17 resultados para florística do cerrado
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
Alguns fatores podem influenciar a distribuição dos recursos florais e sistemas de polinização bióticos nos ecossistemas, como por exemplo, o clima, a altitude, a região geográfica, fragmentação de áreas naturais e as diferenças na composição florística na estratificação vertical. Este estudo teve por objetivo avaliar a distribuição dos sistemas de polinização bióticos na estratificação vertical em fragmentos de cerrado sentido restrito no Triângulo Mineiro. Não houve diferença significativa (χ²0,05,9 =14,17; p = 0,12) na riqueza florística geral entre os fragmentos, nem quando comparada em separado para cada estrato (arbóreo, arbustivo, herbáceo e liana), estando o estrato arbustivo mais bem representado. Da mesma forma, não houve diferenças significativas entre fragmentos quanto aos sistemas de polinização (χ²0,05,21 =13,80; p = 0,8778), sendo a polinização por abelhas mais comum, correspondendo ao menos 85% das espécies de plantas em cada fragmento. Em termos relativos, as plantas polinizadas por abelhas foram dominantes em todos os estratos, chegando a 100% das lianas e herbáceas em alguns fragmentos. Neste estudo, com base na composição florística e distribuição dos sistemas de polinização na estratificação vertical, podemos caracterizar um mosaico vertical no cerrado sentido restrito, que tem implicações na sustentabilidade das comunidades no cerrado, assim como os mosaicos horizontais de fitofisionomias.
Resumo:
Este trabalho resume os dados de florística e fitossociologia de 11, das 14 parcelas de 1 ha, alocadas ao longo do gradiente altitudinal da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. As parcelas começam na cota 10 m (Floresta de Restinga da Praia da Fazenda, município de Ubatuba) e estão distribuídas até a cota 1100 m (Floresta Ombrófila Densa Montana da Trilha do rio Itamambuca, município de São Luis do Paraitinga) abrangendo os Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Na Restinga o solo é Neossolo Quartzarênico francamente arenoso, enquanto que na encosta o solo é um Cambisolo Háplico Distrófico argilo-arenoso, sendo que todas as parcelas apresentaram solo ácido (pH 3 – 4) com alta diluição de nutrientes e alta saturação de alumínio. Na Restinga e no sopé da encosta o clima é Tropical/Subtropical Úmido (Af/Cfa), sem estação seca, com precipitação média anual superior a 2.200 mm e temperatura média anual de 22 °C. Subindo a encosta mantêm-se a média de precipitação, mas há um gradativo resfriamento, de forma que a 1.100 m o clima é Subtropical Úmido (Cfa/Cfb), sem estação seca, com temperatura média anual de 17 °C. Destaca-se ainda que, quase diariamente, a parte superior da encosta, geralmente acima de 400 m, é coberta por uma densa neblina. Nas 14 parcelas foram marcados, medidos e amostrados 21.733 indivíduos com DAP ≥ 4,8 cm, incluindo árvores, palmeiras e fetos arborescentes. O número médio de indivíduos amostrados nas 14 parcelas foi de 1.264 ind.ha–1 (± 218 EP de 95%). Dentro dos parâmetros considerados predominaram as árvores (71% FOD Montana a 90% na Restinga), seguidas de palmeiras (10% na Restinga a 25% na FOD Montana) e fetos arborescentes (0% na Restinga a 4% na FOD Montana). Neste aspecto destaca-se a FOD Terras Baixas Exploradas com apenas 1,8% de palmeiras e surpreendentes 10% de fetos arborescentes. O dossel é irregular, com altura variando de 7 a 9 m, raramente as árvores emergentes chegam a 18 m, e a irregularidade do dossel permite a entrada de luz suficiente para o desenvolvimento de centenas de espécies epífitas. Com exceção da FOD Montana, onde o número de mortos foi superior a 5% dos indivíduos amostrados, nas demais fitofisionomias este valor ficou abaixo de 2,5%. Nas 11 parcelas onde foi realizado o estudo florístico foram encontradas 562 espécies distribuídas em 195 gêneros e 68 famílias. Apenas sete espécies – Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), Calyptranthes lucida Mart. ex DC. e Marlierea tomentosa Cambess (ambas Myrtaceae), Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), Cupania oblongifolia Mart. (Sapindaceae) e as Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. e Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini – ocorreram da Floresta de Restinga à FOD Montana, enquanto outras 12 espécies só não ocorreram na Floresta de Restinga. As famílias com o maior número de espécies são Myrtaceae (133 spp), Fabaceae (47 spp), 125 Fitossociologia em parcelas permanentes de Mata Atlântica http://www.biotaneotropica.org.br/v12n1/pt/abstract?article+bn01812012012 http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 12, no. 1 Introdução A Mata Atlântica sensu lato (Joly et al. 1999) é a segunda maior floresta tropical do continente americano (Tabarelli et al. 2005). A maior parte dos Sistemas de Classificação da vegetação brasileira reconhece que no Domínio Atlântico (sensu Ab’Saber 1977) esse bioma pode ser dividido em dois grandes grupos: a Floresta Ombrófila Densa, típica da região costeira e das escarpas serranas com alta pluviosidade (Mata Atlântica – MA – sensu stricto), e a Floresta Estacional Semidecidual, que ocorre no interior, onde a pluviosidade, além de menor, é sazonal. Na região costeira podem ocorrer também Manguezais (Schaeffer-Novelli 2000), ao longo da foz de rios de médio e grande porte, e as Restingas (Scarano 2009), crescendo sobre a planície costeira do quaternário. No topo das montanhas, geralmente acima de 1500 m, estão os Campos de Altitude (Ribeiro & Freitas 2010). Em 2002, a Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o INPE (Instituto..., 2002) realizaram um levantamento que indica que há apenas 7,6% da cobertura original da Mata Atlântica (s.l.). Mais recentemente Ribeiro et al. (2009) refinaram a estimativa incluindo fragmentos menores, que não haviam sido contabilizados, e concluíram que resta algo entre 11,4 e 16% da área original. Mesmo com esta fragmentação, o mosaico da Floresta Atlântica brasileira possui um dos maiores níveis de endemismos do mundo (Myers et al. 2000) e cerca da metade desses remanescentes de grande extensão estão protegidos na forma de Unidades de Conservação (Galindo & Câmara 2005). Entre os dois centros de endemismo reconhecidos para a MA (Fiaschi & Pirani 2009), o bloco das regiões sudeste/sul é o que conserva elementos da porção sul de Gondwana (Sanmartin & Ronquist 2004), tido como a formação florestal mais antiga do Brasil (Colombo & Joly 2010). Segundo Hirota (2003), parte dos remanescentes de MA está no estado de São Paulo, onde cerca de 80% de sua área era coberta por florestas (Victor 1977) genericamente enquadradas como Mata Atlântica “sensu lato” (Joly et al. 1999). Dados de Kronka et al. (2005) mostram que no estado restam apenas 12% de área de mata e menos do que 5% são efetivamente florestas nativas pouco antropizadas. Nos 500 anos de fragmentação e degradação das formações naturais, foram poupadas apenas as regiões serranas, principalmente a fachada da Serra do Mar, por serem impróprias para práticas agrícolas. Usando o sistema fisionômico-ecológico de classificação da vegetação brasileira adotado pelo IBGE (Veloso et al. 1991), a Floresta Ombrófila Densa, na área de domínio da Mata Atlântica, foi subdividida em quatro faciações ordenadas segundo a hierarquia topográfica, que refletem fisionomias de acordo com as variações das faixas altimétricas e latitudinais. No estado de São Paulo, na latitude entre 16 e 24 °S temos: 1) Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas - 5 a 50 m de altitude; 2) Floresta Ombrófila Densa Submontana – no sopé da Serra do Mar, com cotas de altitude variando entre 50 e 500 m; 3) Floresta Ombrófila Densa Montana – recobrindo a encosta da Serra do Mar propriamente dita, em altitudes que variam de 500 a 1.200 m; 4) Floresta Ombrófila Densa Altimontana – ocorrendo no topo da Serra do Mar, acima dos limites estabelecidos para a formação montana, onde a vegetação praticamente deixa de ser arbórea, pois predominam os campos de altitude. Nas últimas três décadas muita informação vem sendo acumulada sobre a composição florística e a estrutura do estrato arbóreo dos remanescentes florestais do estado, conforme mostram as revisões de Oliveira-Filho & Fontes (2000) e Scudeller et al. (2001). Em florestas tropicais este tipo de informação, assim como dados sobre a riqueza de espécies, reflete não só fatores evolutivos e biogeográficos, como também o histórico de perturbação, natural ou antrópica, das respectivas áreas (Gentry 1992, Hubbell & Foster 1986). A síntese dessas informações tem permitido a definição de unidades fitogeográficas com diferentes padrões de riqueza de espécies e apontam para uma diferenciação, entre as florestas paulistas, no sentido leste/oeste (Salis et al. 1995, Torres et al. 1997, Santos et al. 1998). Segundo Bakker et al. (1996) um método adequado para acompanhar e avaliar as mudanças na composição das espécies e dinâmica da floresta ao longo do tempo é por meio de parcelas permanentes (em inglês Permanent Sample Plots –PSPs). Essa metodologia tem sido amplamente utilizada em estudos de longa duração em florestas tropicais, pois permite avaliar a composição e a estrutura florestal e monitorar sua mudança no tempo (Dallmeier 1992, Condit 1995, Sheil 1995, Malhi et al. 2002, Lewis et al. 2004). Permite avaliar também as consequências para a floresta de problemas como o aquecimento global e a poluição atmosférica (Bakker et al. 1996). No Brasil os projetos/programas que utilizam a metodologia de Parcelas Permanentes tiveram origem, praticamente, com o Projeto Rubiaceae (49) e Lauraceae (49) ao longo de todo gradiente da FOD e Monimiaceae (21) especificamente nas parcelas da FOD Montana. Em termos de número de indivíduos as famílias mais importantes foram Arecaceae, Rubiaceae, Myrtaceae, Sapotaceae, Lauraceae e na FOD Montana, Monimiaceae. Somente na parcela F, onde ocorreu exploração de madeira entre 1960 e 1985, a abundância de palmeiras foi substituída pelas Cyatheaceae. O gradiente estudado apresenta um pico da diversidade e riqueza nas altitudes intermediárias (300 a 400 m) ao longo da encosta (índice de Shannon-Weiner - H’ - variando de 3,96 a 4,48 nats.indivíduo–1). Diversas explicações para este resultado são apresentadas neste trabalho, incluindo o fato dessas altitudes estarem nos limites das expansões e retrações das diferentes fitofisionomias da FOD Atlântica durante as flutuações climáticas do Pleistoceno. Os dados aqui apresentados demonstram a extraordinária riqueza de espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, reforçando a importância de sua conservação ao longo de todo o gradiente altitudinal. A diversidade desta floresta justifica também o investimento de longo prazo, através de parcelas permanentes, para compreender sua dinâmica e funcionamento, bem como monitorar o impacto das mudanças climáticas nessa vegetação.
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Miconia langsdorffii Cogn. (Melastomataceae), Roupala montana Aubl. (Proteaceae), Struthanthus syringifolius (Mart.) (Loranthaceae), and Schefflera vinosa (Cham. & Schltdl.) Frodin (Araliaceae) are plant species from the Brazilian Cerrado whose schistosomicidal potential has not yet been described. The crude extracts, fractions, the triterpenes betulin, oleanolic acid, ursolic acid and the flavonoids quercetin 3-O-beta-D-rhamnoside, quercetin 3-O-beta-D-glucoside, quercetin 3-O-beta-D-glucopyranosyl-(1-2)-alpha-L-rhamnopyranoside and isorhamnetin 3-O-beta-D-glucopyranosyl-(1-2)-alpha-L-rhamnopyranoside were evaluated in vitro against Schistosoma mansoni adult worms and the bioactive n-hexane fractions of the mentioned species were also analyzed by GC-MS. Betulin was able to cause worm death percentage values of 25% after 120 h (at 100 mu M), and 25% and 50% after 24 and 120 h (at 200 mu M), respectively; besides the flavonoid quercetin 3-O-beta-D-rhamnoside promoted 25% of death of the parasites at 100 mu M. Farther the flavonoids quercetin 3-O-beta-D-glucoside and quercetin 3-O-beta-D-rhamnoside at 100 mu M exhibited significantly reduction in motor activity, 75% and 87.5%, respectively. Biological results indicated that crude extracts of R. montana, S. vinosa, and M. langsdorffii and some n-hexane and EtOAc fractions of this species were able to induce worm death to some extent. The results suggest that lupane-type triterpenes and flavonoid monoglycosides should be considered for further antiparasites studies.
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A new species of Pseudopaludicola is described from the Cerrado of southeastern Brazil. The new taxon is diagnosed from the P. pusilla species group by the absence of either T-shaped terminal phalanges or toe tips expanded, and promptly distinguished from all (13) recognized taxa currently assigned to Pseudopaludicola by possessing isolated (instead of regular call series), long (117-187 ms) and non-pulsed advertisement calls.
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Habitat use by Sharp-tailed Tyrant (Culicivora caudacuta), and Cock-tailed Tyrant (Alectrurus tricolor) in the Cerrado of Southeastern Brazil. Obligatory grassland birds are dependent on a limited set of native habitats that are disappearing almost everywhere. We examined the use of macrohabitat and microhabitat by two threatened species of flycatchers, the Sharp-tailed Tyrant, Culicivora caudacuta and the Cock-tailed Tyrant, Alectrurus tricolor in a preserved area of cerrado. We generated logistic regression models to explain the presence of these species through variables of microhabitat. Both flycatchers occurred mainly in grassland areas and favored areas with a low density of palms (Attalea geraensis) and trees. The Sharp-tailed Tyrant also favored areas with a high density of low shrubs (< 1 m) and less exposed soil. The positive relationship found between the presence of Sharp-tailed Tyrant and soil cover may indicate the importance of litter and understory vegetation for shelter and food. The conservation of both flycatcher species in the study area should benefit from controlling palm density and the maintenance of grasslands with low shrubs.
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Background: Sugarcane cultivation plays an important role in Brazilian economy, and it is expanding fast, mainly due to the increasing demand for ethanol production. In order to understand the impact of sugarcane cultivation and management, we studied sugarcane under different management regimes (pre-harvest burn and mechanical, unburnt harvest, or green cane), next to a control treatment with native vegetation. The soil bacterial community structure (including an evaluation of the diversity of the ammonia oxidizing (amoA) and denitrifying (nirK) genes), greenhouse gas flow and several soil physicochemical properties were evaluated. Results: Our results indicate that sugarcane cultivation in this region resulted in changes in several soil properties. Moreover, such changes are reflected in the soil microbiota. No significant influence of soil management on greenhouse gas fluxes was found. However, we did find a relationship between the biological changes and the dynamics of soil nutrients. In particular, the burnt cane and green cane treatments had distinct modifications. There were significant differences in the structure of the total bacterial, the ammonia oxidizing and the denitrifying bacterial communities, being that these groups responded differently to the changes in the soil. A combination of physical and chemical factors was correlated to the changes in the structures of the total bacterial communities of the soil. The changes in the structures of the functional groups follow a different pattern than the physicochemical variables. The latter might indicate a strong influence of interactions among different bacterial groups in the N cycle, emphasizing the importance of biological factors in the structuring of these communities. Conclusion: Sugarcane land use significantly impacted the structure of total selected soil bacterial communities and ammonia oxidizing and denitrifier gene diversities in a Cerrado field site in Central Brazil. A high impact of land use was observed in soil under the common burnt cane management. The green cane soil also presented different profiles compared to the control soil, but to at a lesser degree.
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(Vertical distribution of biotic pollination systems in cerrado sensu stricto in the Triangulo Mineiro, MG, Brazil). Several factors can influence the distribution of floral resources and pollination systems in ecosystems, such as climate, altitude, geographic region, fragmentation of natural areas and differences in floristic composition along the vertical stratification. This study aimed to evaluate the distribution of the vertical stratification of biotic pollination systems in cerrado (sensu stricto) fragments in the Triangulo Mineiro. There was no significant difference (chi(2)(0.05,9)=14.17; P = 0.12) in total plant species richness among fragments, nor in the species richness of each layer (trees, shrubs, herbs and lianas) and the shrub layer was the best represented. Likewise, there was no significant difference between fragments for the systems of pollination (chi(2)(0 05,21) =13.80; P = 0.8778). Pollination by bees was the most common, corresponding to 85% of species in each fragment. In relative terms, plants pollinated by bees were dominant in all strata, reaching 100% for the lianas in fragments 1, 3 and 4 and for the herbs in fragments 1 and 4. In this study, based on floristic composition and distribution of biotic pollination systems in the vertical stratification, we could define a vertical mosaic in the cerrado studied, which has implications for the sustainability of communities in the cerrado, as well as the horizontal mosaic of vegetation types.
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The pressures for land use change have led to an increasing isolation of habitat remnants throughout the world. The goal of this study was to estimate the population size and density of some endemic and threatened species in a nature reserve in the Cerrado biome. One hundred and thirty four point transects were undertaken at the Estacao Ecologica de Itirapina (EEI), one of the last natural grassland savannah remnants in Sao Paulo state, in the south-east of Brazil between September and December 2006 and densities estimated for seven species (four endemic to the Cerrado, one near-endemic and two grassland specialists). Neither species reached the minimum viable population size of 500-5000 individuals. Four species, White-banded Tanager, White-rumped Tanager, Black-throated Saltator and Sharp-tailed Tyrant have populations ranging from 112 to 248 individuals, while the other species have a low population (< 60 individuals). The mean densities of Sharp-tailed Tyrant and Cock-tailed Tyrant in the EEI grassland showed similar values to those observed in larger areas of the Cerrado, which may indicate that the EEL grassland area is well conserved. In spite of the restricted size of the EEI, small areas can maintain some endemic and threatened bird populations, thus contributing to local biodiversity and the ecological processes in the region. The capacity of fragments of Cerrado (similar to 2,000 ha) to maintain populations of endemic and threatened bird species is unlikely to be effective in the long term.
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Premise of the study: Microsatellite primers were developed to investigate genetic diversity and population structure of Qualea grandiflora, a typical species of the Brazilian cerrado. Methods and Results: Eight microsatellite loci were isolated using an enrichment cloning protocol. These loci were tested on a population of 110 individuals of Q. grandiflora collected from a cerrado fragment in Sao Paulo State, Brazil. The loci polymorphism ranges from seven to 19 alleles and the average heterozygosity value is 0.568, while the average polymorphic information content is 0.799. Conclusions: The developed markers were found to be highly polymorphic, indicating their applicability to studies of population genetic diversity in Q. grandiflora
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A presença cada vez mais disseminada de organismos exóticos (muitos dos quais se tornam invasores) nas diferentes regiões do planeta levou ao surgimento de uma linha de pesquisa na ecologia voltada às invasões biológicas. E para permitir a comunicação entre autores também foi desenvolvido um arcabouço terminológico. Mas, apesar disso, a terminologia relativa às bioinvasões tem sido ignorada por boa parte dos botânicos no Brasil. Há uma boa dose de confusão entre botânicos sobre o que seja uma espécie exótica, naturalizada, invasora, daninha e ruderal, levando ao uso inconsistente da terminologia. Além disso, diferentes autores têm adotado posturas praticamente opostas ao lidar com espécies exóticas em suas áreas de estudo, seja na preparação de tratamentos taxonômicos, seja na publicação de levantamentos florísticos e fitossociológicos. Enquanto alguns pesquisadores incluem em floras mesmo espécies cultivadas que não se reproduzem, outros excluem plantas invasoras comuns e conspícuas. Nós apresentamos aqui, em português, os principais conceitos relativos ao tema da bioinvasão e chamamos a atenção dos autores brasileiros para a necessidade de utilizar de modo consistente o arcabouço terminológico já existente na literatura. Também propomos a adoção de rótulos claros para informar quais espécies são exóticas na área estudada, diferenciando-as das nativas, e sugerimos critérios para ajudar botânicos a decidirem quando uma planta exótica deve ou não ser incluída em tratamentos taxonômicos ou levantamentos de florística.
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A new species of Rhinella of Central Brazil from the Rhinella crucifer group is described. Rhinella inopina sp. nov. is restricted to the disjunct Seasonal Tropical Dry Forests enclaves in the western Cerrado biome. The new species is characterized mainly by head wider than long, shape of parotoid gland, and oblique arrangement of the parotoid gland. Data on natural history and distribution are also presented.
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This paper presents a survey of the insects that feed on fruits of Psittacanthus Martius (Santalales: Loranthaceae), a hemiparasitic mistletoe genus that infects trees in Brazil and other neotropical countries. The aim of the study was to identify candidate insects for biological control of Psittacanthus mistletoes. Unripe and mature fruits were collected in several localities of Cerrado, bordering South Pantanal, Southwestern Brazil, from 29 Apr 1998 to 30 Jul 2000. A total of 24,710 fruits (54 samples) of Psittacanthus acinarius infecting 15 species from 10 plant families were evaluated. Psittacanthus acinarius (Mart.) was the most abundant and frequent species of mistletoe parasitizing trees in the ecotonal Cerrado-Pantanal. From 24,710 fruits of Psittacanthus acinarius were obtained 1,812 insect larvae including 1,806 Neosilba McAlpine (Diptera: Lonchaeidae) species and 6 Thepytus echelta (Hewitson) (Lepidoptera: Lycaenidae). From these emerged 1,550 Neosilba spp. adults and 6 T. echelta. Neosilba pantanense Strikis was described from this research. Larvae of T. echelta occurred in fruits of P. acinarius parasitizing Cecropia pachystachya Trecul (Urticaceae) and Anadenanthera colubrina (Vellozo) Brenan (Fabaceae). Larvae of Neosilba caused no adverse effects on the germination of infected fruits of Psittacanthus, because they do not eat the embryo or viscin tissues. This differs from the larvae of T. echelta that interrupted the germination of seeds by feeding on those tissues. Thepytus echelta may be a promising insect for the biological control of P. acinarius in the ecotonal Cerrado-Pantanal, although its abundance and frequency were low throughout the sampling period.
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In this paper, we present the results of an experimental approach developed to study the macroscopic and microbiological alteration of bird and small mammal bones buried under a Cerrado biome. The first experiment evaluated the macroscopic alteration of cooked and fresh carcasses buried through the dry and rainy seasons. The second experiment analyzed the mycobiota associated to the decomposition of a complete bird that remained buried for almost a year. Results show that in tropical forest environments: 1) bone structure and pre-taphonomic factors determine its differential alteration by biochemical processes; 2) fungal populations associated to the decomposition of animal remains depend on soil chemistry and ecological dynamics; 3) even in a corrosive environment, bird bones are more capable of surviving to several mycological decomposition steps. (C) 2011 Elsevier Ltd. All rights reserved.
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Guapira graciliflora and Neea theifera are taxonomically related species of the tribe Pisoneae. Both species are found in the same environment, the Brazilian Cerrado, and therefore, are subjected to similar selective pressures. These species occur in oligotrophic environments, yet contain high concentrations of nitrogen in their leaves. The present study was carried out to investigate the ecological role of nitrogen in herbivory on these species. The differences in the N content, compositions of secondary N-metabolites, mechanical resistance, and water content between their leaves indicate that these species have different adaptations as defense mechanisms. In both species, their high nitrogen content seems to promote herbivory. The presence of secondary nitrogen metabolites does not prevent the species from suffering intense damage by herbivores on their early leaves. The herbivory rates observed were lower for mature leaves of both species than for young leaves. In G. graciliflora, nutritional content and leaf hardness are the most important variables correlated with reduction of herbivory rates, whereas in N. theifera, N compounds are also correlated with herbivory rates. Despite the differences in the strategies of these two species, they exhibit a similar efficiency of protection against natural enemies because their total herbivory rates are similar. The difference in their N defense allocation may imply benefits for survival under Cerrado conditions. We briefly discuss the oligotrophic habitat conditions of the studied plants and possible advantages of their strategies of N accumulation and metabolic uses. (C) 2011 Elsevier B.V. All rights reserved.
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Some species of Trichoderma have successfully been used in the commercial biological control of fungal pathogens, e.g., Sclerotinia sclerotiorum, an economically important pathogen of common beans (Phaseolus vulgaris L.). The objectives of the present study were (1) to provide molecular characterization of Trichoderma strains isolated from the Brazilian Cerrado; (2) to assess the metabolic profile of each strain by means of Biolog FF Microplates; and (3) to evaluate the ability of each strain to antagonize S. sclerotiorum via the production of cell wall-degrading enzymes (CWDEs), volatile antibiotics, and dual-culture tests. Among 21 isolates, we identified 42.86 % as Trichoderma asperellum, 33.33 % as Trichoderma harzianum, 14.29 % as Trichoderma tomentosum, 4.76 % as Trichoderma koningiopsis, and 4.76 % as Trichoderma erinaceum. Trichoderma asperellum showed the highest CWDE activity. However, no species secreted a specific group of CWDEs. Trichoderma asperellum 364/01, T. asperellum 483/02, and T. asperellum 356/02 exhibited high and medium specific activities for key enzymes in the mycoparasitic process, but a low capacity for antagonism. We observed no significant correlation between CWDE and antagonism, or between metabolic profile and antagonism. The diversity of Trichoderma species, and in particular of T. harzianum, was clearly reflected in their metabolic profiles. Our findings indicate that the selection of Trichoderma candidates for biological control should be based primarily on the environmental fitness of competitive isolates and the target pathogen. (C) 2012 The British Mycological Society. Published by Elsevier Ltd. All rights reserved.