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em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
Na sociedade contemporânea o ser humano se vê inserido – ou invadido – em ambientes cada vez mais configurados por complexos recursos tecnológicos. É o ciberespaço, onde as imagens inundam o cotidiano e se traduzem em valor, o corpo adquire novo status imaterial e as noções de lugar e tempo se transformam e quase se anulam. O cinema pensa e produz também uma desterritorialização da imagem em movimento desde os seus primeiros tempos de imagem-máquina. Este trabalho reflete sobre as transformações da ordem social que implicam a emergência de uma “iconomia” a partir dos espaços simbólicos, tomando três momentos críticos na história do cinema como índices de uma convergência entre material e imaterial que se consolida a partir da emergência do ciberespaço. O quase-método metapórico é mobilizado como ferramenta de reconstrução metodológica desses ícones da história do cinema relacionados à desconstrução do Homo faber. O “outro lado” do ciberespaço, abrindo continuamente novos espaços-tempos de criação de valor, identifica-se a uma iconomia em que as projeções narrativas tornam-se fontes paradigmáticas de valor e de “mais gozar”.