3 resultados para morfologia de frutos e sementes
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
A figueira (Ficus carica L.), pertencente à família das Moráceas, constitui-se numa das mais importantes frutíferas cultivadas, elevando o Brasil à condição de décimo maior produtor e exportador de figos do mundo. Porém, a ficicultura apresenta alguns problemas fitossanitários, além de, no Brasil, estar toda implantada com uma única cultivar, a Roxo de Valinhos, que produz frutos sem sementes, inviabilizando o melhoramento convencional. Nesse sentido, o melhoramento genético, com o uso de mutagênicos, passa a ser uma linha de pesquisa altamente importante, podendo contribuir enormemente para o desenvolvimento da cultura. Diante disto, o objetivo do presente trabalho foi selecionar mutantes em plantas de figueira formadas por estacas irradiadas com raios gama, a fim de aumentar sua variabilidade genética com relação ao desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. Utilizaram-se plantas formadas por estacas originadas de gemas da cultivar Roxo de Valinhos irradiadas com raios gama, no irradiador tipo Gamma a 0,10 m do ápice, na dose de Gy com taxa de dose de 238 Gy/h. O experimento constou de 450 tratamentos, sendo cada planta formada considerada um tratamento, numerando-as sequencialmente de 1 a 450 e cultivadas em espaçamento de 2,5 x 1,5 m.. As avaliações foram realizadas a partir das características tanto das folhas quanto dos frutos, bem como da incidência das principais pragas e doenças da cultura nestas plantas. Da análise dos dados, conclui-se que há variabilidade genética entre os tratamentos e que algumas plantas são prováveis mutantes, mostrando-se assim com potencial para posteriores estudos, devendo ser testadas em plantios comerciais.
Resumo:
O crescente interesse pelo uso de combustíveis renováveis nos últimos anos fez com que culturas oleaginosas, como a mamona, se tornassem importante objeto de estudo. No entanto, para a instalação de campos desta cultura, é imprescindível o uso de sementes de alta qualidade. O objetivo da pesquisa contida neste trabalho foi verificar a eficiência do teste de raios X na avaliação da qualidade de sementes de mamona após a colheita e armazenamento. Três lotes de sementes da cv. 'IAC-2028' (provenientes, respectivamente, dos racemos primário, secundário e terciário) e dois lotes da cv. 'Guarani' (lotes comerciais com sementes de todos os racemos misturados) foram avaliados de acordo com a morfologia interna pelo teste de raios X, na intensidade de 20 kV por 60 segundos de exposição. Posteriormente, as sementes radiografadas foram submetidas ao teste de germinação de modo a relacionar a morfologia interna das sementes com as respectivas plântulas normais, anormais ou sementes mortas. Após seis meses de armazenamento acondicionadas em sacos de papel Kraft, em condições não controladas de temperatura e umidade relativa do ar, amostras dessas sementes foram novamente avaliadas pelo teste de raios X. O teste de raios X é eficiente para avaliar a morfologia interna das sementes e seus reflexos no potencial fisiológico.
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi estudar o comportamento fisiológico de sementes de ipê-roxo (Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo) durante o amazenamento. Frutos colhidos manualmente de 15 plantas-matrizes foram colocados em ambiente sombreado para secagem complementar e posterior extração manual das sementes; primeiro, determinou-se o grau de umidade inicial das sementes (15,6%) e, em seguida, as sementes remanescentes foram submetidas a secagem para obtenção dos demais graus de umidade desejados (11,5, 8,0 e 4,3%). As amostras correspondentes aos diferentes graus de umidade foram armazenadas em câmaras, na temperaturas de 10, 20 e -196 °C. No início e após 120, 240 e 360 dias de armazenamento, as sementes foram submetidas a diversas avaliações fisiológicas. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial, com 4 tratamentos (grau de umidade) no início do armazenamento e 12 tratamentos (4 grau de umidade x 3 condições térmicas), em cada época de avaliação, durante o armazenamento. A comparação das médias foi realizada pelo Teste de Tukey a 5%. A conservação das sementes de ipê-roxo com teores de água de 15,6, 11,5, 8,1 e 4,3% é favorecida no armazenamento a 10 e -196 °C.