2 resultados para Primeira República

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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O objetivo deste artigo é analisar diferentes recepções da jovem República, sobretudo em seus primeiros anos. Afinal, a tradição se inscrevia em meio à modernidade, e o novo se confundia com o velho. E é junto a esse caldo de paradoxos e conflitos que se desenha a Semana de Arte Moderna - um sopro de vanguarda, de cosmopolitismo e certo otimismo, nesse contexto - mas também outras experiências sociais de caráter mais político reivindicativo. Nesse sentido, ouso expor um pouco da experiência de Lima Barreto. Não para dela fazer um exemplo que ilumina toda uma época, ou muito menos "para estragar a festa" do ano de 2012. Ao contrário, ela representa um "outro caso", outra face da mesma modernidade. Quem sabe ela sirva como testemunho do ambiente que assolou parte da intelectualidade brasileira de inícios do século, cada vez mais descrente dos destinos dessa nação, e, nesse caso, muito impactados pelos discursos raciais deterministas, os quais, após a abolição da escravidão, criavam um novo tipo de "desigualdade", dessa feita pautada na biologia.

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O presente artigo visa apresentar o projeto pioneiro de abolição da reprovação na rede estadual paulista, elaborado no final da década de 1950 e implantado no início de 1960, em caráter experimental, no Grupo Experimental da Lapa, escola que funcionava como unidade oficial de pesquisas da Secretaria da Educação. Apesar de inaugural, tal experiência raramente comparece em publicações sobre o tema, havendo poucos registros a seu respeito. Para tanto, o artigo esboça, a princípio, um breve contexto histórico do debate em torno da então chamada promoção automática, que se inicia no Brasil em 1918, no contexto da Primeira República, e ganha força, sobretudo, na década de 1950, no período desenvolvimentista. Em seguida, o texto aborda elementos constitutivos do projeto realizado no Grupo Experimental da Lapa, justificando a pertinência e a atualidade da promoção automática, bem como delineia sua formatação, em especial no que diz respeito à organização das classes, ao currículo, à avaliação e ao papel docente. Posto isso, são revelados trechos de depoimentos dados por educadores envolvidos na construção do referido projeto, os quais revelam suas potencialidades e contradições. Também são apresentados documentos raros sobre o tema publicados no contexto dessa experiência pioneira. Ao final, são tecidas considerações sobre a experiência em questão, a qual, apesar de pouco divulgada, possui enorme importância histórica. Espera-se, com este artigo, contribuir para a construção da escola pública de qualidade, principalmente considerando a crescente implantação da política de ciclos nas redes públicas educacionais brasileiras.