2 resultados para antiprotozoal
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
Nos últimos anos, o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial da Saúde tem apoiado a investigação de novas tecnologias que possam contribuir para a vigilância, novos tratamentos e controle da leishmaniose visceral no país. Assim, o objetivo deste trabalho foi isolar compostos de plantas do bioma Caatinga, e investigar a toxicidade destes compostos contra as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania infantum chagasi, principal parasita responsável pela leishmaniose visceral na América do Sul, e avaliar a sua capacidade para inibir a enzima acetil-colinesterase (AChE). Após a exposição aos compostos em estudo, foram realizados testes utilizando a forma promastigota que expressa luciferase e ELISA in situ para medir a viabilidade das formas promastigotas e amastigota, respectivamente. O ensaio colorimétrico MTT foi realizado para determinar a toxicidade destas substâncias utilizando células monocíticas murina RAW 264.7. Todos os compostos foram testados in vitro para as sua propriedade anti-colinesterásica. Um cumarina, escoparona, foi isolada a partir de hastes de Platymiscium floribundum, e os flavonóides, rutina e quercetina, foram isolados a partir de grãos de Dimorphandra gardneriana. Estes compostos foram purificados, utilizando cromatografia em coluna gel eluída com solventes orgânicos em misturas de polaridade crescente, e identificados por análise espectral. Nos ensaios leishmanicidas, os compostos fenólicos mostraram eficácia contra as formas extracelulares promastigotas, com EC50 para escoporona de 21.4µg/mL e para quercetina e rutina 26 e 30.3µg/mL, respectivamente. Os flavonóides apresentaram resultados comparáveis à droga controle, a anfotericina B, contra as formas amastigotas com EC50 para quercetina e rutina de 10.6 e 43.3µg/mL, respectivamente. Os compostos inibiram a enzima AChE com halos de inibição variando de 0,8 a 0,6cm, indicando um possível mecanismo de ação para a atividade leishmanicida.
Resumo:
Chagas disease is one of the main public health problems in Latin America. Since the available treatments for this disease are not effective in providing cure, the screening of potential antiprotozoal agents is essential, mainly of those obtained from natural sources. This study aimed to provide an evaluation of the trypanocidal activity of 92 ethanol extracts from species belonging to the families Annonaceae, Apiaceae, Cucurbitaceae, Lamiaceae, Lauraceae, Moraceae, Nyctaginaceae, and Verbenaceae against the Y and Bolivia strains of Trypanosoma cruzi. Additionally, cytotoxic activity on LLCMK2 fibroblasts was evaluated. Both the trypanocidal activity and cytotoxicity were evaluated using the MTT method, in the following concentrations: 500, 350, 250, and 100 µg/mL. Benznidazole was used for positive control. The best results among the 92 samples evaluated were obtained with ethanol extracts of Ocotea paranapiacabensis (Am93) and Aegiphila lhotzkiana (Am160). Am93 showed trypanocidal activity against epimastigote forms of the Bolivia strain and was moderately toxic to LLCMK2 cells, its Selectivity Index (SI) being 14.56, while Am160 showed moderate trypanocidal activity against the Bolivia strain and moderate toxicicity, its SI being equal to 1.15. The screening of Brazilian plants has indicated the potential effect of ethanol extracts obtained from Ocotea paranapiacabensis and Aegiphila lhotzkiana against Chagas disease.