18 resultados para PERIODONTITE PERIAPICAL


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Introdução: A Endodontia é a especialidade da Medicina Dentária responsável pelo estudo e tratamento da câmara pulpar, de todo o sistema de canais radiculares e dos tecidos periapicais, bem como das doenças que os afetam. O selamento da porção coronária dos dentes alvo de tratamento endodôntico apresenta-se como um critério determinante no sucesso ou insucesso do tratamento. São vários os fatores que podem proporcionar um correto selamento coronário evitando assim a microinfiltração de microorganismos no sistema de canais radiculares. Entre estes fatores destacam-se o tratamento pré-endodôntico, a correta e eficaz instrumentação e desinfeção dos canais radiculares, a aplicação de materiais de selamento imediato, o número de sessões em que é concluído o tratamento e ainda a restauração provisória e definitiva do dente tratado endodonticamente. Objetivos: A elaboração deste trabalho de revisão teve como principais objetivos aprofundar o conhecimento sobre o selamento coronário tendo em conta as consequências deste processo no prognóstico de dentes alvo de tratamento endodôntico, bem como, os meios a utilizar pelo clínico para prevenir a microinfiltração através da porção coronária e os materiais mais indicados para que o selamento seja alcançado. Materiais e Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica de artigos científicos disponíveis nas bases de dados eletrónicas MEDLINE/Pubmed, Science Direct, Scielo e B-on. As palavras-chave utilizadas nesta pesquisa foram: Coronal Seal, Coronal Microleakage, Coronal Leakage, Temporary Restauration, Temporary Filling Materials, Restauration in Endodontics, Post and Core Restauration, Restorative Materials. Esta pesquisa foi realizada entre Março de 2016 e Maio do mesmo ano e dela resultou a seleção de 132 artigos publicados entre 1985 e 2016, primeiramente pela leitura do titulo e do abstract. Após a leitura completa dos artigos excluíram-se 94 por não se terem considerado relevantes para a elaboração desta revisão bibliográfica, obtendo-se um total de 38 artigos utilizados. Foi também realizada uma pesquisa bibliográfica na biblioteca da Universidade Fernando Pessoa, na secção dedicada à Endodontia, da qual resultou a seleção dos manuais que se encontram descritos pormenorizadamente na bibliografia. Conclusão: O Médico Dentista deve estar sensibilizado para as implicações que o selamento coronário tem para o sucesso do tratamento endodôntico, uma vez que este pode afetar o resultado de todo o tratamento.

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A Diabetes Mellitus é conhecida por uma doença metabólica caracterizada por um défice na ação ou secreção da insulina, na qual a consequência direta é o aparecimento de hiperglicemia, isto é, o nível de glicose apresentar valores elevados (Kidambi, 2008; Silva-Sousa, 2003). A DM1, especificamente, é apresentada como uma doença que é resultado da destruição das células beta do pâncreas, desenvolvendo assim, um défice na produção de insulina (Raymond et al., 2001). As complicações orais da DM1 incluem xerostomia, doença periodontal (gengivite e periodontite), abcessos dentários, perda de dentes, lesões de tecidos moles e síndrome de ardência oral. A complicação oral mais frequente da DM1 nas crianças é o aumento da sensibilidade à doença periodontal. A doença periodontal é caracterizada como uma reação inflamatória infecciosa dos tecidos gengivais (gengivite) ou do suporte dos dentes, ou seja, ligamento periodontal, cemento e osso alveolar (periodontite), podendo induzir um certo grau de resistência à insulina. Ambas as doenças resultam da interação entre microorganismos periodontais patogénicos. A avaliação e influência do controlo da doença é expressa pelos valores médios de hemoglobina glicosada (Hba1c) na saúde oral nas crianças e adolescentes com DM1. Vários estudos demonstraram que o controlo glicémico teve uma influencia sobre a saúde oral de crianças e adolescentes com DM1. Assim uma avaliação oral, deve fazer parte de procedimentos de rotina no atendimento de crianças e adolescentes com DM1. O dentista deve ser parte da equipa multidisciplinar que auxilia os indivíduos com DM1. O tratamento precoce numa população infantil com DM1, pode diminuir a severidade da doença periodontal. O presente trabalho tem por objectivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a importância do estudo em crianças e adolescentes portadores de DM1 e doenças da cavidade oral, nomeadamente, a periodontite, e respetivas implicações.

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O microbioma oral humano é constituído por um vasto conjunto de microrganismos presentes na cavidade oral. Analisando a cavidade oral podemos verificar que nela existem mais de 700 espécies de bactérias responsáveis pelo domínio de parte do microbioma humano, tornando-a um importante local de estudo. É um dos habitats com maior diversidade no corpo humano onde esses microrganismos se apresentam de forma organizada e estruturada. Estes habitats estão intimamente relacionados com o desenvolvimento do sistema imunitário e com a proteção contra agentes patogénicos. O microbioma oral é único e específico em cada indivíduo, sofrendo variações em indivíduos diferentes. Na origem da diversidade do microbioma oral estão associados fatores como genética, dieta e localização geográfica, tendo também grande importância a localização anatómica e a idade do indivíduo. O Projeto Microbioma Humano surgiu com a finalidade de identificar diversos microrganismos presentes no ser humano, bem como compreender os principais fatores responsáveis pelas suas alterações. O estudo do microbioma oral tem sido possível graças a novas técnicas moleculares, que ajudaram a ultrapassar certas limitações de cultivo de determinas espécies bacterianas. O estudo do microbioma, das interações entre as comunidades microbianas e a sua relação com o hospedeiro são a chave para a prevenção de certas doenças orais infeciosas como a cárie dentária e a doença periodontal.