2 resultados para mídia de massa
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
CONTEXTO: O estigma que pesa sobre as doenças psiquiátricas é o mais forte impedimento para que o paciente busque tratamento, mais até que a dificuldade de acesso aos serviços de saúde. A esquizofrenia também é a doença mais usada hoje como metáfora na mídia, aparecendo rotineiramente associada a crimes e violência. OBJETIVOS: Avaliação da presença do estigma estrutural na mídia brasileira por meio do levantamento de notícias em imprensa e internet que utilizam o termo "esquizofrenia" e correlatos ("esquizofrênico/a") sob três aspectos: (a) uso médico e científico; (b) atribuição do diagnóstico de esquizofrenia a suspeitos de crimes com pouco ou nenhum rigor médico ou científico; (c) uso metafórico. MÉTODOS: O estudo foi realizado em três etapas: levantamento de notícias, classificação dos itens encontrados e análise do contexto em que foram publicados. O levantamento foi realizado em dois períodos - 2008 e 2011 -, sendo o primeiro restrito ao jornal Folha de S. Paulo e o segundo ampliado para os portais dos principais veículos impressos brasileiros. RESULTADOS: Foram encontrados 229 textos, distribuídos da seguinte forma: 89 (39%) registros em ciência e saúde, com tendência à impessoalidade; 62 (27%) registros em crime e violência, em que o "diagnóstico" de esquizofrenia é feito por leigos e "corroborado" por uma arqueologia da vida do suspeito que arrola toda sorte de comportamentos fora de padrão; 78 (34%) de uso metafórico, sempre de caráter depreciativo. CONCLUSÕES: A maioria dos textos encontrados (a) não dá voz ao portador de esquizofrenia e a seu sofrimento, (b) banaliza a doença psiquiátrica ao empregá-la fora de contexto para caracterizar decisões políticas e econômicas contraditórias ou de caráter duvidoso e (c) reforça o estigma que pesa sobre o portador de esquizofrenia ao personalizá-lo apenas nos raros casos de violência em que se supõe seu diagnóstico.
Resumo:
INTRODUÇÃO: A frequência de ressonância é a frequência de sonda na qual a susceptância é zero devido à neutralização das forças dos componentes massa e rigidez, que controlam a orelha média. Esta frequência pode ser investigada pela timpanometria de multifrequência, sendo que o valor de normalidade para população adulta varia entre 800 e 1200 Hz. Em crianças, estudos sobre esta investigação são escassos. OBJETIVO: Verificar a variação da frequência de ressonância em lactentes entre os primeiros dias de nascimento e o terceiro mês de vida. MÉTODO: Estudo prospectivo. Trinta neonatos foram avaliados em dois momentos diferentes, o primeiro na fase neonatal até 12 dias de vida e o segundo entre 72 e 84 dias de vida. Na 1ª avaliação foi realizado o exame de Emissões Otoacústicas e a verificação da frequência de ressonância e na 2ª novamente a verificação desta frequência. RESULTADOS: Na 1ª avaliação foi encontrado um valor de ressonância média bilateral de 250 Hz e na segunda avaliação de 385 Hz. Em ambas as avaliações não foram verificadas diferenças estatisticamente significantes entre as orelhas. Houve diferença significante na comparação entre a primeira e a segunda avaliação. CONCLUSÃO: A frequência de ressonância da orelha média é mais baixa em lactentes nos primeiros dias de vida devido à maior influência do componente massa. Neste estudo foi observado um aumento da frequência de ressonância, já nos primeiros meses de vida.