2 resultados para mesofauna
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
We examined the effects of soil mesofauna and the litter decomposition environment (above and belowground) on leaf decomposition rates in three forest types in southeastern Brazil. To estimate decomposition experimentally, we used litterbags with a standard substrate in a full-factorial experimental design. We used model selection to compare three decomposition models and also to infer the importance of forest type, decomposition environment, mesofauna, and their interactions on the decomposition process. Rather than the frequently used simple and double-exponential models, the best model to describe our dataset was the exponential deceleration model, which assumed a single organic compartment with an exponential decrease of the decomposition rate. Decomposition was higher in the wet than in the seasonal forest, and the differences between forest types were stronger aboveground. Regarding litter decomposition environment, decomposition was predominantly higher below than aboveground, but the magnitude of this effect was higher in the seasonal than in wet forests. Mesofauna exclusion treatments had slower decomposition, except aboveground into the Semi-deciduous Forest, where the mesofauna presence did not affect decomposition. Furthermore, the effect of mesofauna was stronger in the wet forests and belowground. Overall, our results suggest that, in a regional scale, both decomposers activity and the positive effect of soil mesofauna in decomposition are constrained by abiotic factors, such as moisture conditions.
Resumo:
Os solos de restinga são pouco estudados e conhecidos no Brasil. Neste trabalho, a micromorfologia de horizontes espódicos foi investigada em quatro locais do litoral do Estado de São Paulo (Bertioga, Ilha de Cananeia, Ilha do Cardoso e Ilha Comprida). A técnica possibilitou caracterizar as diferentes formas da matéria orgânica, e, juntamente com a descrição morfológica de oito perfis de solos representativos das restingas do Estado de São Paulo, objetivou-se discutir os mecanismos envolvidos na gênese dos horizontes espódicos desses ambientes. Entre os resultados alcançados, destaca-se: a presença de revestimentos orgânicos monomórficos na superfície dos constituintes grossos da maioria dos horizontes analisados, bem como o preenchimento quase completo da porosidade entre grãos de alguns horizontes cimentados e brandos, são evidências de que a clássica teoria da mobilização, transporte e precipitação de complexos organometálicos é válida para os solos estudados. No entanto, matéria orgânica polimórfica e, ou, resíduos vegetais em diferentes estádios de decomposição foram as principais pedofeições observadas em horizontes espódicos mal drenados e sotopostos a horizontes hísticos. Nesses, a decomposição pela mesofauna e microbiológica das raízes in situ é um importante mecanismo de acumulação de matéria orgânica em profundidade e formação dos horizontes espódicos. A atuação das raízes na formação desses horizontes, no entanto, vai além da sua decomposição: a fábrica e as feições da matéria orgânica de um horizonte cimentado, incluindo remanescentes radiculares, indicaram que as raízes podem atuar na imobilização da matéria orgânica por meio de seu mecanismo de absorção seletiva. Nesse processo, a solução do solo rica em carbono orgânico dissolvido é absorvida seletivamente pelas raízes, segregando parte do carbono complexado em sua superfície e no entorno destas, absorvendo água e nutrientes. A atuação continuada desse processo leva à precipitação da matéria orgânica iluviada e segregada por meio de sua desidratação, que é condicionada pela própria absorção radicular.