4 resultados para tooth fractures

em B-Digital - Universidade Fernando Pessoa - Portugal


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Uma lesão traumática é, a seguir à cárie dentária, um dos problemas mais comuns da saúde oral. O traumatismo dentário consiste numa agressão que afeta os dentes ou os tecidos de suporte, podendo levar ao rompimento do ligamento periodontal, fratura dentária, fratura óssea ou alterações pulpares. Este problema causa desconforto físico, emocional e comprometimento estético. Quando os traumatismos afetam os tecidos duros ou polpa denominam-se de fraturas dentárias. Estas podem ser divididas em fraturas coronárias de esmalte; fraturas coronárias de esmalte e dentina sem exposição pulpar; fraturas coronárias de esmalte e dentina com exposição pulpar; fraturas corono-radiculares de esmalte, dentina e cemento sem exposição pulpar; fraturas corono-radiculares com exposição pulpar e fratura radicular envolvendo cemento, dentina e polpa. O objetivo deste trabalho monográfico foi fazer uma revisão bibliográfica de estudos científicos sobre fraturas dentárias. Assim, serão abordados os diversos tipos de fraturas dentárias, as suas etiologias, prevalências e fatores associados, também definir planos de tratamento, técnicas de restauração direta de fraturas coronárias e possíveis medidas de prevenção. A pesquisa bibliográfica para esta revisão foi realizada em bases eletrónicas de referência como Pubmed, Scielo, selecionando artigos entre os anos 2006 e 2016. Foram também utilizados como elementos de pesquisa o site Dental Trauma Guide (DTG), o site International Association of Dental Traumatology (IADT), livros da especialidade existentes na Biblioteca da Universidade Fernando Pessoa que embora com datas de publicação mais antigas (2001) foram imprescindíveis para o desenvolvimento da monografia. A pesquisa foi realizada em duas línguas, português e inglês. Como conclusão pode-se dizer que nos dias de hoje, o médico dentista tem muitas opções de tratamento de dentes fraturados. Para restaurar a fratura o médico pode optar por colar o fragmento, restaurar usando uma matriz guia ou restaurar à mão livre. A escolha da técnica deve ser estudada de acordo com cada paciente e suas expectativas.

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Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária

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O tratamento de dentes permanentes imaturos com comprometimento pulpar pode ser muitas vezes um desafio. Em dentes com a polpa vital, a manutenção da vitalidade pulpar é essencial, o que permitirá a continuação do desenvolvimento natural da porção radicular do elemento dentário. Já em dentes onde a polpa se encontre necrosada e/ ou infetada, há, inevitavelmente, a interrupção do desenvolvimento radicular, deixando o elemento dentário com paredes dentinárias finas e com o ápice aberto, o que torna o tratamento ainda mais desafiante, uma vez que o tratamento endodôntico convencional, baseado na preparação químico-mecânica e no preenchimento do sistema de canais radiculares com um material bioinerte, torna-se difícil ou até impossível. Atualmente, os tratamentos mais realizados para estes dentes passam pela apexificação com Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2), ou a inserção de uma barreira apical de Agregado de Mineral Trióxido (MTA) seguidas pela obturação convencional do canal radicular. Ambas as técnicas têm um bom potencial na resolução das infeções e no encerramento apical; no entanto, não permitem a continuação do desenvolvimento radicular, o que mantém as paredes dentinárias finas e frágeis e o elemento dentário mais susceptível a fraturas. Estudos recentes têm vindo a demonstrar resultados positivos com uma nova abordagem de base biológica denominada revascularização pulpar. A técnica baseia-se na desinfeção do canal radicular e uma subsequente indução da formação de um coágulo sanguíneo no interior no canal, que servirá de base para a proliferação de um novo tecido, e uma possível regeneração do tecido pulpar. Desta forma pode-se alcançar além da resolução das infeções, a continuação do desenvolvimento radicular, o que resulta em raízes mais longas, com paredes mais espessas e no fecho apical normal. Embora a revascularização pulpar tenha vindo a demonstrar bons resultados clínicos e radiográficos, estudos histológicos demonstraram que o tecido formado no espaço pulpar pode não ser exatamente polpa. Mais estudos parecem ser necessários para que a técnica possa vir a ser executada com uma maior previsibilidade. A engenharia tecidular tem vindo a estudar diversas possibilidades para aprimorar a técnica, o que pode torná-la mais previsível no futuro.

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A abordagem Endodôntica tem como grandes objetivos a manutenção funcional e estética do dente no sistema estomatognático. O sucesso desta abordagem terapêutica depende da realização eficiente da desinfeção, conformação e obturação do canal radicular. Estas etapas podem tornar-se difíceis de realizar na presença de dentes calcificados. A localização e manipulação dos canais calcificados são considerados um grande desafio durante a abordagem Endodôntica. Na tentativa de localização dos canais podem ocorrer erros de procedimento, como perfurações, fraturas de instrumentos e desvios do trajeto original do canal. Atualmente, vários recursos clínicos são utilizados para auxiliar estes procedimentos, como radiografias, microscópio operatório e o ultrassom. A calcificação pode ser resultado do processo fisiológico de envelhecimento, ou da deposição de dentina como mecanismo de defesa da polpa contra agentes agressores externos. Os dentes com calcificação não costumam apresentar sintomatologia, sendo o diagnóstico muitas vezes acidental. Clinicamente, a coroa dentária apresenta coloração alterada, e radiograficamente os canais apresentam os seus limites pulpares apagados, revelando obstrução parcial ou completa da câmara pulpar e dos canais, devido à deposição excessiva de dentina. A abordagem apropriada para dentes calcificados pode ser um dilema para o clínico. Esta deve ser feita a partir de decisão prudente entre a intervenção Endodôntica para o dente envolvido e outras intervenções restauradoras estéticas disponíveis. A maioria da literatura não apoia a intervenção Endodôntica a menos que seja detetado patologia apical ou sintomatologia do dente envolvido. A observação e o exame periódico do dente calcificado são as opções geralmente adotadas.