4 resultados para gender violence crime

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


Relevância:

80.00% 80.00%

Publicador:

Resumo:

Há poucos estudos sobre homens abordando violência como evento não fatal. Contribuindo nessa direção, descrevem-se as prevalências da violência psicológica, física e/ou sexual sofridas por homens, detalhando-se nestes tipos a perpetrada contra parceiras. Trata-se de estudo transversal realizado com 789 homens de 18 a 60 anos, dos quais 775 com alguma parceria íntima na vida, selecionados por ordem de chegada em dois serviços de atenção primária na cidade de São Paulo. Foram investigadas as características sociodemográficas e as violências mencionadas, examinadas ainda quanto a sobreposições e à percepção de havê-las sofrido ou perpetrado. As prevalências de violências sofridas na vida foram de 79% para qualquer tipo e por qualquer agressor; 63,9%, 52,8% e 6,1% respectivamente para psicológica, física e sexual. Para violências perpetradas contra a parceira na vida, temos 52,1% qualquer tipo e 40%, 31,9% e 3,9%, respectivamente, para violência psicológica, física e sexual. Nas sofridas e nas perpetradas, a psicológica é a de maior taxa exclusiva, seguida da física. Quanto aos agressores, conhecidos é o principal agressor, seguido de familiar, estranhos e parceira íntima. Na relação entre sofrer por suas parceiras e perpetrar, 14,2% dos casos são sobrepostos e 81,2% somente perpetraram. Conclui-se que, embora nas violências relativas às parceiras íntimas os homens sofram muito menos do que perpetrem, os dados mostram que eles se envolvem em muitas situações de violência, de grandes magnitudes e sobreposições, quer como vitimas ou agressores, reiterando estudos sobre masculinidade. Este conjunto complexo de situações também deve ser considerado nos serviços básicos de saúde.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

This study investigates the influence of neighbourhood socioeconomic conditions on women's likelihood of experiencing intimate partner violence (IPV) in Sao Paulo, Brazil. Data from 940 women who were interviewed as part of the WHO multi-country study on women's health and domestic violence against women, and census data for Sao Paulo City, were analyzed using multilevel regression techniques. A neighbourhood socioeconomic-level scale was created, and proxies for the socioeconomic positions of the couple were included. Other individual level variables included factors related to partner's behaviour and women's experiences and attitudes. Women's risk of IPV did not vary across neighbourhoods in Sao Paulo nor was it influenced by her individual socioeconomic characteristics. However, women in the middle range of the socioeconomic scale were significantly more likely to report having experienced violence by a partner. Partner behaviours such as excessive alcohol use, controlling behaviour and multiple sexual partnerships were important predictors of IPV. A women's likelihood of IPV also increased if either her mother had experienced IPV or if she used alcohol excessively. These findings suggest that although the characteristics of people living in deprived neighbourhoods may influence the probability that a woman will experience IPV, higher-order contextual dynamics do not seem to affect this risk. While poverty reduction will improve the lives of individuals in many ways, strategies to reduce IPV should prioritize shifting norms that reinforce certain negative male behaviours. (C) 2012 Elsevier Ltd. All rights reserved.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

The purpose of this exploratory, descriptive and retrospective study with a quantitative approach was to characterize violence against children in Curitiba. Reports of 2004 through 2008 about compulsory denouncements of violence cases were analyzed. The results showed an increase in violence, with home violence as the most frequent type and five to nine-year-olds as the most affected group, and negligence and physical violence as the most denounced forms of violence. Almost 81% of the sexual violence is performed against girls and the father is the main aggressor, showing inequality in gender relations and between generations. The importance of notification as a visibility instrument is highlighted. Other confrontation measures are necessary though, such as the promotion of equitable relationships of gender and generation, and cross-sectional policies that involve the social segments in a praxis that transforms reality.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVOS: compreender as representações sociais de membros do Poder Judiciário acerca da prevenção da violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes. MÉTODOS: pesquisa de abordagem qualitativa que teve como campo de estudo as 1ª e 2ª Varas dos Crimes contra a Criança e o Adolescente, no Tribunal de Justiça de Pernambuco, com participação de 17 sujeitos (juiz, assessor, técnicos e analistas judiciários). Observação participante, entrevistas semiestruturadas e grupo focal compreenderam as técnicas para coleta de dados, que foram analisados por meio da interpretação dos sentidos. RESULTADOS: a categoria "cultura penal" emergiu dos discursos, bem como suas subcategorias: "prevenção do crime" e "prevenção do dano". CONCLUSÕES: as representações dos sujeitos revelam uma dicotomia, caracterizando o conflito entre a tradição do Poder Judiciário e o direito novo, que abrange os princípios da proteção integral e da prioridade absoluta às crianças e dos adolescentes. O conceito de prevenção da violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes deve ser ampliado para além da mera prevenção do crime. A abordagem do problema por meio da prevenção requer que se incorpore ao Poder Judiciário uma cultura penal que abarque os princípios da proteção integral e da prioridade absoluta.