2 resultados para Reducionismo
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
Tornou-se lugar comum, sobretudo em correntes ligadas aos movimentos sociais mais amplos e às questões ambientais, a crítica ao reducionismo da ciência clássica, à dinâmica de trabalho individualizado, à desconexão e à falta de integração com os problemas reais. Como resultado, cresce o número de formadores de opinião em favor de uma ciência mais integrada aos problemas reais e de um conhecimento como processo coletivo. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desenvolveu um Diretório dos Grupos de Pesquisa existentes no Brasil, alguns destes grupos possuem modelo de rede. Com o cenário apresentado, a reflexão sobre a importância de avaliar o potencial destes grupos foi incentivada para influenciar a formulação e a implantação de políticas públicas ambientais. Foi possível identificar fatores chave para o fortalecimento da influência nas políticas públicas, destacando-se dentre estes, avanços em abordagens interdisciplinares. Porém, os grupos possuem dificuldades na utilização de ferramentas de comunicação mais eficientes para o trabalho em rede e para atingir os tomadores de decisões; no acesso a fundos e nos critérios para integrar os grupos estudados.
Resumo:
Este trabalho tematiza a questão do objeto em Fonoaudiologia, discute a pretensa unidade do campo e aponta a inexorabilidade de sua divisão para a concretização de seu estatuto científico. Para fazê-lo assume a linguagem em seus processos patológicos sob a instância da clínica como seu objeto, mas indica a necessidade de se desnaturalizar a linguagem, redefinindo-a como instância simbólica de subjetivação. Isto a afasta definitivamente da Audiologia, aqui entendida como ramificação das ciências ditas biológicas, e do reducionismo a que tem sido submetida ao ser concebida apenas como prática. Por outro lado, instaura o fonoaudiólogo como clínico terapeuta, comprometido com a linguagem de seu paciente e sua cura. Reconhece, ainda, outra paternidade para a Fonoaudiologia, indicando a Lingüística e a Psicanálise - quando adotam as mesmas concepções de sujeito e de linguagem - como lugares de peculiar interesse na constituição do saber fonoaudiológico. Uma vez realocada a Fonoaudiologia terá, diante de sí, a tarefa de reconhecer a clínica como seu espaço privilegiado de problematização de questões, das quais a primeira será o enfrentamento da constituição de seu método clínico. Finalmente, alerta-se o fonoaudiólogo para a ameaça de nova dominação caso não se marque a distinção entre as formas de interpretação que identificam a clínica fonoaudiológica e a particularizam em relação à clínica psicanalítica.