3 resultados para Psychiatric social work.
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
This paper focuses first on cultural syncretism, used to characterize Brazilian culture. The other aspect of this socially and racially blended culture is the unfinished assimilation of liberalism in politics and the economy, which defines Brazilian society. The increased assimilation and dissemination of psychology may be linked with these in cultural and social aspects. During the military period (1964-1974) the major expansion in university-level studies in psychology contributed ideologically to the dissemination of psychology throughout Brazilian society. This introduced a type of psychology that was related primarily to clinical practice and developed in opposition to social work practice. This paper examines the ideological bases for this conflict between clinical and social work. Criteria for understanding the cultural dissemination of psychoanalysis are then discussed, and it is argued that cultural incorporation of psychoanalysis involves the development of discourse complexes to reflect particular aspects of Brazilian society. The criteria (a non-totalitarian society and the displacement of a magical and religious interpretation of mental disturbance by psychiatric interpretation) are evaluated in relation to the peculiarities of Brazilian syncretism. The paper argues that cultural syncretism and the incomplete assimilation of liberal ideology must be included as criteria in understanding the particular cultural incorporation of psychoanalysis in Brazil.
Assessment of referrals to an OT consultation-liaison service: a retrospective and comparative study
Resumo:
The objective was to conduct a retrospective and comparative study of the requests for consultation-liaison (RCLs), during a period of six years, sent to the Occupational Therapy (OT) team that acts as the Consultation-liaison Service in Mental Health. During the studied period 709 RCLs were made and 633 patients received OT consultations. The comparison group was extended to 1 129 consecutive referrals to the psychiatric CL service, within the same period and that were also retrospectively reviewed. Regarding to RCLs to the OT team, most of the subjects were women with incomplete elementary schooling, with a mean age of 39.2 years, and were self-employed or retired. Internal Medicine was responsible for most of the RCLs. The mean length of hospitalization was 51 days and the mean rate of referral was 0.5%, with the most frequent reason for the request being related to the emotional aspects and the most frequent psychiatric diagnosis was mood disorder. It is concluded that there is a clear demand for the development of consultation-liaison in OT, particularly with regard to the promotion of mental health in general hospitals.
Resumo:
O trabalho analisa a história da produção do edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, projetado por João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) em 1961 e concluído em 1969. Mais especificamente, o artigo se volta aos materiais do edifício, oferecendo insumos para uma discussão sobre o papel do chamado “brutalismo paulista” na década de 1960. O edifício da FAUUSP, como se sabe, é um marco na arquitetura moderna brasileira. Seu caráter paradigmático consiste na síntese das posições programáticas de Artigas, tanto em relação ao ensino de arquitetura como em relação à poética moderna, que ultrapassa o limite autoral e constitui uma escola. São características dessa escola – por vezes chamada de “paulista”, “brutalista” ou “artiguista” – alguns princípios como a continuidade espacial, o elogio das formas estruturais, a verdade dos materiais e o desenvolvimento das forças produtivas através da superação tecnológica. Esses princípios respondiam a algumas das questões mais urgentes da arquitetura moderna brasileira naquele período, deslocando a nova monumentalidade para uma dimensão construtiva. A nova poética, claramente exposta no projeto da FAUUSP, coincide com o surgimento de uma estética que atribuiu um novo valor político e crítico à produção. Passam a ser frequentes, por exemplo, interpretações do concreto armado brasileiro como síntese do subdesenvolvimento, por suas marcas de feitura artesanal e seus recordes tecnológicos. O objetivo deste artigo é contribuir com esse debate caracterizando em detalhe a produção do edifício em seus materiais: o concreto armado, a esquadria, os materiais de acabamento e os componentes industriais. O exame de aspectos históricos da produção do edifício, recolhidos em documentos originais e depoimentos, permite verificarmos de que modo a poética arquitetônica participa das decisões da obra e qual o seu impacto na economia do edifício e em sua forma de produção. Aprendemos, por exemplo, que o concreto armado apresenta manifestações visuais distintas e independentes de seu modo de produção (que foram pelo menos três: moldado in loco, protendido, e com agregados leves, sem função estrutural); que a empena da fachada exigiu uma fundação própria para seu cimbramento; que a modulação dos caixilhos não correspondia à modulação da estrutura; que a resina epóxi foi usada de modo pioneiro e experimental; que as fôrmas foram produzidas por um hábil carpinteiro português, mas as relações de trabalho eram precárias; que a contratação do projeto básico previa o detalhamento durante a obra pelo Escritório Técnico do Fundo para a Construção da Cidade Universitária. Essa noção ampla de material, entendida como a matéria mais o trabalho social que a define historicamente, nos permite tratar, simultaneamente, de aspectos técnicos, econômicos e artísticos da obra e assim compreender com maior exatidão dos termos do debate acerca da produção na arquitetura “brutalista” e seu papel político.