3 resultados para Infidelidad fiel
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
For these Russian authors, a sign has to be faithful to reality but what is, in fact, «to be faithful», what is «reality»? They suggest that thought structures itself only by means of signs – as Peirce, who denies the reality of dreams saying that the act to feel hunger is an ideological expression and the shouts of a new-born are already appreciative manifestations of this new human being. The authors had inspired the structuralism, saying that a «semiodiscourse» structures men. Although this instance, word remains neutral, assertion strange to their Hegelian and Marxist roots; their paradigm in contrast, can be Heideggerian, according to which, only the «marked» being exists: looking at one determined thing, I place it, I fit it in its context. To place something is to attribute sense and that is more Stoic than, in fact, Marxist.
Resumo:
O trabalho analisa um conjunto de doze planos de vilas operárias e núcleos fabris concebidos no Brasil, seguindo – de forma mais ou menos fiel – postulados e ferramentas de projeto difundidos no âmbito do urbanismo das cidades-jardim. Mostra como o urbanismo das cidades-jardim encontrou campo de aplicação em projetos desta natureza no país na primeira metade do século xx, sobretudo nas décadas de 1930 e 1940. Indica como a difusão do método em empreendimentos ligados a fábricas vinculou-se à contribuição de profissionais de urbanismo como Ângelo Bruhns, Lincoln Continentino Ângelo Murgel, Francisco Baptista de Oliveira, Abelardo Soares Cauiby e Romeu Duffles. Assinala como estratégias e procedimentos projetuais vinculados ao modelo espacial das cidades-jardim foram, na maioria das vezes, aplicados de forma parcial e restrita, postura associada aos requisitos de economia que regem os empreendimentos industriais e à urgência como alguns destes conjuntos foram erguidos, exigindo - em alguns casos – que o plano se moldasse ao já construído. Destaca as qualidades excepcionais do projeto da vila operária da Companhia Commercio e Navegação pela aplicação do método de projetação integrando urbanismo, arquitetura e paisagem.
Resumo:
As contribuições, em uma linha que se poderia chamar de “sociologia da ciência”, de Bruno Latour permitem-se dialogar com questões educacionais, em particular no que tange à consolidação histórica de conceitos científicos e ao fazer ciência, haja vista a ampla defesa que a literatura expõe no sentido de uma educação científica pautada na abordagem historicoepistemológica, que apreenta o conhecimento científico como construção sociocultural. Neste sentido, é de nosso especial interesse a concepção latouriana das caixas pretas, que representam conceitos e instrumentos, de uma dada disciplina científica, que alcançaram a posição de objetos (teóricos, como leis e equações, ou experimentais, como equipamentos de laboratório) considerados seguros até evidência em contrário. Exemplos de caixas pretas são abundantes: tipicamente, figuram como tal os instrumentos de medida, os conceitos e modelos que, a partir do momento em que sejam aceitos como válidos (pelos membros de uma comunidade de cientistas), fazem-se ponto de partida para novas descobertas. Quando um físico realiza experimentos em seu laboratório, está considerando válido um grande conjunto de princípios e confiando que seus instrumentos fornecem uma medida fiel para certas grandezas, suposição essa indispensável à prática científica. Frequentemente, esse cientista fará uso de instrumentos cujo princípio de funcionamento foge à alçada de seu conhecimento, e é sobre esse fato que Latour funda seu conceito de caixa preta (o qual se estende mesmo aos objetos da especialidade do nosso pesquisador). Neste ensaio, teremos por objetivo mostrar que (e como) a abordagem histórico epistemológica das aulas de ciências pode, em alguns aspectos, traduzir-se como o convite a abrir certas caixas pretas.