossistemas. Vrios estudos tm demonstrado que os metais influenciam os microrganismos afectando adversamente o seu crescimento, morfologia e actividades bioqumicas resultando num decrscimo da biomassa e diversidade. Entre os microrganismos do solo, as bactrias pertencentes ao gnero Rhizobium tm um elevado interesse cientfico, econmico e ecolgico devido sua capacidade para fixar azoto. Deste modo, o trabalho desenvolvido ao longo desta tese incidiu sobre o efeito da toxicidade imposta pelos metais nas bactrias fixadoras de azoto, em particular em Rhizobium leguminosarum bv. trifolii e teve como principais objectivos: determinar o efeito dos metais pesados na sobrevivncia e na capacidade de fixar azoto dos isolados de rizbio; avaliar a influncia dos metais na diversidade das populaes de rizbio isoladas de solos contaminados; determinar os nveis de tolerncia do rizbio a diferentes metais e analisar a resposta ao stresse oxidativo imposto pelo cdmio. A Mina do Braal foi o local de estudo escolhido uma vez que os seus solos esto muito contaminados com metais em resultado da extraco de minrio durante mais de 100 anos. Foram escolhidos 3 solos com diferentes graus de contaminao, o solo BC com concentraes reduzidas de metais, escolhido por estar numa zona j fora da mina e designado por solo controlo e os solos BD e BA considerados medianamente e muito contaminados, respectivamente. O Pb e o Cd foram os metais predominantes nestes solos, assim como o metalide As, cujas concentraes ultrapassaram largamente os limites previstos na lei. Sendo as enzimas do solo boas indicadoras da qualidade do mesmo, foi determinada a actividade de algumas como a desidrogenase (DHA) e a catalase (CAT). Ambas as enzimas correlacionaramse negativamente com as concentraes de metais nos solos. A dimenso das populaes indgenas de rizbio nos solos contaminados (BD e BA) foi bastante baixa, 9,1 bactrias g-1 de solo e 7,3 bactrias g-1 de solo, respectivamente, quando em comparao com a populao do solo BC (4,24x104 bactrias g-1 de solo). Estes resultados parecem estar relacionados com o elevado contedo em metais e com o pH cido dos solos. A capacidade simbitica tambm foi afectada pela presena de metais, uma vez que os isolados originrios do solo BD mostraram menor capacidade em fixar azoto do que os isolados do solo controlo. A diversidade das populaes de rizbio foi determinada com recurso anlise dos perfis de plasmdeos, perfis de REP e ERIC-PCR de DNA genmico e perfis de protenas e lipopolissacardeos. No conjunto dos 35 isolados analisados foram identificados 11 plasmdeos com pesos moleculares entre 669 kb e 56 kb. Embora a incidncia de plasmdeos tenha sido superior nos isolados do solo BC verificou-se maior diversidade plasmdica na populao isolada do solo BD. Resultados similares foram obtidos com os perfis de REP e ERIC-PCR e perfis de protenas, que indicaram maior diversidade nas populaes dos solos contaminados (BD e BA), contrariamente ao verificado por outros autores. O grau de tolerncia aos metais pesados e ao arsnio dos vrios isolados testados dependeu do metal e do local de origem. No geral, os isolados do solo BD mostraram maior tolerncia aos metais do que os isolados do solo controlo, o que est de acordo com o esperado uma vez que geralmente as populaes dos locais contaminados so mais tolerantes. Contudo, os isolados do local mais contaminado (BA) foram muito tolerantes apenas ao chumbo mostrando-se sensveis aos restantes metais. A inoculao dos solos BC, BD e BA aps irradiao com estirpes seleccionadas de rizbio permitiu avaliar a sua sobrevivncia ao longo de 12 meses em condies mais realistas. Verificou-se que aps um decrscimo inicial, os isolados inoculados no solo BC conseguiram recuperar a dimenso das suas populaes para nmeros similares aos inicialmente introduzidos, contrariamente ao verificado no solo BD onde o nmero de rizbios decresceu ao longo dos 12 meses. As condies adversas do solo BA apenas permitiram a sobrevivncia de 4 isolados at aos 3 meses e apenas dois deles conseguiram sobreviver aps 12 meses, designadamente C 3-1 e A 17-3. Estes isolados possuem um plasmdeo de 669 kb que poder estar na base da sobrevivncia destas estirpes. Por outro lado, o ltimo isolado originrio do solo contaminado e por isso estar tambm mais adaptado a sobreviver s elevadas concentraes de Pb existentes no solo BA. Por fim, constatou-se que o cdmio, um dos metais presente em concentraes mais elevadas nos solos em estudo, um indutor de stresse oxidativo nos isolados de rizbio menos tolerantes o que foi confirmado pelo aumento de ROS e danos celulares ao nvel dos lpidos.

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Neste trabalho o risco da aplicao de moluscicidas (metaldedo e metiocarbe) para o ispode terrestre Porcellionides pruinosus foi avaliado usando como parmetros a mortalidade e biomarcadores de exposição. O tempo at morte dos ispodes (aps contacto com os moluscicidas) foi muito curto, especialmente no caso da exposição ao metiocarbe. Os vrios biomarcadores revelaram-se teis para a compreenso do modo de aco dos dois moluscicidas neste ispode, particularmente o efeito do carbamato metiocarbe na inibio da enzima acetilcolinesterase (AChE). Os efeitos de combinaes binrias de trs produtos de proteco das plantas (PPP) dimetoato, glifosato e espirodiclofeno foram avaliados testando o comportamento de evitamento de P. pruinosus, o sucesso reprodutivo do colmbolo Folsomia candida e o crescimento das plantas Brassica rapa e Triticum aestivum, usando os dois modelos de referncia de concentrao de adio (CA) e aco independente (IA). O modelo MIXTOX foi usado para avaliar possveis desvios (devido a interaces entre os pesticidas) dos dois modelos de referncia. Os resultados obtidos permitem constatar que estes PPP quando aplicados segundo a dose recomendada no acarretam efeitos perniciosos para os organismos testados. Foi detectado sinergismo na mistura feita com glifosato e espirodiclofeno no ispode P. pruinosus e na mistura com glifosato e dimetoato na planta T. aestivum. Um ecossistema terrestre em pequena escala (STEM) foi desenvolvido, contendo um solo agrcola mediterrnico. Nestes STEM, minhocas (Eisenia andrei), P. pruinosus, B. rapa e bait-lamina foram incorporados no sentido de avaliar os efeitos da aplicao de dimetoato com espirodiclofeno e glifosato com dimetoato. A dose recomendada de aplicao dos PPP, quer na exposição individual quer nas misturas binrias no teve quaisquer efeitos nas espcies testadas. As minhocas foram sensveis aplicao conjunta de dimetoato com espirodiclofeno (10 vezes a dose recomendada) na sua distribuio vertical ao longo da coluna do STEM, e foi detectado sinergismo (i.e. mais minhocas escaparam do que a predio feita pelo modelo IA). Em todas as misturas binrias feitas com glifosato e dimetoato registou-se um decrscimo no consumo de bait-lamina, indicando sinergismo (menos bait-lamina consumidos que o esperado). Dos quatro biomarcadores (Catalase, AChE, GST e LPO) avaliados nos ispodes, verificaram-se diferenas significativas na actividade da enzima AChE (quando dimetoato foi aplicado no solo) e LPO (aumento da actividade devido aplicao de glifosato e dimetoato).

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O principal objectivo desta dissertao foi estudar a acumulao de mercrio em vrios tecidos de peixes marinhos, a sua relao com factores biolgicos e as respectivas respostas bioqumicas. O trabalho realizado permitiu obter novos conhecimentos sobre a acumulao de mercrio em peixes, possibilitando avaliar a influncia da biodisponibilidade do elemento e as suas possveis implicaes no ambiente. O trabalho foi desenvolvido na Ria de Aveiro (Portugal), uma zona costeira onde existe um gradiente ambiental de mercrio, o que oferece a oportunidade de estudar a sua acumulao e os seus efeitos txicos em condies realsticas. As amostragens foram efectuadas em dois locais considerados crticos em termos de contaminao por mercrio Largo do Laranjo (L1 e L2) e num local afastado da principal fonte de poluio, usado como termo de comparao (Referncia; R); L1 e L2 corresponderam a locais moderadamente e altamente contaminados, respectivamente. Foram escolhidos juvenis de duas espcies ecologicamente diferentes e representativas da comunidade pisccola local, a tainha garrento (Liza aurata) e o robalo (Dicentrarchus labrax). Em cada local foram recolhidas amostras de gua e de sedimento para determinao de mercrio. Foram quantificadas as concentraes de mercrio total (T-Hg) e orgnico (O-Hg) em vrios tecidos dos peixes, escolhidos tendo em conta a sua funo relativamente toxicocintica e toxicodinmica de metais. As respostas antioxidantes (Catalase- CAT, glutationa peroxidase- GPx, glutationa reductase- GR, glutationa S-transferase- GST e contedo em glutationa total- GSHt), o dano peroxidativo (LPO) e o contedo em metalotioninas (MTs) foram tambm avaliados. A acumulao de T-Hg foi semelhante para as duas espcies de peixes estudadas, embora D. labrax tenha apresentado concentraes tendencialmente maiores. Ambas as espcies demonstraram capacidade de reflectir o grau de contaminao ambiental existente, indicando claramente que a acumulao depende da concentrao ambiental. A acumulao revelou-se especfica de cada tecido. O padro da acumulao em L. aurata foi rim > fgado > msculo > crebro > guelras > sangue e em D. labrax foi fgado > rim > msculo > crebro guelras > sangue. Relativamente acumulao de OHg, verificou-se que D. labrax exibiu concentraes mais elevadas que L. aurata. Todos os tecidos foram capazes de reflectir diferenas entre R e L2. Os nveis de O-Hg no fgado, msculo e nos contedos intestinais foram diferentes entre espcies, sendo mais elevados para D. labrax. As guelras e o intestino foram os tecidos onde se obtiveram os valores mais baixos de O-Hg e observaram-se valores idnticos para as duas espcies. Com excepo das guelras, as concentraes de O-Hg variaram em funo do valor observado nos contedos intestinais, indicando que a alimentao a via dominante da acumulao. As concentraes de O-Hg nos contedos intestinais revelaram ser uma informao relevante para prever a acumulao de O-Hg nos tecidos, pois verificou-se uma razo praticamente constante entre o teor de mercrio no fgado, no msculo e nos contedos intestinais. A percentagem de O-Hg no msculo e no fgado variou de acordo com o grau de contaminao ambiental e com o tipo de assimilao preferencial do elemento (alimentao vs. gua), sugerindo que o fgado exerce um papel protector em relao acumulao de mercrio nos outros rgos. Ambas as espcies de peixes demonstraram ser boas sentinelas da contaminao ambiental com mercrio (T-Hg e O-Hg), sendo o crebro e o msculo os tecidos que melhor reflectiram o grau de acumulao com o elemento. A anlise conjunta dos dados de bioacumulao e de respostas ao stress oxidativo permitiram estabelecer uma relao entre as concentraes de mercrio nas guelras, fgado, rim e crebro e a sua toxicidade. As respostas do crebro aos efeitos txicos do mercrio revelaram ser especficas de cada espcie. Enquanto que para o crebro de L. aurata se verificou um decrscimo de todos os parmetros antioxidantes estudados nos locais contaminados, sem haver evidncia de qualquer mecanismo compensatrio, no D. labrax observaram-se respostas ambivalentes, que indicam por um lado a activao de mecanismos adaptativos e, por outro, o decrscimo das respostas antioxidantes, ou seja, sinais de toxicidade. Embora em ambas as espcies de peixe fosse evidente uma condio pr-oxidante, o crebro parece possuir mecanismos compensatrios eficientes, uma vez que no se verificou peroxidao lipdica. As respostas antioxidantes do crebro de D. labrax foram comparadas em diferentes perodos do ano - quente vs. frio. O perodo quente mostrou ser mais crtico, uma vez que no perodo frio no se verificaram diferenas nas respostas entre locais, ou seja, a capacidade antioxidante do crebro parece ser influenciada pelos factores ambientais. As guelras revelaram susceptibilidade contaminao por mercrio, uma vez que se verificou uma tendncia para o decrscimo da actividade de CAT em L2 e ausncia de induo em L1. O fgado e o rim demonstraram mecanismos adaptativos face ao grau de contaminao moderada (L1), evidenciados pelo aumento de CAT. O rim tambm demonstrou adaptabilidade face ao grau elevado de contaminao (L2), uma vez que se verificou um aumento GST. Embora o grau de susceptibilidade tenha sido diferente entre os rgos, no se verificou peroxidao lipdica em nenhum. A determinao do contedo em MTs em D. labrax e em L. aurata revelou que este parmetro depende no s da espcie, mas tambm do tecido em causa. Assim, em D. labrax foi observado um decrscimo de MTs no crebro, bem como a incapacidade de sntese de MTs no sangue, guelras, fgado, rim e msculo. Em L. aurata observou-se um aumento do contedo em MTs no fgado e no msculo. Estes resultados indicam que a aplicabilidade das MTs como biomarcador de exposição ao mercrio parece ser incerta, revelando limitaes na capacidade de reflectir os nveis de exposição ao metal e por consequncia o grau de acumulao. Este trabalho comprova a necessidade de se integrarem estudos de bioacumulao com biomarcadores de efeitos, de modo a reduzir os riscos de interpretaes errneas, uma vez que as respostas nem sempre ocorrem para os nveis mais altos de contaminao ambiental com mercrio.

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No presente trabalho o cladcero Daphnia longispina foi utilizado como organismo modelo para a avaliao dos efeitos ecolgicos da adaptao a ambientes contaminados por metais. Foram amostradas populaes naturais de D. longispina num local sujeito contaminao por metais e num local prximo, de referncia, ambos localizados no sistema aqutico na rea envolvente mina abandonada de So Domingos. Vrias linhagens clonais de ambas as populaes foram mantidas em laboratrio, sob condies controladas, para a execuo dos testes. Um dos testes realizados permitiu estudar e quantificar as diferenas na tolerncia letal entre as linhagens clonadas de ambas as populaes e tambm avaliar os custos associados. Utilizando vinte linhagens clonais de D. longispina das duas populaes verificou-se que apenas clones sensveis ao cobre estavam presentes na populao de referncia e clones resistentes ao cobre estavam presentes na populao do local contaminado. Os custos associados tolerncia foram ilustrados pela determinao de taxas alimentares mais baixas para a populao tolerante quando comparadas com as da populao de referncia. Outro dos testes realizados permitiu comparar as respostas de clones de populaes de ambos os locais contaminado e referncia exposição a concentraes sub-letais do metal cobre. A tolerncia evidenciada anteriormente ao nvel letal foi confirmada ao nvel sub-letal, com o clone proveniente da populao do local contaminado evidenciando uma maior tolerncia ao cobre quando comparado com os restantes clones, para todos os parmetros analisados (taxas alimentares, consumo de oxignio, crescimento e reproduo). Os efeitos da aclimatao ao cobre ao longo de vrias geraes foram tambm avaliados num clone de D. longispina. Os resultados evidenciaram a existncia de uma adaptao fisiolgica ao cobre ao longo das vrias geraes que, no entanto, apenas aumentou marginalmente a tolerncia a nveis de cobre letais. Para alm disso, observou-se tambm uma grande variao nas respostas do clone de D. longispina estudado, no s entre concentraes de cobre mas tambm entre geraes. Os resultados obtidos nos vrios estudos realizados com linhagens clonais de ambas as populaes de D. longispina reforam a importncia de integrar a temtica do desenvolvimento de tolerncia poluio aquando da avaliao dos riscos ambientais e ecolgicos de compostos qumicos, como os metais, no meio ambiente.

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Os sistemas aquticos naturais podem estar sujeitos frequentemente a entrada de txicos, quer seja atravs da lixiviao dos campos agrcolas ou da descarga por parte de unidades industriais. Avaliar o impacto potencial destes contaminantes nos sistemas aquticos muito importante, porque pode promover consequncias srias no balano ecolgico dos ecossistemas. Os efeitos de nveis sub-letais destes txicos nas populaes aquticas so detectados, em muitos casos, somente aps diversas geraes, dependendo da espcie e do contaminante. O comportamento animal considerado como sendo a primeira linha de defesa perante estmulos ambientais, e pode ser uma representao de alteraes fisiolgicas no organismo, sendo portanto um indicador excelente de alteraes ambientais. O desenvolvimento dos sistemas de aviso prvio que integram parmetros comportamentais pode ajudar a prever mais rapidamente possveis alteraes ao nvel das populaes naturais, do que a utilizao de testes ecotoxicolgicos padro com a mesma finalidade. O conhecimento acerca de possveis implicaes devido a alteraes comportamentais, em organismos bentnicos e em populaes do campo sujeitas a txicos, ainda escasso. Sabendo isto, neste estudo pretendeu-se investigar como o comportamento de Chironomus riparius usando um biomonitor em tempo real e outros parmetros tais como crescimento, emergncia de adultos, bioacumulao e biomarcadores, so afectados pela exposição a imidacloprid e ao mercrio, que foram seleccionados como contaminantes. Os resultados demonstraram que a exposição s concentraes sub-letais de imidacloprid afecta o crescimento e o comportamento dos quironomdeos e que estes organismos podem recuperar de uma exposição curta ao insecticida. O comportamento que corresponde ventilao de C. riparius revelou-se como um parmetro mais sensvel do que a locomoo e do que as respostas bioqumicas, quando as larvas foram sujeitas ao imidacloprid. Larvas de C. riparius expostas a concentraes sub-letais de mercrio apresentaram uma tendncia de diminuio de actividade comportamental, em testes com concentraes crescentes do txico; o crescimento das larvas foi tambm prejudicado, e as taxas de emergncia de adultos e o tempo de desenvolvimento apresentaram retardamento. Estes organismos podem bioacumular rapidamente o mercrio em condies de no alimentao e apresentam uma lenta depurao deste metal. Estes efeitos podem, em ltimo caso, conduzir a provveis repercusses ao nvel da populao e das comunidades. As redues em actividades comportamentais, mesmo em concentraes baixas, podem diminuir a quantidade de tempo gasta na procura de alimento, produzindo efeitos aos nveis morfo-fisiolgicos, e assim afectar severamente o desempenho dos quironomdeos no ambiente. O uso destes factores comportamentais como um parmetro ecotoxicolgico sub-letal relevante ao nvel da toxicologia aumentar a versatilidade dos testes, permitindo uma resposta comportamental mensurvel e quantitativa ao nvel do organismo, utilizando uma avaliao no destrutiva, e assim certificando que esta aproximao pode ser usada em testes ecotoxicolgicos futuros.

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Com o presente trabalho pretendeu-se determinar e compreender melhor quais os alvos do Alumnio (Al) nas plantas, e contribuir para um melhor entendimento dos mecanismos de tolerncia presentes em gentipos com elevado grau de tolerncia ao Al. O Al um dos maiores constituintes do solo e torna-se biodisponvel em solos com baixo pH. Nesses casos, a exposição ao Al afecta negativamente o crescimento das plantas conduzindo a uma diminuio da produo. Estes factos so especialmente visveis nos cereais, sendo a exposição ao Al uma das principais causas das quebras de produo nestas espcies. O Captulo I consiste numa reviso geral sobre a toxicidade do Al nas plantas, apontando os seus principais alvos. Apresenta tambm os mecanismos de resistncia, que inclui Al-destoxificao externa e interna, em diferentes espcies. O Captulo II aborda os estudos sobre a exposição de curto prazo ao Al em duas espcies de cereais: Triticum aestivum L. e Secale cereale L., tendo-se sempre utilizado um gentipo Al-tolerante e um Al-sensvel para cada espcie. Este captulo est dividido em trs estudos: no Captulo II.1 reala-se o efeito da exposição a 185 M de Al no equilbrio nutricional em trigo. Verificou-se que em ambos os gentipos (sensvel e tolerante) o perfil de macro e micro nutrientes se alterou, tendo uma interferncia negativa, sobretudo no nvel de P, Mg e K. Alm disso, registaram-se diferenas na diferenciao da endoderme consoante o grau de tolerncia/sensibilidade do gentipo. No Captulo II.2 apresenta-se uma viso mais abrangente dos efeitos da exposição a 185 M de Al em trigo, incluindo parmetros fisiolgicos, estruturais, citolgicos e genotxicos. Demonstra-se, pela primeira vez, que a progresso do ciclo celular diferentemente regulada, dependendo da tolerncia/sensibilidade do gentipo e que, mesmo em zonas j diferenciadas da raiz a exposição ao Al leva deposio de calose. O Captulo II.3 aborda os efeitos da exposição de 1.1 mM de Al em centeio, numa perspectiva bastante alargada. Apresenta-se o desequilbrio nutricional, sobretudo no gentipo sensvel, assim como a translocao de Al para a parte area nesse mesmo gentipo. Analisa-se tambm o comportamento de ambos os gentipos no que se refere ao ciclo celular, diferenciao da endoderme, crescimento radicular, reservas de hidratos de carbono, entre outros. Os resultados apontam para estratgias bem definidas adoptadas pelo gentipo tolerante de forma a minimizar a aco do Al no sistema radicular. O Captulo III compreende a exposição longa ao Al. Dois gentipos de centeio com diferentes graus de tolerncia ao Al foram expostos a 1.11 mM e 1.85 mM de Al durante 21 dias, tendo sido usados dois pontos de amostragem (15 e 21 dias). Este captulo est dividido em dois estudos: No Captulo III. 1 analisamse os mecanismos antioxidantes (folhas e razes) como resposta exposição ao Al, dando-se especial ateno ao ciclo do ascorbato-glutationas. A exposição ao Al levou a stress oxidativo e a alteraes na actividade de enzimas antioxidantes e no contedo de antioxidantes no-enzimticos. Demonstra-se que os dois rgos apresentam respostas diferentes exposição ao Al e que a capacidade de sobreviver em ambientes ricos em Al depende da eficcia da resposta antioxidante. Para alm disso, a resposta do ciclo ascorbato-glutationas parece estar dependente do tipo de rgo, grau de tolerncia e do tempo de exposição ao Al. No Captulo III. 2 analisam-se os efeitos da exposição ao Al na fotossntese. Verificou-se que o Al afecta negativamente a taxa fotossinttica em ambos os gentipos, embora as alteraes que o Al provoca nas trocas gasosas e no Ciclo de Calvin sejam dependentes do gentipo. Verificou-se tambm que os danos no gentipo sensvel surgem mais cedo do que no gentipo tolerante, mas que ambos apresentam susceptibilidade ao Al aps exposição de longo termo. Por fim, no Captulo IV so apresentadas as concluses da Tese de Doutoramento.

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Nowadays, a systems biology approach is both a challenge as well as believed to be the ideal form of understanding the organisms mechanisms of response. Responses at different levels of biological organization should be integrated to better understand the mechanisms, and hence predict the effects of stress agents, usable in broader contexts. The main aim of this thesis was to evaluate the underlying mechanisms of Enchytraeus albidus responses to chemical stressors. Therefore, there was a large investment on the gene library enrichment for this species, as explained ahead. Overall, effects of chemicals from two different groups (metals and pesticides) were assessed at different levels of biological organization: from genes and biochemical biomarkers to population endpoints. Selected chemicals were: 1) the metals cadmium and zinc; 2) the insecticide dimethoate, the herbicide atrazine and the fungicide carbendazim. At the gene and sub-cellular level, the effects of time and dosage were also adressed. Traditional ecotoxicological tests - survival, reproduction and avoidance behavior - indicated that pesticides were more toxic than metals. Avoidance behaviour is extremely important from an ecological point of view, but not recommended to use for risk assessment purposes. The oxidative stress related experiment showed that metals induced significant effects on several antioxidant enzyme activities and substrate levels, as well as oxidative damage on the membrane cells. To increase the potential of our molecular tool to assess transcriptional responses, the existing cDNA library was enriched with metal and pesticide responding genes, using Suppression Subtractive Hybridization (SSH). With the sequencing information obtained, an improved Agilent custom oligonucleotide microarray was developed and an EST database, including all existing molecular data on E. albidus, was made publicly available as an interactive tool to access information. With this microarray tool, most interesting and novel information on the mechanisms of chemical toxicity was obtained, with the identification of common and specific key pathways affected by each compound. The obtained results allowed the identification of mechanisms of action for the tested compounds in E. albidus, some of which are in line with the ones known for mammals, suggesting across species conserved modes of action and underlining the usefulness of this soil invertebrate as a model species. In general, biochemical and molecular responses were influenced by time of exposure and chemical dosage and these allowed to see the evolution of events. Cellular energy allocation results confirmed the gene expression evidences of an increased energetic expenditure, which can partially explain the decrease on the reproductive output, verified at a later stage. Correlations found throughout this thesis between effects at the different levels of biological organization have further improved our knowledge on the toxicity of metals and pesticides in this species.

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The renewed concern in assessing risks and consequences from technological hazards in industrial and urban areas continues emphasizing the development of local-scale consequence analysis (CA) modelling tools able to predict shortterm pollution episodes and exposure effects on humans and the environment in case of accident with hazardous gases (hazmat). In this context, the main objective of this thesis is the development and validation of the EFfects of Released Hazardous gAses (EFRHA) model. This modelling tool is designed to simulate the outflow and atmospheric dispersion of heavy and passive hazmat gases in complex and build-up areas, and to estimate the exposure consequences of short-term pollution episodes in accordance to regulatory/safety threshold limits. Five main modules comprising up-to-date methods constitute the model: meteorological, terrain, source term, dispersion, and effects modules. Different initial physical states accident scenarios can be examined. Considered the main core of the developed tool, the dispersion module comprises a shallow layer modelling approach capable to account the main influence of obstacles during the hazmat gas dispersion phenomena. Model validation includes qualitative and quantitative analyses of main outputs by the comparison of modelled results against measurements and/or modelled databases. The preliminary analysis of meteorological and source term modules against modelled outputs from extensively validated models shows the consistent description of ambient conditions and the variation of the hazmat gas release. Dispersion is compared against measurements observations in obstructed and unobstructed areas for different release and dispersion scenarios. From the performance validation exercise, acceptable agreement was obtained, showing the reasonable numerical representation of measured features. In general, quality metrics are within or close to the acceptance limits recommended for non-CFD models, demonstrating its capability to reasonably predict hazmat gases accidental release and atmospheric dispersion in industrial and urban areas. EFRHA model was also applied to a particular case study, the Estarreja Chemical Complex (ECC), for a set of accidental release scenarios within a CA scope. The results show the magnitude of potential effects on the surrounding populated area and influence of the type of accident and the environment on the main outputs. Overall the present thesis shows that EFRHA model can be used as a straightforward tool to support CA studies in the scope of training and planning, but also, to support decision and emergency response in case of hazmat gases accidental release in industrial and built-up areas.

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De uma forma geral os anfbios so conhecidos como organismos que apresentam uma grande sensibilidade a vrios tipos de contaminantes. Contudo existem casos, como o de Pelophylax perezi (r-verde), em que estes organismos habitam reas extremamente contaminadas. Este facto verifica-se na mina de urnio desactivada, da Cunha Baixa (Viseu, centro de Portugal), em que uma populao destas rs habita na lagoa de efluente cido mineiro (M). Estudos ecotoxicolgicos anteriores com estes organismos revelaram apenas efeitos de toxicidade tnues levantando algumas questes. Com o objectivo de elucidar quais os mecanismos que permitem a P. perezi permanecer neste local, sem sofrer aparentemente efeitos perniciosos, encetamos este trabalho. Numa primeira abordagem, avalimos o sistema de defesa antioxidante de rs adultas, bem como o contedo em metais de alguns rgos. Desta forma verificmos alteraes enzimticas, principalmente no pulmo e acumulao de metais nos vrios rgos. Posteriormente foi realizado um estudo de expresso gentica diferencial, tambm em organismos adultos e desta feita foram sugeridos alguns mecanismos de proteco basal que estaro por detrs da capacidade de suportar este ambiente extremamente contaminado. Numa etapa seguinte abordmos os efeitos em fases larvares, fazendo inicialmente uma exposição in situ, a vrios efluentes, caracteristicamente diferentes, do complexo mineiro. Avalimos o crescimento, a acumulao de metais e a actividade de alguns biomarcadores de stress oxidativo. Como resultado pudemos constatar que nas fases larvares para alm de alguma mortalidade existe acumulao de metais bem como algumas alteraes a nvel de biomarcadores de stress oxidativo. Numa ltima abordagem realizamos uma exposição crnica dos girinos a efluente da mina com diversos nveis de pH para distinguir os efeitos da toxicidade do pH, dos efeitos da toxicidade pelo contedo de metais. Para tal avalimos novamente biomarcadores de stress oxidativo, crescimento, acumulao de metais e efectuamos ainda um estudo de expresso gentica diferencial. Esta ltima aproximao permitiu verificar que a toxicidade do efluente resulta primariamente do pH cido, assumindo a contaminao por metais um papel secundrio. Contudo o crescimento dos girinos de P. perezi apresenta-se estimulado por pHs mais baixos. So apontados ainda alguns mecanismos, em girinos, para lidar com o stress causado pela contaminao por metais.De uma forma geral pde-se constatar que quer anfbios adultos quer girinos expostos ao efluente apresentam valores altos de metais acumulados. Os biomarcadores de stress oxidativo na sua maioria no apresentaram respostas coerentes mediante as vrias exposies. Este trabalho apresentase como um contributo importante para a ecotoxicologia de anfbios, aumentando os nveis actuais de conhecimento sobre o efeito de contaminao proveniente de efluentes mineiros, sugerindo ainda mecanismos de resistncia quer em larvas, quer para adultos.

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Apesar do recente aumento no nmero de estudos, os lagartos persistem como um dos grupos menos estudados em ecotoxicologia e o desconhecimento em relao sua resposta contaminao ambiental enorme. A nvel europeu, os lacertdeos tm sido identificados como potenciais espcies modelo para a ecotoxicologia com rpteis. O principal objectivo deste projecto era determinar se um lacertdeo abundante pertencente ao gnero Podarcis, podia ser utilizado como bioindicador de exposição e toxicidade em zonas agrcolas. Para atingir este objectivo, utilizmos uma estratgia integrada com trs fases. Numa primeira fase realizou-se um estudo de campo para documentar o tipo de exposição e parmetros populacionais de populaes de lacertdeos que ocorrem em zonas de uso intenso de pesticidas e zonas de agricultura orgnica. A segunda fase consistiu num estudo de mesocosmo em que se expuseram juvenis a um conjunto de pesticidas em condies controladas durante um perodo de um ano. Finalmente, a terceira fase incluiu um estudo laboratorial sobre os efeitos do clorpirifos, um dos insecticidas mais utilizado a nvel global, em lagartixas. No trmino de cada um dos estudos, analisaram-se diversos biomarcadores e parmetros de exposição e toxicidade a pesticidas nos diferentes indivduos. Este conjunto abrangente de parmetros foi analisado em diferentes nveis de organizao biolgica, incluindo parmetros populacionais, bem como comportamentais, fisiolgicos, bioqumicos e histolgicos. Em geral, detectaram-se poucas diferenas estatsticas significativas entre as populaes dos campos expostos a pesticidas e populaes referncia. Confirmando a dificuldade que existe em isolar os efeitos de diferentes contaminantes sobre as populaes de outros factores locais, ciclos sazonais ou eventos estocsticos. As populaes de P. bocagei parecem ser capazes de lidar com o nvel observado de exposição a pesticidas. No entanto, indivduos que vivem em locais expostos a pesticidas parecem estar menos adaptados ecologicamente do que aqueles que vivem em locais referncia, apresentando um estado de depleo nutricional e sinais de stress metablico. Os resultados obtidos com os animais da experincia de mesocosmo parecem reforar estes resultados. Os animais prosperaram relativamente bem em todos os mesocosmos, independentemente do tratamento ou no com pesticidas, apresentando uma ampla gama de comportamentos naturais. A abordagem laboratorial confirmou P. bocagei como um valioso indicador de exposição sub-letal a doses ambientalmente realistas de clorpirifos. De acordo, com o conjunto d resultados obtidos, P. bocagei parece ser um bioindicador adequado de exposição a pesticidas.

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Esta tese debrua-se sobre a biodiversidade de lquenes epfitos de pinhais dunares portugueses e sobre uso de lquenes como biomonitores de poluio atmosfrica nesse habitat. A Mata Nacional das Dunas de Quiaios (Figueira da Foz) foi o ponto de partida dos estudos de biodiversidade efetuados nesta tese, mas alguns deles estenderam-se maior parte da costa portuguesa. Como resultado, encontrou-se uma espcie nova para a cincia, Lecanora sorediomarginata Rodrigues, Terrn & Elix, epiftica sobre Pinus pinaster Aiton e P. pinea L, que se encontra distribuda na maior parte da costa. Esta espcie caracteriza-se morfologicamente por um talo crustceo, de cor esbranquiada a acinzentada ou esverdeada e que desenvolve sorlios a partir de pequenas verrugas marginais. Quimicamente caracteriza-se pela presena dos cidos 3,5-dicloro-2'-O-metilnorestenosprico [maior], 3,5-dicloro-2 -O-metilanziaico [menor], 3,5-dicloro-2 -O-metilnordivarictico [menor], 5-cloro-2'-Ometilanziaico [trao] e snico [trao]; atranorina [menor] e cloroatranorina [menor]. quimicamente semelhante a L. lividocinerea Bagl., com a qual apresenta afinidades filogenticas com base na anlise da sequncia ITS do rDNA, e a L. sulphurella Hepp. Adicionalmente, espcies Chrysothrix flavovirens Tnsberg e Ochrolechia arborea (Kreyer) Almb, tambm se encontraram epifticas sobre P. pinaster e P. pinea em vrios pinhais ao longo da costa, representando novos registos para a flora liqunica portuguesa, bem como a espcie Lepraria elobata Tnsberg encontrada epiftica sobre P. pinaster apenas nas Dunas de Quiaios. Alm disso, as espcies Hypotrachyna lividescens (Kurok.) Hale e H. pseudosinuosa (Asahina) Hale encontraram-se epifticas sobre P. pinaster e outros forfitos nas Dunas de Quiaios, constituindo novos registos para a flora liqunica da Pennsula Ibrica. Estes resultados pe em evidncia a importncia dos pinhais dunares como habitat para lquenes epfitos. Num estudo conduzido entre janeiro e julho de 2008 num pinhal dunar (Mata do Urso, Figueira da Foz), em cuja bordadura existe uma fbrica de celulose de papel, usaram-se transplantes de lquenes da espcie Flavoparmelia caperata (L.) Hale para avaliar a acumulao de trinta e trs elementos putativamente emitidos por fbricas de papel e pasta de papel. A cintica da fluorescncia da clorofila a foi estudada nos lquenes transplantados, atravs da anlise dos parmetros Fv/Fm, F0, Fm, qP, NPQ, PSII, e Exc, de forma a avaliar os efeitos decorrentes da acumulao de elementos na vitalidade dos lquenes. Pretendeu-se avaliar se a acumulao de elementos e a cintica da fluorescncia da clorofila a variavam significativamente com o local e o tempo de exposição, tendo em considerao os resultados obtidos de transplantes colocados num local de referncia (Dunas de Quiaios) durante o mesmo perodo de tempo. (Continua no verso) resumo A maior parte dos elementos Al, B, Ba, Ca, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, Li, Mg, Mn, Mo, Na, Ni, P, S, Sb, Sc, Sr, Ti e V ocorreu em concentraes significativamente mais elevadas nos transplantes expostos a 500 m da fbrica. Cerca de metade dos elementos estudados B, Ba, Cr, Fe, Hg, Mg, Mn, Mo, Na, P, Pb, S, Sb e V encontraram-se em concentraes significativamente mais elevadas nos transplantes expostos durante 180 dias. O solo foi identificado como uma fonte parcial da maior parte dos elementos. Os parmetros Fv/Fm, Fm, PSII e Exc variaram significativamente com o local e/ou com o tempo de exposição. Observou-se um decrscimo significativo nos parmetros Fv/Fm e Fm nos transplantes expostos a 500 e 1000 da fbrica, e tambm naqueles expostos durante 135 e 180 dias. Observou-se tambm um decrscimo significativo nos parmetros PSII e Exc expostos durante 180 dias. Estes parmetros correlacionaram-se de forma negativa e significativa com a acumulao de elementos: Fv/Fm: B, Ba, Co, Fe, Hg, Mg, Mn, Mo, N, P, S, Sb e Zn; Fm: Ba, Co, Hg, Mn, Mo, N, P, S, Sb e Zn; PSII: N e P; Exc: Mn, N, P e S. Estudos acerca da diversidade liqunica efetuados nos mesmos locais onde os transplantes foram colocados no local impactado, revelaram um menor valor de diversidade liqunica a 500 m da fbrica, que foi tambm o nico local onde se encontraram espcies nitrfilas, o que se poder dever deposio de amnia e/ou poeiras. semelhana de outros estudos, este trabalho confirma que os lquenes podem ser usados com sucesso em estudos de biomonitorizao, mesmo em locais florestados. Alm disso, traz tambm informaes adicionais sobre como a acumulao de elementos pode influenciar a cintica da fluorescncia da clorofila a em lquenes.

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Os contaminantes provenientes quer de fontes naturais quer como consequncia da atividade humana, tm contribudo para a degradao dos ecossistemas aquticos. Entre estes encontram-se os metais que podem, ou no ser essenciais mediante o papel que desempenham no metabolismo dos organismos. O cobre e o zinco so exemplos de metais essenciais, contudo quando atingem concentraes elevadas podem tornar-se txicos. Os detritvoros aquticos desempenham um papel fundamental na decomposio da matria orgnica, alimentando-se de carcaas e partes de plantas que caem nos cursos de gua. Assim, estes organismos permitem que o ciclo dos nutrientes se complete e servem como elo de ligao entre todos os grupos funcionais do ecossistema mantendo o seu equilbrio estrutural e funcional. Sendo a matria orgnica a sua principal fonte de energia esto sujeitos contaminao existente no meio, pelo que de todo o interesse proceder-se avaliao dos efeitos da toxicidade de metais nestes organismos. Uma vez que as diferenas comportamentais consequentes desta exposição podem originar variaes na densidade e diversidade, o que se refletir a nvel das comunidades, originando alteraes na estrutura e funcionamento do ecossistema. Tendo em vista a avaliao dos efeitos da contaminao por metais em detritvoros, o principal objetivo deste trabalho foi comparar a sensibilidade a metais essenciais de dois detritivoros aquticos, o camaro Atyaephyra desmarestii e o anfpode Echinogammarus meridionalis. Para tal, avaliaram-se os efeitos do cobre e do zinco a diferentes nveis de organizao biolgica. Primeiro, foram determinadas as preferncias alimentares de A. desmarestii e E. meridionalis considerando tanto a rea das folhas como a contaminao por metais das folhas. Em seguida, avaliaram-se os efeitos do cobre e do zinco na sobrevivncia e inibio alimentar de ambas as espcies. Finalmente, avaliaram-se os efeitos destes mesmos metais a nvel bioqumico utilizando uma bateria de biomarcadores que incluiu enzimas de stresse oxidativo, o sistema de defesa antioxidante e as colinesterases. Ambos os organismos no mostraram preferncia em relao a folhas de rea diferente. A presena de uma maior ou menor concentrao de metais essenciais no alimento no teve qualquer influncia na sua escolha pelo alimento (contaminado ou no). Os ensaios agudos de cobre e zinco mostraram que o cobre mais txico para ambas as espcies do que o zinco. O camaro demonstrou ser mais sensvel ao zinco que o anfpode, tendo este sido mais sensvel ao cobre ( CL50 do cobre para A. desmarestii foi de 0,128 mg.l-1 e o de E. meridionalis foi de 0,050 mg.l-1; os valores correspondentes para o zinco foram 7,951 e 11,860 mg.l-1, respectivamente. Em relao aos efeitos subletais, o cobre teve efeitos notrios na taxa de alimentao de E. meridionalis, mas no afectou a de A. desmarestii. No que diz respeito exposição ao zinco, ambas as espcies parecem apresentar tendncia para inibir a alimentao. A caracterizao das colinesterases revelou que a principal forma presente em ambas as espcies a acetilcolinesterase, a qual que no foi afetada pela presena dos metais, no caso do camaro, mas parece ser inibida pelo zinco no caso do anfpode. O cobre inibiu o sistema de defesa enzimtico de ambas as espcies, sem sinais de danos lipdicos. Para alm disto, inibiu uma das enzimas antioxidantes (GPx) do anfpode. Apesar de no ter ocorrido dano lipdico aps exposição ao cobre, observou-se um ligeiro aumento dos nveis das LPO, o que pode ser indicativo de uma potencial existncia de dano oxidativo, como resultado da falha do sistema de defesa antioxidante. Por outro lado, o zinco induziu o sistema de defesa em E. meriodionalis prevenindo o dano lipdico. Enquanto em A. desmarestii o sistema enzimtico antioxidante no respondeu, tendo ocorrido dano celular oxidativo considerando-se, assim, que o sistema de defesa antioxidante do camaro pode ser comprometido por exposição a metais. Ainda que os danos celulares oxidativos tivessem ocorrido a baixas concentraes de zinco. A exposição a este metal tambm induziu a actividade da GST de E. meriodionalis. Considerando que a taxa de alimentao foi severamente reduzida no caso deste organismo, o zinco parece ser o metal cuja concentrao no ecossistema requer maior ateno. Integrando as respostas dos biomarcadores parece tambm evidente que A. desmarestii responde de uma maneira geral a maiores concentraes dos dois metais, enquanto a resposta de E. meridionalis ocorre a concentraes inferiores. Pelo que, E. meridionalis parece ser mais sensvel ao nvel bioqumico. Neste trabalho, os dois detritvoros, com ligeiras diferenas no modo como utilizam a matria orgnica disponvel, apresentam diferenas na sensibilidade aos metais essenciais a vrios nveis de organizao biolgica, sendo o zinco o metal que poder causar maior preocupao a nvel bioqumico, enquanto o cobre parece ser o mais txico ao nvel do organismo, causando mortalidade a concentraes mais baixas.

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Estudos recentes estabelecem uma ligao entre erros na traduo do mRNA e cancro, envelhecimento e neurodegenerao. RNAs de transferncia mutantes que introduzem aminocidos em locais errados nas protenas aumentam a produo de espcies reactivas de oxignio e a expresso de genes que regulam autofagia, ribofagia, degradao de protenas no-funcionais e proteco contra o stress oxidativo. Erros na traduo do mRNA esto portanto relacionados com stress proteotxico. Sabe-se agora que o mecanismo de toxicidade do crmio est associado diminuio da fidelidade de traduo e agregao de protenas com malformaes que destabilizam a sua estrutura terciria. Desta forma, possvel que os efeitos do stress ambiental ao nvel da degenerao celular possam estar relacionados com a alterao da integridade da maquinaria da traduo. Neste estudo procedeu-se a uma avaliao alargada do impacto do stress ambiental na fidelidade da sntese de protenas, utilizando S. cerevisiae como um sistema modelo. Para isso recorreu-se a reprteres policistrnicos de luciferase que permitiram quantificar especificamente a supresso de codes de terminao e o erro na leitura do codo AUG em clulas exposta a concentaes no letais de metais pesados, etanol, cafena e H2O2. Os resultados sugerem que a maquinaria de traduo na generalidade muito resistente ao stress ambiental, devido a uma conjugao de mecanismos de homeostase que muito eficientemente antagonizam o impacto negativo dos erros de traduo. A nossa abordagem quantitativa permitiu-nos a identificar genes regulados por uma resposta programada ao stress ambiental que so tambm essenciais para mitigar a ocorrncia de erros de traduo, nomeadamente, HSP12, HSP104 e RPN4. A exposição prolongada ao stress ambiental conduz saturao dos mecanismos de homeostase, contribuindo para a acumulao de protenas contendo erros de traduo e diminuindo a disponibilidade de protenas funcionais directamente envolvidas na manuteno da fidelidade de traduo e integridade celular. Ao contrrio de outras Hsps, a Hsp12p adopta normalmente uma localizao membranar em condies de stress, que pode modular a fluidez e estabilidade membranar, sugerindo que a membrana plasmtica um alvo preferencial da perda de fidelidade da traduo. Para melhor compreender as respostas celulares aos erros de traduo, clulas contendo delees em genes codificadores das Hsps foram transformadas com tRNAs mutantes que introduzem alteraes no proteoma. Os nossos resultados demonstram que para alm da resposta geral ao stress, estes tRNAs induzem alteraes a nvel do metabolismo celular e um aumento de aminoacilao com Metionina em vrios tRNAs, sugerindo um mecanismo de proteco contra espcies reactivas de oxignio. Em concluso, este estudo sugere um papel para os erros de traduo na gesto de recursos energticos e na adaptao das clulas a ambientes desfavorveis.

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O vinho tinto uma importante fonte de compostos fenlicos com atividade antioxidante e que esto relacionados com a preveno de doenas cardiovasculares e cancro. Estes compostos so um sub-produto do processo de destilao vnica utilizado para produzir aguardente necessria para a produo de Vinho do Porto. Esta tese tem como objetivo valorizar os compostos fenlicos resultantes das destilarias de vinho, atravs do estudo da sua composio, das interaes com o material polimrico do vinho, da sua estabilidade durante o armazenamento e avaliao dos seus potenciais efeitos biolgicos in vitro. Isto ir permitir definir aplicaes para estes compostos como ingredientes alimentares com propriedades funcionais. Dois vinhos tintos (RW1 e RW2) foram utilizados como fonte de compostos fenlicos. A fim de estudar estes compostos, cada vinho foi evaporado presso atmosfrica, permitindo obter o respetivo vinho desalcolizado (DW1 e DW2). Os polissacardeos e compostos fenlicos presentes nos vinhos desalcolizados foram fracionados por extrao em fase slida utilizando cartuchos C18 sep-pak. A frao hidrofbica, rica em compostos fenlicos, foi separada em fraes ricas em cidos fenlicos, em procianidinas e em antocianinas, as quais foram usadas para avaliar a sua contribuio para a atividade antioxidante total e caracterizao fenlica detalhada dos DW. Foram obtidas quantidades comparveis de compostos fenlicos totais (1.3 g/L para RW1 e DW1, e 3.1 para RW2 e DW2), de taninos (1.2 g/L para RW1 e DW1 e 1.6 para RW2 e DW2) e de antocianinas (0.24 g/L para RW1 e DW1 e 0.41 para RW2 e DW2) para os vinhos e para os respetivos vinhos desalcolizados. A determinao da atividade antioxidante de RW e DW pelos mtodos do DPPH e ABTS tambm originou valores semelhantes, permitindo inferir que o processo de destilao realizado no promoveu uma perda relevante de compostos fenlicos. A atividade antioxidante total de vinho deveu-se essencialmente frao rica em antocianinas. Os dois DW foram dialisados para se obter o material polimrico dos vinhos (WPM1 e WPM2). O WPM1 e WPM2 apresentavam 1.1 e 1.3 g/L de material slido, respetivamente. O WPM (WPM1 e WPM2) era composto por polissacardeos (31 e 36%), protenas (10 e 12%) e tambm por compostos fenlicos (32 e 43%). A anlise de acares mostrou que as manoprotenas e as arabinogalactanas eram os principais polissacardeos presentes. A extrao do WPM com metanol deu origem a um material insolvel em metanol (PMi) e a uma frao solvel em metanol, que continuava a conter hidratos de carbono e compostos fenlicos, mostrando uma forte interao entre estes compostos. Para determinar a energia de ativao (Ea) da libertao dos compostos fenlicos de fraces de material polimrico do vinho, foram realizadas dilises do DW, WPM e PMi, utilizando-se quatro concentraes diferentes, a cinco temperaturas (5-40 C). O valor da Ea foi 25 para o WPM e 61 kJ/mol para o PMi, mostrando que os compostos fenlicos do vinho podem estar associados de forma diferente matriz polimrica e que uma frao pode estar, ainda, fortemente associada a esta matriz. A fim de avaliar a possvel existncia de interaes seletivas com os compostos fenlicos, o WPM foi fracionado, permitindo a obteno de uma frao rica em manoprotenas (MP), atravs de uma cromatografia de afinidade com concanavalina A e 3 fraes ricas em arabinogalactanas (AG0, AG1 e AG2) obtidas por cromatografia de troca aninica. Foi avaliada a difuso de nove antocianinas monomricas atravs de uma membrana de dilise, em presena do WPM, e das fraes ricas em MP e em AG. A dilise dos compostos fenlicos livres do vinho foi realizada como ensaio em branco. Todas as fraes polimricas mostraram capacidade para reter as antocianinas, embora em diferente extenso. Foi observada uma capacidade de reteno maior para as antocianinas acilglucosiladas do que para as antocianinas glucosiladas. A frao rica em AG teve uma maior contribuio para a capacidade de reteno das antocianinas pelo material polimrico vinho do que a frao rica em MP, principalmente quando as antocianinas estavam acetiladas. Com o objetivo de estudar formas para preservar, a longo prazo, as propriedades antioxidantes dos compostos fenlicos, o extrato de compostos fenlicos (PCE), em p, foi armazenado em diferentes condies de luz e atmosfera, temperatura ambiente durante 1 ano. Observou-se que o PCE armazenado no escuro, dentro de um exsicador sob atmosfera de azoto, preservou 95% da atividade antioxidante inicial. Tambm foram avaliadas as melhores condies para preservar as antocianinas quando em soluo, armazenadas a duas temperaturas (5 e 30 C) durante 3 meses. A adio de 0.5 g/L de uma frao rica em polissacardeos a um vinho armazenado a 30 C promoveu a proteo das antocianinas, especialmente das antocianinas cumaroiladas. Os potenciais efeitos biolgicos dos compostos fenlicos foram avaliados em diferentes sistemas celulares in vitro utilizando as seguintes fraes: WPM, WPS (polissacardeos do vinho), WPC (compostos fenlicos do vinho), PA-E (frao rica em cidos fenlicos), PR-E (frao rica em procianidinas) e APP-E (frao rica em antocianinas e procianidinas polimricas). Foi observada uma maior viabilidade celular quando as clulas do carcinoma do clon HT-29 foram expostas a dois agentes oxidantes (radiao UV e H2O2) em presena das fraes PR-E e APP-E. Alm disso, os extratos WPS, WPC, PR-E e APP-E mostraram propriedades anti-inflamatrias, avaliadas pela inibio da produo de NO por clulas de macrfagos RAW264.7, sendo o extrato APP-E (0.19 mg/mL) o que exibiu a maior capacidade anti-inflamatria. A fim de elucidar as propriedades antioxidantes dos extratos do vinho em clulas humanas, os glbulos vermelhos (RBC) foram selecionados como um modelo metabolicamente simples. Os extratos WPM, WPS, WPC, PR-E, e APP-E mostraram efeito anti-hemoltico para a hemlise dos RBC provocada pelo perxido de hidrognio (H2O2) e pelo di-hidrocloreto de 2,2'-azo-bis(2-diaminopropano) (AAPH). Os resultados obtidos permitem concluir que o processo de desalcoolizao dos vinhos presso atmosfrica, preservou as principais caractersticas antioxidantes dos compostos fenlicos. Estes compostos podem contribuir para a defesa das clulas contra agentes oxidantes, nomeadamente por terem um potencial de atividades anti-inflamatria e anti-hemoltica, promovendo a viabilidade celular. A interao dos compostos fenlicos do vinho com o material polimrico permite inferir uma dosagem contnua e gradual das antocianinas vinho tinto aps a sua ingesto, contribuindo para um perodo mais longo da sua exposição e, como consequncia, dos seus potenciais benefcios para a sade.

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Os riscos dos resduos provenientes da extrao do urnio esto associados ao seu contedo em metais e radionucldeos, o que levanta preocupaes s autoridades governamentais e populao em geral. As populaes humanas e outras espcies animais que vivem em zonas de explorao de urnio podero estar expostas radiao atravs de resduos e poeiras radioactivase tambm atravs de gua e alimentos contaminados. A determinao dos riscos deste tipo de contaminantes feita, principalmente, atravs da anlise qumica de amostras ambientais, dando-se menos importncia determinao de efeitos biolgicos. A determinao de efeitos biolgicos causados pela exposição a poluentes, tem-se revelado muito importante para uma avaliao da qualidade ambiental, de modo a providenciar indicaes acerca dos efeitos negativos nos seres vivos e tambm para complementar a informao dada pelas anlises qumicas de amostras ambientais. Este facto levou ao estabelecimento de biomarcadores, que consistem em respostas biolgicas adversas que so especficas de uma exposição a toxinas ambientais, para serem usadas como ferramentas de avaliao da qualidade ambiental. Neste trabalho foram analisadas respostas a nvel molecular e celular, em minhocas, ratinhos do campo e humanos, a fim de determinar o risco qumico e radiolgico dos resduos provenientes da mina de urnio da Cunha Baixa. Este trabalho teve tambm como objectivo a clarificao das respostas subjacentes exposição a metais e radionucldeos, a fim de permitir o desenvolvimento de potenciais novos biomarcadores moleculares. Durante este trabalho foram efectuados ensaios com minhocas, em que estas foram expostas durante 56 dias a solo contaminado proveniente da mina de urnio da Cunha Baixa, em laboratrio e in situ. Durante a exposição foram analisados vrios parmetros, como o crescimento, reproduo, bioacumulao de metais e radionucldeos, histopatologia, danos no DNA, citotoxicidade e perfil de expresso gentica. Para alm disso, foram amostrados ratinhos do campo na mina de urnio da Cunha Baixa e numa rea de referncia para determinao de danos no DNA, nveis de expresso e mutaes em genes supressores de tumores e tambm bioacumulao de metais. Por fim, foram recolhidas amostras de sangue em voluntrios saudveis pertencentes populao da aldeia da Cunha Baixa, para determinao de danos no DNA, imunofenotipagem e quantificao de metais no sangue. Os resultados revelaram que as minhocas assim como os ratinhos do campo foram negativamente afetados pela exposição aos resduos mineiros em todos os nveis de organizao biolgica aqui analisados, o que faz destes organismos bons indicadores para a determinao do risco destas reas contaminadas, evidenciando o potencial risco da exposição a estes contaminantes. Para alm disso, o estudo feito populao da Cunha Baixa revelou danos no ADN e diminuio de populaes importantes de clulas imunitrias (nomeadamente linfcitos T e NK), o que poder resultar da exposição aos resduos da mina, tornando as pessoas mais susceptveis ao desenvolvimento de processos de carcinognese. O presente estudo contribuiu significativamente para a caracterizao dos riscos da exposição a resduos provenientes de minas de urnio abandonadas, evidenciando os seus efeitos negativos a nvel molecular e celular, que potencialmente podero causar instabilidade genmica e aumentar o risco de desenvolvimento de doenas genticas.