5 resultados para Incremento de risco de câncer
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a relação entre alimentos de origem animal e câncer de boca e orofaringe. MÉTODOS: Estudo caso-controle, de base hospitalar, pareado por sexo e idade (± 5 anos) com a coleta de dados realizada entre julho de 2006 e junho de 2008. A amostra foi composta por 296 pacientes com câncer de boca e orofaringe e 296 pacientes sem histórico de câncer atendidos em quatro hospitais da cidade de São Paulo (SP), Brasil. Foi aplicado um questionário semiestruturado, para a coleta de dados relativos à condição socioeconômica e aos hábitos deletérios (tabaco e bebidas alcoólicas). Para avaliação do consumo alimentar, utilizou-se um questionário de frequência alimentar qualitativo. A análise se deu por meio de modelos de regressão logística multivariada, que consideraram a hierarquia existente entre as características estudadas. RESULTADOS: Entre os alimentos de origem animal, o consumo frequente de carne bovina (OR = 2,73; IC95% = 1,27-5,87; P < 0,001), bacon (OR = 2,48; IC95% = 1,30-4,74; P < 0,001) e ovos (OR = 3,04; IC95% = 1,51-6,15; P < 0,001) estava relacionado ao aumento no risco de câncer de boca e orofaringe, tanto na análise univariada quanto na multivariada. Entre os laticínios, o leite apresentou efeito protetor contra a doença (OR = 0,41; IC95% = 0,21-0,82; P < 0,001). CONCLUSÕES: O presente estudo sustenta a hipótese de que alimentos de origem animal podem estar relacionados à etiologia do câncer de boca e orofaringe. Essa informação pode orientar políticas preventivas contra a doença, gerando benefícios para a saúde pública.
Resumo:
Uma das estratégias metodológicas para realizar a prática baseada em evidências é a revisão integrativa, que neste estudo teve como objetivo buscar e sintetizar as evidências disponíveis na literatura científica sobre os fatores de riscos alimentares para o câncer colorretal relacionado ao consumo de carnes. As bases de dados LILACS, MEDLINE, CINAHL e COCHRANE Library foram consultadas e os estudos pertinentes ao consumo de carnes somaram seis. As metanálises demonstraram que a ingestão de carne vermelha está relacionada com o aumento do risco para câncer colorretal em 28% a 35%, enquanto a carne processada está associada ao risco elevado de 20% a 49%. As evidências apontam a carne vermelha, a carne processada e o total de carne consumida como fatores de risco para o desenvolvimento de pólipos e câncer colorretal. Não foi identificado estudo que indicasse a ingestão de frango e peixe como fatores de risco.
Resumo:
OBJETIVO: A exposição à luz solar na infância ocorre, frequentemente, de forma mais intensa do que em muitos adultos. Dados da literatura comprovam de maneira inequívoca a associação desse comportamento social com o risco de desenvolvimento do melanoma maligno e do câncer cutâneo não melanoma mesmo na vida adulta. Além disso, o fotoenvelhecimento cutâneo é semeado já na infância com a exposição solar inadequada. Esta revisão tem como objetivo orientar os pediatras nas medidas adequadas de fotoproteção tópica nas crianças e adolescentes, o que irá alterar de maneira positiva o futuro desses pacientes. FONTES DOS DADOS: Realizou-se uma revisão da literatura indexada na base de dados MEDLINE/PubMed entre os anos de 1999 e 2012 sobre fotoproteção na infância, selecionando-se como fonte os artigos de revisão mais relevantes, do ponto de vista de abrangência do tema fotoproteção em crianças e adolescentes, fotoproteção e vitamina D, fototerapia na neonatologia e impacto no câncer cutâneo, bronzeamento artificial e câncer cutâneo. SÍNTESE DOS DADOS: Crianças e adolescentes devem adotar medidas adequadas de fotoproteção para diminuir o risco de câncer cutâneo melanoma e não melanoma. CONCLUSÕES: Há dados na literatura que suportam a associação de hábitos de exposição solar segura e uso de fotoprotetores tópicos em crianças e adolescentes com a redução da ocorrência do câncer cutâneo.
Resumo:
OBJETIVO: identificar a relação entre os fatores de risco para trauma vascular e o surgimento de eventos adversos de infiltração ou flebite por quimioterapia antineoplásica. MÉTODOS: Estudo de abordagem quantitativa observacional com 30 mulheres com câncer de mama. RESULTADOS: O tipo de material do cateter apresentou associação que sugere risco (RR=2,76; IC=1,199; 6,369); o fator velocidade de infusão apresentou RR=2,22; entretanto, IC= 0,7672; 6,436; os fatores trajetória, número de punção e mobilidade da veia apresentaram RR<1 mas não podem ser considerados como fatores de proteção. Local de inserção e a visibilidade da veia apresentaram risco próximo a 1. CONCLUSÃO: O uso de cateter com metal para punção venosa foi considerado neste estudo como fator para Risco de Trauma Vascular. A análise da associação pelo RR mostrou-se concordante com os dados da literatura pesquisada.
Resumo:
Objetivou-se identificar as características sociodemográficas das mulheres que realizam o Papanicolaou em Manaus, Amazonas, e sua associação com os motivos para realização do exame. Pesquisa exploratória incluindo 281 mulheres, que haviam realizado o Papanicolaou nos últimos cinco anos em Manaus. A maioria das entrevistadas tinha entre 18-34 anos (54%), 5-11 anos de estudo (54,4%), renda familiar mensal de até três salários mínimos (84,3%), relação estável (72,2%) e início da vida sexual entre 15-19 anos (69,4%). Os motivos para realização do Papanicolaou foram procura espontânea (66,2%), recomendação médica (23,5%) e sintomas ginecológicos (10,3%). Mulheres que receberam informação dos profissionais de saúde tiveram proporção maior de realização do exame nos últimos três anos (p=0,008). A demanda espontânea é prevalente e o atendimento oportunístico é realizado nas mulheres mais jovens, não alcançando o grupo com maior risco para o câncer. É necessário implantar estratégias de recrutamento ativo alcançando mulheres em desvantagem socioeconômica.