3 resultados para Lamas urbanas

em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo


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O artigo apresenta a caraterização e a análise dos ladrilhos utilizados em construções do século XVIII, na cidade de Paranaguá, no Estado do Paraná, avaliando principalmente sua composição química. Através da análise de microscópio eletrônico de varredura foi possível coletar informações que permitiram interpretações sobre a composição dessas peças. Em Paranaguá, grande parte das edificações setecentistas possui paredes em alvenaria de pedra enquanto a utilização desses ladrilhos esteve restrita às estruturas dos quadros de portas e janelas, como alternativa às vergas e umbrais de cantaria ou madeira usados em construções até a primeira metade do século XIX. Algumas ruínas existentes no centro histórico revelam fortes indícios dos materiais empregados, modo de assentamento e dimensões desses ladrilhos. Essas peças são mais delgadas do que os tijolos, ressaltando que estes elementos foram bastante empregados a partir da segunda metade do século XIX. Observando os ladrilhos a olho nu, é possível verificar a variedade de agregados que compõem as argilas. Sendo assim, este trabalho é uma contribuição para a história dos materiais e das técnicas construtivas da cidade de Paranaguá e sua relação de influências com a metrópole portuguesa, ao mesmo tempo em que permitiu apropriações e adaptações locais.

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Investigações sobre a gênese das vilas litorâneas de Cananeia, Iguape, São Vicente, Santos, São Sebastião e Ubatuba, no atual estado de São Paulo, evidenciam a significativa contribuição das sociedades indígenas nas ocupações do colonialismo. Presentes alguns séculos antes da chegada dos europeus, elas elegeram essa frente atlântica como habitat, estabelecendo em nichos ecológicos seus lugares de vivência. Tais escolhas balizaram as futuras instalações. Uma recorrência simboliza o encontro cultural entre indígenas e europeus: a articulação do módulo espacial da Matriz com a contiguidade da "rua direita".

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O que os lugares produzidos conceitualmente no pensamento sociológico revelam sobre a relação da sociologia com a esperança? A esperança dos sociólogos se expressa, entre outros, em representações de lugares associados a possibilidades históricas de ordens sociais outras. Enfocar notadamente u-topias urbanas dos primeiros tempos da sociologia na Alemanha, na França, nos Estados Unidos e no Brasil, e seus desdobramentos mais recentes, evidencia o papel metodológico de representações de tempo em relação ao espaço (urbano), nos vínculos da sociologia com a esperança. Em particular, concepções históricas de tempo em relação às cidades parecem decisivas para uma sociologia "esperançosa".