6 resultados para Psicologia da educação
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
Este texto objetiva discutir contribuições da Psicologia Histórico-Cultural para a formação e a atuação do psicólogo junto à educação, num contexto de Educação Inclusiva. Destacam-se os fundamentos e princípios da educação para pessoas com deficiência, bem como postulados da teoria de Vigotski referentes à formação e à atuação dos psicólogos. Considera-se que a perspectiva teórica elaborada pelo autor soviético contribui por: destacar a transitoriedade dos eventos e fenômenos; atrelar o mundo das ideias, valores e representações à vida objetiva e à prática social; relacionar propostas educacionais a um dado projeto de sociedade; defender a possibilidade do desvendamento da constituição social do psiquismo e da possível intervenção sobre a mesma; requisitar uma condição de desenvolvimento humano sobre o patamar do homem cultural e livre. Por fim, destaca-se o fato de que a Educação Inclusiva deve se referir ao processo de apropriação e usufruto das produções humanas mais complexas, elaboradas nas diferentes áreas da vida e do conhecimento.
Resumo:
Este artigo apresenta um levantamento do campo de atuação possível para o licenciado em Psicologia nas escolas técnicas estaduais de São Paulo (Etecs), buscando evidenciar a existência desse campo e provocar o debate sobre ele. Iniciamos o texto historicizando e contextualizando o ensino de Psicologia na educação profissional de nível médio. Posteriormente, apresentamos o processo de construção dos dados, que consistiu em levantamento e organização de informações disponíveis em sítios oficiais do Centro Paula Souza, identificando em quais disciplinas e cursos o licenciado em Psicologia pode ministrar aulas nas Etecs, bem como quão representativos são esses cursos na rede de ensino técnica pública estadual. Os resultados apontam um amplo campo possível de atuação para o licenciado em Psicologia, como em cursos técnicos de Administração, Marketing e Segurança do Trabalho, e sua ausência nos cursos técnicos de Enfermagem, e incitam ainda questões sobre os objetivos e as contribuições dos conhecimentos psicológicos abordados nas Etecs e sobre os fatores que determinam sua presença nesse contexto. Os resultados destacam também a necessidade de os profissionais da Psicologia fomentarem discussões quanto à licenciatura em Psicologia no sentido de avaliar as contribuições que o ensino da área pode trazer ao ensino médio profissional.
Resumo:
A tutoria, na modalidade mentoring, tem sido adotada nas escolas médicas como estratégia para oferecer suporte pessoal e estimular o desenvolvimento profissional do futuro médico. O tutor, com papel de mentor, elemento crucial desta relação arquetípica, é pouco estudado em seu desenvolvimento pessoal. Este estudo buscou compreender as motivações de um grupo de tutores e identificar as possíveis transformações ocorridas ao longo do tempo. A investigação consistiu em um estudo qualitativo em que foram entrevistados 14 tutores de um Programa de Tutoria de uma Faculdade de Medicina. Há, entre os tutores, um desejo de restabelecer a antiga, significativa e próxima relação do mestre com o seu discípulo. Simbolicamente, buscam estar em contato com o seu "aluno interno ferido", e dele cuidar. Nessa jornada, podem - mas não necessariamente isso acontece a todos - transformar e ser transformados pelo outro.
Resumo:
O artigo traz dados de uma investigação cujo objetivo foi contribuir para a compreensão das formas por meio das quais a Psicologia vem sendo apropriada pelos projetos de formação de professores em serviço. Mediante o exame do projeto de formação do município de São Paulo, o "Programa Ler e Escrever, Prioridade na escola. Projeto Toda Força ao 1º Ano", analisam-se as concepções psicológicas em suas formas de conceber as crianças, a aprendizagem e o projeto de sua iniciação na cultura escrita. A partir das reconceitualizações sobre a aprendizagem, em que esta é considerada uma decorrência da natureza construtiva da mente infantil, é pertinente perguntar em que medida essas ideias rompem com aquelas anteriores, pertencentes ao assim chamado "ensino tradicional". Para responder a essas perguntas, recorreu-se a algumas das contribuições da história da leitura.
Resumo:
Este artigo apresenta alguns dados oriundos da tese de doutorado sobre a história do campo de conhecimento e prática da Psicologia em sua relação com a Educação no Brasil. Este estudo foi conduzido baseado no fundamento epistêmico-filosófico do materialismo histórico dialético e na nova história, utilizando fontes bibliográficas históricas e cinco relatos orais de personagens da Psicologia Educacional e Escolar. Os depoimentos e o material das fontes escritas constituíram o corpus documental cuja organização seguiu a metodologia da história oral e historiografia plural. Foi realizada análise descritivo-analítica compreendida em duas etapas: a) análise documental (fontes não orais) e b) construção de indicadores e núcleos de significação dos registros orais. A partir das análises, compôs-se uma periodização da história da Psicologia Educacional e Escolar brasileira por meio de marcos históricos da área. No presente artigo destaca-se a discussão acerca da conceituação e terminologias utilizadas pela Psicologia Educacional e Escolar ao longo do tempo e de como essas mudanças nas nomenclaturas da área refletem questões epistemológicas, ideológicas e políticas.
Resumo:
Este artigo apresenta alguns dados sobre a história do campo de conhecimento e prática da Psicologia em sua relação com a educação no Brasil. Este estudo foi conduzido baseado no fundamento epistêmico-filosófico do materialismo histórico dialético e na nova história, utilizando fontes bibliográficas históricas e cinco relatos orais de personagens da Psicologia educacional e escolar. Os depoimentos e o material das fontes escritas constituíram o corpus documental, cuja organização seguiu a metodologia da história oral e da historiografia plural. Foi realizada análise descritivo-analítica compreendida em duas etapas: a) análise documental (fontes não orais) e b) construção de indicadores e núcleos de significação dos registros orais. A partir das análises, compôs-se uma periodização da história da Psicologia educacional e escolar brasileira por meio de marcos históricos que compreendeu as fases: 1) colonização, saberes psicológicos e educação (1500-1906), 2) a Psicologia em outros campos de conhecimento (1906-1930), 3) desenvolvimentismo - a Escola Nova e os psicologistas na educação (1930-1962), 4) A Psicologia educacional e a Psicologia do escolar (1962-1981), 5) o período da crítica (1981-1990), 6) a Psicologia educacional e escolar e a reconstrução (1990-2000) e 7) A virada do século: novos rumos? (2000-).