Caracterização dos grupos de pesquisa em inteligência organizacional competitiva

Os grupos de pesquisa são responsáveis pela investigação de temáticas relevantes no âmbito científico, pois conduzem o debate e acirram o saber-fazer, contribuindo, sobremaneira, para a construção de conhecimentos. O objetivo geral da pesquisa é caracterizar os grupos de pesquisa sobre inteligência organizacional quanto aos aspectos gerais, institucionais, recursos humanos e especialidades do conhecimento que o constituem. Metodologicamente, quanto à natureza é considerada como abordagem quantitativa e qualitativa, e como estudo do tipo documental desenvolvido no ambiente da web. Os documentos de formato eletrônico analisados correspondem aos cadastros dos grupos de pesquisa sobre inteligência organizacional e competitiva no campo da Ciência da Informação, escolhidos pelo critério de busca por descritores, caracterizando a amostra como intencional. Trata-se de um estudo de nível exploratório-descritivo. Como resultados, identificam na recuperação parametrizada 13 grupos, que trabalham com o tema em questão, na sua maioria se concentram na região Sudeste e demonstram a importância e o envolvimento de pessoas na busca por resultados que possibilitem inovações tecnológicas e informacionais. As linhas de pesquisas, embora se diferenciem, algumas apresentam termos estudados bastante semelhantes entre os grupos. Foram recuperadas 62 linhas desenvolvidas pelos grupos com temas semelhantes e percebe-se positivamente uma preocupação dos pesquisadores envolvidos em como potencializar e desenvolver um ambiente competitivo e identificar os recursos informacionais dentro de uma organização. Produzir artigos, participação em eventos, dissertações e teses, livros e outras produções fazem parte das expectativas dos grupos. Em relação à formação de competências, os grupos pretendem ministrar cursos, promover extensão integrada, desenvolver instrumentos de recuperação da informação, realizar estudos prospectivos nas organizações, fortalecer laboratórios, fortalecer a pesquisa, organizar eventos, desenvolver produtos e serviços e discutir a teoria e a prática de Inteligência Competitiva.

Mapeamento da literaturada sobre empreendedorismo: uma abordagem bibliométrica

A pesquisa sobre empreendedorismo tem crescido de forma exponencial nos últimos anos. Este artigo teve como principal objetivo quantificar esta produção acadêmica, identificando os principais veículos de produção científica, os autores e artigos mais citados, os países e instituições mais produtivos, verificando a estrutura de co-citação entre os artigos. Dados relativos às citações foram coletados no site Web of Science presente na base de dados científicos do Institute for Scientific Information [ISI] da Thompson Reuters, considerado como o indicador de impacto científico mais reconhecido no mundo. Os dados foram importados e analisadas em um estudo bibliométrico usando o software HistCite. No total, foram encontrados 19.564 registros. Os resultados indicaram que a produção acadêmica e citações sobre empreendedorismo cresceu consideravelmente nos últimos anos. Os dados indicam que os dez países com artigos mais citados têm 68.586 citações, ou 79,50% do total, mostrando uma grande concentração. Concentrações semelhantes foram encontradas em relação a universidades e os principais periódicos. Outros achados e suas implicações, além de sugestões para futuras pesquisas são apresentadas.

Notação de autor: sua história

Relata os resultados de pesquisa sobre notação de autor. Analisa o caminho percorrido pelos sistemas e tabelas construídas ao longo do tempo, identificando sua história, influências, questionamentos e consolidação. Consiste em pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, realizada por meio de estudo e análise da literatura. Da análise observou-se que diferentes critérios foram utilizados para a construção da notação de autor: uso da primeira letra do sobrenome do autor; uso de números consecutivos de entrada da obra do autor no acervo; uso do ano de publicação combinado com letras do alfabeto que representam períodos de tempo. Foram identificadas as influências que Cutter recebeu das ideias de Schwartz - quanto à tradução do nome do autor em algarismos - e de Edmands - quanto ao uso da primeira letra do sobrenome do autor em maiúscula e ao acréscimo de um número que representa o autor. Diversos sistemas e tabelas identificados não resistiram ao teste do tempo e deixaram de ser utilizados, exceto a tabela de Cutter que é aplicada nas maiores bibliotecas do mundo e nas bibliotecas brasileiras.