2 resultados para urban form

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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O objetivo deste artigo, situado no campo da comunicação em saúde, é analisar os sentidos atribuídos discursivamente à febre amarela silvestre durante a cobertura jornalística da epizootia da doença, ocorrida no Brasil no verão 2007-2008. Utilizando o referencial teórico das práticas discursivas e da produção de sentidos no cotidiano e as hipóteses de agendamento (agenda-setting) e enquadramento (framing) da notícia, foram analisadas todas as matérias sobre febre amarela veiculadas pelo jornal Folha de S. Paulo, no período de 21 de dezembro de 2007 a 29 de fevereiro de 2008, e todos os documentos oficiais sobre a epizootia emitidos pela autoridade brasileira de saúde pública entre 3 de janeiro e 28 de fevereiro de 2008. Os achados indicam que as estratégias discursivas da cobertura jornalística relativizaram o discurso da autoridade de saúde pública; priorizaram a divulgação do número de casos; enfatizaram a vacinação como o limite entre a vida e a morte, omitindo riscos do uso indiscriminado do imunobiológico; e propagaram a iminência de uma epidemia de febre amarela de grandes proporções. Essas estratégias deram novos sentidos à doença, deslocando o evento de sua forma silvestre, espacialmente restrita e de gravidade limitada, para a urbana, de caráter epidêmico e potencialmente mais grave. Secundariamente, o estudo permitiu identificar os impactos desse discurso midiático sobre o sistema nacional de imunização e os riscos a que a população foi exposta em função dos sentidos produzidos: em 2008, foram registrados 8 casos de reação grave à vacina, dos quais 6 foram a óbito.

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A large historiographic tradition has studied the Brazilian state, yet we know relatively little about its internal dynamics and particularities. The role of informal, personal, and unintentional ties has remained underexplored in most policy network studies, mainly because of the pluralist origin of that tradition. It is possible to use network analysis to expand this knowledge by developing mesolevel analysis of those processes. This article proposes an analytical framework for studying networks inside policy communities. This framework considers the stable and resilient patterns that characterize state institutions, especially in contexts of low institutionalization, particularly those found in Latin America and Brazil. The article builds on research on urban policies in Brazil to suggest that networks made of institutional and personal ties structure state organizations internally and insert them,into broader political scenarios. These networks, which I call state fabric, frame politics, influence public policies, and introduce more stability and predictability than the majority of the literature usually considers. They also form a specific power resource-positional power, associated with the positions that political actors occupy-that influences politics inside and around the state.