3 resultados para Relação empresa-universidade-governo
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
OBJETIVO: Comparar custos da cirurgia de catarata em larga escala para um hospital público, para o governo e para a sociedade, pelas técnicas de facoemulsificação (FACO) e extração extracapsular (EECP). MÉTODOS: Foi realizada revisão baseada principalmente em diversos estudos clínicos realizados entre 2002 e 2010, no Centro Cirúrgico Ambulatorial do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. RESULTADOS: Os gastos estimados com os insumos utilizados para as cirurgias foram de R$ 468,92 no grupo FACO e R$ 259,96 no grupo EECP. As despesas hospitalares com o acompanhamento pós-operatório foram em média de R$ 16,40 (42%) menores no grupo FACO. Com relação ao gasto estimado para a Previdência Social, o grupo EECP custou em média, US$ 44,58 por paciente a mais que o grupo FACO. CONCLUSÃO: O incentivo e o investimento governamental para a realização da FACO no SUS são socialmente justificados, deve-se considerar também a economia dos pacientes e do sistema empresarial, bem como as vantagens clínicas para os pacientes e vantagens econômicas para os hospitais.
Resumo:
O objetivo deste trabalho é compreender a etapa de ajuste no contexto da gestão do portfólio de projetos, destacando sua relação com os processos de categorização e balanceamento. A pesquisa realizada tem caráter qualitativo, sendo a abordagem adotada o estudo de caso longitudinal. A pesquisa foi desenvolvida em uma empresa do setor químico brasileiro. As evidências, de várias fontes, foram coletadas através de entrevistas, documentos e dados dos sistemas corporativos. Para a compreensão do portfólio de projetos da empresa foram coletados e analisados dados de mil projetos realizados entre 2001 e 2005. Os resultados indicam que maior atenção é dada à etapa de seleção, negligenciando a etapa de ajuste. A adoção de ferramentas de balanceamento permitiu evidenciar lacunas e fontes de desbalanceamento no portfólio de projetos, promovendo o debate entre os tomadores de decisão no que concerne ao viés introduzido pelos critérios adotados na etapa de seleção e levantando a necessidade de introdução de uma sistemática de ajuste e balanceamento. Observou-se que sem uma adequada categorização dos projetos da empresa seria difícil promover a análise de balanceamento.
Resumo:
De acordo com a literatura existente, as informações contábeis representam um importante estimador dos fluxos de caixa futuros da empresa, servindo, portanto, para fins de avaliação do risco de um investimento em ações. Isso porque tais informações refletem a realidade econômico-financeira da empresa em um dado período, possuindo, consequentemente, relação com o risco sistemático de um investimento, o que justifica sua utilização para fins de decisões relacionadas à composição de um portfólio de ações. Dentro desse contexto, o presente trabalho busca apresentar evidências empíricas da relação entre as informações contábeis e o risco sistemático no mercado brasileiro. Mais especificamente, objetiva-se analisar a relação entre os betas contábeis e os betas de mercado de companhias no Brasil. Para isso, foram selecionadas 97 empresas, da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), de 15 setores econômicos, entre o 1º trimestre de 1995 e o 3º trimestre de 2009. Foram utilizadas 468 variáveis contábeis. Para operacionalizar a relação entre as variáveis foi utilizado um modelo de regressão com dados em painel. Os resultados evidenciaram que alguns betas contábeis podem explicar o beta de mercado e podem fazê-lo de forma antecipada, podendo, ainda, melhorar a previsão do beta de mercado quando associados a betas de mercado históricos. Por outro lado, a maior parte das versões de betas contábeis apresentou relação pouco significativa ou mesmo inexistente.