Scientific concepts and public policies: Semiotic-cultural obstacles concerning intergroup and intercultural relationships

I attempt to articulate Jahoda's (2012) critical reflections regarding definitions of culture in recent cross-cultural studies and Moghaddam's (2012) claims of an omnicultural imperative to guide the elaboration of public policies for managing relationships among human groups from different cultural origins. For this, I will approach some aspects of the socio-historical and ontogenetic roots of the notion of culture. The notion of culture and the consequent public policies involving intercultural managing are being transformed as our global society develops. It has been proposed that some ways of dealing with the culture of the other are crucial to achieve awareness in respect of one's own cultural positioning when making science and attempting social interventions. Finally, the experience of Brazilian psychologists working on challenges faced by Amerindians dealing with the national society they live in will be presented as a pioneering work aiming to interfere in the development of public policies ethically concerned with the assurance of cultural integrity of currently marginalized social groups.

Saberes locais, mediação e cidadania: o caso dos agentes comunitários de saúde

As discussões sobre o novo significado de cidadania, valorização da diferença e respeito à diversidade de saberes trazem a questão de como as políticas públicas podem ser localmente enraizadas para garantir que essa diversidade seja contemplada em seus processos. Esta incorporação é ainda mais relevante quando tratamos de políticas de saúde, onde a interação entre implementadores e beneficiários é essencial para compreender os resultados da política. O Programa Saúde da Família (PSF) tem tentado mudar as relações entre Estado e beneficiários, aproximando profissionais da saúde dos cotidiano vividos pelos beneficiários onde, muitas vezes, há (re)produção dos componentes que levam às situações de insegurança, insalubridade e doença. No caso desse programa, a análise das políticas públicas deve levar em conta os processos de interação e a ação dos atores envolvidos na implementação do PSF. Este artigo tem como objetivo analisar o papel dos Agentes Comunitários de Saúde enquanto implementadores do PSF. Através de pesquisas etnográficas acompanhando as atividades dos ACS em diferentes municípios, buscamos compreender como eles lidam com seus múltiplos saberes, ativam e desativam referências e adaptam ação para colocar em prática o Programa. A partir de análises de 24 Agentes Comunitários de diferentes municípios, avanlaos na compreensão de como se dão as mediações e as interações em suas práticas e como constroem as políticas públicas enraizando ações a partir dos cotidianos locais, construindo formas alternativas de implementação dessas políticas.