4 resultados para Jovens-educação
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
Adolescentes e jovens constituem importante desafio para a construção da integralidade na Atenção Primária à Saúde (APS). Isso se deve à complexa apreensão e resposta ao conjunto de suas necessidades de saúde, decorrentes do processo de crescimento e desenvolvimento, próprio da fase, mas, sobretudo, dos aspectos socioculturais relacionados. O presente estudo buscou reconhecer alcances e limites em como o princípio da integralidade vem sendo operado em uma Unidade Básica de Saúde. Embora tenha sido possível identificar uma efetiva percepção da especificidade necessária à atenção à saúde desse grupo, também se verificaram importantes limitações relacionadas à construção de projetos de cuidado capazes de integrar as diversas finalidades do trabalho no cotidiano da Unidade, com destaque para a insuficiência de interações profissionais e setoriais, e fragilidades na comunicação de profissionais entre si e de profissionais e usuários.
Resumo:
O "monopólio da cozinha", histórica e culturalmente, é atribuído às mulheres, mães. Para cuidar da família, elas elegem alimentos, compram, cozinham e os servem. Sustentam a comensalidade. Em contextos de HIV/Aids, onde há perda da mãe, as filhas tornam-se responsáveis por esses cuidados. O que pensam as meninas do papel de cuidadoras com o qual, prematuramente, deparam-se? O que dizem seus irmãos sobre isso? Realizamos entrevistas semidirigidas com 14 jovens órfãos. Os dados foram analisados pela proposta de Mills (2009). As jovens não demonstram insatisfação por executarem novas tarefas, mas deploram o fato de impedirem o estudo e a vida além-casa. Seus irmãos entendem a lida da cozinha como coisa de mulher e, por isso, dificilmente colaboram. Essas jovens necessitam de cuidados direcionados à situação vulnerável em que vivem. As políticas de Saúde Pública poderiam pleitear macroestruturas que atuassem sobre essa demanda.
Resumo:
O processo ensino-aprendizagem pode ser visto como um sistema constituído pela interação de três componentes - professor, aluno e matéria - que tem por meta promover mudanças efetivas nos comportamentos, capacidades e competências do aluno. Como numa visão sistêmica do processo ensino-aprendizagem, a função de um determinado componente implica sempre o estabelecimento de relação entre os dois componentes que restam, o papel principal do professor é estabelecer relação entre o aluno e a matéria. Neste contexto, a questão central é saber em que se basear para estabelecer essa relação. O presente ensaio parte da assunção de que o conhecimento sobre o desenvolvimento motor constitui um elemento fundamental quando a matéria de ensino é o esporte, discute uma fase desse processo que tem sido sistematicamente esquecida procurando identificar as suas possíveis causas e consequências e apresenta algumas sugestões para trabalhar com essa fase.