3 resultados para MORTALIDAD MATERNA
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Fatores maternos e neonatais associados ao mecônio no líquido amniótico em um centro de parto normal
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a frequência e os fatores maternos e neonatais associados ao mecônio no líquido amniótico no parto. MÉTODOS: Estudo transversal com 2.441 nascimentos em um centro de parto normal hospitalar em São Paulo, SP, em março e abril de 2005. A associação entre mecônio no líquido amniótico e as variáveis independentes (idade materna, paridade, ter ou não cesariana prévia, idade gestacional, antecedentes obstétricos, uso de ocitocina no trabalho de parto, dilatação cervical na admissão, tipo do parto atual, peso do RN, índice de Apgar de 1º e 5º minutos de vida) foi expressa como razão de prevalência. RESULTADOS: Verificou-se mecônio no líquido amniótico em 11,9% dos partos; 68,2% desses foram normais e 38,8%, cesarianas. O mecônio esteve associado a: primiparidade (RP = 1,49; IC95% 1,29;1,73), idade gestacional ≥ 41 semanas (RP = 5,05; IC95% 1,93;13,25), ocitocina no parto (RP = 1,83, IC95% 1,60;2,10), cesariana (RP = 2,65; IC95% 2,17;3,24) e índice de Apgar < 7 no 5º minuto (RP = 2,96, IC95% 2,94;2,99). A mortalidade neonatal foi 1,6/1.000 nascidos vivos; mecônio no líquido amniótico foi encontrado em 50% das mortes neonatais e associado a maiores taxas de partos cirúrgicos. CONCLUSÕES: Emprego de ocitocina, piores condições do recém-nascido logo após o parto e aumento de taxas de cesariana foram fatores associados ao mecônio. A utilização rotineira de ocitocina no intraparto poderia ser revista por sua associação com mecônio no líquido amniótico.
Resumo:
O panorama da produção científica no que concerne à família e estomas é carente de estudos sobre o tema, em especial sobre a experiência no período neonatal da criança. O presente estudo teve como objetivo geral compreender a experiência da mãe que tem um filho estomizado durante o período neonatal ou durante o tempo de internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Utilizando a História Oral como referencial metodológico, foram realizadas entrevistas com nove mães. O resgate das memórias individuais possibilitou a construção da memória coletiva, organizada em quatro temas: sonhos versus realidade, proteção perdida, na companhia do medo e é preciso exercer a maternidade. Os resultados permitem uma reflexão sobre a importância de medidas mais eficazes que contribuam para autonomia e alívio do sofrimento da mãe na UTIN, em que a assistência de enfermagem possa ser orientada pelos princípios do Cuidado Centrado na Família.
Resumo:
A depressão materna, associada a outros estressores, configura cenários contextuais familiares que podem influenciar o desenvolvimento infantil. Neste trabalho, objetivou-se caracterizar e comparar, por meio do método de estudo de caso, condições favorecedoras de resiliência ou de adversidade para crianças em idade escolar que convivem com a depressão materna recorrente, focalizando os processos-chave da resiliência, analisados em cenários familiares diversos. Foram avaliadas seis duplas mãe-criança, sendo mães com depressão recorrente e episódios moderados ou graves, três crianças com dificuldades escolares e comportamentais e três crianças sem tais dificuldades. Foram aplicados entrevistas, questionário e testes psicológicos, integrando-se os dados em três cenários familiares associados à depressão materna. Para crianças sem dificuldades, foram identificadas como condições favorecedoras dos processos-chave da resiliência a organização da rotina familiar com a efetiva participação paterna, bem como a postura próativa materna no enfrentamento cotidiano de adversidades.