5 resultados para Televisão - Organização - Brasil - 1950-1982
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
As condições e processos de trabalho penosos dos pronto-socorros somados a elevada demanda frente à capacidade e gravidade dos casos, dificultam as decisões, impactam no atendimento e favorecem conflitos. Trata-se de um estudo de caso, exploratório e qualitativo, utilizou-se dados documentais, entrevistas semiestruturadas e observação do trabalho, especificamente dos porteiros. Objetivou-se verificar como características da organização do trabalho aumentam conflitos e agressões em um pronto-socorro comprometendo os atendimentos. Constatou-se que os porteiros estão na linha de frente e são expostos à pressão dos usuários por atendimento. Para solucionar conflitos, extrapolam regras e procedimentos, realizam tarefas além da sua competência, podendo alterar o fluxo e a qualidade do atendimento. Os arranjos organizacionais desconsideram os porteiros como parte da equipe de cuidados expondo-os a conflitos e agressões. Espera-se contribuir para mudanças, melhorar as relações, a segurança e o fluxo de atendimento.
Resumo:
Ter acesso à água fluoretada é um reconhecido fator de proteção contra a cárie dentária. No Brasil, a fluoretação da água de abastecimento público tornou-se obrigatória por lei em 1974, seguindo-se a esta regulamentação acentuada expansão da cobertura, sobretudo nas regiões de maior desenvolvimento socioeconômico. A ampliação dessa cobertura em todo o país é uma das prioridades da política nacional de saúde bucal. Neste artigo, sistematizam-se informações sobre a implantação e expansão da fluoretação no Estado de São Paulo, no período de 1956 a 2009, utilizando-se dados secundários obtidos em relatórios técnicos, documentos oficiais e no sistema SISAGUA. Em 2009, a cobertura se estendia por 546 (84,7%) dos 645 municípios paulistas, chegando a 85,1% da população total e a 93,5% da população com acesso à rede de distribuição de água. Tais resultados indicam que a medida está consolidada como parte da política estadual de saúde. No entanto, persiste o desafio de implantar e manter a fluoretação em 99 municípios, beneficiando cerca de 6,2 milhões de habitantes excluídos do benefício.
Resumo:
O presente artigo visa apresentar o projeto pioneiro de abolição da reprovação na rede estadual paulista, elaborado no final da década de 1950 e implantado no início de 1960, em caráter experimental, no Grupo Experimental da Lapa, escola que funcionava como unidade oficial de pesquisas da Secretaria da Educação. Apesar de inaugural, tal experiência raramente comparece em publicações sobre o tema, havendo poucos registros a seu respeito. Para tanto, o artigo esboça, a princípio, um breve contexto histórico do debate em torno da então chamada promoção automática, que se inicia no Brasil em 1918, no contexto da Primeira República, e ganha força, sobretudo, na década de 1950, no período desenvolvimentista. Em seguida, o texto aborda elementos constitutivos do projeto realizado no Grupo Experimental da Lapa, justificando a pertinência e a atualidade da promoção automática, bem como delineia sua formatação, em especial no que diz respeito à organização das classes, ao currículo, à avaliação e ao papel docente. Posto isso, são revelados trechos de depoimentos dados por educadores envolvidos na construção do referido projeto, os quais revelam suas potencialidades e contradições. Também são apresentados documentos raros sobre o tema publicados no contexto dessa experiência pioneira. Ao final, são tecidas considerações sobre a experiência em questão, a qual, apesar de pouco divulgada, possui enorme importância histórica. Espera-se, com este artigo, contribuir para a construção da escola pública de qualidade, principalmente considerando a crescente implantação da política de ciclos nas redes públicas educacionais brasileiras.